Shadow Moon escrita por letter


Capítulo 12
Dominique Weasley, Quadribol e Lua Cheia


Notas iniciais do capítulo

Dois em uma semana?? Pra compensar os anos de espera tal qual George R R Martin deveria fazer :D Enjoy



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A notícia de que Victorie Weasley se transformava em metade lobisomem nas noites de lua cheia havia se espalhado pelo castelo de Hogwarts igual fogo maldito, sem nenhum controle e atingindo todos os lados.

Teddy Lupin deixou de ser o centro de atenções e deu espaço para Dominique Weasley tomar conta de todos os holofotes a respeito do assunto. A garota começou a se esconder em armários de vassouras entre as aulas para evitar os curiosos a respeito do assunto, e foi preciso de uma escolta de ruivos Weasley para começar a acompanhá-la de um lado ao outro devido a hostilidade de alguns alunos, que por medo ou preconceito começaram a azará-la pelos corredores, temendo que a filha do meio de Gui e Fleur também portasse algum gene licantropo em seu sangue.

— Maldição – xingou Dominique ao tropeçar em restos de carteiras quebradas adentrando em uma das salas abandonas das masmorras, onde Teddy mantinha seu caldeirão de poção com uma constante e fumegante wolfsbane, a famosa poção Mata-cão, que permitia Teddy manter sua forma humana durante a lua cheia.

— Domi – cumprimentou Teddy que estava sentado no chão ao lado de um caldeirão, com um livro aberto sobre os joelhos, tentando entender qualquer coisa sobre herbologia, um dos pré-requisitos para ser aprovado nos N.I.E.Ms como aprendiz de auror, estava tendo tanto sucesso quanto um legume tentando aprender, não conseguia se concentrar em nada com todos os recente acontecimentos dominando cada parte de sua mente – Que faz aqui? – perguntou o garoto se conformando que não aprenderia mesmo as funções de uma curiosa planta chamada tentácula e fechando seu livro.

— Não sabia mais aonde ir – disse a garota dando de ombros.

                Dominique Weasley era o espelho da irmã mais velha, apenas dois palmos mais baixa e bochechas infantis que mostrava que ainda não passava de uma garotinha.

— Você não devia estar em aula? – indagou o garoto.

— Você acha mesmo que consigo concentrar em qualquer aula? – Dominique começou a rodear o caldeirão, lançando um olhar de soslaio para Teddy. O garoto notou que ela pressionava os dedos contra as palmas, e duas vezes a viu abrindo os lábios e fechando, como se quisesse dizer algo, mas não tinha tanta certeza.

— O que é? – perguntou ele se levantando e olhando a cunhada de cima.

— Estão falando por aí... Que se minha irmã vira um lobisomem, eu também posso virar – falou ela soltando um suspiro – Eu queria... saber... se posso. Queria sua ajuda.

                Teddy soltou um pesado suspiro, imaginou mesmo que não tardaria esse momento chegar.

— Não sei se posso te ajudar Domi – respondeu ele sinceramente, tirando a varinha dos bolsos de seu uniforme e um frasquinho – Desde que me entendo por gente sei que eu me transformo em um, mas sua irmã por exemplo não sabia até semanas atrás, não sei se tem algo que pode detectar de forma prévia, posso tentar ver com algum dos professores se sabem sobre.

                Dominique assentiu e continuou andar em volta do caldeirão de Teddy e o observou fazendo um rápido movimento com a varinha que fez com que parte do líquido dentro do caldeirão fosse direto para dentro de seu frasquinho.

                - Hm... Teddy? – chamou ela incerta – A Vic... ela realmente... matou... – Dominique se engasgou e não conseguiu finalizar sua sentença, observou as expressões de Teddy murcharem mais, se isso era possível, e enquanto o observava rosquear a tampa de seu frasquinho após enchê-lo, viu que seus cabelos mudavam para um tom cinza, sem vida, combinando com sua expressão.

                - Domi... – Teddy guardou o frasquinho no bolso e suspirou – É complicado, você tem que entender. É muito difícil para uma pessoa, ainda mais na idade de Vic, e ainda mais que não sabia que se transformava em lobisomem, ter qualquer tipo de consciência na lua cheia. A Vic que você conhece, a sua irmã, nunca machucaria nem um diabrete. Você tem que tentar separar ela do animal.

                A garota assentiu.

                - Eu posso tomar um pouco disso que você toma? – disse ela acenando com a cabeça para a direção do bolso onde Teddy guardara seu frasquinho – Por precaução.

                Teddy sorriu para Dominique e negou com a cabeça.

                - Não é uma boa ideia, se você não tiver nada, e eu tenho quase certeza que não tem, isso vira veneno dentro do seu organismo.

                Dominique Weasley aceitou relutante as respostas de Teddy e percebeu que por ali se encerrava o assunto. O garoto fez um feitiço de desilusão escondendo seu caldeirão e ingredientes que deixava na destruída sala e com muita insistência fez Dominique aceitar que ele a acompanhasse até sua sala de aula.

Teddy Lupin fez o possível para tentar deixar sua mente ocupada nos dias que sucederam a enchorrada de acontecimentos relacionados a transformação de Victorie.

                Seu foco foi tanto que mal viu os dias passar. Resolveu mergulhar de cabeça nos estudos para os N.I.E.Ms, quando não conseguia ler mais uma linha de qualquer pergaminho ou livro sobre qualquer matéria, focava em quadribol, não estava tão assíduo nos treinos devido toda a situação, mas gostaria que seu último ano na escola e no time da Grifinória fossem marcados por uma vitória, depois de dois anos seguidos perdendo a taça para Sonserina e Lufa-Lufa.

                Entre meio estudos e quadribol, o tempo que sobrava, Teddy se mantinha na companhia de qualquer pessoa que estivesse disposto a conversar mais de dois minutos com ele, na maioria das vezes era um Weasley ou Dunch.

                Teddy se esforçou como nunca havia para se manter em atividade constante, pois qualquer segundo sozinho se pegava pensando em Victorie e formulando mil maneiras de encontrá-la.     

                O garoto mal notou que depois de dias imerso em sua nova rotina o castelo já não mencionava com tanta frequência o ocorrido sobre Victorie, e ele próprio já não escrevia para ela usando sua Pena enfeitiçada a qualquer segundo que estava com a mente desocupada, reduzira para uma vez no dia.

                E por fim, ao final de uma longa semana de estudos e um treino pesado de quadribol em uma temperatura de rachar os ossos, Teddy se jogou em sua cama no dormitório da Grifinória com a mente e corpo cansado, porém, respirando mais leve em muitos dias. Haveria um jogo de quadribol no dia seguinte contra a Corvinal, valendo uma vaga na final dos jogos de Hogwarts, e Teddy estava confiante que poderiam ganhar.

                Concluíra algumas coisas também nos últimos dias que ajudara a deixar sua mente mais leve, tais como: tinha muita chance de ser aprovado nos NIEMs, estava preparado e confiante como jamais esteve. Segundo: ele não seria “Julgado” pelo Ministério da Magia de verdade como cumplice de Victorie, eram ambos adolescentes, lidando com uma situação que estava fora do alcance dos dois. Houve acidentes? Houve, mas não foi nada intencional, uma hora ou outra veriam isso, e afinal de contas ele era afilhado de Harry Potter, com certeza o padrinho poderia mexer alguns pauzinhos para ajuda-los, afinal, o mundo mágico tinha uma dívida eterna com o senhor Potter. E Victorie eventualmente lidaria com a situação. Ela precisava do tempo dela, Teddy entendia, e ele daria esse tempo, para ela absorver e entender o que sua vida seria a partir de agora, e quando ela estivesse pronta, voltaria para ele.

                Teddy sentiu o sono vir, estava animado para o jogo do dia seguinte, a primeira coisa que realmente o animava em dias. Havia se ocupado tanto em se manter sã nos últimos tempos que mal viu as semanas se passarem, e foi somente quando acordou com a cabeça enevoada, sentindo a neve sob seu corpo e  quando apertou os olhos sentando-se sobre os joelhos conseguiu enxergar o castelo de Hogwarts.

A mente de Teddy deu um estalo, e o garoto se deu conta de que deixara a data da lua cheia chegar e passar sem que se precavesse. Mas não era para isso acontecer!

                Novamente Teddy havia se transformado e acordado sem saber como pelas barbas de Merlin fora parar tão longe de sua cama.


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Notas finais do capítulo

VEM FOGO NO PARQUINHO AÍ e obg a quem continua aqui dando força a essa lerda que sou eu :D



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