Voz do Coração - Dramione escrita por Tsuno Hyuuga


Capítulo 4
Peripécias do Destino


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desculpem-me pela demora, mas o trabalho corrói meu tempo, sempre que possível escrevo um pouquinho, a fim de poder trazer o capítulo o mais rápido possível para vocês!
Espero que esteja bom! ~Tsuno Hyuuga~



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Já passaram-se três semanas e quatro dias desde a última vez que vi Draco Malfoy e sua verdadeira face, tanta coisa mudou neste período, desenvolvi até um ritual particular para certificar de que tudo o que está acontecendo é verdade, belisco meus braços toda manhã quando acordo, desde que fui admitida em meu mais novo emprego, é algo surreal, no último mês meus muros desmoronaram, e de tijolo em tijolo foi reconstruído diante de meus olhos, a exatamente duas semanas atrás enviei um Curriculum Vitae via correspondência eletrônica para minha antiga instrutora de canto da faculdade, eu e Sra. Weasley sempre mantivemos uma relação amistosa, eramos confidentes, sempre revelava a ela meus segredos mais íntimos, e recebia o mesmo em troca, sentia falta desta espécie de relação, Sra. Weasley trata seus alunos como filhos postiços, é tão gentil e acolhedora, e não duvidaria de forma alguma se alguém fizesse o comentário de que a considera como uma segunda mãe.
No mesmo dia obtive retorno da amável ruiva, aquela mensagem cativante e otimista dizia que seria empregada como Analista Vocal, é um grande recomeço, nesta profissão devemos ouvir atentamente o canto de uma pessoa pré-determinada e classificar todas as notas possivelmente alcançadas por este, Analistas Vocais são importantes alicerces de cantores, apontam suas falhas, pontos fortes, imperfeições, tentando lança-los a magnitude de suas capacidades vocais, dá para entender o por que de isso tudo ser algo surreal diante de meus olhos.

–XX–
Estou sentada em meu escritório dentro da renomada “Arts Academy of New York”, a sala possuí um aroma floral, a mobilia é rústica provavelmente desenvolvida pelo curso de marcenaria, há vasos de plantas nos quatro cantos do ambiente dando um ar pitoresco ao local, em uma das paredes está esposto um enorme quadro com a imagem de uma garota com roupas de inverno, a neve cai imponente sobre seu corpo, em sua mão direita está uma folha impressa e na esquerda está a alça de uma pequena bolsa marrom que toca o chão branco, seu rosto é vazio, como se o idealista não quize-se que conhecessemos a fisionomia de seu rosto, sem dúvidas é uma bela pintura memorável.
Lanço meu olhar em direção a garota sentada a minha frente, ela possui olhos negros puxados e cabelos estremamente lisos da mesma coloração de sua íris, pelo seu sotaque torna-se inconfundível e inesquecível, Cho Chang a intercambista vinda da China, ela havia vindo ao meu encontro na última semana para realizar uma análise. Reviro os papéis na mesa selecionando aquele que continha seu nome entregando-o a ela.
– Xièxiè, Obrigado – Ela responde levantando-se da cadeira, presumo que a primeira palavra que disse tenha sido a segunda, mas em seu idioma matriz. Balanço a cabeça em reverência e armo um sorriso enquanto ela se distância em direção a porta fechando-a ao sair.

–XX–

Aproximadamente quinze minutos depois alguém entra novamente em meu pequeno escritório, é a Sra. Weasley, sua vestimenta é rudimentar, sapatos bege antiquados, meias grossas de lã num tom verde esmeralda, uma espécie de saia xadrez e pra finalizar um casaco feito do mesmo material de suas meias, pressumo que ela mesma os tricotara. Ela aproxima-se e apoia-se na cadeira a minha frente.
– Mione – Ela respira profundamente antes de prosseguir. – Lembra-te de Luna? – Como não lembraria, penso comigo mesma, Luna Lovegood era um prodígio, a garota mais bondosa e que guarda para si mesma muita compaixão, ingênua e pura, livre de toda a maldade do mundo, alvo de toda a inveja e o pessimismo imposto por seus colegas de curso que não possuem um pingo de misericórdia no corpo, não poupando sibilações para se sobreporem a pobre garota. Balanço a cabeça em concordância. – Pansy Parkinson caçoou ela, humilhando-a publicamente em frente ao corpo docente, durante o coro de inverno, ela e seus seguidores lançaram tomates na senhorita Lovegood, preciso que a encontre Mione, não sabemos seu paradeiro, ela correu em direção ao prédio onde ficam os cursos manuais de pintura, costura e escultura, você saberá aconselha-la melhor do que eu, você pode ajuda-la! – Sra. Weasley termina a frase apertando minha mão, transpassando força e confiança para mim. Olho em direção a ela e sorrio tentando expressar um sim. Pego uma folha de papel e uma caneta e caminho em direção a saída.

–XX–

O complexo das artes manuais é o mais distante e recluso do campus universitário, minha respiração é apressada devido ao longo percurso que percorri até a localidade que deveria ir. Começo a me questionar onde iria caso fosse Luna Lovegood, decido percorrer os corredores bisbilhotando pelo vitral central de todas as salas de aula procurando pela garota, a grande maioria está vazia e com as luzes apagadas.
O prédio é bastante vivido, repleto de quadros de todos os tamanhos e imagens possíveis, figuras de barro, cerâmica e gesso, e cortinas maravilhosas, provavelmente todas estas peças artísticas foram desenvolvidas pelos alunos dos cursos manuais, fico encantada como coisas tão simples podem tornar-se complexas.
Luna decididamente não está no primeiro andar, subo dois lances de escada parando no segundo andar do local, meus passos são lentos por que todas as luzes do ambiente estão apagadas, viro o próximo corredor e avisto uma luminosidade advinda de uma sala não muito distante, decididamente têm alguém lá, começo a ficar aliviada por que a garota deve estar lá. Aproximo-me cautelosamente, com um suspiro leve e passos asonoros para passar despercebida. Miro meus olhos pela pequena janela situada na porta, Luna está lá, mas a cena é estranha e inquieta, parece falar sozinha, forço meus ouvidos para compreender o que ela está falando:
– É tão bonito, as curvas, e os detalhes são tão imponentes, você tem o dom de juntar pinta e papel e fazer mágica, quando vejo seus trabalhos, meus olhos se enchem, e por um momento esqueço de todas as perturbações, e de todo o pessimismo que enfrento todos os dias, você é um ótimo amigo, não sei o que faria se não pude-se vir a seu encontro quando as coisas ruins acontecem, não sei o que seria de mim se vie-se até aqui e não o encontra-se Draco. – Draco? Mudo meu campo de visão para o restante da sala, ele está lá, defronte para uma tela, com uma paleta de cores na mãe esquerda, e um pincel sobre a direita.
Meus batimentos aceleram, Luna não precisa de mim, Draco oferece todo o aparato de que a garota precisa para sentir-se melhor, será que era por isso que ele havia me pedido para levar o avental naquele dia terrível? Minha cabeça fervilha em perguntas e respostas, perco-me em meus pensamentos momentaneamente, e um baque subito enegrece meu corpo, meu coração palpita fortemente e corro, corro em direção do local em que minha mente se fixa. Depois de alguns minutos minhas pernas já doem, não posso parar, não até chegar aonde preciso estar.
Minhas pernas só cessam no instante em que cruzo a porta de minha sala, estou taquicardica e taquipneica, lanço meus dedos no quadro vagueando em busca da assinatura,está escrito: Draco Malfoy.
Agora faz sentido, como o destino pode nos pregar peças, lançar-nos em uma cama de gato, onde as respostas pairam diante nossos olhos despercebidas, aquela garota na pintura sou eu, eu no dia em que cruzei a porta da loja de artesanatos, munida com minha bolsa e o Curriculum!

–XX–


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Notas finais do capítulo

Comentem, Favoritem ou Acompanhem por favor! Necessito saber a opinião de vocês! E isso também me deixa super feliz! ~Tsuno Hyuuga~



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