OliverQueen.

Observei Felicity acariciar os cabelos de Eve, minha menina estava dormindo profundamente ao lado da mãe, já estávamos no hotel novamente depois de Eve insistir tanto o médico acabou dando alta para ela, provavelmente por não querer ouvir mais seus “Porquês” .

Mesmo elas afirmando que agora estava tudo bem, eu sempre me culparia por aquilo. Foi um erro que eu espero nunca mais cometer.

− Seu celular está tocando. – Felicity murmurou de olhos fechado um sorriso pequeno bailando em seu rosto, respirei fundo saindo do meu topor peguei meu celular rapidamente antes que o toque acordasse Eve.

− Oi Thea.. – sussurrei enquanto caminhava para outro cômodo.

− Ollie, precisamos de você aqui em Starling. Eu sinto tanto em estragar suas férias, eu sei o quanto queria passar um tempo com a Eve, mas mamãe está louca pedindo por você.. – ela se lamuriou, seu tom deixando claro que ela estava escondendo algo.

− O que você não está me contando Thea?

− Mamãe teve um ataque do coração.. – arregalei os olhos assustado. Minha mãe sempre aparentou ser tão forte, quase nunca adoecia e quando adoecia não era tão grave quanto isso.

− Estarei em Starling o mais rápido possível. – respondi e logo em seguida desliguei o celular, passei a mãos pelos cabelos imaginado a loucura que deve estar em SC, levei um susto quando vi Felicity encostada no batente da porta.

− Você parece tenso. – murmurou se aproximando o bastante para que eu pudesse abraçar sua cintura, não falamos do beijo que tinha acontecido no hospital talvez ela tenha se arrependido.

− Eu preciso voltar para Starling Felicity..

− O que aconteceu Oliver? Foi algo com a Thea, Tommy?.. Oh céus não diga que foi com a Sara? Oliver falar alguma coisa você está me deixando angustiada. – ela murmurou rápido demais se afastando de mim, os olhos dela beirando preocupação.

− Não aconteceu nada com nenhum deles Felicity. Minha mãe teve um ataque do coração. – sua boca se abriu levemente e eu senti uma incrível vontade de beijá-la.

− Oh sinto muito, vou arrumar minhas coisas e as de Eve. – neguei brevemente com a cabeça.

− Eu prometi uma viagem para Disney para ela, a semana está longe de terminar Felicity. Você fica com ela.

− Oliver, essas férias tem apenas um propósito..

− Deixar Eve feliz. – a interrompi sua boca se abriu em protesto, mas me antecipei e colei nossos lábios em uma bitoca rápida, o bico que ela fez após me deu coragem para beijá-la como queria. Minha língua se abrigando em sua boca se familiarizando com a sensação tão natural que só sentia quando estávamos juntos, meu coração se assemelhava a uma bateria de roqueiro.

− Você fica mais esses três dias aqui nos veremos em Starling novamente.

− Tenho medo.. – confessou acariciando minha nuca, franzi a testa com sua declaração repentina.

− Medo de quando voltarmos para Starling e ver que tudo isso não passou apenas de.. Férias. – pude ver todo seu receio, ela tinha medo de que quando voltássemos eu voltaria à minha vida de farra.

− Olhe para mim.. Felicity, eu te amo quando você voltar para Starling eu vou estar te esperando de braços abertos vou te receber com todos os beijos que você quiser. Meu amor, tudo o que aconteceu aqui não foi apenas momento, sei que errei bastante mas não vou perder você novamente, me recuso perder você ou Eve. – falei a acalmando, a encarei vendo seus olhos levemente marejados.

− Bom mesmo caso contrário eu vou lhe socar. – retrucou marrenta e eu ri me deliciando com seus beijos novamente.

Na manhã seguinte embarquei cedo, Eve não gostou da ideia era claro mas depois se alegou quando Felicity disse que elas iriam ver a peça da Frozen.

− Vejo vocês em dois dias.. – beijei os lábios de Felicity rapidamente e depois beijei a cabeça da minha menina.

− Comporte-se e obedeça a sua mãe docinho. - pisquei para Eve que sorriu e me mandou beijos imaginários, fingi pegar cada um deles e depositei em meu coração já sentindo falta de estar cada minuto do dia com elas.

A viagem foi tediosa. E cansativa, assim que coloquei meus pés no aeroporto fui bombardeado com repórteres, todos eles perguntando sobre Felicity. Mas eu me irritei com um em questão que perguntou se ela era apenas mais um de meus inúmeros casos.

− Vou ser bem claro para que não haja mais esse tipo de pergunta. Vocês não tem haver com minha vida pessoal e muito menos com a vida com quem me envolvo, mas se vão lhes deixar mais felizes e parar de me importunar, sim eu estou com Felicity ela é incrível é a mãe da minha filha e é com ela que eu quero passar o resto da minha vida. Felicity nunca foi só um caso, que isso fique claro. – joguei o gravador dele no chão não me importando com suas reclamações.

Peguei um taxi e me dirigi até a mansão a fim de tomar um banho esperando que a água levasse tudo à tensão que eu estava sentindo.. E a saudades, só tinha se passado horas e eu já estava morrendo de saudades das minhas garotas.

No hospital os repórteres voltaram a me importunar, mas não fizeram mais perguntas sobre Felicity, agradeci mentalmente porque não me controlaria caso algum engraçadinho brincasse com isso. Thea foi a primeira que eu vi quando adentrei a sala de espera, ela correu me abraçando.

− Como ela está? – perguntei acariciando seus cabelos.

− Os médicos a sedaram porque estava muito abalada, e ela teve uma parada cardíaca na cirurgia. – dei um suspiro alto a apertando em meus braços. Avistei o papai do outro lado e ele conversava com Malcom Merlyn, não sei por que mais aquele cara era muito estranho. Pelo menos para mim.

− Fel ficou na Disney com a Eve? – assenti para sua pergunta, sentindo meu coração apertar imaginando o que as duas estariam aprontando nessa hora.

− Nós estamos nos entendendo Speddy, até nos beijamos.. Me sinto como um adolescente.

− Já era tempo de vocês se acertarem.. Meu irmão é bobo apaixonado, você merece maninho você e a Felicity merecem toda felicidade do mundo. – ela deu um soquinho em meu braço. Thea sempre quis que voltássemos e pelo sorriso grande que estava em seu rosto, pude perceber sua felicidade. Só não se comparava a minha.

− Vou ver dona Moira. – falei, ela assentiu e saiu pegando o celular provavelmente para contar para Sara ou Roy seu namorado.

Caminhei pelos corredores sem pressa, claro que eu estava preocupado com minha mãe mais quanto menos ela se aborrecer menos ela passaria mal, por isso minha lerdeza ao caminhar até seu quarto, porque sinal ela sempre arrumaria um motivo para ficar zangada comigo. E eu não sei se conseguiria esconder minha felicidade. Quando cheguei a seu quarto, ela estava zapeando pelos canais parecia entediada e nenhum pouco doente, franzi a sobrancelha em dúvida.

− Você voltou com aquela oportunista. – declarou erguendo o jornal e não me encarou.

Adeus ideia de não fazê-la se aborrecer.