Apaixonado Por Um Poste! escrita por bubbigless


Capítulo 19
Pré-jogo


Notas iniciais do capítulo

Buena noite, pessoinhas.
Tudo bem com vocês? *-*
Desculpem a demora >///< Não foi culpa minha, tive vários problemas e tal...
Maas, sem mais delongas...
Aproveitem!
E, obrigada a quem comentou! Vocês são lindamente incríveis!



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— Que bom que pode vir — Charlie sorriu pra mim, e, por um momento, ao ver aquelas covinhas em minha direção, eu simplesmente esqueci-me de tudo que Levi e Leon falaram de mal do meu moreno, e ele voltou a ser o cara perfeito que minha mente havia formado por conta própria.

Repeti sua ação, com um leve sorriso torto como resposta.

— Eu achei que minha mãe não ia deixar — admito, colocando um pouco da pipoca que o Ducan havia me dado na entrada na boca. — Afinal, amanhã tenho aula...

— Tomara que ela não fique com raiva de mim — ele solta um riso. — Atrapalhando os estudos do filhinho dela — aperta minha bochecha em tom de deboche.

Ei... — reclamo, e, por um curto momento, olho naquelas safiras intensamente, e ele faz o mesmo com meus olhos castanhos. Só com essa troca de olhares meu coração já dá um pulo dentro do peito. — Não sou o filhinho dela.

— É sim! Só pelo jeito que ela te olha, já dá pra notar o quanto você foi mimado!

— Eu não era mimado... — começo a ficar emburrado.

— Essa sua cara fechada diz outra coisa — aperta minha bochcha.

— Deixa pra lá — reviro os olhos, querendo mudar de assunto. — Aliás, onde está o Carl?

— Provavelmente não queria ficar de vela — murmura na maior cara de pau.

— Ele não ia — retruco, dando meu melhor sorriso provocante.

— Ah é? Não ia? — diminui o pouco espaço que havia entre nós, se arrastando pela arquibancada e juntando nossas coxas. Seu braço tomou meus ombros, e minha cabeça encontrou seu peitoral. Solto um suspiro sonhador sem querer, tirando risos de Charlie. — Tem certeza, amorzinho?

— Talvez — dou ombros. — E... Não está doendo? — me refiro aos nossos corpos muito juntos.

— Hum? — sinto a respiração calma do moreno no topo da minha cabeça, o que me faz sorrir.

— Você. Seu corpo. Machucado. — digo o óbvio. — Esqueceu é?

— Ah! — riu. — Já estou melhor, está lembrado?

— Faz só dois dias que você apanhou.

— Tenho um metabolismo rápido.

— E eu tenho quase certeza que você não tem a mínima do que acabou de falar.

— Você está começando a entender como as coisas funcionam — nós dois rimos ao mesmo tempo. — Ei — murmurou me fazendo olhar pra cima, encontrando seu olhos azuis me encarando.

— O que? — sussurro.

Ele se curvou e tocou meus lábios rapidamente. O selinho foi tão rápido que acho que foi impossível alguém mais notar aquilo.

— Você é tão espontâneo — comento, sentindo meu rosto esquentar minimamente.

— E você tão monótono — ele diz com desdém. — Mas eu gosto disso.

Dou ombros, não tendo mais nada de interessante a dizer, e ficamos em silêncio. Mas não um silêncio desconfortável, mas sim um reconfortante, no qual pensamos em tantas coisas, que não sobra tempo para falar. Talvez coisas diferentes, talvez iguais.

— Quando a Cam vai jogar? — indago baixinho, por que eu sabia, que se continuasse a pensar, acabaria lembrando de Levi e Leon novamente, e a perseguição deste assunto já estva me irritando. Passo os olhos pela quadra, e noto que havia apenas alguns homens velhos com prancheta rondando o lugar. E, para uma terça feira a noite, havia bastante gente nas arquibancadas.

— Daqui a pouco, eu acho — ele explica. — Por que? Já está com sono? — zombou.

— Claro que não — me defendo. — Só estou entediado.

Charlie pareceu pensar, levando a mão direita nos fios escuros, jogando-os para trás. Achei aquele momento extremamente sexy, e fiquei fitando-o sem nem mesmo disfarçar. Após alguns segundos, ele sorriu e pegou minha mão.

— Tenho uma ideia, vem comigo — diz simplemente. Nos levantamos, e me deixo ser guiado pelo mais velho. Descemos toda a arquibancada e fomos em direção á uma porta que ficava bem no fundo.

— Ei, aonde vamos? — finalmente pergunto.

— É surpresa.

— Por acaso é muito longe? — indaguei, levando em conta que ali era a saída dos fundos.

— Claro que não — ele nega. — Se fosse muito longe, não daria tempo de voltar pra ver minha irmã jogar — solta um riso.

— Ah... É...

Dou ombros, e, quando dou por mim, já estamos fora da quadra. Eu havia me enganado, aquela porta não levava para fora, na verdade, ironicamente, havia outra quadra, cercada por muros pintados de branco, porém, era bem menor que a do lado de dentro, como se fosse um pequeno lugar para treinamento.

— O que é isso? — pergunto, confuso pelo motivo dele ter me levado até ali.

— Hum... Isso... É uma quadra...? — solta meu pulso calmamente. Coloquei o pacotinho de picoca no chão, encostado na parede e comecei a analisar o lugar.

— Tá, Charlie, isso eu entendi, mas por que estamos aqui? — questiono.

— Hum... Você disse que estava no tédio — ele diz. — E me lembrei deste lugar...

— Você vinha muito aqui?

— Eu fazia futebol aqui quando era mais novo — responde com um sorriso nostalgico. — Mas quando estava com preguiça de jogar, ficava aqui, jogando um game portátil.

— Você cabulava aula até de futebol? — solto um riso.

— O treinador era um saco — ele dá ombros. — Mas, agora, vem cá — vai até o meio da quadra e pega uma bola de basquete.

— Eu não...

— Vem, vamos jogar — pede com jeitinho. — Por favor.

Encaro aquelas safiras brilhantes, como se ela me impedissem de negar.

— Mas...

— Mas? — franze a testa.

— Não... Sei jogar — admito.

O sorriso de Charlie se larga mais ainda, se tornando um tanto malicioso.

— Eu te ensino, então, Sebastian.

— Muitas pessoas já falharam tentando me ajudar — alerto andando até ele. — Porém, se você insiste...

Eu serei seu melhor professor.

Dou de ombros para disfarçar meu arrepio diante aquela frase e fico parado á sua frente, vendo-o quicar a bola agilmente. Após algum tempo, ele a joga em direção a cesta, acertando-a perfeitamente.

— E você quer que eu faça isso? — bufo.

— Claro, é fácil.

— Desculpe, Charlie, mas isso vai ser uma missão impossível.

Ele riu e correu para pegar a bola novamente, voltando e entregando-a para mim. Neste processo, nossas mãos se tocaram levemente, e como consequência nossos olhares se encontraram mais uma vez.

— Vai... Tenta. É só mirar naquela tabela que fica em cima — sorri se posicionando atrás de mim.

— É só isso? — pergunto.

— Ahãm, e... Ah! Faça esse movimento com as mãos — ele me mostrou o tal movimento lentamente com as mãos, dizendo que era daquele modo que se jogava em direção á cesta.

— Tudo bem — suspiro.

Jogo a bola. Erro feio.

— Foi a primeira vez — Charlie me acalma. — Tenta de novo.

Faço o que ele mandou, e, novamente, a bola passa longe da cesta.

Mais uma vez, e outra.

Depois da décima tentativa, eu simplemente jogo a bola longe.

— Eu desisto — bufo. — Isso é impossível!

— Ah, mas já vai desistir? — ele coloca uma mão em meu ombro.

— É difícil! — suspiro.

— Mas...

— Parou, Charlie! Não vou tentar, tá?

Ele sorriu.

— Own, tudo bem irritadinho. O que quer fazer então?

Torço meus lábios em um sorriso e envolvo seu pescoço com meus braços, puxando-o para mais perto.

Isso...


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