Kate caminhava a passos largos e rápidos, não acreditava no que via a SUV do seu noivo pegando fogo. Ela percorreu todo o caminho rapidamente, até chegar a 100 metros de distância do carro, onde ela não poderia mais avançar. Ela caiu no chão, onde desabou no choro. Ela viu horas de água que vinham da mangueira do bombeiro em sua direção tudo o que ela conseguiu dizer foi só uma frase, bem na verdade duas.
-Ele não está aqui. Ele não está dentro do carro. Disse ela desesperadamente meio chorosa.
Eu já meio tonta mal consegui terminar de subir o resto das escadas, no último andar Alexis me apoiou em um de seus ombros para que eu conseguisse chegar até o lugar onde Lanie, Ryan, Jenny, Esposito e meu pai estavam.
-Katie como está se sentindo?
Meu pai me encarava esperando uma resposta.
-Eu.... Não consegui sequer dizer o que estava sentindo. Eu sentia um enjôo torturante, um vazio que parecia que não acaba mais, e minha cabeça estava "girava" muito confusa.
-Querido acho melhor levá-la um hospital ela não está bem. Martha se direcionou a Jim.
-Não. Soltei um grito ensurdecedor.
-Mas Kate. Insistiu Martha me encarando confusa.
-Não é não. Me deixem. Disse eu me libertando dos braços de Alexis encarando Martha e meu pai ao mesmo tempo.
-Amor deixa ela. Ela infelizmente não escuta ninguém. Jim foi abraçar Martha.
-Como vocês conseguem pensar em vocês mesmos minha irmã morta e meu noivo sei lá onde com frio, sede, medo, fome ou até morto. Em um instante a raiva tomou conta de mim e depois veio a tristeza como podem dois sentimentos tão opostos tomar conta de uma pessoa só. Eram esses dois sentimentos que tomavam conta de mim com raiva já desaparecendo.
-Kate olha para mim please. Pelo seu bem e da filha da sua irmã e por amor ao meu pai,por favor me prometa que você não vai para o fundo do poço de novo. Alexis me encarava com uma expressão suplicante.
Não consegui responder apenas assenti e concordei. Não sei porque eu concordei com algo que eu sabia que não iria dar conta de cumprir.
Kate saiu dali e foi em direção ao cemitério onde estavam enterrados a mãe Johanna e a irmã Charlotte.
Sentou no meio onde do lado direito dava acesso ao túmulo de Johanna e do lado esquerdo de Charlotte.
-Hey vocês não sabem como sinto falta de vocês. Mamãe eu peço mil e uma desculpas por não ter protegido minha irmã como deveria, sei que elas de nada vão adiantar. O futuro nunca poderá mudar o passado.
Me desculpe Charlotte eu nunca fui capaz de proteger para que você pudesse pegar a sua filha Alice no colo, eu nunca tive coragem de contar para ela a verdade, ela é tão pequenina ainda.
Seis horas depois no loft.....
-Katie por onde você andou? Perguntou Jim todo preocupado.
-Fui até os túmulos da mãe e da minha irmã. Porque pai porque justo com ele o único já perdi minha mãe, minha irmã e agora ele. Eu sei que sou estúpida eu nunca consegui proteger minha irmã. Espera só a Alice crescer ela irá me odiar para sempre por eu nunca ter conseguido proteger nem o pai adotivo e nem mãe dela.
E ainda mais por nunca ter conseguido contar a verdade. Eu sou covarde.
-Querida o que aconteceu com a sua irmã foi uma fatalidade. Ou por acaso você é médica? Ela morreu no parto e nada poderia ser feito. Você fez tudo o que estava ao seu alcance e está fazendo cuidando do nosso anjinho junto com o Castle. E quanto ao Castle não tem jeito de 24 horas, 7 dias, 365 dias do ano na cola dele.Jim olhava Kate.
-Seu pai tem razão Katherine. Dizia a voz de Martha vinda da cozinha.
Beckett foi até o ateliê onde trabalhava com o noivo, destrancou a porta e entrou ao olhar para aquelas esculturas que e passou um filme da sua vida em sua cabeça o momentos de sua infância, investigava crimes ao lado do rei de mistérios que havia largado os livros para fazer maravilhosas esculturas, o momento em que largou a polícia para dedicar a atividade que mais gostava que era pintura em tela, ela é nada mais nada menos que a melhor artista do país, morte de sua mãe e irmã e o momento em que ela e Castle passaram a criar Alice juntos, o casamento de Jim e Martha e especialmente quando Castle a pediu em casamento.
Beckett estava perdida em seus pensamentos e lembranças até ser interrompida pelo seu iPhone que tocava insistentemente.
-Oi Espo. Eu disse me agarrando a um dos objetos, porque a tontura tomava conta do meu corpo.
-Oi Beckett como está? Perguntou ele num tom sério.
-Vou indo. Respondi meio confusa.
-Um vendedor ambulante confirmou o que já sabíamos. Seu noivo foi retirado da estrada com uma batida no carro e alguém colocou fogo. E o FBI já localizou o celular do Castle. Está no desmanche.
-Vou tomar um remédio, e estou a caminho. Obrigada Espo.
Beckett trancou o ateliê e foi em direção a cozinha e tomou um comprimido e em tese o enjôo foi controlado juntamente com a dor de cabeça.
-Não. Eu gritei muito alto ao ver o carro preto com o celular do Castle dentro.
-Calma Beckett nós vamos encontrá-lo. Disse Ryan colocando a mão no ombro dela.
-Toma o seu distintivo e sua arma gostaríamos muito que voltasse para a polícia. Falou Esposito de frente para ela.
Iniciou a caçada ao dono do desmanche que assim que os viu se identificando ser da polícia saiu correndo,Beckett havia ido para um lado e Ryan e Esposito para um outro. Até ela o avistar de longe a correr para cima dele e saltar para cima do sujeito e a soca-lo sem dó. Um, dois, três, quarto, cinco socos até Espo e Ryan aparecer e tirá-la de cima dele e levá-lo algemado para a delegacia.
O interrogatório foi sem maiores surpresas o suspeito realmente tinha um álibi verdadeiro apesar de de Beckett não ter dado trégua ameaçou e torturou o sujeito até Esposito a interromper e falar que ele não tinha nada a ver com o ocorrido. Ela investigou todos nas últimas e primeiras prisões que ela havia feito com ele, chegou a achar que o Tyson ou o senador tivesse alguma coisa haver com isso mas não achou nada. Chegaram até a acusar Vicent Bianki que ela e o Castle acusaram de terem matado o melhor amigo no século 19 mas nada. Chegaram a pensar que talvez fosse por vingança mas o cara também tinha o álibi verdadeiro.
-Beckett você sabe a minha opinião sobre a sua saída da delegacia. Disse Gates tocando no ombro dela.
-Obrigada Senhora. Ela sorriu falsamente.
-E já ia esquecendo o agente federal está aí e quer tudo sobre o caso e o senhor Richard Castle. Disse Gates a encarando.
Beckett após dar todos os detalhes sentou na mesa em que era sua e começou a ligar para hospitais, delegacias, manicômios todos os locais e foram assim por 5 meses. Até Beckett chegar em casa tarde da noite um dia chuvoso que decidiu não fugir mais e fazer o teste de gravidez.
Martha a esperava no quarto sentada na cama com os 10 testes de gravidez. Beckett os pegou e hesitou no banheiro respirando fundo pensando em Alice e Castle como eles ficariam felizes em ter um bebê em casa, até notar que havia lágrimas em seu rosto. Ela decidiu não perder mais tempo e fez o teste e saiu do banheiro em lágrimas, na direção de Martha.
-Deu positivo eu estou grávida. Disse eu meia confusa esta notícia era nova demais pra mim.
-Parabéns minha querida. Disse Martha também em lágrimas.