Cinderela and the prince. escrita por Gio Petrova


Capítulo 1
Cinderela and the prince. — Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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Ela havia dançado a noite toda. Girado e girado inúmeras vezes e o sorriso brilhante do príncipe apenas a encorajava a continuar. Talvez a boca dele estivesse perigosamente próxima a sua e o hálito quente dele em seu pescoço não a ajudava a se lembrar que deveria estar em casa quando fosse meia noite.

O relógio bateu. Estava na sua hora. Não poderia se despedir do príncipe, nem dar qualquer satisfação a ele. Deveria correr.

Soltou-se dele e suspirou pesadamente. Lágrimas juntaram-se ao canto de seus olhos e ela não olhou para trás.

Ainda não entendia a questão do bibidi-bobidi-bu, mas agradecia fervorosamente a sua tal fada madrinha. Se ela merecia aquilo? Talvez não. Mesmo sofrendo tanto com suas irmãs e sua madrasta, ela havia dormido com Nicolas – namorado de sua irmã – e também não era flor que se cheire.

Correu tão rápido que seu coração estava acelerado e podia sentir as gotículas de suor se formar em sua testa. Sentiu algo saindo de seu pé. Talvez fosse o sapatinho de cristal. Mas não podia dar-se o luxo de conferir.

Olhou para baixo e pode ver o efeito do feitiço que formava seu vestido se dissipar como uma névoa. Seu cabelo já não estava mais preso como antes, agora assumia seu efeito meio liso/meio ondulado e temia que sua carruagem tivesse virado abóbora, como a fada havia dito.

Mas a voz do príncipe fez suas pernas pararem. Seu coração se acelerar ainda mais. E seus lábios formarem um sorriso involuntário.

— Ei, princesa! — ele gritou. — Parece que esqueceu algo.

Naquele momento ela olhou para trás. Esqueceu as instruções da fada madrinha e estava pouco se fodendo para a hora ou para como ela estava começando a parecer a dita gata borralheira.

Ele estava com seu sapato na mão. O seu lindo e precioso sapatinho de cristal.

Ela queria muito voltar para pegar e talvez se despedir corretamente do príncipe, mas ela não podia.

— Preciso ir. — continuou descendo, mas o príncipe foi mais rápido e segurou seu braço.

— O que está acontecendo com seu vestido? Com seu cabelo? — nesse momento, as lágrimas que Cinderela segurou na hora de partir, caíram por todo seu rosto.

Ela sentou em um dos degraus da escada e escondeu o rosto entre as mãos.

Seu vestido já não era mais brilhante e azul e sim o vestido rosa que suas irmãs tinham estragado. Olhou para baixo e suspirou. Suas pernas e braços nus a faziam tremer de frio. O príncipe percebeu aquilo e tirou seu paletó, cobrindo os braços de Cinderela. Sentou ao seu lado e a abraçou de lado.

— Tudo bem se não quiser falar. — sorriu sem mostrar os dentes, Cindy permanecia calada.

— Provavelmente eu não conseguirei voltar para casa, já que vossa Alteza me atrasou. — disse ríspida. — E minha madrasta vai me matar. Provavelmente. — acrescentou e riu sem humor.

— Não precisa voltar hoje. Pode dormir comigo. — falou e deu um sorriso de lado. Era certeza que não dissera aquilo sem maldade.

Ela queria dizer sim sem pestanejar. Queria se jogar em seus braços e dançar novamente, até a luz do dia. Mas ela tinha coisas para lidar, ela tinha a realidade. Bem, digamos que uma realidade com fadas madrinhas não é bem “realidade”, mas ainda sim ela tinha a madrasta e as irmãs para lidar.

Olhou de relance para trás e viu Anastácia dançando com alguém. Provavelmente algum duque ou algo parecido.

— E aquela é Anastácia, minha irmã.

— Bonita. — Cinderela revirou os olhos. Ele tinha razão. O cabelo ruivo contrastava com seus olhos verdes e seu corpo era de dar inveja. — Porém, pode ter certeza que você é muito mais, loirinha.

Ela sorriu ao ouvir aquilo, porém continuou preocupada em sua irmã poder vê-la.

— Se ela me ver, adeus Cindy.

— Então seu nome é Cindy?

— Cinderela. E eu preciso sair daqui.

— Tudo bem.

Henry se levantou e puxou Cinderela pela mão livre e correu com ela até o jardim dos fundos do castelo. Ela se abaixou e apoiou as mãos no joelho, visivelmente cansada. O caminho até lá era longo e correr com apenas um pé de seu salto não era algo muito confortável.

Respirou fundo, buscando o máximo de ar que conseguia, enquanto Henry ria dela. Levantou-se e bateu no braço dele.

— Não se deve bater em sua Alteza.

— Eu não ligo.

Henry revirou os olhos pela primeira vez em toda a noite, enquanto Cindy fizera aquilo oito vezes. Olhou em volta e puxou Cinderela para trás de uma árvore. Ela o seguiu sem dizer uma palavra.

— O que estamos fazendo aqui?

Henry a calou com um beijo, um beijo calmo, mas ao mesmo tempo cheio de desejo. Cindy entreabriu a boca, dando passagem para ele aprofundá-lo. Colocou as mãos em sua nuca e arranhou de leve o local. O príncipe colocou a mão em suas cochas, dando impulso para que ela subisse em seu colo e cruzasse suas pernas ao redor dele. Ela sorriu e acariciou a bochecha dele com o polegar.

— Acredita que eu queria fazer isso desde que me puxou para dançar? — Cindy perguntou sorridente.

— Claro que sim. — falou e a carregou no colo, como alguém carrega uma criança, até a entrada dos fundos do castelo.

Ao chegar às escadas, colocou-a no chão e segurou sua mão. Começaram a subir as escadas e novamente Cindy se sentiu cansada, mas decidiu não comentar com o príncipe. Continuou subindo até chegar perto do quarto do príncipe.

Dois seguranças estavam parados na porta.

— Quero vocês dois longe daqui, mas mantenham a guarda. — ele disse sério.

— Por favor. — ela disse com um sorriso cativante e os guardas assentiram.

— Sim, vossa Alteza e garotinha. — um deles disse e saiu.

Henry sorriu ao ver os guardas se afastarem e abriu a porta do quarto.

Cinderela não prestou atenção nos detalhes do quarto. Apenas fitou a enorme cama do príncipe.

Ele colocou o sapatinho que ainda estava em sua mão no chão e encaminhou Cindy até sua cama. Deitou-a lá e retirou seu outro sapato. Cinderela sentou-se na cama, de costas para ele, que desabotoou seu vestido apressadamente e o tirou. Há essa hora, Cindy estava apenas de calcinha.

Virou-se de frente para o príncipe e desabotoou sua blusa, enquanto ele fitava seus seios. Tirou a blusa dele e em um rápido movimento ele a jogou na cama. Beijou sua barriga e subiu até seus seios.

Roçou a barba extremamente bem feita no local, o que fez Cinderela suspirar. Enfiou os dedos no cabelo do príncipe, que abocanhou seus seios de forma nem um pouco delicada.

Ele tinha certeza que Cindy não era virgem. E ela não era. Mas gostava de parecer inocente, quando na verdade, sua mente pensava coisas além da imaginação de qualquer um.

Ela não contou as horas, mas tinha certeza que ficaram um bom tempo revirando na cama e também se lembrava perfeitamente dos beijos que o príncipe a dera para abafar seus gemidos. Lembrava-se também de seus toques e como eles a faziam arfar.

Acordou com beijos no pescoço e sorriu, mesmo que de olhos fechados.

— Vossa Alteza. — sussurrou com a voz rouca, por ter acabado de acordar. — Eu estou tão ferrada.

Henry riu e a beijou novamente, porém desta vez na boca.

— Podemos descer para tomar café, princesa.

— Eu não sou princesa. — disse e se sentou na cama.

— Quem te disse que não? — falou e Cindy sorriu. Sorriu como nunca havia sorrido antes.

Ele havia escolhido ela para ser sua princesa, sua rainha.

Jogou os braços em volta de seu pescoço e o beijou. Suspirou e sorriu novamente.

— Obrigada. — disse com lágrimas nos olhos. Lágrimas de alegria. — Obrigada mesmo.

Que importa se o mal lhe atormenta, se o sonho lhe contenta e pode realizar-te?”


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Notas finais do capítulo



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