Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 18
I really love you.


Notas iniciais do capítulo

OPA, voltei! Demorei pra postar porque estava meio sem ideia do que escrever dessa vez, mas me veio um súbito e aqui está! Espero que vocês gostem!
Ps: Se houver algum erro de linha do tempo, perdão.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/633889/chapter/18

NARRAÇÃO: Isabella Swan.

Diferente do que eu achava, as regras impostas pelo meu pai não foram a pior coisa do mundo. Edward trabalhava na semana, e durante o fim de semana ele podia me cortejar, meu pai ficava meia hora no observando, e então nos deixava livre. Eu e Edward não nos beijávamos em público, mas não quer dizer que não acontecia. E cada vez parecia melhor, mas nunca era o suficiente.

Mas eu e ele já estávamos começando á ficar cansados disso, então ele me convidou para sair para jantar com ele. Prometeu ao meu pai que correria tudo bem, e que estaria comigo em casa antes das nove da noite, no máximo. Logo tratei de ficar ansiosa, desde o momento em que meu pai concordou com o passeio, até o sábado á noite, quando eu me sentia muito sem graça com aquele vestido horrível e velho. Nunca me importei em estar bem vestida, mas qualquer pessoa fica horrível ao lado do deus da beleza, como eu chamo Edward no meu íntimo. Me pergunto como ele pôde olhar para alguém como eu. Será que Deus finalmente decidiu olhar para mim?

Ouvi as batidas dele, ele sempre dava três batidinhas, nós já sabíamos que era ele quando chegava. Papai olhou para mim, fechando a cara imediatamente. Ele definitivamente adorava Edward, mas algo em seu instinto paterno o obrigava á ser irritante perto dele, mas nenhum de nós três parecia ficar incomodado por isso. Edward até se divertia!

— Boa noite, senhor Swan!- A voz animada de Edward fez meu coração acelerar. Mamãe sorriu para mim e eu imaginei que nesse momento eu estivesse escarlate. Respirei fundo antes de ficar de pé, analisei minha roupa, eu não podia estar desajeitada. Mamãe revirou os olhos e balançou a cabeça.

— Entre, Edward.- Papai disse, sem mais delongas. Edward deve ter concordado com a cabeça, pois logo ele estava nas minhas vistas, e eu não conseguia conter o sorriso aberto, e nem ele. Como sempre, ele estava com um buquê de flores nas mãos, cada vez uma diferente. A de hoje era roxa.

— Boa noite, senhoras.- Edward nos saudou, sempre indo primeiro em mamãe, dando-lhe um beijo no peito da mão, e em seguida vindo em minha direção, repetindo o gesto, e me entregando as flores. Quando ele estava levantando a cabeça, depois de beijar minha mão, o vi piscar um olho, e sorri, me perguntando se ele conseguia ouvir meu coração acelerado. Eu conseguia.

— Se a situação do país de alguma forma ficar ruim, e Charlie perder o emprego, nós vamos ter muitas flores para vender, poderíamos fazer uma floricultura!- Mamãe brincou, estendendo a mão para as flores novas. Edward sorriu, gentil.

— Bem, de qualquer forma esta é a última. A variedade de flores na minha estufa está em seu fim, então eu terei de arranjar outra coisa para trazer sempre que vier. Alguma sugestão?- Edward perguntou. Ele e mamãe se davam muito bem, na verdade eu duvido que qualquer pessoa conseguisse não gostar desse rapaz.

— Que tal algo para a mãe dela?- Mamãe brincou, balançando a cabeça. Edward deu de ombros em concordância.

— É uma ótima ideia.- Ele disse. Eu balancei a cabeça, percebendo que meu coração já batia regularmente e a minha respiração não parecia a de alguém que tinha corrido uma rua inteira. Edward percebeu meu movimento e sorriu para mim.- Está pronta para ir?

— Sim.- Eu disse, aceitando seu braço. Papai ergueu uma sobrancelha e Edward sorriu, como sempre.

— Estaremos de volta antes das dez da noite, eu prometo.- Edward disse.

— O acordo eram nove.- Papai disse, balançando a cabeça. Edward deu de ombros, sorrindo torto.

— Antes das nove, perdão.- Ele disse. Papai concordou com a cabeça e se aproximou de mim, ele analisou meu rosto antes de beijar o alto da minha cabeça.

— Divirta-se, garota.- Papai disse, sentando-se no sofá. Edward se despediu de mamãe e nós saímos de casa.

— Vamos mesmo ter que estar aqui ás nove?- Eu perguntei á ele, torcendo para que ele visse a minha expressão de desespero. Edward gargalhou enquanto dava a partida no automóvel, era o som mais maravilhoso do mundo, eu adoraria poder ouvi-lo em todos os momentos, desde o amanhecer até quando eu me deito. Suspirei, perdendo minha linha de raciocínio.

— Bem, eu não sei quanto á você, mas eu não gostaria de deixar o chefe Swan irritado. Além de ele ter uma arma, ele também é o seu pai. Odiaria ser proibido de vê-la por mais dias.- Ele disse, eu concordei com a cabeça, mesmo que não estivesse satisfeita. Sentei seu toque delicado na maçã do meu rosto e olhei para ele.- Não se preocupe, temos tempo.

Ele me levou á um dos restaurantes mais caros da cidade. Não exatamente da cidade, já que ele ficava um pouco mais distante, próximo á fronteira. O lugar parecia bem reservado e privado, a maior parte das pessoas estavam bem vestidas, e eu olhei para minha roupa como se ela fosse um enorme saco de lixo colorido. Edward percebeu meu desconforto e riu.

— Você está incrível, não se preocupe com isso.- Ele disse antes de falar com o rapaz da recepção e pedir nossa mesa. O rapaz tinha um sorriso aberto, e isso parecia incomodar Edward, apesar de eu não entender o porquê, já que ele estava sendo gentil e adorável.

— Tenham uma boa noite. Em breve nosso garçom virá atendê-los.- O rapaz disse, ainda sem tirar o sorriso do rosto.

— Teremos, não se preocupe.- Edward disse rudemente. Não era do seu feitio ser rude, e eu não conseguia entender porque ele estava agindo dessa forma. Depois que nos sentamos, ele ainda não parecia ter voltado á si.

— Algum problema?- Perguntei, talvez eu tivesse feito algo, o que mais o faria ficar tão irritado?

— Sim, está. Eu não tinha percebido que o nosso horário não era meu único motivo de preocupação essa noite.- Ele disse, fazendo uma careta. Eu o olhei, ainda sem entender nada do que ele dizia.

— E quais seriam as outras preocupações?- Perguntei, ele balançou a cabeça.

— Você devia se ver com mais clareza, você é a criatura mais linda criada por Deus nessa terra, e eu não sou o único que penso isso, aparentemente o rapaz da recepção concorda comigo.- Edward deu de ombros. Antes que eu pudesse assimilar o que ele estava dizendo, um outro rapaz se aproximou com um cardápio, e ele também estava sorrindo, mas dessa vez não parecia exagerado como o outro rapaz. Ele simplesmente fazia o seu trabalho.- O que você vai querer?- Edward perguntou, me dando o cardápio. Dei uma olhada rápida e pedi o primeiro da lista. O garçom rapidamente saiu.

— Eu acho que você está ficando maluco.- Eu disse enquanto assistia ele tirar a parte de cima da roupa. Ele me olhou confuso.- Sobre o que estava falando antes... Acho que quem não vê com clareza é você.- Ele riu.

— Sou muito bom em ler as pessoas, Bella. A maior parte delas deixa as coisas bem á mostra, e qualquer um poderia ver a forma como aquele rapaz olhou para você. Não me admira que seu pai seja tão protetor. Acho que vou ter que andar com você escondido para que as pessoas não a cobicem.- Ele fez uma careta, percebi que ele estava começando á ficar irritado novamente, mas eu o achava absurdo.

— Você é absurdo.- Eu disse e ele riu, erguendo uma sobrancelha para mim.

— Essa frase é minha.

— Não é mais, não se você ficar agindo dessa forma.

— Que forma?

— Como um louco.- Eu disse e ele revirou os olhos.

— Eu não estou exagerando, Bella. Mas, se você lida com isso melhor fingindo que estou, tudo bem. Me pergunto como você pôde ficar sozinha tanto tempo na Inglaterra.- Edward disse, olhando para um pouco que só ele via. Eu balancei a cabeça.

— Você já foi á Inglaterra, sabe como as garotas de lá são maravilhosas.- Eu disse, me lembrando das festas as quais eu era convidada, mas nunca participava. Eu nunca me exporia ao ridículo, eu não me encaixava ali. Edward sorriu.

— E, no entanto, nunca encontrei ninguém com quem eu quisesse ficar para sempre. Tenho certeza que se nos encontrássemos na Inglaterra, eu continuaria só tendo olhos para você.- Ele disse, me deixando vermelha imediatamente. Seu sorriso ficou ainda maior.- Você fica ainda mais bonita quando está corada, sabia?

— Está demorando, não é?- Eu questionei, olhando ao redor, para qualquer coisa que não fosse ele. Não sei lidar com a forma como ele me deixa, e duvido que um dia vá saber. Ele suspirou e eu olhei para ele, percebi que ele estava olhando para o lado, e eu vi uma menina sorrindo para ele.- Você a conhece?

— Adoraria dizer que não.- Ele disse, voltando-se para mim novamente. Ele parecia estar incomodado.

— Más lembranças?- Perguntei, meu coração acelerou. Quem era aquela garota? Ela era tão bonita, e estava tão bem vestida. Eu estava no lugar errado.

— Nada que vale á pena ser lembrado agora. Veja só, aí vem nosso jantar!- Ele exclamou, olhando para o lugar de onde o garçom vinha com um carrinho repleto de comida. Eu mordi o lábio inferior, percebendo que eu estava com mais forme do que imaginava.

— Tenham um bom apetite.- O rapaz gentil desejou, se afastando tão rápido quanto da última vez, mas não antes de Edward agradecer com um sorriso gentil.

— Parece estar maravilhoso.- Edward comentou, olhando para o prato á sua frente. Eu concordei com a cabeça. Estava constrangida com a forma como eu estava desejando comer isso, nada educada. Balancei a cabeça, eu tenho bons modos, eu estudei na Inglaterra.

A comida estava mesmo maravilhosa, e quando estávamos perto da metade, Edward encheu duas taças de champanhe. Eu ergui uma sobrancelha para ele, que sorriu e piscou para mim.

— Sei que não gosta de álcool, não é minha bebida favorita também, mas nós nunca comemoramos nosso relacionamento á sós, imagino que esse seja um bom momento.- Ele disse, eu sorri e estendi a minha taça também.- Ao nosso namoro e futuro casamento.- E fiquei vermelha e ele sorriu.

— Ao nosso namoro e futuro casamento.- Eu sussurrei, ainda sem ter me recuperado da recém vergonha. Tocamos nossas taças, e depois que ele bebeu um gole, ele respirou fundo.

— Eu amo você.- Ele disse, sorrindo torto. Meu coração acelerou, primeiro porque ele estava se declarando para mim em local público, e já havia um tempo desde a última vez que eu tinha escutado isso. Segundo por causa daquele sorriso. Era o meu sorriso, e eu amava quando era dirigido para mim. Sabia que estava muito vermelha, minha bochechas ardiam.

— Tirou o dia para me deixar constrangida, Sr. Masen?- Eu perguntei, me concentrando no meu prato de comida. Edward deu de ombros.

— Para ser sincero, eu tiro o dia para qualquer coisa com você.- Ele disse, voltando á comer também.

Quando terminamos meu estômago estava cheio, eu sabia que não ia aguentar muito mais, mas ele pediu a sobremesa, e eu não podia resistir á uma torta de morango com calda de chocolate. Quando finalmente ele se deu por satisfeito, eu sentia meu espartilho apertar com força. Eu estava começando á ficar com falta de ar, precisávamos andar urgentemente.

— Ainda temos tempo, quer ir para outro lugar?- Ele perguntou quando o garçom se aproximou para buscar nossos pratos. Eu concordei com a cabeça rapidamente, agradecendo pela ideia. Edward pagou nosso jantar e nós saímos do restaurante juntos.- Onde gostaria de ir agora?- Edward perguntou.

— Eu não sei, não saio muito, eu esperava que você soubesse todos os bons lugares para ir.- Eu dei de ombros, ele pensou um pouco enquanto caminhávamos na direção do automóvel, e então deu a volta, ficando na minha frente.- O que foi?

— Você já foi á um cinema?- Ele perguntou, animado. Eu arregalei os olhos.

Quando o cinema foi inventado eu estava ansiosa para ir, mas então veio a guerra, e as pessoas não estavam interessados em arte, ninguém mais se importava com o cinema. Além disso, eu tinha muito o que fazer, muito com o que me preocupar, muito com o que estudar, então eu acabava ficando sem tempo na Inglaterra.

— Nunca! Tem um cinema aqui em Chicago?- Eu perguntei, ficando tão animada quanto ele, que concordou com a cabeça ansiosamente, pegando meu braço novamente e me guiando pelas ruas.

Muitos casais passavam por nós, a maior parte deles tomando sorvetes. Todos pareciam felizes e apaixonados. É claro que a boa fase do nosso país tinha trazido muita alegria, principalmente depois de toda a preocupação com a guerra, todas as mortes por causa da gripe. As pessoas estavam preocupadas em ser feliz agora, e elas tinham, finalmente, voltado á amar o cinema. Eu sempre o amei, mesmo sem nunca ter ido.

— Papai me levou ao cinema antes de a guerra começar, ele me disse que não havia no mundo nada mais mágico do que isso, e eu prometi á mim mesmo que eu levaria todas as pessoas que eu amasse para ele. Não acredito que demorei tanto para trazê-la aqui.- Ele falou, parecendo inconformado e feliz ao mesmo tempo. Paramos na frente de uma construção iluminada e ele sorriu.- Vamos?

— Claro!- Eu disse. Edward comprou nossas entradas e sorriu abertamente para mim, ele parecia mais ansioso do que eu, e eu não conseguia não sorrir. Claro que eu também estava ansiosa, era a minha primeira vez, mas era normal. Ele não, ele devia estar acostumado, mas estava ansioso como se fosse a primeira vez.

— Você é muito fofo.- Eu disse, apertando a bochecha dele. Edward pareceu agir por impulso, e de repente ele estava me beijando. Eu senti o ar suspender ao nosso redor, e as coisas não existiam mais, nada além de nós dois existia. Ele se afastou e um sorriso maroto brincou nos seus lábios.

— Eu realmente amo você.- Ele se declarou novamente.

(…)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ME AJUDEM Á ESCREVER! Me digam: O que vocês querem ver no próximo capítulo?