Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 1
Right person.


Notas iniciais do capítulo

"Não sei ao certo se acredito em destino. Mas posso dizer que ás vezes aquilo que você mais deseja vai cruzar sua vida determinado a te evitar a qualquer curto. E, ainda assim, de algum jeito, você descobre que é suficiente para fazê-lo ficar." Maxon, A Seleção.



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Narração: Edward.

Sempre achei, e sonhei, que seria um soldado do exército. Era nobre, algo que custaria a sua vida. E eu daria a minha vida para proteger a vida de milhões, como fizeram todos aqueles que se alistaram para a Grande Guerra. Era frustrante ler sobre todas as coisas incríveis - e terríveis - que aconteciam com o passar dos dias, pois minha real vontade era de vivenciá-las.

É claro que os meus pais abominavam a minha ideia. Minha mãe, por eu ser seu filho único e ela jamais aceitaria que eu a abandonasse para morrer. Ás vezes ficava um pouco magoado pela sua falta de fé em mim, mas nem sempre eu mesmo tinha tanta fé em mim quanto aparento, então relevava. Já meu pai, bem... Ele é um homem duro. Acredito que um dos grandes motivos para que ele não me deixasse, de forma alguma, entrar para o exército seria que sou seu sucessor nos negócios da família. Não me vejo tratando de papéis em um escritório, mas ele sim. Isso também me magoa um pouco, será que ele acha que eu sou tão pouco, tão menor, á ponto disso? Não estou dizendo que papai é pouco ou menor, mas eu com certeza sou algo á mais.

Além desses motivos, eu ainda não completei 18 anos. Na verdade, completei 17 pouco tempo após o fim da guerra, e de presente de aniversário eu fui amaldiçoado por uma pandemia que se espalhou por todo o país, e alguns outros países também. Nunca me senti tão mal, acreditei verdadeiramente que morreria. Não queria morrer sem ter feito nada de realmente bom, não queria morrer sendo só mais uma pessoa que pegou aquela doença miserável. Eu não era um miserável e me recusava á ser.

Alguém lá em cima deve ter me ouvido, porque eu e meus pais - que também foram afetados pela doença, graças á mim - nos curamos depois de algumas semanas. Vimos pessoas morrerem aos milhares na Guerra, e vimos mais pessoas morrendo ao nosso lado, do lado das nossas camas. Não sei como estamos vivos hoje, mas mamãe me diz que tenho que ser plenamente agradecido pelas graças que o Senhor tem nos dado. Não sou religioso, mas acho que ela tem um pouco de razão quanto á isso.

Agora tudo vai bem. O fim da guerra trouxe milhares de vanglorizações para o país, todas as pessoas parecem estar com um humor maravilhoso. Menos eu.

— Você devia ir á festa da Srtª Stryder, querido. Ouvi dizer que muitas moças de respeito estarão lá. Quem sabe não é hoje mesmo que meu filho encontra o amor da sua vida?- Mamãe falava com tanta animação que me dava ânsia de vômito. Eu fiz uma careta e revirei os olhos, fazendo-a suspirar triste.

— Não me leve á mal, mamãe. Mas não é de grande vontade minha me casar tão cedo, muito menos encontrar um amor para toda a vida. Quem sabe outro dia?- Perguntei, tentando manter meu tom de voz o mais amigável possível. Não queria magoar mamãe. Mesmo assim ela suspirou.

— Você não está pensando naquela loucura de se alistar novamente, está?- Ela perguntou, olhando para mim com intensidade. Papai tirou os olhos do jornal para olhar para mim, eu suspirei, olhando para qualquer ponto que não fossem os olhos da Sra. Masen.

— É loucura só para a senhora.- Eu disse e mamãe bufou, papai revirou os olhos, dobrando o jornal sobre a mesa de café da manhã e olhando para mim com uma expressão resmungona. Era natural dele.

— Preste atenção, Edward: Não gastei todo aquele dinheiro para lhe dar uma educação exemplar, para fazer de você um homem inteligente e formado, só para agora você decidir que vai matar pessoas pelo país. Acho muito bonita a forma como você lida com a situação, e gostaria de dizer que sinto orgulho por você ser tão patriota. Mas a guerra acabou, e ninguém espera que se inicie outra, e mesmo que assim fosse, você não iria. Trate de se conformar com o que tem.- Disse papai, foi a minha vez de bufar, e ele olhou para mim de cara feia. Não era esse tipo de educação que ele me tinha dado.

— Escute o seu pai, não há mais discussões.- Disse mamãe, dando o assunto por encerrado. Eu suspirei, não havia mais discussões quando ela assim falava. Não ousaria questionar nem em um milhão de anos.

— Gostaria que você me acompanhasse ao escritório esta manhã, seria bom se você visse um pouco com o que vai lidar daqui á alguns anos. Não pretendo esperar muito para fazer de você meu sócio na empresa.- Papai sorriu para mim, ele estava realmente esperando que eu gostasse daquilo. Eu concordei com a cabeça pois não havia nada que eu fizesse que fosse mudar a sua opinião.

O carro andava lentamente pela cidade, e eu via tantas pessoas com sorrisos imensos que me dava agonia. Ainda dava para ver a dor da Guerra, muitas casas estavam abandonadas. Chicago não foi atingida como outros lugares por aí, na verdade, os Estados Unidos eram só aliados de vendas e compras. Não sei porque tantas pessoas fugiram do país... O medo é uma coisa feia.

— Montou um escritório para mim?- Perguntei quando papai me fez entrar em uma sala. Meu nome estava escrito na porta, e eu sabia que ele já estava preparando tudo para que eu tomasse meu lugar "por direito". Eu balancei a cabeça e ele não parecia constrangido.

— Como eu disse: não vou esperar para tê-lo aqui, meu filho.- Ele disse, colocando a mão no meu ombro e olhando para mim com menos intensidade do que mamãe, e mais intensidade do que qualquer pessoa poderia olhar no mundo. Eu não conseguia piscar.- Você será um grande homem se vier trabalhar comigo, Edward. É muito novo para entender isso por enquanto, mas sei que no futuro vai me agradecer.

— Eu já sou um grande homem.- Eu disse, começando á ficar irritado por toda a ladainha repetitiva. Revirei os olhos.- Me trouxe para tentar me convencer á ficar?

— Não preciso convencê-lo, você vai ficar.- Ele disse, dando de ombros e saindo da sala. Eu suspirei, sentando na cadeira resignada á mim. Não teria como fugir, meu destino já estava traçado por eles - meus pais.

Pedi ao motorista que me levasse de volta para casa, depois de me despedir do meu pai. Em casa, mamãe estava com uma visita na sala de visitas. Tive de falar com a mulher que pareceu animada demais por me ver, normalmente era assim que as amigas de mamãe ficavam, sempre achando que eu seria seu futuro genro. Não vai acontecer.

— Bom dia, senhora.- Eu cumprimentei, sorrindo gentilmente e lhe beijando o peito da mão. Ela sorriu mais ainda quando eu assim agi. Andei até mamãe e lhe dei um beijo na testa.

— Como foi com o seu pai?- Mamãe perguntou, sorrindo para mim. Eu dei de ombros.

— O mesmo de sempre, de ambas as partes.- Eu disse, piscando para ela. Ela entendeu e suspirou, olhando para a amiga.

— Edward está sendo um pouco hesitante em querer começar á trabalhar tão jovem.- Mamãe disse e eu revirei os olhos. Claro que era assim que ela ia preferir lidar com a situação. A amiga de mamãe concordou com a cabeça.

— Eu entendo, é natural. Aliás, com quantos anos está o jovem e bonito senhor Masen?- A amiga de mamãe perguntou. Gostaria de não ser o centro da conversa, e poder ir para o meu quarto, mas parece que meu desejo não será atendido.

— 17.- Mamãe respondeu simplesmente. Ela pareceu captar meu estado de humor, e eu sorri para ela. A amiga de mamãe me olhou com olhos arregalados.

— Só isso? Mas parece ser tão mais velho. Não quero ser rude, mas não imaginava que não passasse de um adolescente. - Ela disse sorrindo, eu achei bastante rude, pra ser sincero. Dei de ombros.

— Não se preocupe, estou acostumado com a surpresa. Agora, se me dão licença, não vou mais atrapalhar a conversa animada que estavam tendo quando cheguei. Vou para o meu quarto, podem me chamar quando precisarem.- Dei mais um beijo na testa de mamãe e subi.

Cochilei enquanto lia um dos livros que peguei emprestado na biblioteca de papai, e quando acordei, uma das criadas estava me cutucando minimamente.

— Perdão, senhor Masen. Mas a senhora Masen está chamando-o para o almoço. Pediu que avisasse que tem uma visita feminina, e que deve ser o garoto mais gentil do mundo, pois a garota que o espera é de grande importância.- Disse Teresa, ela foi minha babá, e era negra. Papai não gostava muito dela, mas eu a adorava. Suspirei e revirei os olhos.

— Ela está querendo me arrumar uma esposa novamente, não está?- Perguntei e ela concordou com a cabeça, suspirando.

— Mas não acho que o senhor deva se preocupar com isso, a garota lá embaixo não parece mais feliz que o senhor.- Disse Teresa, sorrindo esperançosa. Bem, já era alguma coisa.

— Obrigado, diga que já desço.- Eu pedi e ela foi.

Quando cheguei á mesa, papai estava aqui. O que me deixou nervoso porque papai nunca vinha para o almoço, preferia almoçar no trabalho. Essa garota deve ser mesmo muito importante.

— Finalmente, querido! Estava começando a ficar preocupada.- Disse mamãe, olhando para mim. Era possível que o humor dela estivesse ainda melhor do que antes? Eu olhei para ela com olhos estreitos, já começando á ficar preocupado.

— Não seria necessário, estava apenas tentando ficar o mais apresentável possível para as nossas visitas.- Eu disse, virando o rosto para as pessoas desconhecidas na mesa.

Um homem de expressão forte e violenta me olhava avaliativamente, e eu não gostei nada do jeito que ele olhava para mim. A mulher ao seu lado parecia estar em outro lugar do mundo, menos aqui. Mesmo assim, estava muito feliz, feliz demais até. E, para fechar a fila, uma garota pequena e magra estava sentada de cabeça baixa. Seu rosto estava tão vermelho que mais parecia uma pimenta. Não olhou para mim em nenhum momento.

— Deixe que eu apresente você aos amigos de longa data da mamãe.- Mamãe disse, me puxando pelo braço. Os três levantaram, mas a cabeça da garota ainda estava baixa.- Este é Charlie Swan. Chefe Charlie Swan. Ele foi para a Guerra, querido.

— É um prazer.- Eu disse, sorrindo. Não tinha conhecido ninguém que tinha ido para a guerra desde então, e apertei a mão dele com real admiração. Ele acenou com a cabeça e depois soltou a minha mão rudemente, não fiquei incomodado.

— Esta é a minha querida Renée Swan, lembra-se quando te falei dela?- Mamãe perguntou, erguendo uma sobrancelha para mim. Eu não lembrava, mas não ia discordar de mamãe. Segurei a mão da mulher e lhe beijei o peito da mão.

— É um prazer conhecer a senhora.- Eu disse sorrindo. Ela sorriu para mim com vontade, parecia estar mesmo muito feliz em estar aqui.

— E finalmente, Isabella Swan. Filha dos dois, ela acabou de voltar do exterior, estava estudando, como você.- Mamãe disse, apontando para a garota, que balançou a cabeça algumas vezes antes de levantar os olhos e me encarar. Eu sorri, estendendo a mão para pegar sua mão.

— É um prazer conhecer a senhorita também.- Eu disse, beijando a sua mão. Estava fria e tremia um pouco, e o rosto dela estava muito vermelho mesmo. Ela sorriu minimamente para mim, ela estava morrendo de vergonha. Sentamos á mesa, e quando começaram á servir a comida eu pude conhecer um pouco mais de todos eles.

O Sr. Swan era o general de uma equipe do exército, então ele nunca esteve em nenhuma batalha, apenas mandava eles. Também fazia parte da equipe de recrutamento, e era ele quem escolhia quem ficava e quem saía. Fiquei animado com isso, apesar de achar que ele não tinha gostado muito de mim. Ou talvez ele tivesse de manter a expressão de um homem grosseiro para que seus soldados não saíssem da linha.

A senhora Swan era uma moça do campo quando conheceu o Sr. Swan, á 18 anos atrás. Assim que se conheceram, se apaixonaram totalmente. Ela disse que sabia que ele era o grande amor da vida dela desde o momento que encarou aqueles grande e bonitos olhos castanhos. Eles se casaram ás pressas algumas semanas depois, escondido do pai dela, e fugiram para Chicago, onde o Sr. Swan se alistou para o exército. Tiveram sua filha e vivem aqui desde então, nunca mais voltaram para o campo, e de acordo com ela, não sente a menor vontade de voltar.

A garota Swan é uma menina determinada, de acordo com a mãe. Desde pequena queria ser a mais inteligente em tudo, e não foi uma surpresa quando ela pediu para estudar no exterior. Mandaram ela para Londres, ela estudou línguas e pretende ser professora, apesar de os pais não quererem isso para a filha. Ela é tímida demais e não tem muitos amigos, na verdade, a única amiga que tem mora em Londres e não se veem a 3 meses. Tempo que voltou de Londres.

— Deve ser muito difícil passar tanto tempo fora e depois ter de se acostumar novamente com toda essa bagunça que é Chicago.- Mamãe parecia ter adorado ela, e eu admito que também estava achando a garota muito adorável. Ela sorriu um pouco para mamãe, percebi que na verdade ela estava mesmo desacostumada á falar com pessoas.

— Não sou muito boa em me acostumar, mas estou me esforçando.- Ela disse, e parecia mesmo. Nunca percebi alguém tão empenhado em não ser rude, e tentar agradar. Deu pra perceber que ela estava muito preocupada em nos fazer gostar dela, mesmo que no fundo ela só quisesse não ter nos conhecido. Eu sorri.

— Você não conheceu ninguém além da garota de Londres?- Perguntei, porque parecia pouco provável que alguém tão adorável não chamasse a atenção de ninguém. Afinal, ela tinha chamado a minha atenção.

— Até hoje.- Ela disse, ficando muito vermelha ao admitir isso. Percebi que ela ficava vermelha com frequência, e isso a deixava mais bonita. Eu concordei com a cabeça.

— Ela é muito isolada, acho que nós somos os culpados por isso. Digamos que eu seja cuidadoso demais com as duas... Bem, não podem me culpar tanto. O mundo é um perigo.- Disse o senhor Swan, e ele parecia ser um bom homem. Papai concordou com a cabeça.

— Acho que Edward pode ajudar a sua filha com o problema de conhecer pessoas. Hoje a noite uma das filhas de amigos nossos completará 17 anos, será uma festa e tanto, e Edward foi convidado. Poderia levar a Srtª Swan para conhecer amigas, filho.- Papai disse, me olhando vitorioso. Eu olhei para ele de cara fechada. É claro que ele ia unir o útil ao agradável.

— Não precisam ficar incomodados, eu posso me virar sozinha.- Disse Isabella, ela pareceu irritada por nós estarmos tentando ajudar ela. E isso me fez rir.

— É claro que pode, mas ajudar não custa nada.- Eu disse. Mamãe ergueu uma sobrancelha para mim, surpresa.

— Então não se importa em levar ela á festa?- Na verdade a pergunta que ela queria fazer é “você vai á festa?”, mas ignorei. Dei de ombros.

— Como eu disse, não custa nada.- Eu disse, voltando á comer.

(…)

Eles foram embora alguns minutos depois do almoço, Isabella precisava de um vestido e o Sr. Swan tinha que trabalhar. Papai voltou para o escritório e mamãe foi arranjar minha roupa de festa, eu fiquei no jardim, pensando sobre o que tinha feito.

Primeiro, eu ia para uma festa depois de quase 1 ano longe de uma. Era provável que as pessoas comentassem, pois tudo é motivo para comentar nessa cidade. Não estava muito satisfeito com isso, mas era tarde demais para desistir. Segundo, eu levaria uma garota comigo. Tudo bem que eu acabei de conhecê-la e apenas estou ajudando ela á ter alguns amigos, mas ninguém sabe disso. Acredito que amanhã todos estarão se perguntando se Isabella Swan foi a garota sortuda que conquistou meu coração. Terceiro, ela me conquistou, mas não meu coração. Existe algo sobre ela que me faz querer estar por perto. Não só por ela ser bonita, mas por ela ser extremamente adorável. Algo me diz que vou gostar de ter essa garota de rosto escarlate por perto.

Á noite, eu estava pronto para sair quando papai chegou em casa. Ele sorriu quando me viu.

— Está tão bonito, fico feliz que finalmente tenha experimentado sair da toca, coelho.- Disse Papai se aproximando e dando tapinhas no meu ombro.- O carro está lá fora, dispensei o motorista, hoje você vai dirigir. É mais galante.

— Eu não preciso ser galante, papai. Só vou levá-la.- Eu disse, pois não só as pessoas de fora imaginavam coisas, papai e mamãe também. Mamãe revirou os olhos.

— Ela vai se sentir mais á vontade com você se estiverem sozinhos.- Mamãe disse, arrumando a minha gravata pela milionésima vez.

— Eu duvido que ela se sinta á vontade com qualquer pessoa em qualquer espaço de tempo.- Eu disse rindo, achando graça da timidez dela. Mamãe revirou os olhos e deu um tapa no meu ombro, eu dei de ombros.- Estou só brincando.

— Sei que está, mas não ajudará em nada se você a ficar lembrando o quanto é tímida.- Disse mamãe balançando a cabeça. Papai concordou com a cabeça e sorriu para mim.

— Pedi que comprassem um buquê de flores para ela, está no banco do carro. Quero que entregue á ela.- Disse papai, mamãe arregalou os olhos.

— Mas Edward! Os vizinhos vão achar que Edward está interessado nela.- Mamãe disse e eu dei de ombros.

— Não me importo com o que os vizinhos pensam, mas não acho que seja sensato lhe entregar flores, papai.- Eu disse, olhando para a janela. Queria sair logo e dar adeus á essa conversa. Olhei para o relógio, eram quase oito horas. Tinha de me apressar.

— Você está apenas sendo cavalheiro.- Papai disse, dando de ombros. Ele tirou o paletó e se virou para Teresa, que parecia estar muito emocionada em me ver assim.- Você! Vá preparar o meu banho.

— O seu banho já está preparado, não precisa falar com ela dessa forma.- Eu respondi antes que ela tivesse de responder. Papai olhou para mim com raiva. Sempre mudando da água para o vinho.- Eu estava com ela quando ela estava arrumando a banheira, ela e mamãe tiveram muito trabalho com essa roupa hoje.

— Tanto faz.- Papai disse, subindo as escadas.

— Muito obrigada.- Teresa disse, sorrindo para mim. Eu sorri e pisquei, dando de ombros.

— Á você também. Agora eu tenho que ir, até mais.- Eu disse, beijando a testa de mamãe e a testa de Teresa, saindo de casa em seguida.

As flores eram de um vermelho vivo, e eu sabia que meu pai estava tentando me fazer agradar á Senhorita Swan esperando que assim eu me empenhasse em ficar na cidade, e se eu trabalhasse com ele eu teria meu próprio dinheiro, sem depender dos meus pais. Ele estava jogando com as fichas que tem, e eu vou dar corda para ele se enforcar.

Parei o carro na frente da casa dos Swan, estava tudo iluminado e eu percebi que estava um pouco nervoso quando bati na porta. A senhora Swan abriu a porta com um sorriso imenso, e quando viu o buquê, seus olhos brilharam. Ela olhou para trás e ma deu passagem para entrar.

— Eu vou chamar a Bella, só um minuto.- Ela disse. Bella, era um apelido bonito para uma moça bonita. Mas eu achei o nome Isabella muito mais... Não sei explicar. O sr. Swan não me deu atenção, o jornal parecia bastante interessante. Ele só levantou o rosto quando a filha desceu, e meu Deus, ela estava incrível!

O cabelo estava solto e um pouco enrolado, sua boca estava tingida de um rosa claro que dava á ela um ar inocente. Seu rosto estava vermelho pela timidez, e isso a deixava mais bonita. Sem contar que o vestido era vermelho, e muito inocente. Ela parecia uma boneca de porcelana. Eu sorri.

— É um prazer vê-la novamente, senhorita.- Eu disse, estendendo a mão e beijando novamente. Estendi o buquê e ela olhou por um tempo, seus olhos castanhos brilhavam. Ela sorriu.

— Muito obrigada.- Olhou para a mãe e entregou o buquê.

— Já podemos ir?- Perguntei, estendendo o braço para sairmos da casa. Ela concordou com a cabeça. Nós nos despedimos dos seus pais e fomos para o carro.- Preparada para o primeiro evento público que vai participar em Chicago?

— Não.- Ela disse, sincera. Eu ri, balançando a cabeça. Percebi que uma moça nos olhava com atenção demasiada, Isabella também pareceu perceber.

— Conhece aquela garota?- Perguntei.

— Ia perguntar o mesmo.- Ela disse, dando de ombros gentilmente. Eu balancei a cabeça, dando a partida no carro.

— Tudo bem não estar pronta, você vai ter a noite toda para isso.- Eu disse de ombros. Ela olhou para mim assustada, e eu percebi que ela realmente não queria estar nessa festa. Suspirei, alguém vai ter que fazer algo para mudar sua má impressão. Percebi que seria eu essa pessoa.


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Notas finais do capítulo

Sempre pensei num história desse tipo, mas nunca tive oportunidade de escrever. Mas a histórias fluiu como uma luva para mim, e decidi colocar aqui no site. Espero que vocês gostem.



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