Nunca Fui Beijada escrita por Larissa Carvalho


Capítulo 6
Contratado - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinhaaa
Não me empalem, eu já voltei. kkkkk
Bom, espero que gostei do inicio da maratona de Dimitri para conquistar a Rose. Boa leitura, meus amores.
Beijos



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Pulei para dentro o bar. Sid e Mia já estavam de avental e eu gargalhei junto à Lissa quando o cara que ela estava servindo começou a ficar bêbado. Nosso primeiro bêbado... Era empolgante.

Eu ainda estava com a roupa que Mia e Sid trouxeram da minha casa. Elas disseram que iam ficar até o final de semana e eu sabia que entraria no esquadrão da moda de Mia nesses dias.

Uma garota e as amigas tinham pedido uma rodada de cerveja e as meninas estavam ocupadas demais para me ajudar. Comecei a espalhar as cervejas em cima do bar, para só então abri-las.

Quando sai da geladeira e voltei para o balcão para abrir as garrafas, Dimitri estava ali. Sentado na banqueta, olhando para a minha bunda. Eu levantei o cenho e esperei que ele corasse. Ele não o fez. Apenas riu.

– Você canta bem. – falou. Eu sorri pegando a primeira cerveja para abrir.

– Eu sei que eu sou incrível, camarada.

Ele gargalhou, apoiando-se no balcão.

Peguei a cerveja e forcei-a no balcão, abrindo-a. A tampinha voou longe e eu sorri em satisfação. Meu próprio abridor. Eu mordi a boca ao olhar para a cara de Dimitri. Ele estava espantado e admirado com as minhas habilidades.

– Como fazem isso? – perguntou. – Eu vi a sua irmã girando a garrafa de Vodka.

– Ahh. – murmurei, fazendo o mesmo com as outras cervejas. – Aquilo ela aprendeu comigo. – falei.

– Isso é muito legal. – falou. Eu sorri, pegando a próxima garrafa.

– Mamãe achava que essas coisas chamariam a atenção e poderiam nos deixar legais. – falei. Posicionei a terceira garrafa na bandeja em cima do balcão e sorri. – Então, eu tratei de aprender.

Ele sorriu.

Fiz o mesmo com as outras garrafas mais rápido possível, e percebi Dimitri ainda me observando. Eu coloquei as garrafas na bandeja e desviei os olhos de Dimitri. Levantei a mão e Sid assentiu, vindo até mim.

– Você poderia se vestir assim mais vezes. – disse. Eu fitei-o com um sorriso irônico.

– Seus sonhos eróticos estão se realizando? – perguntei. Ele sorriu meio cafajeste.

– Não. – falou. – Nele você está sem esse colete. – eu sorri. O sorriso que Lissa classificava como matador de homens. Eu acho que funcionou pelo jeito que ele me olhou.

Sid chegou perto de nós e pegou a bandeja, encarado Dimitri. Depois que ela passou por detrás dele, ela piscou e eu corei. Desviei meus olhos do dela, e voltei a encará-lo. E lá estavam seus olhos chocolate... Os que me prendiam.

– Pensou no que eu te perguntei? – perguntou, tirando-me do transe de seus olhos.

– Não. – falei. – Não pensei.

– Por favor, Rose... Eu preciso.

– Precisa? – perguntei. Coloquei minhas mãos no balcão aproximando meu rosto do dele. – Você está imaginado coisas. É evidente que a minha beleza estonteante deve ter embaçado suas ideias.

– Sim. – falou. Eu levantei o cenho. Ele tremeu. Eu sorri. – Não. – corrigiu-se, ainda nervoso. – Não a parte das ideias ou de você não ser linda, mas a parte de precisar.

– Já disse que não. – falei.

– Roza... – começou. Eu o parei com meu dedo indicador.

– Roza? – perguntei. Ele sorriu.

– Seu nome em russo.

– Russo? – perguntei confusa.

­– Sim. Minha família é da Rússia.

– Rússia?– perguntei.

– Como imagina a Rússia? – perguntou. Ele parecia divertido e desapontado.

– Você sabe, Tundra. Ursos polares... – falei. Ele gargalhou. – Que bom que eu divirto você.

– Você sempre me diverte, Roza. – murmurou. – Mas hoje estou aqui com a intenções totalmente profissionais.

– Por que quer o emprego? – perguntei.

– Motivos que não posso explicar agora. Só preciso. – falou.

Ele tinha sinceridade nos olhos chocolate. Estudei-o por um tempo e imaginei-o trabalhando aqui. Carregando as caixas de cerveja no meu lugar, enquanto eu ficava sem fazer nada. Poderia ser até interessante...

Ele poderia me carregar também, se quisesse. Eu sorri... Melhor do que imaginar Dimitri me carregando nos braços, só mesmo imaginá-lo sem camisa me carregando nos braços.

Fitei-o novamente e deixei para explicar em outra hora o porquê do sorriso idiota que surgia no meu rosto. Sai de perto do seu rosto e peguei um dos panos que estavam em cima do balcão.

– Você começa amanha, as cinco, todos os dias. – falei. – Vou te ensinar o que precisa saber. – ele abriu um sorriso.

– Obrigada. – falou. – Não vai se arrepender.

– É só você não querer tirar as minhas roupas, como os antigos funcionários da minha mãe. – falei. Ele engoliu a seco. – Mas se você quiser também, eu não me importo. – eu sorri.

Ele abaixou a cabeça para que eu não visse seu sorriso, mas foi tarde demais. Eu vi que ele estava rindo e que também estava corando. Eu sorri.

– Então estou contratado? – perguntou, levantando sua cabeça para olhar-me novamente.

– Está. – falei. – Preciso de alguém para ajudar a Lissa na sexta à noite.

Ele levantou a sobrancelha daquele jeito que me fazia rir. Eu queria aprender a fazer aquilo.

– Por quê? – perguntou.

– Porque eu tenho trabalho. – falei. Ele semicerrou os olhos.

– Hey, camarada... Não é como se eu fosse sair vagando atrás de uma esquina. – falei. Ele pareceu aliviado, mas ainda sim divertido.

– Isso significa que no sábado ou no domingo está de folga? – perguntou.

– Isso significa que no sábado é a folga da Lissa, e quanto ao domingo... Eu não sei você, mas tenho um compromisso inadiável com a minha cama. – ele gargalhou.

– Eu queria te levar em uma praia que tem por aqui. A galera toda vai e eu sei que você vai gostar. Poderia levar a Lissa também. – disse. – O Cristian me amaria por isso.

Eu o encarei.

– Não quero problemas com a sua namorada, camarada. – falei, referindo-me à garota Ozera.

– Não tenho uma namorada. – falei. – Tenho uma ex namorada.

Eu rolei os olhos.

– Não quero problemas com sua ex namorada. – corrigi-me. Ele sorriu.

– Não terá. – falou. Eu estudei-o por alguns segundos. – Vou pensar no seu caso, camarada. – falei. Ele me estendeu um sorriso. O meu tipo de sorriso.

Nunca quis tanto treinar alguém para trabalhar ao meu lado. Nunca quis tanto ser tocada.

Acho que eu estava conseguindo as borboletas. E Dimitri Belikov era o causador disso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??
Comentemmm, Comentemmm
Até o próximooo.
Beijos