Paixões gregas - Adrenalina do amor(degustação) escrita por moni


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas queridas, adivinhem!!! Mais recomendações. Estou caminhando nas nuvens.
CAROL BRAKS, sempre perfeita sabia que receberia uma sua, está comigo desde sempre, AMIGA!!!!!!!!!. Te adoro. STELA outra amiga perfeita que deixa um comentário em cada capitulo de todas as fics e ainda gasta tempo recomendando. Sua linda!!! E a "ESTRANHAMENTE LOUCOS" não sei seu nome. quem sabe me diz nos comentários? O que importa é que amei te conhecer e estou muito feliz de receber uma recomendação sua. OBRIGADA PELO CARINHO!!!
Meninas esse capítulo é para vocês e espero muito que gostem. Muito Obrigada.



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Pov – Sophia

No elevador um casal de idosos entra no andar inferior. Fico olhando para os dois e pensando o faz duas pessoas passarem toda uma vida juntas? Gosto da ideia. Não é como se estivesse à espera disso, não sou como minha mãe ou minha avó, mas penso nesse tipo de amor e queria viver isso também.

Quero viver todas as emoções que a vida pode oferecer, incluindo uma história de amor. Não tenho medo, não tenho medo de nada, pelo contrário. Fico sempre ávida por vida e qualquer coisa que faça meu sangue pulsar. No térreo o casal sai na frente. O senhor da passagem para a esposa com uma mão em suas costas e acho bonito. Sorrio e quando olho para Ulisses ele sorria também.

─Meus dois irmãos casados, eu quase posso vê-los assim. Leon e Lissa são como uma coisa só. Heitor e Liv também. Não tem como ficarem longe. Vão envelhecer assim.

─Deve ser uma grande luta manter isso. Aposto que brigaram algumas vezes.

─Pode ser. Na minha família os casais não brigam. Quer dizer. Os homens não brigam. Meu irmão Leon apela logo para uma torta de chocolate e logo Lissa se rende. Liv é mais brava. No primeiro encontro com meu irmão Heitor ela deu um tapa nele, no meio do rosto e eu não estava lá. Isso foi muito injusto.

─O que ele fez? – Pergunto quando caminhamos para o restaurante do hotel. Ulisses com uma mão repousando em minhas costas. Como se eu precisasse ser guiada.

─Beijou ela e foram felizes para sempre. – Ele para no meio do saguão. Pega o celular. – Precisa ver isso.

Ulisses mexe aqui e ali e depois me entrega o aparelho último modelo.

─O que é?

─O casamento. A melhor parte, quando meu irmão diz não. Vai gostar. Vejo toda reunião chata. Finjo que estou pesquisando qualquer coisa e vejo. Ou então o do natal quando meu irmão caçula ganhou um chapéu do bruxinho.

Vou caminhando e assistindo o vídeo cheio de gente bonita. A noiva linda num vestido elegante e simples. Uma garotinha sentada nos degraus da nave da igreja.

─Seu irmão parece você. – Conto prestando atenção no vídeo. Paramos de novo no meio do saguão. Fico chocada quando ele diz não. Escuto a risada de Ulisses e imagino como ele se divertiu. Pelo visto foi o único. Todos parecem assustados.

Mas depois do não vem uma linda declaração de amor e fico achando que é ainda mais emocionante que se tivesse sido um sim logo de cara.

─Que susto. A pobre ficou pálida! – Brinco devolvendo o celular.

─Fantástico. Foi épico. O melhor casamento de todos. O do Leon foi tipo casamento mesmo. Sem graça. Queríamos sequestrar a noiva, mas Lissa não topou.

─Vocês são meio malucos. Aposto que foi sua ideia sequestrar a noiva.

─Eu sei, sou muito esperto. Acertou. Vou te contar.

Vamos em direção ao restaurante enquanto ele vai me contando a história de amor do irmão mais velho que começa como uma vingança e acho interessante como funciona a cabeça desses Stefanos. Dá para entender porque ele me ajuda. Mocinhas em perigo parece ser o fraco de todos.

─Vamos tomar um drink ali no terraço para respirar um pouco antes do jantar? – Ele convida e aceito. Sentamos numa mesinha discreta perto da vidraça e gosto de poder ao menos observar as ruas em torno do hotel.

─Vocês não ficaram bravos quando seu irmão decidiu se casar com a filha do inimigo da família?

─Não. Eu nunca quis me vingar dele. Nunca odiei os Kalimontes. Na verdade acho que depois que soube o que a Lissa sofria eu passei a ter raiva dele. Antes não.

─Perdoou sua mãe?

─Minha mãe tinha sede, acho que consigo entender isso. Não acho que ela podia simplesmente abandonar quatro filhos. – Os drinks chegam. Tomo um gole da bebida doce e gosto do sabor leve. – Está bom?

─Ótimo. Bem fraquinho.

─É bom. Já escala aqueles travesseiros sóbria se ficar bêbada vai me atacar.

─Prometo que sua pureza vai continuar intacta. – Brinco e ele ri quando bebia, cospe drink e chama atenção de todos. Começo a rir.

─Panda! – Ele provoca.

─Continua.

─Entendo a sede de vida da minha mãe e não guardo magoa. ─Ele continua enquanto vamos tentando secar sua roupa com guardanapos. ─ Não faria como ela. Construir uma família e depois abandonar porque quer mais para si. Apenas aceito que ela fez isso e no fim estamos todos bem.

─Que bom. Dá para sentir que são uma família unida.

─Sempre, antes de qualquer coisa. Um sempre ajudando o outro. – As vantagens de se ter uma família o que não é meu caso. Tomo mais um gole do drink, me curvo um pouco para olhar o movimento das ruas.

Passava os olhos pela calçada em frente quando vejo Logan sair de uma porta apressado e de cabeça baixa e entrar em um carro, depois de falar rapidamente com três homens que atravessam a rua em direção ao hotel. Forço a visão e fico pensando o que ele faria ali.

─Acha que aquele agente. O Logan...

─Está pensando no cara? – Ulisses me pergunta e reviro os olhos. Ele nem me deixa falar e já tira conclusões.

─Não. Eu estou vendo o cara. Ali. Dentro do carro. Entrou nesse minuto. Cabeça baixa. Gola do paletó erguida. Parecia querer se esconder. Acha que ele faria esse trabalho de passar a noite na porta do hotel nos protegendo se tem que estar aqui as sete para nos acompanhar?

Ulisses se dobra na vidraça, segue com os olhos onde meu dedo aponta. Assim como eu força a visão amiudando os olhos.

─Será que ele é um traidor?

─Liga para o Carlo e pergunta se tem alguém aqui no hotel para nos proteger.

Ulisses pega o celular. Faz a ligação. Conversa um momento enquanto mantenho os olhos em Logan. Três homens entraram. E se estiverem indo atrás de nós?

─Ele disse que tem dois homens garantindo nossa segurança. E disse que Logan vai chegar bem cedo.

─Me empresta o celular? – Logan deixou o cartão e jogou charme. Quem sabe ele fala alguma coisa que me dê certezas. Felizmente o cartão está no bolso do jeans. Somos os únicos vestindo jeans naquele lugar elegante. Pego o celular. – Vou ligar para ele.

─Anda com o telefone do carinha no bolso. Ficou apegada? Achou ele bonitão?

─Quantas bobagens pode falar por minuto? Quero saber se ele vai admitir que está aqui na porta. E se ele estiver trabalhando para os dois lados? Entraram três caras no hotel.

─Vai liga então.

Eu já estava fazendo isso. Não é como se estivesse esperando por uma autorização. Escuto o toque uma, duas e na terceira vez ele atende.

─Alô. – Diz de modo distraído.

─Logan? – Pergunto olhando de Ulisses para o carro em frente ao hotel. – É Sophia.

─Sophia? Algum problema?

─Não. Só fiquei pensando que me entregou o cartão e bem... – Ulisses fazia caretas feito um garoto contrariado e desvio os olhos dele para não rir. – Acha que estou segura no hotel?

─Seu amigo não está por perto?

─Bem o Ulisses... Ele está sim aqui no hotel. Apenas não confio tanto na proteção dele, afinal ele não é um policial treinado.

─Entendo.

─Onde você está?

─Na minha casa. Indo para cama. Tenho que chegar bem cedo amanhã. Para escoltar vocês.

─Claro. Amanhã. Eu vou para cama também. Só fiquei ansiosa. Talvez eu ligue para o Carlo e confirme se os homens estão mesmo na porta do hotel.

─Não se preocupe. Acabei de confirmar e tem dois homens guardando o hotel.

Muito apressado em me impedir de falar com Carlo. Definitivamente ele não pretende me escoltar até o aeroporto.

─Então vou para cama. Boa noite.

Desligo e encaro Ulisses.

─Fala logo ou prefere ir para cama primeiro? – Ele diz com desdém.

─Ele disse que está em casa, não quer que ligue para o Carlo e garantiu que tem dois homens nos guardando. Acho que ele dispensou os homens e mandou os capangas nos procurarem.

─Certo. Aqui estamos seguros. Vamos para dentro pedir o jantar. Nenhum deles deve querer fazer nada num restaurante cheio.

Eu fico de pé e o acompanho. Sentamos numa mesa no meio do restaurante. O garçom se aproxima solicito.

─Boa noite. Sejam bem-vindos, estão prontos para pedir?

─Sim. – Ulisses responde por nós dois. – Queremos espaguete. Se vamos ser metralhados por gangsteres, pelo menos vamos estar mais de acordo.

─Nesse caso queremos vinho tinto. – Ulisses me olha e dou de ombro. O garçom corre os olhos por todo salão. Depois nos encara achando tudo absurdo.

─Boa noite o pedido não demora.

Ficamos sozinhos. Olho para a porta e dois dos homens entravam. Eles se sentam numa mesa de canto tentando não serem notados.

─Dois caras entraram. Acho que são os que estavam com o Logan.

─Eu achando que o cara queria te convidar para sair e ele só queria te matar.

─E pelo visto você prefere assim.

─Uma mocinha e dois heróis não dá. – Ulisses diz sorrindo. – Vou mandar meu piloto deixar o jato pronto. Vamos sair daqui e ir para o aeroporto agora.

─Isso é bom. Podemos pedir ao garçom que deixe nossas malas no carro e a chave no contato.

─Ideia boa. Depois só precisamos sair daqui sem chamar atenção e descer para a garagem.

─O garçom vem vindo. Tem dinheiro? Precisa oferecer umas notas para ele. – Ulisses me olha chocado.

─O workshop foi bem útil. – Ele diz sério.

Meio confuso o garçom nos serve o vinho. Primeiro um gole para Ulisses aprovar ele engole e faz sinal e duvido que tenha sentido o gosto. Depois com meia dúzia de notas de cem dólares dobradas junto com o cartão magnético do quarto ele sorri para o garçom.

─Que tal ajudar um amigo com problemas? – O rapaz olha para as notas.

─Senhor...

─Por favor. Somos um casal apaixonado e meu pai quer nos separar. Fomos encontrados. É só um favor romântico. – Ulisses segura minha mão quando faço o pedido e o garçom pega as notas e o cartão.

─Coloque nossas malas no carro e deixe a chave no contato. É só isso.

─E a conta do hotel senhor. Eu vou me encrencar se fugirem sem pagar.

─Vou fazer isso agora mesmo. Fechar minha conta. Pelo celular.

─Nesse caso. Com licença. O jantar já vai ser servido.

Ele se retira. Trocamos um olhar e Ulisses solta minha mão.

─Todo mundo sempre disposto a ajudar um casal apaixonado. – Ele brinca tomando um pouco de vinho. Depois afasta a taça. – Não posso beber e dirigir.

─Bom plano. Eu não vou dirigir então... – Viro metade da taça e quando a devolvo a mesa ele me olhava surpreso. – Estou nervosa!

─Entendi isso. – Ele ri. – Relaxou?

─Completamente.

Quando a comida chega Ulisses mostra a conta paga no celular. Sorri como se mostrasse outra coisa ao garçom.

─Está tudo como pediu senhor. Bom jantar. – Ele se retira. E começamos a comer. Se for para morrer pelo menos faço minha última refeição.

─Para um último jantar até que não está mal. Devíamos ter pedido lagosta.

─Você que escolheu Ulisses.

─Quando os gangsteres sacam as metralhadoras escondidas sob a mesa e metralham todo mundo, é sempre espaguete.

─Está se divertindo! – Constato e ele sorri.

─Você também. – Ele me acusa e só posso me calar por que ele tem um pouco de razão. De certo modo toda essa adrenalina me deixa mais viva e não penso em tudo que perdi. – Vamos fazer uma selfie.

─É sério? – Digo quando ele me faz ficar de pé com o celular na mão.

─Não. Mas vamos fotografar os grandões por trás e mandar para o Carlo.

─Boa ideia. Queria ter pensado nisso. – Ficamos lado a lado de pé no meio do restaurante sorrindo para o celular erguido e então Ulisses bate a foto e depois olhamos para ter certeza que os dois aparecem ao fundo em uma mesa de canto. – Estão lá. É só ampliar a foto e Carlo vai saber quem são.

─Eu sou incrível. Pode dizer.

─Você já disse.

Nos sentamos e voltamos a comer. Deixo o vinho de lado, penso que não quero estar mole se tiver que correr. Terminamos de comer, Ulisses olha para uma mensagem no celular.

─O avião está pronto. – Ele me avisa. – Agora como saímos daqui?

Olho para um garçom atendendo umas mesas distantes. Sorrio.

─Garçom podemos conhecer a cozinha? A comida está deliciosa! – Digo em voz alta e ganho todos os olhares do restaurante. O homem fica pálido e se aproxima solicito.

─O chef vai ficar contente em recebe-los. – Ele diz o mais baixo que pode como se com isso me fizesse entender o quão desnecessário foram meus gritos.

Ele me afasta a cadeira cavalheiro. Ulisses também fica de pé.

─Isso é o que chamo de uma voz potente.

─Reza para ter uma saída pela cozinha. – Ele afirma e entramos. O chef larga os pratos que preparava. Um auxiliar logo o substitui.

─O melhor espaguete que já comi. Foi como estar na Itália. – Ulisses diz para o chef com cara de idiota.

─Que é onde você está Ulisses. – Eu digo sem acreditar.

─Vê que coincidência? Parabéns chef. Sua comida é perfeita. O senhor pode me dizer se tem um jeito de chegarmos na garagem por aqui?

─Aquela porta. São três lances de escada. – Ele responde perplexo.

─Bom nesse caso a gente vai...

─Obrigada pelo jantar. – Digo quando Ulisses me arrastava pela mão em direção a porta.

Depois que passamos pela porta começamos a correr escada abaixo e fico feliz por estar de jeans e tênis. Ulisses sempre ao meu lado, chegamos a garagem, o carro está no fim dela é claro.

Paramos na porta de aço que dá acesso a garagem. Ulisses dá uma olhada no ambiente.

─Acho que estamos bem. Pronta para correr até o carro? – Afirmo e ele respira fundo. – Vamos lá.

Corremos até o carro e a chave está como pedimos, batemos as portas em sincronia e eu podia sorris disso se não estivesse tentando ficar viva.

Ulisses gira a chave e o motor ronca.

─Concertou o vidro?

─Não. Troquei de carro. Os vidros escuros devem ajudar.

─Acho que eles têm a placa.

─Nesse caso vamos acelerar e eu dirijo e você olha se estamos sendo seguidos pelo agente duplo.

─Então acelera Clyde.

─Devíamos mesmo ter roubado um banco se íamos nos meter em encrenca.

Ele acelera. Deixamos a garagem e assim que pegamos a avenida pouco movimentada o carro de Logan começa a nos seguir.

─Ele está atrás da gente. – Aviso e Ulisses afirma.

─Será que sabe que vamos para o aeroporto?

─Não sei. Melhor não ir direto.

Pego o celular para avisar Carlo e Ulisses vai virando ruas e acelerando. Uns minutos depois estamos perdidos pelas ruas de Palermo com o carro firme atrás dos dois.

─Carlo. Precisamos de ajuda para chegar no aeroporto. – Aviso assim que a voz de sono dele atende o telefone.

─O que aconteceu?

─Acharam a gente. Tentamos fugir, mas estamos sendo seguidos por um carro. – Ulisses buzina num cruzamento. – Estamos tentando chegar ao aeroporto.

─Vou ver se consigo uma escolta. E os homens que deviam estar na sua porta?

─Não sei, não fala com o Logan é ele a nos perseguir.

Ulisses faz uma curva fechada e quase caio por cima dele. Então começa um ziguezague pela rua e um tiro acerta a lataria do carro.

─Meu Deus estão atirando em vocês! – Carlo grita no telefone.

─Logan está! – Mais um disparo acerta o vidro traseiro que se espatifa, a bala faz um furo no teto do carro e Ulisses faz uma nova curva. Acabamos numa avenida movimentada e os tiros acabam.

─Tudo bem. Admito. Te convidar para sair teria sido melhor. – Ulisses diz sem desgrudar os olhos da rua.

─É o que digo, sempre pode contar com o meu não. – Ele diminui um pouco.

─Onde estão?

─Nós. Espera. – Quando passamos por um cruzamento em leio o nome. – Via Vitor Emmanuel.

─Fiquem nela. Viaturas vão surgir e escolta-los. Encontro vocês no aeroporto.

─Fica dirigindo aqui na via ele está mandando viaturas.

─Tomara que não demorem, não sei até onde vai essa porcaria de via.

Uns minutos depois duas viaturas começam a nos seguir, o carro de Logan acelera. Tenta passagem e então e fechado por mais duas viaturas que vinham de uma rua paralela. Escutamos disparo e Ulisses ganha velocidade. Logo estamos afastados da movimentação e a perseguição chega ao fim. Temos duas viaturas atrás de nós e uma na frente. Suspiramos aliviados.

─Acho que agora a bronca das cunhadas vai valer a pena. – Eu brinco e ele ri.

─Mulher você é o demônio! – Ulisses brinca relaxando os braços no volante. – Dois vidros destruídos. Uma perseguição em plena Itália. Aposto que tem um laboratório secreto em algum esgoto.

─Nem vem. Sou a mocinha em perigo e você foi criado por morcegos?

─Pode ser, mas se contar terei que matar você depois.

─Entra na fila. – Trocamos um olhar e logo depois temos um ataque de riso que acredito seja de puro nervoso.

O aeroporto surge e fico feliz de vê-lo. Estacionamos e logo Carlo estava caminhando com seu jeito engraçado que não lembra em nada um agente da Interpol. Está na cara que seu trabalho sempre foi atrás de uma mesa e não em campo fugindo de balas.

─Logan foi preso. Ele dispensou os policiais e mandou capangas atrás de vocês. Felizmente não estavam no quarto.

─A ideia de jantar no restaurante foi minha. – Me congratulo e os dois me olham.

─Não sei muito ainda, pelo que entendi Marco Antônio ofereceu uma boa quantia.

─Meu avião está pronto. Tudo bem em Nova York ou vai ter mais algum agente duplo por lá?

─Não. Logan nem sabia que estavam indo a Nova York. Ele está trabalhando na Itália há sete meses. Antes vivia em Washington. Estão seguros quando partirem. Quando a rede for toda capturada eu aviso.

Apertamos as mãos. Ulisses faz o mesmo e policiais nos acompanham até o embarque depois de agradecermos o péssimo trabalho de Carlo.

O jato não é tão pequeno como pensei. Além disso é elegante e muito novo. Poltronas de couro em dupla. Uma de frente para outra em dois corredores. Uma mesa de reuniões e até um quarto com cama de casal.

─É o força Aérea um? – Brinco quando me sento em sua frente e prendo o cinto de segurança.

─De jeito nenhum. O meu é mais bonito que o do presidente. – Ele brinca e sorrio. – Quer tomar um porre? É uma longa viagem.

─Não. Já estou com dor de cabeça e nem bebi tanto.

─Um comprimido?

─Você tem uma comissária de bordo?

─Não, são todos comissários de bordo por que minhas cunhadas são ciumentas.

─Ele me conta e um jovem se aproxima.

─Boa noite Ulisses. Já vamos subir. Está tudo a seu gosto? Boa noite senhorita.

─Sophia. Boa noite.

─Tudo bem Sean. Eu chamo se precisar. Vamos só dormir.

Ele se afasta e me recosto no banco. Meus olhos encontram os de Ulisses. Sempre tão risonho e presente. Meu coração dá um pequeno salto.

Porque justo ele tinha que ser o cara a fazer meu coração dançar? Ulisses é perfeito, tão perfeito que só podia ser inatingível. Ele tem uma vida. Amigos, família e dinheiro, além disso tem suas convicções e não tem espaço para mim no meio de tudo isso. Mesmo assim eu abriria mão de tudo para ficar com ele.

─Obrigado Ulisses. O que fez por mim...

─Não foi nada. Adorei esses dias. Foi divertido. Perigoso, mas muito divertido.

─Completamente insano.

─Dorme um pouco. Vamos chegar a Nova York pela manhã.

─Nova York. Isso é incrível. Nem sei como agradecer.

─É simples. Diga Ulisses você é meu herói bonitão e muito sexy.

─Você é o cara mais bonito que já vi e mesmo assim isso nem é grande coisa. Não perto do quanto todo o resto é especial.

─Isso foi bom, mas ainda prefiro herói bonitão e sexy.

─Claro que prefere. Boa noite. Nos vemos em Nova York.

Ele sorri, depois fecha os olhos e se arruma na poltrona. Não devia ser bonito e perfeito. Não é possível que não tenha um maldito defeito para estragar tudo como todo mundo.


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Notas finais do capítulo

BEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS