Paixões gregas - Adrenalina do amor(degustação) escrita por moni


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!!!!
Bem-vindos ao primeiro capitulo. Espero que gostem. Esse é só uma introdução. Chegamos ao Ulisses. Vamos ver como esse irmão cheio de vida se comporta e como funciona essa cabeça dele.

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Pov – Ulisses

Solto o peso no chão. Passo a toalha no rosto e desligo o aparelho de som. Caminho para o chuveiro acertando a respiração. Os exercícios físicos não são minha paixão, mas sem isso praticar meus esportes seria muito mais complicado.

Depois do banho sigo direto para o celular. Olhar como anda o mercado financeiro é sempre uma das primeiras coisas que faço toda manhã. E continuo fazendo pelo resto do dia. Deixo o celular jogado na cama e começo a me secar.

Visto o terno. Acerto o nó da gravata.

─Sim. Você é o Stefanos mais bonito! – Digo ao meu reflexo no espelho.

Somos quatro irmãos. Dois mais velhos, casados e cheios de filhos, depois de traírem o pacto de que os Stefanos não se casam e um mais novo.

Leon mora em Kirus. Um pedacinho do paraíso situado no meio do mar Egeu. Nossa terra natal. Somos quatro Gregos espalhados pelo mundo. Heitor em Londres eu e Nick em Nova York.

Junto meus objetos. Celular, pasta, chave do carro. Depois vou para cozinha. Adoro morar aqui. Meu apartamento tem tudo que me importa. Mas a cozinha parece sempre desnecessária já que sou incapaz de usar mesmo a máquina de café de última geração. Deixo a xicara com o pior café do mundo sobre a pia.

Sete e quinze. Eu bem que podia tentar zerar o jogo novo antes de ir. Duas fases apenas. Sigo até a sala de jogos. Encaro o console e desisto.

─Se sentar aí só vai levantar meio dia e ficou até as três jogando. – Me advirto e deixo a sala. Video Game agora só quando voltar da Itália.

Caminho para o elevador. Meus irmãos me matam se não fizer essa viagem. Aperto o botão do elevador e me encosto no espelho.

Lutamos muito para nos tornarmos uma das cinco maiores fortunas segundo essas revistas especializadas. Não foi fácil, mas valeu a pena. Claro que para meus irmãos as coisas foram mais marcantes. Talvez eu não leve o passado muito a sério. Diferente deles não guardei nenhuma magoa das coisas que passamos. Sou feliz hoje e para mim é só o que importa. Passado e futuro não me pertencem.

─Bom dia Candice! – O motor ronca quando giro a chave. – Isso garota. Vamos nessa. – O carro desliza leve deixando a garagem e ganhando as ruas movimentadas e barulhentas da cidade mais viva do mundo.

Quando chego finalmente no escritório estou em cima da hora. São tantas coisas para finalizar antes da viagem que sei que o dia será um inferno.

─Bom dia senhor Stefanos! – Um rapaz uniformizado se aproxima do carro.

─Bom dia. Onde está o Jeff?

─Férias. Sou o substituto.

─Ah! Acho que ele me disse ontem. Cuidado com minha belezinha. Candice é delicada. Seja gentil. – O rapaz me olha confuso. Atiro a chave do carro para ele e caminho em direção ao elevador.

Aperto o botão e quando a porta fechava Nick a segura. Entra sorrindo.

─Bom dia. – Ele diz respirando fundo. – Atrasado.

─Eu também. Dia cheio como de costume. Podemos trocar a reunião no meio da tarde por um jantar? – Ele afirma.

─Ótimo. Estou mesmo cheio de trabalho. – Nick me diz e então o elevador se abre. Ellen está em sua mesa e sorri. Caminho para ela. Aperto a cintura e beijo a bochecha.

─Bom dia delicia! – Ela me empurra me dando tapinhas amistosos. Me faz rir. Nick faz careta. Me segue até minha sala.

─Ulisses quantas vezes tenho que dizer que isso é assedio?

─É a Ellen Nick. Deixa de ser ridículo. Ela tem sessenta e três anos e me ama.

─Idiota.

─Apimenta a relação dela com o Tom.

─Quem é Tom? – Ele me pergunta de pé na frente da minha mesa.

─O marido dela de três décadas ou mais. Não lembro. Ela chega em casa animadinha.

─Você é ridículo.

─Ellen cuida de mim. Devia ter uma secretária sabia? Uma fofinha. É bom de apertar. Experimenta para ver que delícia. – Nick me olha com aquele ar chocado que adoro provocar nele.

─Tenho um assistente e não preciso de secretária. Muito menos alguém que cuida até das minhas roupas.

─Para isso tem a senhora Kalais. Eu não tenho ninguém trabalhando em casa. Eu acho. Nunca sei muito como as coisas ficam limpas por lá.

─Ellen paga uma faxineira. Sei disso porque.... Sei lá. Porque me interesso pelo nosso negócio eu acho. – Rio de Nick. Somos opostos. Mesmo assim acabamos os dois juntos em Nova York e no fim nos damos bem. Ellen entra na sala cheia de pastas.

─Bom dia senhor Stefanos. – Ela cumprimenta Nick. – Ulisses temos que passar a agenda. Tem muito que fazer hoje. Comece assinando isso.

─O que é isso? – Pergunto abrindo a pasta.

─Meu presente de aniversário. – Ellen sorri.

─O que estou te dando?

─Um cruzeiro de quatro dias pela costa leste. Eu e o Tom!

─Sempre acerto seu presente. O Tom gostou?

─Amou.

─Então agora repita comigo. Ulisses você é o chefe mais bonito e sexy que existe.

─Ulisses você tem um bom peitoral. – Ela brinca despreocupada.

─Vou para minha sala. Nem sei o que estou fazendo aqui. Vocês dois se merecem.

Nick sai bufando. Rio dele. Passamos a agenda e depois é trabalho e mais trabalho. As horas vão correndo e não paro nem para o almoço. No fim do dia me sinto esgotado.

Giro a cadeira e encaro a vista, a cidade e suas luzes brilhando sem fim. Nova York não dorme. Penso em como gosto dela. Da noite, da vida. De viajar pelo mundo. Do gosto da liberdade. Amo a vida que tenho e nada no mundo me faria trocar minha liberdade por nada.

Liv e Lissa são duas cunhadas adoráveis. Cuidam de mim e fazem meus irmãos felizes. Mas não poderia viver como eles. Preso a uma mulher, tendo que abrir mão das coisas que me fazem feliz.

─Ulisses. – Ellen invade a sala mais uma vez. É minha secretária desde sempre e a funcionaria mais antiga da empresa. Já podia ter se aposentado, mas não consegue nem pensar nisso e fico feliz. Odiaria ficar sem ela. – Vamos fechar o dia. Vai viajar cedo amanhã. Terá umas horas de descanso e depois começa sua agenda com aqueles italianos.

─Vamos lá. Me diga o que tenho que fazer. – Olho o relógio. Sete e meia da noite e ainda estamos aqui. – Me diga Ellen. Por que não foge e manda tudo para o inferno? Às vezes eu queria fazer isso.

─Você faz Ulisses. – Ela ri. É verdade, faço mesmo. Acertamos tudo. Ainda falta o jantar com Nick. Ela me entrega as pastas que tenho que levar e depois sigo para o restaurante.

Chego primeiro. Peço uma cerveja e desfaço o nó da gravata. Nick chega dez minutos depois.

─Desculpe. Fiquei preso numa reunião. – Ele me diz fazendo sinal para o garçom. Pede uma cerveja quando ele se aproxima. – Feliz com a viagem?

─Preferia Roma, mas Palermo não é má ideia também. Nunca estive lá. Três semanas até que não é muito tempo.

─Não. Definitivamente. Principalmente para você. Só não sei se vai se dar bem com aquela diretoria. Antiquados, não é à toa que acabaram tendo que vender.

─No fim compramos pela metade do preço e recuperamos em um ano. Taylor vai assumir e deixar tudo como queremos. Vou recolocar a diretoria. Deixar ele pronto para a função de diretor geral e volto para o aniversário do Harry na Ilha. Se der tempo quero passar uns quinze dias na Nova Zelândia.

─Se te conheço dá um jeito. – Nick brinca. ─Só não falte no aniversário. Sabe o drama que seria isso.

─Sei. A gente sempre faz o que elas querem afinal. – Lissa e Liv estão sempre mandando nos Stefanos solteiros. E nos casados também. – Menos casar. – Eu continuo. – Apesar das pragas sem fim que elas rogam.

─Um dia vai encontrar uma mulher e terá que decidir se quer ser feliz ou saltar de paraquedas. – Nick as imita.

─Vão acabar apaixonados e essa história de nunca casar será esquecida. ─ Eu continuo a brincadeira.

─Terão sorte se forem correspondidos. – Nick faz careta. – Essa é a pior.

─Nem me diga. – Suspiro. – Vamos pedir. Nem fiz a mala ainda.

─Vamos. Ainda tenho um relatório para ler.

Jantamos acertando as coisas da viagem. Depois deixamos o restaurante juntos. Nick segue para seu apartamento e eu para o meu. Arrumo a mala assim que chego. Depois de tomar um banho vou direto para cama.

Vou cedo para o aeroporto. Nosso jato me esperava pronto. Depois de levantar voo como co-piloto me divirto cuidando dos instrumentos.

Gosto de tudo que é radical, pilotar talvez seja uma das coisas preferidas. O céu é minha paixão.

A primeira reunião seria as duas da tarde e sigo direto para meu quarto de hotel. Adormeço assim que caio na cama. Quando acordo eram quase meio dia. Devia ter ficado dormido, mas fui passar a noite como co-piloto.

O quarto é muito bom. Será minha casa por uns dias e gosto da cama gigante e confortável. A sala é elegante e a varanda tem uma bela vista da cidade.

─Vamos ver o que tem de bom nesse lugar afinal.

O celular toca. Atendo quando o rostinho de Lizzie salta na tela. Minha sobrinha linda que me liga mil vezes por dia.

─Oi baixinha! – Provoco e ela choraminga do outro lado.

─Tio! – Sorrio me sentando na varanda. O dia está bonito e ensolarado. – Onde que você tá?

─Itália. E você?

─Eu estou no meu quarto mesmo fazendo lição.

─Puxa. E como está todo mundo aí?

─Tudo bem. Tio você vai no aniversário do Harry?

─Sim. Mas falta mil anos. O que você quer?

─Chocolate suíço. – Ela sussurra no telefone. – Não conta para minha mãe.

─Eu sei. Sou o cara do chocolate. – E pior que nem gosto de doces. – Eu dou um jeito de te mandar. Vou ligar para Ellen e ela cuida disso.

─Obrigada tio. Agora eu vou ligar para o tio Nick.

─Faz isso. Conversa bastante com ele. Seu tio ama esses momentos.

Ela desliga, Lizzie é a mais velha. Harry vai fazer um ano e os gêmeos tem três anos. Quase quatro.

Penso em como as coisas mudaram desde que o primeiro de nós casou. Leon estava obcecado por vingança. Acabou apaixonado por Lissa e acho que isso mudou um pouco todos nós.

Sempre fomos unidos. E sempre estivemos juntos nos momentos difíceis. Mas agora somos muito mais presentes na vida um do outro. Nossos encontros mensais as vezes se estendem por uma ou duas semanas. Viajamos mais juntos. E tem os aniversários. Muitas festas de criança todo ano.

Acabo rindo sozinho quando penso em quanto Nick odeia tudo isso. Antes podia usar a desculpa que tinha que se formar, mas nos últimos anos depois de se formar ele não tem como fugir.

Um motorista que falava inglês me esperava na frente do hotel

─Boa tarde senhor Stefanos. Sou Giovani. Serei seu motorista enquanto estiver aqui.

─Obrigado. Pode me levar ao escritório?

─Agora mesmo senhor. – Ele abre a porta de trás do carro e só posso rir. Realmente isso não combina comigo.

─Menos formalidade Giovani. E pode me chamar de Ulisses. Se me chamar de senhor Stefanos eu vou ficar procurando um dos meus irmãos.

─Como preferir.

Me sento a seu lado. Ele dá partida.

─É verdade que tem como voar de parapente aqui?

─Sim. Tem alguns passeios assim por aqui. Posso leva-lo quando quiser.

─Vamos ver se arrumo tempo. – Aviso mais tranquilo. Pelo menos não vou ficar mofando em boates e restaurantes. Gosto mesmo é de oxigênio.

O prédio é um tipo de patrimônio histórico. Sou recebido com todo tipo de regalias e aperto muitas mãos até a sala da diretoria. Dou de cara com quatro senhores com mil anos cada um. Prendo o riso quando os imagino na arca de Noé.

Isso vai ser bem chato. A reunião leva o resto do dia. O contrato tem seus acertos finalizados.

Agora amanhã visito a empresa. Conheço tudo e depois assinamos. A diretoria se aposenta e assumo tudo com Taylor.

Janto no quarto. Depois caio na cama. Preciso de uns dois dias para me acostumar com o fuso horário.

Assinar o contrato demora mais do que planejei. Simon e Taylor chegam somente três dias depois e finalmente nos reunimos com Estevam Marconi para fechar o contrato.

─Foi uma extensa negociação. – Marconi diz depois de assinar a venda definitiva. – Vocês jovens tem um jeito diferente de fazer negócios. – O jeito honesto eu penso com um sorriso falso no rosto.

─Tenho certeza que ainda vamos contar com sua consultoria caso seja necessário.

─Claro. – A secretária serve champanhe. Brindamos e acabou. Agora é conosco.

─Foi bom negociar com você. – Digo apertando sua mão.

─Nos vemos. Vai encontrar uma bela surpresa no seu quarto de hotel. Com os cumprimentos dos empreendimentos Marconi.

─Surpresa?

─Vai gostar. Não precisa agradecer. – Ele diz antes de deixar a sala.

Se forem chocolates Lissa, Nick e Lizzie vão adorar. Imagino que seja algum vinho raro ou qualquer coisa parecida.

Simon pega os contratos. E se encaminha para o departamento jurídico. Eu e Taylor fazemos uma rápida reunião com os funcionários. Todos preocupados com seus empregos. Acho importante antes de tudo tranquilizar todos. Demissões não serão necessárias. Taylor vai assumir e reorganizar os funcionários para que ninguém seja demitido.

Me fecho na sala de reuniões para uma vídeo conferencia com os irmãos assim que fico livre. A ideia dessas vídeos conferencias foi claro do Nick. Um bom jeito dele fugir dos encontros quando se trata de trabalho, mas as vezes é preciso. Agora Leon e Heitor tem filho e nem sempre podem viajar.

─Fechamos! – Aviso olhando para tela do comutador.

─Simon me avisou. – Nick me comunica.

─Claro. Ele é tão eficiente quanto você. Taylor assume em uma semana. Acham que ele pode cuidar de tudo sozinho? Tenho planos e não quero ficar mais tempo.

─Ulisses vai se meter em alguma aventura maluca?

─Não vão abrir a boca para a Lissa. Ela vai me perturbar.

─Tudo bem. Pode ficar tranquilo. Desde que vá para o ani...

─Aniversário do Harry. Eu sei. É o evento do século, o aniversário de um ano. – Completo a frase de Heitor. – Lizzie me ligou hoje me lembrando, e ontem e antes de ontem e sei lá. Ela nunca vai me deixar esquecer.

─Sabemos, ela não vai deixar ninguém esquecer. – Nick resmunga. Nick sempre resmunga. O garoto parece nosso avô.

─Vou para o hotel. Marconi disse que me deixou um presente lá. Quem sabe não são chocolates finos para agradar as formigas da família?

─Beleza. Me liga se precisar. – Nick é o primeiro a se desconectar.

─Bom trabalho. Está perto Ulisses. Quem sabe arruma um tempinho de vir a Londres. – Heitor convida.

─Vamos ver. Beijem suas esposas por mim. Embora acho que elas preferiam que eu mesmo fizesse isso.

─Idiota! – Heitor se desconecta e me deixa rindo.

─Tchau Leon. Seus irmãos não sabem brincar.

─Tchau. Bom trabalho. – Agora sim posso realmente descansar sem preocupações.

Quando finalmente desço para encontrar meu motorista já é noite.

─Para algum restaurante senhor?

─Vou para o hotel. Quem sabe mais tarde saio para jantar com Simon e Taylor?

Agora só mais uma semana e depois casa. Ainda vai dar tempo de passar uns dias na Nova Zelândia como planejei antes do aniversário em Kirus.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.

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