Não uso palavras bonitas. escrita por Stherphany


Capítulo 33
Trinta e dois


Notas iniciais do capítulo

Acho que algumas de vocês querem me espancar por conta dessa demora absurda que tive. Eu sei, essa foi realmente a campeã de demora á postar. Mas não, eu não abandonei a fic, e por mais que tenha demorado nunca isso me passou pela cabeça. Sinto que tenho um comprometimento com vocês, e acho que só por algo muito serio deixaria de escrever. Sobre a demora, o motivo foi pelo carregador do meu not que quebrou, isso me deixou realmente com raiva e até eu não esperava por isso, enfim espero que me desculpem.



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Chego cedo na escola para o primeiro dia de aula, fui a primeira a sair de casa e ainda nem sei se meu pai chegou de viagem junto de Susy.

Depois de passar quase todo o sábado dormindo, reservei o domingo todo para passear com Mitty e Léo. Mitty por sinal parece está bem melhor e voltou a se alimentar normalmente. Já sobre Felipe, tenho lhe evitado até então, pois novamente não consigo encará-lo.

Entrei na sala e caminhei até meu lugar de sempre. Meu amigo já esperava por mim, com um longo sorriso no rosto.

–Bom dia Léo... –Murmuro, dando um breve sorriso.

–Bom dia. Iaí anciosa pro primeiro dia de aula?! –Ele pergunta.

–Não mesmo...

E pensar que acabo de voltar de férias. Pensando bem essa última semana me cansou mais que todo o resto. Foi casamento do meu pai, Felipe quase saindo de casa, Mitty passando mal. Só de lembrar acho que me sinto aliviada de voltar a estudar.

Depois de alguns minutos as salas foram chamadas para se reunir na quadra. O que era horrível já que só pensava em dormir naquele momento.

–Você parece cansada. –Afirma Léo enquanto caminhávamos pelo corredor.

–É...Tô meio confusa com algumas coisas...

–Tipo o quê?! –Pergunta.

Eu não sei se seria uma boa ideia contar toda a história com Felipe. Léo sabia muito pouco de tudo que tinha acontecido, e não acho que ele conseguiria me ajudar.

Até hoje, nunca vi Léo se interessar por nenhuma garota, ao não ser que a Mitty conte, sinceramente acho que ele é tão novo quanto eu nesses assuntos.

–Bom... –Começo. –N-não é na...

–Arianny. –Sem esperar, alguém atrás de mim murmura meu nome baixinho. Me viro no mesmo instante pra saber que é.

–...Isabelly?!

Era a prima de Diego, a linda menina baixinha de cabelos ondulados que ele havia me apresentado. Ficaria bem feliz de reencontrá-la se não me recordasse de tantas coisa ruins que aconteceram no mesmo dia.

–Que bom te ver! –Sorri. –Pera, você é da minha sala agora?! –Pergunto.

–Troquei de curso depois das férias. Acabou sendo o mesmo curso que o seu. –Diz ela, com uma voz baixinha mas bem firme.

–Que bom, agora podemos nos falar mais... Ah, esse é meu amigo, Léo. –Me afasto um pouco e lhe apresento o tímido garoto de óculos atrás de mim, que mesmo sendo mais alto que eu tentava me usar como parede pra se esconder. –Fala alguma coisa Léo... –Ele permanecia imóvel, como todas as vezes que tem que falar com alguém que não conhece. –Ele é assim no começo, mas é muito legal na verdade. –Desisto de fazê-lo falar e volto a fitar Isa com um sorriso sem graça nos lábios.

Isa por outro lado parecia encantada com todo o comportamento do rapaz, os olhos castanhos, permaneciam fixos em Léo. Era como se nada mais existisse naquele momento para ela. Ele acaba percebendo a reação da garota e se aproxima de mim, com uma cara de dúvida.

–O que ela tem?! –Diz ele baixinho no meu ouvido.

–Léo... –Dou um grande sorriso. –Acho que ela gostou de você.

O caminho até a quadra foi chato e demorado. Enquanto não chegávamos, Isa me fazia um enorme questionário sobre Léo. Do que mais ele gostava de fazer até quanto ele media. O que era impressionante já que a garota não era de falar muito até cinco minutos atrás.

Na quadra tivemos um longo discurso do diretor e apresentações mais longas ainda de outros alunos.

–Se quiser ser minha amiga tudo bem, mas tem que parar de me olhar assim. –Diz finalmente Léo á Isa, que se sentou do lado dele o mais perto possível ainda o fitando da mesma forma de antes.

–Léo, tenta ser um pouco mais amigável com ela. –Sussurro, me divertindo com a situação.

–Eu até tentaria, mas eu não gostei dela...Acho que ela não é normal. –Ele também sussurra, dou uma breve risada e volto a prestar atenção nas apresentações.

Do outro do lado da arquibancada, vejo Felipe. Sorrindo com outros dois amigos, ele parecia se divertir com as coisas que eles diziam e parecia não se preocupar nem um pouco no que estavam apresentando. Fixo meu olhar por alguns instantes nele, e já esqueço de tudo em volta. Seu sorriso, como ele agia com seus amigos, ele parecia tão despreocupado, que queria poder registrar aquele momento e guarda-lo pra sempre.

Começo a lembrar da conversa que tivemos naquela manhã de sábado, que tudo que ele me disse, e em especial aquela frase.

“Não acho que deve ter medo de se apaixonar...Não por mim. Eu não vou fazer você sofrer nunca.”

Seria verdade tudo aquilo?! Sei que pareço paranoica em achar que é mentira mesmo depois de tudo, mais não tinha como evitar.

Sem eu esperar, Felipe para de repente de rir e seu olhar vai direto no meu. “Tantas pessoas na quadra e ele vai olhar logo pra mim?!” Desvio meu olhar o mais rápido possivel, mas logo me xingo por ser tão indiscreta.

–Disse alguma coisa?! –Léo pergunta, voltando seu olhar pra mim.

–Ah, n-nada! –Digo, balançando a cabeça negativamente.

Olho pela última vez pra Felipe, que já ri e conversa com seus amigos novamente. Talvez ele nem tivesse olhado pra mim, talvez fosse só a impressão que tive.

Acho que depois do que aconteceu não sei como encará-lo de novo. Isso já tá ficando chato já que sempre acontece novamente. Desisto de ficar pensando nisso e volto a prestar atenção nas apresentações.

Depois de um longo primeiro dia de aula. Finalmente podemos ir pra casa. Me despeço de Isa e saio da sala junto de Léo.

–Estranho... Quer dizer que a professora Susy saiu do colégio?! –Pergunta Léo, deixando o livro no armário e me acompanhando pelo corredor.

–Já era de se esperar já que agora se casou com meu pai. Com certeza ela ficará apenas em casa gastando o dinheiro dele o resto da sua vida. –Chego no pátio e logo avisto Felipe sentado em um dos bancos conversando. Ele parecia está bem despreocupado quando vê alguém fora do colégio, se despede depressa e sai da escola.

–Léo eu tenho que ir na frente, a gente se fala okay?! –Também me apresso para alcançá-lo, saindo do colégio o mais rápido possível. Porém quando saio já o não encontro mais.

Volto pra casa devagar, a cabeça lotada de diversos pensamentos . Quem será que estava lhe esperando?! É verdade que ele disse que já tinha tido uma namorada, seria ela que teria aparecido novamente?!

Chego em casa totalmente exausta de tanto pensar. Já ia abrir a porta até que um carro para na frente de casa e Felipe sai dele, caminhando tranquilamente pra onde eu estava.

–Quem era no carro?! –Pergunto curiosa.

–Meu pai. –Fala Felipe.


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Notas finais do capítulo

Bom, o capítulo não teve muita coisa interessante, mas espero que tenham matado a saudade de vocês. O próximo capítulo não vai demorar (Prometo). Comentem o que acharam, e até :3