It's art too! The Sound Rebellion! escrita por Arpus


Capítulo 2
New Year feelings


Notas iniciais do capítulo

Hello... it's me.. I was wondering if after all this years you'll like to meet?!
Fala meu povo. Tudo bem aqui. E ai?
Desculpas pela demora, mas aqui vem um capitulo fresquinho e delicioso saindo do forno. (Foi um parto complicado esse). Bom, primeiro capitulo de 2016. A história esta andando, caindo, se enrolando, dando de cara com a parede, mas esta indo. Vamos ver o que o futuro nos reserva (espero que um capitulo novinho no final do mês).
Noticias boas! Me formei! Yeahhhh
Noticias ruins, estou sem emprego. T.T
Mas a vida é assim mesmo. Sem mais demoras, vamos ao novo capitulo. Bjs, kisses, bye bye. Deixem reviews, comentários, cantiga de roda, qualquer coisa.

Músicas:
— Endless Love - Tiago e Bianca (Original Lionel Richie ft. Diana Ross)
— Not in that way - Caio (Original Sam Smith)
— Primadonna - Raisse (Original Marina and the Diamonds)
— Call me Maybe - Tiago, Bianca, Caio e Raisse (Original Carly Rae Jepsen)
— This is the new Year - SRebellion (Original A Great Big World)



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— Então, você e o Igor ainda estão em contato? – Thais perguntou a Aline enquanto cruzavam o portão de entrada do colégio.

— Estamos no que chamam de... namoro de distância... acho que é isso...

— É namoro à distância Ali. – corrigiu Daniele, surgindo do nada e se juntando a dupla. Alice se assustou com a chegada da amiga e quase saltou em cima de Thais.

— Não faça mais isso Dani. Me assustou! – brigou Aline apesar de Thais rir com vontade.

— Daniele. – corrigiu a morena – Pare de me chamar de Dani... é irritante.

— Mas todos te chamam assim. – contestou Aline. Daniele cruzou os braços e olhou cética para a amiga.

— Não, não chamam. Só você e o restante do coral... e por sua culpa.

 Aline soltou um muxoxo desanimado.

— Bom, como estou sendo deixada um pouco de lado... vou indo. Acho que vi a Isa naquela direção. – falou Thais se despedindo um pouco constrangida.

 Enquanto caminhava para uma pequena multidão formada no pátio a bailarina ainda escutou a voz de Aline reclamando.

— Viu! A Thais chama a Isabelle de Isa...

 A bailarina sorriu com o comentário e continuou a caminhar na direção em que achou ter visto Isabelle.

— Thais!

 Raisse se aproximou da amiga a passos velozes. Thais parou no mesmo instante e olhou para a garota com certo receio, mas expectativa.

— Estava te procurando, será que você poderia ajudar...

 Thais suspirou com pesar e balançou a cabeça minimamente, se desfazendo de qualquer ideia que pudesse ter tido.

— Agora Raisse? Estou um pouco ocupada...

 A outra se assustou um pouco com a resposta da bailarina, mas rapidamente disfarçou.

— Ahn... não... não precisa ser agora... é só que, a Isa negou então eu...

— Você viu a Isa? – Thais cortou a explicação o que assustou Raisse um pouco mais.

— Sim... vi... mas...

— E onde ela está? – perguntou ansiosa.

 Raisse olhou confusa para a amiga.

— Thais, eu ia dizer que...

— Você precisa de ajuda, já ouvi. Mas também já respondi que agora estou ocupada e preciso falar com a Isa.

— Você estão passando muito tempo juntas. – falou Raisse perdendo o bom humor e cruzando os braços – Como na semana passada quando fizeram uma apresentação juntas e nem me avisaram.

 Thais rolou os olhos e também cruzou os braços.

— Você nem ia estar aqui. Sempre chega atrasada no primeiro dia de aula. E isso não importa... A Isa é minha amiga a quantidade de tempo que eu passo com ela não interessa. Agora, onde ela está?

— Com o Tiago e a Bianca, perto do refeitório. – respondeu a contragosto – Mas eu realmente preciso...

— Agora não! – Thais respondeu decisiva ao se direcionar para onde a loira poderia estar.

 Em passadas rápidas e quase atropelando as pessoas em seu caminho, a bailarina finalmente chegou ao refeitório. Isabelle conversava em uma das mesas com Tiago e Bianca.

— Finalmente te encontrei, Isa... – falou Thais ao se aproximar, estava ofegante.

 A loira encarou a amiga com indiferença.

— Estava fugindo de quem? Você está bem suada…

— Ninguém. – respondeu ríspida – Aliás, bom dia Tiago, Bianca.

 - Bom dia Thais, inclusive, um ótimo dia! – respondeu o moreno animado.

 Bianca sorriu com a animação do namorado e Isabelle bufou, rolando os olhos, mas por fim abriu um pequeno sorriso.

— Por que essa animação? – perguntou Thais também sorrindo e sentando próxima a Isabelle.

 O moreno trocou olhares com a namorada e seu sorriso aumentou.

— Simplesmente por que eu recebi a melhor notícia do ano... aliás de anos, da vida...

— O clube de Teatro vai realizar um musical. – cortou Isabelle sem paciência.

— Ei!

— Você estava demorando demais.

 Thais estava surpresa com a notícia, mas rapidamente a surpresa foi substituída por animação.

— Isso é sério?! Meu Deus! Qual vai ser? Podemos participar?

 Tiago acenou com a cabeça diversas vezes, sem conseguir manter a animação. O sorriso de Bianca se alargou e ela segurou as mãos do namorado.

— Sim, podemos. – respondeu Bianca – Serão realizados testes para a escolha de papéis principais e figuração. Como é um musical eles vão realizar um teste de voz e um teste de atuação.

— Claro... E qual vai ser a peça?

 Bianca olhou para o moreno com ternura.

— Quer falar?

 O moreno acenou diversas vezes novamente.

— Hércules. – contou Isabelle assim que Tiago abriu a boca para responder. O moreno lançou um olhar mortal para a loira.

— Pare com isso Isabelle. – ralhou Bianca apertando a mão do amado com carinho.

— Desculpe. – respondeu a loira sem se importar muito.

— Hércules não é meio infantil? – perguntou Thais um pouco confusa.

— Não! – respondeu Tiago um pouco ríspido – Hércules é o melhor filme musical que existe, ponto. E o fato de ainda não ter sido realizado pelo Broadway é um grave erro.

— Ok. – respondeu a bailarina surpresa e um pouco intimidada.

— Hércules é o filme preferido dele. – sussurrou Isabelle rolando os olhos – É melhor nem contradizer.

— Então... você vai fazer o teste para o papel de... – começou Thais.

— Hércules! Exato! – respondeu Tiago – E mais uma coisa… A equipe de teatro pediu nossa ajuda para montar algumas coisas, por exemplo, treinar o elenco nas músicas e ajudar na coreografia.

— Vamos fazer os arranjos das músicas também. Então estamos um pouco atarefados – falou Bianca – Por isso, gostaríamos de saber se você poderia montar as coreografias...

 Thais olhou surpresa para o casal, depois olhou para Isabelle, que não parecia já saber da ideia.

— Eu também poderia pedir ao Bruno, mas acredito que você é a melhor para esse trabalho. – falou Tiago com um sorriso.

— C-claro! – respondeu Thais animada – Claro. Eu aceito sim. Uau...

— Eu ainda não entendo essa surpresa... – falou Isabelle desconfiada – A Raisse saiu daqui há alguns minutos para te falar sobre isso e pedir sua ajuda.

 Thais encarou a amiga surpresa e depois uma expressão de culpa passou por seu rosto. Isabelle observou em silêncio, com uma sobrancelha levantada em desconfiança.

— É verdade. Ela não falou com você? – perguntou Bianca.

— Eu... acho que não deixei ela falar. – respondeu a bailarina com receio.

— Tudo bem. – falou Tiago – O importante é que agora você sabe e aceitou. Esta tudo, ok.

— É... tudo certo. – concordou Thais.

 Bianca abriu um sorriso terno e fez um sinal de positive para a bailarina. Isabelle rolou os olhos, mas também sorriu minimamente.

— Mas vamos lá! As aulas vão começar... a tarde eu falo com o restante do coral sobre as atividades e sobre os testes. – falou Tiago.

— Começam amanhã. – falou Bianca – Eu espero que todos estejam dispostos a ajudar...

— Vão estar. – Tiago a tranquilizou com um sorriso.

—- --

— Sendo assim, podemos contar com a colaboração de todos? – perguntou Tiago ao grupo sentado à sua frente.

 Com a reforma na sala do coral orquestrada por Raisse e Isabelle, o grupo tinha se mudado temporariamente para o Auditório da escola. No momento os dez componentes estavam sentados em círculo enquanto, Tiago explicava sobre o musical.

— Só um minuto. – pediu Bruno com um sorriso sarcástico – Eles vão fazer... Hércules?

— Sim. Algum problema.

 O olhar assassino que Tiago lançou ao bailarino foi o suficiente para suprimir qualquer piada.

— E como eu disse antes... a Thais já aceitou coreografar as cenas, você pode ajudar ela?

— Claro. – Bruno respondeu sorrindo para a bailarina.

— Eu, Bianca e Raisse vamos cuidar dos arranjos musicais. Mas eu preciso de alguém para ajudar os figurantes e elenco de apoio a praticar algumas músicas.

— Eu posso fazer isso. – Daniele se disponibilizou rapidamente.

 O moreno concordou.

— E a equipe de Teatro também pediu ajuda de duas pessoas para os figurinos. – lembrou Bianca.

— EU! – respondeu Augusto animado.

— Eu posso ajudar. – respondeu Isabelle e recebeu olhares surpresos dos presentes – O que?!

— Você está se oferecendo... assim, de boa vontade mesmo? – perguntou Bruno.

 A loira rolou os olhos e bufou.

— Ok. – falou Tiago confuso – Ah... lembrando também que quem quiser fazer teste para algum personagem, só precisa se inscrever na sala do clube de teatro, as audições começam a amanhã e vão ser feitos aqui mesmo no auditório.

— Todos os personagens estão vagos? – Caio perguntou.

— Sim. – respondeu Bianca.

— Mas eu e a Bianca já nos inscrevemos para o papel de Hércules e Megara, então... – o moreno sorriu e piscou para a namorada, que acenou sem jeito.

— Você fala como se já fosse garantia de que vão ganhar os papéis. – falou Manuella venenosa.

— Pois é. – o moreno concordou e lançou um olhar desafiador para a latina, que não retrucou. Isabelle até pigarreou, sua garganta coçando por uma resposta, mas Thais a impediu com um beliscão.

 Um ar tenso tomou conta do local, mas Bianca o dissipou rapidamente, sorrindo e chamando a atenção dos colegas.

— Então, até amanhã. – ela falou e rapidamente se levantou puxando Tiago pelo braço para dentro de uma das coxias.

 O grupo começou a se dispersar lentamente, recolhiam seus materiais e saiam do Auditório. Caio recolheu sua mochila e seguiu por onde Bianca e Tiago tinham sumido. O loiro se aproximou do casal assim que os avistou, sentados em duas cadeiras conversando.

— Você não podia...

— Tiago. – o loiro chamou, interrompendo o que Bianca estava falando.

 A bailarina suspirou e encarou Caio, ao mesmo tempo em que Tiago, que estava de costas para o rapaz, também se virara.

— O que foi Caio? – o moreno perguntou sem grosseria, só parecia nervoso.

— Ahhhh, não. Nada. Eu… só queria dizer que acho legal que o musical seja Hércules, você gosta bastante dele né... – o loiro corou sem jeito.

— É – respondeu o moreno com um sorriso.

 Bianca suspirou e abriu um pequeno sorriso e encarou Caio com um olhar piedoso.

— Caio... sem querer ser grossa, mas eu estava conversando com meu namorado.

 A voz da morena retirou Caio de seus pensamentos.

— Claro. – respondeu rapidamente – Claro. – repetiu sem jeito – Eu te ligo mais tarde Ti. Eu só queria saber se você vai ficar bem, caso, sei la, não consiga o papel.

 O sorriso de Tiago aumentou e ele acenou.

— Não se preocupe, é só um musical. – deu de ombros – E não é como se eu fosse perder para alguém... pelo menos não daqui.

 O loiro assentiu nervoso e se despediu do casal. O moreno voltou a encarar a namorada, cujo sorriso tinha desaparecido.

— É disso que eu estou falando. – ela falou séria.

 O moreno a olhou confuso.

— Não, não. Não se finja de desentendido. Estou falando dessa atitude convencida.

 Tiago fez uma careta.

— Não sou convencido.

— Exato. Você não é. – Bianca se apressou em falar – Mas ultimamente seus comentários tem demonstrado o contrário.

 Ela segurou as mãos do namorado com ternura.

— Amor, você é demais! E eu e todos no coral sabemos que você é o melhor cantor e bailarino e artista e tudo, mas... ficar comentando isso, mesmo que como brincadeira, faz você parecer um idiota.

 O moreno concordou e abaixou a cabeça constrangido.

— Me desculpe. Você tem razão.

 Bianca o puxou para um beijo demorado. Ao se separarem ela segurou seu pescoço e juntou suas testas.

— Esta tudo bem. Só peça desculpas para todos mais tarde. – ela falou com um sorriso.

 O moreno sorriu e concordou.

— Agora... eu queria falar sobre outra coisa.

 Tiago levantou uma sobrancelha, curioso.

— Ti?! – ela perguntou com um sorriso enorme – É sério isso? – e começou a rir – Ti?!

 O moreno gargalhou junto.

— É. – respondeu sem jeito – Temos apelidos, ele me chama de Ti e eu chamo ele de idiota.

— Preciso me preocupar com isso? – perguntou, a seriedade retornando ao seu rosto.

 Tiago ficou surpreso com a pergunta, balbuciou algumas coisas antes de Bianca gargalhar e se abraçar ao namorado, saindo da cadeira e pulando em seu colo.

— Bom, eu acho isso adorável. Acho que vou usar também. Ou talvez algo mais quente... – ela ponderou com um biquinho.

 E Tiago corou com o comentário, antes de ser atacar a namorada com uma enxurrada de beijos.

— Você não precisa se preocupar com o Caio, nem com ninguém, eu só tenho olhos para você.

— Bom saber disso, senhor. Então... que música vamos cantar na audição.

— Uma audição conjunta? – Tiago pareceu surpreso, mas sorriu – Gosto disso... E tenho uma ideia.

—- --

 O palco do auditório estava iluminado a meia luz, Tiago tocava um piano de cauda, enquanto Bianca o encarava da outra extremidade do instrumento.

[TIAGO]

My love
There's only you in my life
The only thing that's right

[BIANCA]

My first love
You're every breath that I take
You're every step I make

[TIAGO]

And I (Bianca: I-I-I-I-I)
I want to share

[TIAGO e BIANCA]

All my love with you

[TIAGO]

No one else will do...

[BIANCA]

And your eyes (Tiago: Your eyes, your eyes)

[TIAGO e BIANCA]

They tell me how much you care
Ooh yes, you will always be
My endless love

[BIANCA]

Forever (Tiago: Ohhhhhh)

[TIAGO e BIANCA]

I'll hold you close in my arms
I can't resist your charms

[BIANCA]

And love (Tiago: Oh, love)

[TIAGO e BIANCA]

I'll be a fool
For you, I'm sure

[BIANCA]

You know I don't mind (Tiago: Oh, you know I don't mind)

[TIAGO e BIANCA]

'Cause you
You mean the world to me, Oh

[BIANCA]

I know

[TIAGO]

I know

[TIAGO e BIANCA]

I've found in you
My endless love

And, yes
You'll be the only one
'Cause No one can deny
This love I have inside
And I'll give it all to you

[TIAGO]

My love

[BIANCA]

My love, my love

[TIAGO e BIANCA]

My endless love

 Ao final da música três alunos, uma menina ruiva cheia de sardas, com um óculos grande em estilo fundo de garrafa, um rapaz gordinho, de cabelos loiros e encaracolados e uma menina alta, morena se levantaram.

— Obrigado pela apresentação. – falou o rapaz, sério – Os resultados saíram ao fim da semana.

— Adorei seu dueto. – falou a morena, com os olhos úmidos – Por mim vocês receberiam os papeis logo agora.

— Catarina! – chamou o rapaz irritado – Não podemos demonstrar favoritismo. – ele sussurrou a última parte.

— Desculpe Daniel.

— Obrigada pela apresentação, podem sair do palco agora. – falou a ruiva.

— Amélia!

— O que?! Vocês estão atrasando tudo. – replicou a ruiva – O próximo pode entrar.

 Tiago e Bianca reverenciaram e saíram às pressas do palco, ao mesmo tempo Caio saia das coxias contrarias, com uma guitarra em uma mão e um banquinho na outra.

— O Caio também está fazendo audição... – comentou Tiago.

— Meio obvio. – respondeu Bianca – Acho que todos estão.

— Qual serão papel que ele quer? – o moreno olhava fixamente o loiro organizar o pedestal do microfone e se preparar.

— Não sei. – respondeu Bianca, olhando para o namorado e suspirando.

— Boa tarde. – falou Caio – Meu nome é Caio Ferreira e estou fazendo o teste para o papel de...

— Já sabemos disso tudo. – cortou Daniel – Pode começar.

 O músico se assustou um pouco com a atitude do outro, mas concordou. Sentou-se no banco e rapidamente começou a cantar.

[CAIO]

And I hate to say I love you
When it's so hard for me
And I hate to say I want you
When you make it so clear
You don't want me

I'd never ask you cause deep down
I'm certain I know what you'd say
You'd say I'm sorry believe me
I love you but not in that way

And I hate to say I need you
I'm so reliant
I'm so dependant
I'm such a fool

When you're not there
I find myself singing the blues
Can't bear
Can't face the truth

 Tiago e Bianca observavam a apresentação das coxias. Caio olhou de relance para o moreno antes de continuar. O ato passou despercebido para o rapaz, mas não para Bianca que encarou Caio com olhos tristes.

You will never know that feeling
You will never see through these eyes

 Tiago estava colado em seu lugar com a boca aberta. Bianca segurou a mão do namorado, enquanto limpava uma lagrima.

I'd never ask you, cause deep down
I'm certain I know what you'd say
You'd say I'm sorry
Believe me
I love you
But not in that way

You'd say I'm sorry
Believe me
I love you
But not in that way

— Obrigado. – foi a única coisa que Daniel conseguiu falar. Ao seu lado Amélia e Catarina concordaram – Muito obrigado.

 Caio reverenciou e saiu do palco rapidamente.

—- --

— O que eles disseram a você? – Aline perguntou e depois mordeu um coxinha.

— Nada. Só que os resultados saem na sexta. – respondeu Daniele depois de tomar um gole de seu suco – Aquele cara, o tal de Daniel, é muito mal educado.

 Daniele e Aline sentaram-se em um dos diversos bancos de pedra espalhados pelo pátio externo do colégio. Aline sorriu.

— Eu gostei dele.

— Claro que gostou. – respondeu Daniele revirando os olhos – Como foi o seu teste?

— Bom... Eu acho. Fiz para o papel de Terpsichore, acho que é isso. Aquela que usa uma saia curta. – ela falou ainda sorrindo enquanto observava o pátio e as pessoas conversando – Da pra acreditar que só faz um semana desde que cantamos para o superintendente e fizemos a escola toda dançar.

— Não sei se foi toda a escola. – falou Daniele cética, mas sorrindo – Não entendo por que a popularidade é tão importante para alguns.

— Bom, foram eles que perderam a festa. – Aline riu e Daniele concordou.

 Ao terminar de falar as garotas observaram quando duas atletas de vôlei passaram por elas, rindo.

— Então... como o Igor está lidando com a colégio militar? – a morena perguntou mudando de assunto.

— Bem. Bem. – a outra respondeu em um tom triste – Ele disse que é bem difícil, mas seu pai é militar, então ele te alguns privilégios. E é um curso de apenas um ano, assim que terminar ele já tem uma vaga com uma patente alta.

— Eu não sabia que esse tipo de curso existia...

— Nem eu. – Aline respondeu surpresa.

 Começaram a conversar sobre o tal curso e sua influência na possível carreira de Igor, enquanto terminavam seus lanches. A morena sorria com as coisas que Aline contava, mas não podia deixar de notar a tristeza da amiga ao relatar as coisas que aconteciam com o namorado. Bastou terminarem de comer que Aline suspirou e se agarrou a caixinha do suco.

— Eu sinto muita falta dele Dani.

 A amiga até pensou em corrigir a outra, mas preferiu por não fazê-lo.

— Não pode ser assim tão ruim Aline. – ela falou com carinho, enquanto acariciava as costas da amiga – Vocês namoraram por apenas quatro meses, não é tempo suficiente pra você se sentir tão mal com a partida...

 Ela não teve tempo de completar o pensamento porque Aline virou o rosto tão rápido que chegou a assusta-la. A garota estava completamente vermelha, aparente mesmo na pele bronzeada e apertava os lábios com força.

— Como você ousa...

 Daniele ergueu os braços em sinal de rendição.

— Calma Aline!

— Calma nada! – explodiu a outra – Como você ousa falar uma coisa dessas! – ela apontou o dedo na cara da amiga – Eu adoro o Igor! Podemos ter passado pouco tempo juntos, mas nos conhecemos há muito tempo!

— Eu sei. – Daniele respondeu olhando para os lados, vendo que as pessoas ao redor paravam de andar para prestar atenção a cena.

— E mesmo que você estivesse certa, e quatro meses fosse pouco tempo para se apegar a alguém. – Aline continuou com as bochechas vermelhas e os olhos marejados, sua voz ficava aguda a cada palavra pronunciada - Você não tem o direito de dizer que o que eu sinto não é verdadeiro!

— E-eu nunca...

— Por que você não sabe o que é gostar de alguém! – a garota finalizou em um grito, seu rosto cheio de lágrimas.

 Daniele parecia ter levado um soco, seus olhos desceram ao chão rapidamente. Aline arfava graças a quantidade de vezes que tinha gritado.

— Você tem razão. – falou Daniele sem forças – E não sei o que e gostar de alguém dessa maneira... nunca soube.

 Finalmente Aline se tocou do que tinha dito, sua boca se abriu para pronunciar uma desculpa, mas não conseguiu, fechou os olhos com força para impedir mais lágrimas, agarrou sua mochila e correu para a escada que levava ao primeiro andar. Daniele sequer se mexeu.

 Após alguns segundos, que para a morena mais pareciam séculos, o sinal que avisava sobre o final do intervalo soou. Ela recolheu sua mochila e se levantou, preparando-se para ir para a sala.

— Que cena deprimente. – soou uma voz masculina as costas da morena.

 Daniele virou-se rapidamente, lançando um olhar gélido ao garoto que tinha falado. Parado a sua frente encontrava-se um rapaz moreno, de cabelos escuros e bem curtos, quase em estilo militar. Possuía um porte atlético magnifico, seus braços, que estavam cruzados sobre o peito até mesmo atraíram o olhar de Daniele, mas apenas momentaneamente. Logo ela focou no rosto do rapaz, primeiro em seus olhos castanhos, cheios de malícia, em seguida em seu sorriso torto, não mais acolhedor. A morena apertou os olhos. Ele parecia familiar.

— Eu estava falando do ataque da garotinha. – ele falou por fim – Ela parecia bem irritada.

 Daniele bufou com o comentário e apenas deu as costas para o rapaz.

— Ei. Calma ai. – ele falou enquanto a segurava pelo ombro, forçando a garota a virar-se novamente – Estamos conversando.

— Não, não estamos. – cortou – E estou atrasada, o sinal já tocou.

— E quem liga? – ele perguntou, cruzando os braços novamente e chamando a atenção da morena para os membros mais uma vez.

— Eu ligo. E não tenho nada a falar com você.

 Ela tentou ir para a escada, mas dessa vez o rapaz a segurou pelo punho e não soltou. A força com que ele a segurou fez Daniele soltar um guincho de dor. Seus olhos fuzilaram o rapaz a sua frente.

— Eu tenho algo para falar com você. – ele falou calmamente – É um aviso na verdade, pretinha.

 Normalmente Daniele não se incomodava de ser chamada dessa forma, afinal, era negra sim e com orgulho, sua mãe e tias até a chamavam de pretinha como forma de carinho. Mas saindo da boca do rapaz apenas soava ameaçador e completamente ofensivo.

— “Não é como se ele fosse branquelo, também” – ela pensou com raiva – Me solte.

— Não até eu dar o recado. – ele falou com desdém.

 E então a morena finalmente o reconheceu.

— Você é aquele... idiota que me chamou de fuligem ano passado. Amigo do Roni.

— Como se eu fosse amigo de um marginal. – ele respondeu em um riso, mas não negou a acusação – O nome é Jason.

— Tanto faz seu nome. Me solta logo seu racista idiota. – ela puxou o braço usando toda sua força.

— Ei, racista é meio pesado não é? – falou aumentando a força do aperto – Acho que você está sendo extremista.

 Daniele xingou o rapaz, Jason e tentou chuta-lo, mas ele segurou os dois braços da garota e a puxou colando seus corpos.

— Eu vou avisar isso apenas uma vez, então é bom repassar para aqueles seus amiguinhos idiotas. – ele falou em um rosnado ameaçador – É bom vocês ficarem na de vocês e não tentarem roubar a glória dos times esportivos desta escola, ou então...

— Então o que? – Daniele perguntou em um tom igualmente agressivo e o aperto em seus punhos aumentou, mas ela não cedeu, ao invés disso seu olhar ficou mais firme.

— Sabe... olhando assim, você é até bonitinha, pra alguém que passou do ponto...

 O comentário fez o sangue de Daniele ferver. Usando toda sua força ela deu uma joelhada na coxa do rapaz.

— Filha da... – ele não soltou a morena, ao contrário, apertou mais seus punhos e a olhou com raiva – Vai se arrepender por isso...

— Solta ela!

 Alguém puxou Jason de perto de Daniele. A força com que o rapaz foi puxado fez com que ele soltasse os punhos da morena. Por um momento a garota achou que fosse Bruno ou Caio, talvez até mesmo Tiago, apesar da voz não ser parecida, mas teve um susto quando olhou por cima do ombro de Jason.

— Roni. – ela falou assustada.

O garoto estava diferente desde a última vez que Daniele o tinha visto. Seus cabelos negros, que normalmente atingiam seus ombros estavam mais curtos e parecia mais pálido também. Uma cicatriz se destacava começando desde sua bochecha direita e continuava até entrar em sua camisa, parecia estar curada, mas ainda exibia uma coloração avermelhada.

— Você quer apanhar, idiota? – ameaçou Jason com raiva.

 A ameaça sequer fez Roni se preocupar. A morena não tinha percebido das outras vezes que em que o tinha visto, mas o rapaz possuía um físico muito bom, comparável até mesmo ao de Jason, apesar de ser um pouco mais baixo e seus braços não serem tão grossos quanto os do moreno, mas Daniele sabia que ele podia aguentar muito bem uma briga contra o outro.

— Não comece um show agora. – Roni falou com a voz fria – Tem muita plateia.

 Jason olhou em volta e percebeu que muitos estudantes não tinham ido para as salas e estavam encarando os três.

— E você já machucou uma garota hoje. – continuou – Tenho certeza que a diretora ficará do meu lado caso eu quebre sua cara.

 Jason sorriu.

— E do lado de quem você acha que a diretora ficará?

— Quer mesmo descobrir? – a pergunta de Roni saiu de maneira ameaçadora e confiante.

 Jason pareceu hesitar por um momento, mas logo sua confiança se restaurou e Daniele achou mesmo que ele ia pagar para ver. Mas um assovio longo e agudo chamou a atenção de todos. No meio da multidão a cabeleira loira de Isabelle se destacou, se aproximando do trio, atrás dela Thais seguia abraçada a Aline.

— Sabe o que eu quero descobrir? – a loira perguntou com um sorriso sarcástico e Daniele respirou aliviada, pois sabia que nenhum dos garotos teria chance contra a língua de Isabelle – Eu gostaria de descobrir se é possível fazer com que homens voem se a gente chutar os ovos deles com bastante força.

 Jason não pareceu se intimidar com a presença de Isabelle, mas Thais e Daniele sabiam que era questão de tempo. O olhar penetrante e frio de Isabelle só conseguia passar a sensação de repulsa que ela sentia no momento.

— Você quer comprar briga comigo?

— Não. – ela respondeu rápido – Não bato em mulheres.

 O moreno rosnou.

— Desculpa. Não falo cachorrês.

 Ele começou a andar na direção da loira, mas ela ergueu uma mão pedindo que ele esperasse.

— Não que eu seja contra uma atividade mais física, já que você fez o favor de deixar a minha amiga marcada... – falou com raiva olhando para os punhos vermelhos de Daniele – Mas minhas regras de conduta me obrigam a lembrar você que existe uma lei bem especifica contra machucar mulheres, feitas especialmente para imbecis como você...

 Jason abriu a boca para falar alguma coisa, mas não teve tempo.

— Gostaria de lembrar também que apesar de você ainda não ter dezoito anos, existem instituições para marginais como você, mas é claro que o juiz da vara criminal que você vai ser mandado por agressão, pode também te colocar para serviço comunitário... nesse caso eu ia adorar ver você limpando a calçada, enquanto eu jogo garrafas de agua mineral e latinhas de coca cola na sua cabeça...

 Jason pareceu hesitar novamente.

— E já temos prova suficiente de que você é um misógino racista que não vale nada, não é mesmo? É claro que, se mesmo assim quiser continuar é bom saber que eu tenho várias giletes espalhadas pelo cabelo, além é claro que uma tesoura bem pontiaguda no meu bolso pronta para ser usada... claro que minhas unhas também são bem afiadas... mas se não acredita em mim pode perguntar para suas amigas, Karen e Talis, que eu encontrei no banheiro ameaçando minha outra amiga...

 Ela apontou para Aline, que estava segura no abraço de Thais.

— Isso se conseguir identificar elas. – finalizou Isabelle em um tom sombrio.

 Jason recuou, olhou para a multidão a sua volta e depois para Isabelle, que sorria de maneira ameaçadora e saiu do local rapidamente, bufando.

— E você estão olhando o que?! – berrou Isabelle com raiva.

 A multidão rapidamente se dissipou. Roni deu meia volta e estava indo embora quando Daniele o chamou.

— Espera! – ela gritou.

 O rapaz de virou e encarou a morena.

— Obrigada. – ela falou sem graça.

 Ele deu de ombros e voltou a andar.

— Um amor de pessoa. – comentou Isabelle.

— Obrigada também. – falou Daniele.

 A loira deu de ombros.

— Encontramos a Aline no banheiro, imprensada pela parede por aquelas monstras do vôlei. Ela não parou de chorar então resolvemos trazer ela pra você.

 Aline finalmente se soltou de Thais e abraçou Daniele.

— Me desculpa! Eu não devia ter falado aquilo. – chorou Aline.

— Tudo bem. – respondeu a morena abraçando a amiga – É bom que você está bem.

— Nós estamos bem. – corrigiu Aline – Aquele cara ia te machucar...

— Não ia. – falou Daniele, mas sem convicção – Não acredito que ele fosse tão louco.

— E aquele outro... era o Roni. – falou Thais pela primeira vez – Ele também estava te ameaçando?

— Não. Na verdade...ele me ajudou? – Daniele estava meio confusa sobre a situação.

— Talvez... – respondeu Isabelle – Mas essa história toda esta me cheirando mal. Não credito que o Rocky Balboa sem cérebro e Banana 1 e 2 tenham ameaçado vocês duas por coincidência.

— Você acha que eles planejaram isso? – perguntou Thais apreensiva.

— Talvez. – continuou a loira – Mas também não confio no Roni. Ele é muito parecido com a Raisse, mas sem as qualidades.

 Daniele sentiu uma vontade de contrariar a loira, mas se controlou.

— Eu posso perguntar a Rai sobre isso. – falou Thais.

— Depois. – falou Isabelle – Amanhã. Agora vamos pra aula.

—- --

 O palco estava bastante iluminado. Raisse estava no centro, atrás de um pedestal testando seu microfone.

— Nós já dissemos que o microfone está ok. – falou Daniel irritado.

 O trio de diretores estavam novamente sentados nas poltronas. Daniel rabiscava furiosamente um bloco de notas, enquanto Catarina se espreguiçava e Amélia servia chá para os três.

— Eu só estou me prevenindo. – respondeu a garota.

— Esta tudo certo! – berrou o diretor- Não temos o dia todo! Só comece por favor.

 Raisse assentiu contrariada.

— Bom, meu nome é Raisse Almeida e estou aqui pelo papel de Mégara.

 A música começou. E Raisse não demorou a acompanhar.

[RAISSE]

Primadonna girl, yeah
All I ever wanted was the world
I can't help that I need it all
The primadonna life, the rise, the fall

You say that I'm kinda difficult
But it's always someone else's fault
Got you wrapped around my finger, babe
You can count on me to misbehave

Primadonna girl
Would you do anything for me?
Buy a big diamond ring for me?
Would you get down on your knees for me?
Pop that pretty question right now, baby

Beauty queen on a silver screen
Living life like I'm in a dream
I know I've got a big ego
I really don't know why it's such a big deal, though

Going up, going down, down, down
Anything for the crown, crown, crown
When the light's dimming down, down, down
I spin around

Cause I'm a primadonna girl, yeah
All I ever wanted was the world
I can't help that I need it all
The primadonna life, the rise, the fall

You say that I'm kinda difficult
But it's always someone else's fault
Got you wrapped around my finger, babe
You can count on me to misbehave

Primadonna girl
All I ever wanted was the world
I can't help that I need it all
The primadonna life, the rise, the fall

You say that I'm kinda difficult
But it's always someone else's fault
Got you wrapped around my finger, babe
You can count on me to misbehave

Primadonna girl

 Ao final da performance Amélia e Catarina bateram palmas animadas e receberam um olhar severo de Daniel.

— Muito bem. – falou o rapaz ainda olhando para as companheiras – Entraremos em contato.

— Mas você tem grandes chances! – comentou Catarina com entusiasmo.

— Catarina! – Daniel a chamou com raiva e começou a brigar com a garota, mas Raisse não esperou o desfecho daquela cena e rapidamente voltou para as coxias.

 Respirou fundo assim que saiu da palco e foi até uma cadeira, encostada em um canto qualquer para pegar sua mochila.

— Doidos. – comentou ao abrir sua mochila e pegar de dentro uma garrafa com agua.

— Boa apresentação. – uma voz suave ressoou as suas costas.

 Raisse virou-se rapidamente e encontrou Thais também segurando um garrafa de agua e uma toalha. A bailarina estendeu a toalha e Raisse a pegou.

— Obrigada. – Thais sorriu com o agradecimento – E foi só boa?

 Thais ergueu uma sobrancelha e maneou a cabeça.

— Você já fez melhores. – falou sem rodeios.

 Raisse ficou impressionada com a forma direta com que a amiga comentou seu desempenho.

— Sério?

 Thais maneou a cabeça novamente.

 A morena enxugou o suor da testa com a toalha.

— E sua audição? – tentou mudar de assunto.

 Raisse retirou a camisa que usava, ficando apenas com um top cor de rosa e usando a toalha para secar o pescoço.

— Não vou fazer. – respondeu Thais rapidamente e olhando para outro canto e mordendo o lábio – Vou ficar muito ocupada com as coreografias.

— Verdade. – comentou Raisse, mais para não matar a conversa do que por qualquer outro motivo, já que aquela afirmação não precisava de resposta.

 Enquanto isso passava a toalha pelo peito e barriga. Thais arriscou olhar de canto de olho e ficou extremamente vermelha voltando seu olhar para qualquer outro lugar.

— Mas você realmente acha que a apresentação foi... nhé? – perguntou com uma careta.

 Thais sorriu.

— Não foi... nhé. Mas não foi excelente.

— Ok. – o rosto da morena ficou preocupado – Bianca é minha concorrência, talvez eu deva ficar preocupada de não ter feito uma apresentação... excelente. – a frase soou mais como uma pergunta.

— Não. – a bailarina respondeu rapidamente – Você tem chances.

 Raisse suspirou e devolveu a toalha.

— Eu só não queria perder para a Bianca. Desde que ela entrou no coral... ela tem ganhado muito...

— Sobre o que? – perguntou Thais curiosa.

— Sobre tudo... Solos, dança... Tiago.

 Thais voltou a encarar a amiga.

— Você ainda gosta do Tiago.

 Raisse rolou os olhos.

— Não... não é bem do jeito que você pensa. Eu nunca falei isso pra vocês, apesar de ter falado para o Caio e eu acho que a Isabelle desconfia, mas... Meu namoro com Tiago era parte do plano do Roni de destruir o coral.

 Thais maneou a cabeça.

— A Isa comentou ao desse tipo...

— Mas não significa que eu não goste muito dele. – falou rapidamente – Ele é legal, temos gostos parecidos e o nosso namoro foi muito bom, eu até me arrependo um pouco do que fiz com ele... e com o Caio. – ela olhou para outro canto antes de murmurar – E com você.

 Thais não escutou a última parte para o alivio de Raisse.

— Mas ver que a Bianca deixa ele tão feliz... é como, sei lá... orgulho ferido.

 Thais assentiu outra vez e encarou Raisse, que ainda olhava para o chão.

— Eu queria conversar justamente sobre esse antigo plano e sobre seu irmão.

 A bailarina contou sobre o que tinha ocorrido com Daniele e Aline e a intervenção de Roni ao tentar ajudar Daniele e também as suspeitas de Isabelle.

— É... eu sabia que o Roni tinha voltado  a escola. – falou Raisse ainda perplexa pela história – A própria diretora ligou para meu pai e pediu pelo retorno dele, mas eu nunca imaginei que...

— Você acha que eles estão planejando alguma coisa? Os atletas?

 Raisse pensou um pouco antes de suspirar e concordar.

— É realmente muito estranho que as duas situações tenham ocorrido simultaneamente e as duas receberam ameaças parecidas.

— O Roni comentou alguma coisa?

— Não temos nos falado muito ultimamente. – respondeu Raisse com tristeza – Mas tudo isso é muito estranho... ele ajudou a Daniele, quem ele odiava ano passado.

— Por causa da música que ela e o Tiago cantaram.

— Sim. Ele se sentiu humilhado e me pediu ajuda para se vingar.

— Ele meio que mereceu... eu soube que ele fez comentário bem racistas na época.

 Raisse pareceu constrangida.

— Eu sei, ele nunca foi assim. Isso era a influência daqueles amigos idiotas dele... ele fazia de tudo para fazer parte do grupo deles. – ela falou com pesar - Mas ele ficou com muita raiva da Daniele depois disso. Não sei por que ele a ajudou agora. – comentou pensativa.

— Uma mudança de opinião. As vezes acontece quando as pessoas deixam de pensar sobre a opinião dos outros. – falou Thais olhando fixamente para Raisse.

— E sofrem acidentes. – falou Raisse triste e envergonhada.

 Um silencio constrangedor recaiu sobre as duas.

— Eu sempre me perguntei se você alguma vez já tinha gostado de alguém... – comentou Thais pensativa depois de algum tempo – Eu lembro que ano passado, na sala da professora Yanne... você disse...

 Raisse ficou vermelha.

— Eu lembro do que disse. E estava séria quanto aquilo... ainda estou.

— Mas?

— Mas não é simples assim. Eu também estou confusa... – ela encarou a bailarina nos olhos – E você também, se a maneira como você tem me ignorado significa alguma coisa...

 Thais mordeu os lábios novamente.

— Eu só estou tentando descobrir quem eu sou... longe de você. – falou calmamente – Afinal, nós sempre estivemos juntas e eu sempre fiz as suas vontades... – apressou-se em acrescentar – Eu tenho que descobrir como fazer as minhas próprias vontades agora.

— Entendo. Espero que... eu nem sei o que dizer.

— Que nós duas possamos entender o que acontece? – tentou Thais.

— Isso. – Raisse concordou, corando – Parece um bom plano.

 A bailarina sorriu.

— Então... que tal um suco? – Raisse perguntou.

— Claro. – concordou Thais – Posso chamar a Isa.

 Raisse rolou os olhos e bufou, mas assentiu.

— Claro.

 Thais sorriu e puxou o celular do bolso, enquanto Raisse jogava a mochila sobre os ombros e as duas se encaminhavam para a saída.

—- --

 O coral, exceto por Tiago e Bianca, estava reunido no pátio externo da escola. Caio e Augusto estavam sentados em um banco de pedra. Thais estava escorada no mesmo banco, enquanto Isabelle estava ao seu lado. Daniele, Aline, Bruno e Raisse estavam sentados no chão de frente para o banco, Manuella estava sentada no colo de Bruno, o que arrancou olhares desconfiados de Augusto.

— Essa situação é muito estranha. – comentou Bruno.

— Não é só isso. – continuou Manuella – Hoje de manhã algumas garotas do time de vôlei estavam implicando com o Augusto na entrada da escola, se eu não tivesse chegado...

— Eu teria me livrado delas sozinho, obrigado pela confiança. – falou Augusto irritado e encarando a mão de Bruno que descansava na coxa de Manuella.

— Essa é nova. – falou Isabelle – O que elas falaram para você?

— Além dos xingamentos usuais? – Augusto bufou e rolou os olhos. Caio apertou seu ombro, tentando passar conforto para o amigo – Ameaçaram o coral.

— A mesma coisa comigo e com a Alice. – falou Daniele.

— Então eles estão focando nos mais fracos primeiro. – falou Isabelle.

 Daniele e Augusto lançaram olhares irritados para Isabelle.

— Não somos os mais fracos. – falou Augusto entredentes.

—Odeio refutar, mas são sim. – falou a loira e recebeu uma enxurrada de caras emburradas – Ok. Me expressei mal, não mais fracos, mas com fraquezas mais aparentes.

 O comentário chamou a atenção de todos.

— Como assim? – perguntou Caio receoso.

— Bom... a Daniele é negra, Aline tem descendência indígena e o Augusto é gay, quais foram os assuntos mais abordados quando eles perseguiram vocês?

 Os olhos de Daniele se arregalaram.

— Nossas etnias...

— E sexualidade. – completou Augusto surpreso.

— Exato. – finalizou Isabelle – É claro que eles também vão atrás da Manuella, mas como ela está sempre colada com o Bruno...

 O casal ficou vermelho com o comentário.

— Acho mais difícil. Mas não vamos vacilar. – ela olhou para cada um – Usando minha experiência como cretina de primeira... se eu fosse escolher uma ordem... Aline, Daniele e Augusto seriam os primeiros, depois Manuella, Thais e Caio... e então Bianca, Bruno e Raisse.

— E o Tiago? – Caio perguntou preocupado.

— Se o meu objetivo fosse destruir o coral. O cantor seria o último. – racionalizou Isabelle – Por que ele é o “líder”. – ela fez aspas com os dedos e uma careta.

 Todos concordaram. Neste mesmo instante um grupo de jogadores de futebol e de jogadoras de vôlei passou por eles, olhando fixamente para Caio e Thais. Isabelle e Manuella jogaram seus olhares mais mortíferos para o grupo que rapidamente se dispersou.

— Isso resolve o problema. – falou Isabelle – Já temos as próximas vítimas... todos nós.

— Não acho que eles vão atrás da Manuella agora. – comentou Daniele – Por causa de... vocês sabem...

— Eu encheria a cara de uma dessas vadias de tapas. – falou Manuella decidida.

— Talvez. – falou Isabelle – Mas esses covardes se movem em grupos.

— O melhor por hora é também andarmos juntos. – falou Raisse.

 Todos concordaram.

— Vamos evitar deixar as pontas fracas, como a Aline e Thais sozinhas a qualquer custo. – falou Isabelle.

— Ei! Eu sei me defender. – falou Thais irritada, mas foi completamente ignorada. Aline sequer se preocupou em retrucar, apenas apertou a mão de Daniele com força.

— Vamos sempre andar em grupo de três ou mais... – começou Daniele – E também tomar cuidado com...

 Seja lá o que mais ela fosse falar foi interrompido pela chegada de Bianca e Tiago. O moreno não estava com a melhor das expressões, estava vermelho e com os olhos marejados. Ele passou por todos e ficou em pé n frente de Caio. Bianca, que estava com uma expressão preocupada, parou um pouco atrás dele.

— Amor... – começou ela mas foi cortada pela fala do moreno.

— Qual seu problema? – ele gritou para Caio.

 O loiro o encarou assustado. O grito deixou todos tensos.

—Tiago... o que foi? – perguntou Augusto, mas o moreno levantou uma mão, pedindo que ele se calasse.

— Qual a merda do seu problema? – ele perguntou novamente a Caio, dessa vez mais baixo, mas não menos irritado.

— Do que você ta falando? – perguntou o loiro ainda assustado. O moreno estava visivelmente alterado. Ele arremessou um papel amassado no colo do amigo.

 Caio olhou para o papel como se este fosse uma bomba, até que reunindo coragem pegou o objeto e o abriu, lendo seu interior. Augusto que estava ao seu lado e Thais, que estava em pé atrás dos dois também liam o papel. O rosto de Caio ficou lívido.

— Você por acaso fica contente em querer tudo que eu quero? – perguntou Tiago entredentes.

— Do que ele está falando? – perguntou Manuella – O que tem no papel?

 Augusto ergueu os olhos do papel e olhou para Raisse.

— Uma segunda chamada. – ele falou surpreso.

— Bianca e Raisse devem fazer uma segunda chamada para o papel de Mégara. – falou Thais igualmente surpresa – E... – ela engoliu em seco – Tiago e Caio também devem fazer a segunda chamada... pelo papel de Hércules. – ela olhou para o loiro, que estava pálido.

— O que você tem a dizer em sua defesa? – perguntou Tiago.

 Caio abria e fechava a boca sem emitir nenhum som. Bianca olhava para Tiago com preocupação, mas de vez em quando seu olhar pousava em Caio com piedade.

— Tiago, estávamos falando de algo importante aqui. – falou Daniele.

— Isso é importante para mim. – falou o moreno sem sequer deixar de olhar para o loiro.

— Mas o que falávamos é importante para todos... para o Coral, por favor se acalme.

 Bianca encarou Daniele com curiosidade e preocupação.

— Tem alguém querendo acabar com o coral. – continuou Daniele – E eles estão nos atacando individualmente.

Tiago não deu atenção.

— Ti... por favor. – ela falou e tentou tocar o namorado.

 Tiago soltou um risada seca.

—Tem alguém querendo acabar com o coral. – ele repetiu sem emoção, seus olhos grudados no loiro – Novidade isso, ein. – falou em deboche – Talvez nem devessem se preocupar... com esse traidor no grupo, não sei como ainda estamos ativos.

 O comentário deixou todos estupefatos, Caio estava gaguejava algo, seus olhos vidrados em Tiago. O moreno não esperou por resposta de ninguém, apenas saiu dali as pressas. Bianca pediu desculpas e saiu atrás do namorado, deixando todos muito tensos ainda grudados aos seus lugares.

— Talvez ele esteja certo. – murmurou Isabelle – Parece que eles não precisam se esforçar muito. – e olhou para onde Tiago tinha corrido.

—- --

 Bianca, Raisse, Caio e Tiago estavam em pé no palco do Auditório, nas arquibancadas Daniel, Catarina e Amélia mexiam em alguns papeis.

— Então... – começou o rapaz – Para a segunda chamada para os papeis de Hércules e Mégara, queremos saber como vocês interagem entre si, em casais e como lidam com a pressão.

— Como assim? – perguntou Caio.

— Acredito que todos estudaram a música que enviamos por mensagem para vocês. – falou Catarina.

 Os quatros assentiram.

— Otimo. Durante a performance vamos dar algumas ordens, é só segui-las. – falou Daniel – Então sem demora, vamos começar.

— Espera... – chamou Caio.

— Vamos! – falou Tiago decidido e lançando a Caio um olhar desafiador.

— Ok. Vamos começar com os rapazes, por favor. – pediu Daniel e a música começou a tocar. Tiago empurrou Caio para ao lado enquanto ia para a frente do palco. O loiro lançou um olhar assustado, mas se recuperou e seguiu o moreno

[TIAGO]

I threw a wish in the well
Don't ask me, I'll never tell
I looked to you as it f
ell
And now you're in my way

[CAIO]

I trade my soul for a wish
Pennies and dimes for a kiss
I wasn't looking for this
But now you're in my way

[TIAGO e CAIO]

Your stare was holdin'
Ripped jeans, skin was showin'
Hot night, wind was blowin'

[TIAGO]

Where you think you're going, baby?

— Moças a frente! - pediu Daniel.

 Raisse e Bianca também foram para a frente do palco.

[RAÍSSE]

Hey, I just met you
And this is crazy
But here's my number
So call me, maybe?

[BIANCA]

It's hard to look right
At you baby
But here's my number
So call me, maybe?

— Rapazes – falou Catarina.

 A todo momento Tiago mandava olhares irritados a Caio, que ficava cada vez mais sem jeito.

[TIAGO e CAIO]

Hey, I just met you
And this is crazy
But here's my number
So call me, maybe?

— Moças. – falou Amélia.

[BIANCA e RAISSE]

And all the other boys
Try to chase me

[TIAGO, BIANCA, RAÍSSE e CAIO]

But here's my number
So call me, maybe?

— Em casais, por favor. – falou Catarina sorridente.

[CAIO e RAÍSSE]

You took your time with the call
I took no time with the fall
You gave me nothing at all
But still, you're in my way

I beg, and borrow and steal
Have foresight and it's real
I didn't know I would feel it
But it's in my way

[TIAGO e BIANCA]

Your stare was holdin'
Ripped jeans, skin was showin'
Hot night, wind was blowin'

[BIANCA]

Where you think you're going, baby?

— Vamos alternar. – falou Amélia.

[CAIO]

Hey, I just met you (Bianca: Ohh yeahh)
And this is crazy
(Raisse: Craaze)
But here's my number
So call me, maybe?
(Tiago: Call me yeahh)

[BIANCA]

It's hard to look right
At you baby
(Tiago: Babeee!)
But here's my number
So call me, maybe?

[TIAGO]

Hey, I just met you
And this is crazy
But here's my number
So call me, maybe?

[RAÍSSE]

And all the other boys
Try to chase me
But here's my number
So call me, maybe?

— Troquem de casais! – gritou Catarina.

[CAIO e BIANCA]

Before you came into my life
I missed you so bad
I missed you so bad
I missed you so, so bad

[TIAGO e RAÍSSE]

Before you came into my life
I missed you so bad
And you should know that
I missed you so, so bad

— Nos surpreendam! – gritou Daniel e recebeu quarto olhares irritados em resposta.

[BIANCA]

It's hard to look right (Caio: Hard to look right)
At you baby
(Raísse: At you baaaby)
But here's my number
So call me, maybe?
(Tiago: Maybe!!!! Hey Yeahhh!!!)

[CAIO e BIANCA]

Hey, I just met you (Tiago: Ohhhh Ohhh yeah!!!)
And this is crazy
(Raisse: Crazy)
But here's my number
(Raisse: Maybe)
So call me, maybe?
(Tiago: All the other boys)

[BIANCA e RAISSE]

And all the other boys (Tiago: Try to chase me)
Try to chase me
(Tiago Ohhhhhhhh) (Caio: Try to chase me)
But here's my number,
So call me, maybe?
(Caio: Call me)

[RAISSE e CAIO]

Before you came into my life (Bianca: Before you came into my life I missed you so bad)
I missed you so bad
I missed you so bad
(Tiago: Soooo bad!)
I missed you so, so bad

[TIAGO e RAISSE]

Before you came into my life (Caio: Before yooou)
I missed you so bad
(Bianca: So bad! Yeahh)
And you should know that

[TIAGO, BIANCA, RAÍSSE e CAIO]

So call me, maybe?

 Os três diretores bateram palmas animados.

— Foi muito divertido. – comentou Daniel e recebeu uma chuva de olhares mortíferos do palco. Ele pigarreou. – Bom, os resultados saem amanhã. Boa sorte.

 Raisse saiu do palco rapidamente. Caio tentou falar com Tiago, mas este bufou e saiu na direção oposta sendo seguido por Bianca que se desculpou ao passar pelo loiro.

— Ei. – chamou Amélia da arquibancadas.

 Caio a encarou confuso.

— Eu só queria falar que você tem grandes chances. – ela falou com uma piscadela e ficou extremamente vermelha, claramente flertando com o loiro.

 Caio apenas bufou e pareceu ficar mais triste o que confundiu a garota.

— Ótimo. – falou desanimado.

—- --

 Na sexta feira, assim que o sinal de fim de aula tocou, os integrantes do coral, do clube de teatro e alguns do clube de dança se encontraram ansiosos no pátio do primeiro andar da escola, onde colavam todos os avisos em um grande quadro de madeira.

 A maioria parecia muito tensa, embora houvessem algumas exceções como Isabelle, que estava muito relaxada e ria do desespero dos outros. Alguns minutos depois Daniel, Catarina e Amélia apareceram, cada um deles com um sorriso no rosto. O rapaz trazia abraçado consigo uma folha de papel. Ele se aproximou do quaro e colou o papel. Mal o papel foi colado, os alunos avançaram. Daniel quase foi esmagado pela multidão.

 Alguns alunos liam o papel e davam risadas, alguns comemoravam e se abraçavam a amigos, e alguns ficavam decepcionados e saiam rapidamente da frente do quadro. Tiago viu de relance Aline e Daniele se abraçarem alegres e Isabelle com cara de poucos amigos, enquanto Thais a confortava.

— Clio?! Quem diabos é Clio?! – resmungava a loira – Eu fiz teste para o papel de Hera!

 O moreno continuou a andar até o quadro. Quando finalmente chegou, respirou fundo e segurou a mão de Bianca, que sorriu para ele e apertou sua mão afetuosamente, dando coragem para finalmente ler a folha.

 Hércules— Caio Oliveira

 Mégara— Bianca Melos

 Phil— Bruno Ferreira

 Hades— Tiago Maciel

 Zeus— Augusto Batista

 Hera— Cristina Franco

 Calliope— Raisse Almeida

 Clio— Isabelle Morgenstern

 Thalia— Daniele Chaves

 Terpsichore— Aline Cairu

 Melpomene— Manuella Gonzáles

 Enquanto lia, o rosto de Tiago ia ficando pálido. Raisse que também estava lendo o papel pareceu soltar a respiração e olhou para Bianca.

— Parabéns. – ela falou com um sorriso fraco, mas sincero.

 Caio se aproximou do quadro para ler também e ficou surpreso coma escolha de papéis. O moreno se virou para o loiro rapidamente, soltando a mão de Bianca.

— Espero que esteja feliz. – falou Tiago, seus olhos marejando. – Você novamente conseguiu tirar algo de mim.

 Bruno e Manuella se aproximaram do pequeno grupo, os dois abraçados e comemorando.

— Pegamos os papeis que queríamos. – comentou o rapaz alegre – Eu normalmente não digo isso, mas que tal uma música pra comemorar.

 Tiago encarou o casal. Augusto, Daniele e Aline também se aproximavam. Thais conversava com Isabelle e apontava para o grupo. O moreno balançou a cabeça.

— Não estou no clima.

 E rapidamente saiu do local. Bianca tentou ir atrás do moreno, mas Daniele a segurou pela mão. A morena balançou a cabeça.

— Deixa ele. – ela sussurrou para que apenas Bianca escutasse – Ele precisa de um tempo sozinho.

 Bianca por fim concordou, embora muito contrariada. Caio parecia ter levado um soco no rosto.

— E então? O que me dizem? – chamou Bruno animado – Vamos agitar essa festa!

 Todos concordaram com alegria, menos Bianca, preocupada com Tiago e Caio e Raisse que não estavam no mesmo animo.

—- --

 O coral estava no palco do auditório, todos vestidos com camisetas brancas e calças jeans, alguns estavam de tênis, enquanto Aline usava uma sandália e Raisse e Isabelle saltos.

[CAIO]

Another year you made a promise
Another chance to turn it all around
And do not save this for tomorrow
Embrace the past and you can live for now
And I will give the world to you

[BIANCA]

Speak louder than the words before you
And give them meaning no one else has found

[BRUNO e MANUELLA]

The role we play is so important

[AUGUSTO e DANIELE]

We are the voices of the underground

[RAISSE]

And I (Thais: I)
Will give the world to you

Say everything you've always wanted

[CAIO]

Be not afraid of who you really are

[BIANCA]

'Cause in the end we have each other
And that's at least one thing worth living for

[CAIO]

And I (Bianca: I)
Will give the world to you

 Todos dançavam e corriam pelo palco se divertindo e extravasando as preocupações da semana. Caio até mesmo dançava com Bianca. Ninguém percebeu a presença de Tiago nas arquibancadas, que olhava triste para o palco.

[BRUNO e ALINE]

A million suns that shine upon me
A million eyes you are the brightest blue
Let's tear the walls down that divide us
And build a statue strong enough for two

[CAIO]

I pass it back to you

[CAIO e BRUNO]

And I will wait for you
'Cause I would give the world

[CAIO, BRUNO e DANIELE]

And I would give the world
And I would give the world to you

[BIANCA]

Yeah Yeah Yeah!

[DANIELE]

Oh Oh Ohhh (Srebellion: I would give the world to you)
Uhhhh!
This the new year!!!!

[CAIO e SREBELLION]

This is the new year
A new beginning
You made a promise
(Daniele: You made your promise)
You are the brightest
We are the voices
(Daniele We are!)
This is the new year
(Augusto: Oh Ohhh)
We are the voices
This is the new year
(Augusto: Uhhh)
A new beginning
You made a promise
We are the voices
This is the new year


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem sobre o que acharam da atitude do Tiago, ele esta certo em ter raiva do Caio ou esta sendo infantil? (TeamTiti ou TeamCaio)
Gente, Isabelle sempre é divertida de se escrever, apesar de eu sempre dizer que, nem sempre os comentários dela são verdadeiros, éticos, corretos ou representam meus pensamentos. Mas quando ela usa seus poderes do mal para o bem, sempre é bom. (Entenderam?)
Okay, é isso, espero que o proximo cap sai logo (de parto normal de preferencia). bjs



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