A Proposta escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 26
Ele disse! | Bônus Peeta


Notas iniciais do capítulo

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUUUUUUUUUUUUU DISSE QUE VOLTARIAAAAAAAA! *Chuva de confete*
Sentiram minha falta? B) Bem, espero que sim, porque eu sempre sinto de vocês *risos*
Acho que sou a pessoa mais negligente no NYAH quando o assunto é responder rewiews, mas saibam que eu já voltei a responder eles, e leio sempre, sempre, sempre, e amor é o que define o que sinto ao ler cada um deles! ♥ ♥ Tenho estado tão ocupada com outras coisas, que realmente me esqueço de responder vocês, pois olho pro comentário, e logo imagino a resposta, aí meu subconsciente se esquece de me lembrar que foi só uma lembrança - meu Deus, isso foi muito confuso - Mas, aí está! *sorriso* Espero que gostem desse bônus, pessoal, o primeiro deles, e o próximo será uma "continuação", e entre os bônus, terão um espaço de meses ou anos, determinados logo no início do capítulo, ok? Não sei como vão se suceder, porque eu ainda não os escrevi, mas tenho planos e ideias formuladas em mente. Deus, por que minhas notas sempre são tão enormes?! Vamos ler logo o capítulo, ou nada mais fará sentido! *eu revirando os olhos por mim mesma*



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– Eu estou com saudades do meu marido... – Katniss disse se sentando com as pernas pendendo apenas para um lado do meu corpo

– Eu sei, Kat, mas eu preciso trabalhar. Mês que vem entro de férias. – não parecia convencida – Por dois meses!

– Dois meses nada! Seu mentiroso! São apenas 2 semanas! – ela disse incrédula – Eu até me esqueci como beijar! – ok, aquilo foi demais.

– Você está exagerando... – eu disse segurando sua cintura, com abstinência total

– Não, eu não estou. – beijou meu pescoço – Por que a gente não sobe e você me ensina a beijar de novo? – podia sentir que ela tinha um sorriso malicioso enquanto me beijava, e isso me fez sorrir – Rye está dormindo, e não vai acordar por pelo menos cinco horas, hein...? – começou a desabotoar minha blusa, e em um rápido movimento, eu a sentei na mesa do meu escritório, depois de colocar tudo para um lado, embora se nós não chegarmos no quarto, nada vai ficar sobre a mesa...

– Ah, eu te lembro como se beija e muito mais. – e me pus de pé, empurrando a cadeira, e ficando entre suas pernas, coberta apenas por uma calça legging, sem calcinha nenhuma.

Cobri seus lábios com selvageria, já chocando nossos quadris, onde os gemidos de ambas partes foram abafados pela boca um do outro. Não foi preciso mais de cinco minutos para nós dois estarmos completamente sem roupas, e como um só sobre a mesa do meu escritório, sem nos importar com mais nada, apenas em aproveitar um ao outro, e não se esquecer de quaisquer momentos como este.

A cada estocada, nossos corações batem mais rápido, a respiração se torna mais escassa, mas não nos importávamos.

Fui ainda mais fundo, ainda mais rápido, e nós dois sentíamos nosso corpo trabalhar ainda mais rápido, mas não nos incomodávamos.

– E aí, acha que lembrou como se beija? – perguntei tentando controlar minha respiração ofegante, sentado na cadeira giratória de se escritório na nossa casa, mas que eu uso para estudar.

– Há uma grande probabilidade... – passou as mãos por meu abdômen – O que acha de me beijar mais um pouco... – colocou a boca bem perto do meu ouvido – Na nossa cama?

Olhei para a mesa, sem nada sobre, assim como eu imaginava, e isso me fez sorrir, respirando profundamente, e olhei para ela – O que foi? Não gostou que eu te relembrei da nossa lua de mel na mesa do seu escritório? – ela sorriu

– Sempre é bom relembrar... – levantou um pouco seu corpo, com as mais belas curvas, pelo menos para mim, e colocou as duas pernas ao redor da minha cintura – Nunca fizemos isso sentados na cadeira do escritório... – estávamos excitados, ambos prontos para nos unirmos mais uma vez, e foi o que ela fez, arrancando gemidos de ambas as partes.

– Tudo com você é bom, honestamente. – falei tirando seus fios castanhos de seu pescoço, e jogando-os para suas costas, para beijar essa área.

Uma mão minha estava em sua cintura, e seu rosto na curva do meu pescoço, com sua boca produzindo leves suspiros, acostumando-se comigo dentro dela mais uma vez. Seu quadril se moveu, indo e vindo devagar, me fazendo morder o lábio inferior. Nada é mais gostoso do que isso. Prazeroso tem, e é ver nosso filho sorrir por aí, mas mais gostoso do que sentir ela, é... nada. Não existe.

– Tem certeza? – perguntei baixo, em seu ouvido, com as duas mãos em sua cintura, e ela assentiu, então, fizemos amor mais uma vez.

...

– Hey!Amor, você pode por favor imprimir a conta de luz e pagar para mim? – Katniss pediu, colocando a cabeça para dentro da cozinha

– Arrumou briga de novo com a impressora, não foi? – suas bochechas começaram a ficar vermelhas e eu ri

– Ela não queria me obedecer! – defendeu-se, erguendo as mãos em rendimento

– Ok, mas não precisava jogá-la contra a parede... – voltei meus olhos para os legumes na minha frente – Eu pago a conta, sem problemas.

– Você é um idiota, sabia? – entrou na cozinha, pegando um pedaço da cenoura que eu acabei de cortar.

Aprendi que, quando uma garota te chama de idiota, você é o cara mais sortudo e amado do mundo, sem ironias. Sorri com esse pensamento – É, desconfio... – olhei para ela, que também sorriu – Você não tinha que acordar o Rye? Sabe que se ele ficar dormindo a manhã toda, nem pisca de noite. – arregalou um pouco os olhos, e subiu as escadas correndo, enquanto eu terminava de preparar nosso almoço.

##

– Bubuuuuuuuuuuu! – Rye disse levantando seus bonecos para os ares, com a boca cheia de purê de batata

– Filho, não faz isso. –Katniss pediu delicadamente, limpando o queixo dele, que riu, sentindo cócegas – Você ri de tudo, hein? – e riu mais, fazendo nós dois rirmos – Do que esse menino ri?

– Sei lá... – falei dando de ombros, com um sorriso nos lábios, por ver meu garoto aos 1 ano e 8 meses – Se as pessoas vissem o mundo como os bebês, seríamos mais alegres de verdade. – ela sorriu, dando a última colher para ele. – Acho que ele quer mais – sinalizei com meu garfo o nosso pequeno, que estava com a boca aberta, um pouco, indicando que esperava mais

– Biscoito, acabou. – ela disse dando um tapinha no ombro pequeno dele, que a olhou confuso, então desceu os olhos bem azuis para o pequeno prato, depois para ela, depois para o prato, depois para mim, e para o prato de novo, então começou a chorar – Ai meu Deus... – ela se levantou da mesa, com ele nos braços – E agora? Ele não pode comer mais, para evitar cólicas e dores de barriga. Se deixar, ele faz a limpa na geladeira, Peeta. – me levantei, sem nem ter comido metade da comida, e peguei Rye no colo – Finnick disse que não pode dar nada para ele, tem que ser na medida certa. – já sabia disso, mais do que ela, na verdade, mas nunca interrompo seus momentos mãe preocupada, pois ela é realmente cuidadosa quando se trata do nosso filho.

– Hey, vem, vamos assistir Peppa Pig, hein? – perguntei caminhando para a sala com ele em meus braços, sofrendo por vê-lo chorar – Calma, pequeno... mamãe e papai só querem o que é melhor para você. – beijei sua cabeça, colocando-o no cercadinho – Ali, olha o George! – a TV fica 24 horas ligada no Discovery Kids. Nem sei mais quais filmes estão em cartaz, só que não fico remoendo isso. Amo passar um tempo com meu filho.

Biscoito ficou em pé no cercadinho, com uma expressão triste, que acaba comigo, por nunca, infelizmente, saber o correto a se fazer. Ele olhava para a TV, para as mãozinhas minúsculas, e para mim, depois para o teto da sala, como se guardasse na memória tudo o que via.

Ele continuou com os olhos cheios d’água, e o rosto bem vermelho, mas não era o desespero de antes. – Rye – ele olhou para mim, e eu passei o polegar por suas lágrimas, secando o rastro delas – Quer que o papai faça um suco para você? – embora não tenha dito uma palavra concreta, ou ao menos tentado dizer “mamãe” e “papai”, ele entende muito bem o que dizemos para ele. Eu sou um neurocirurgião infantil, com doutorado, mas mesmo assim prefiro que Delly faça esse papel, e pelos laudos, está tudo bem com ele, mesmo depois da queda que meu pai provocou, e não é nada preocupante ele não ter dito nada até agora. A coisa é séria depois dos três anos, e como ele anda, dança, come sozinho às vezes, não tem porque se preocupar.

Minha cópia em miniatura sorriu, com os dentinhos pequenos juntinhos, me fazendo sorrir – Papai vai trazer, Biscoitinho. – baguncei seus cabelos, e voltei para a cozinha, vendo uma Katniss séria falando ao telefone, e eu sabia que não deveria falar nada. Trata-se de seu trabalho.

– Está bem, amanhã eu vou estar lá sem falta, Johanna. – assentiu por alguma coisa - Claro, entendo sim. É mais complicado fechar o negócio com as construtoras francesas... – fechou os olhos, tentando manter a calma – Obrigada, Jo, de verdade, mas não se esqueça de ligar para o Joe... o intérprete. – um tempo em silêncio – Mando sim. Manda um beijo para o Finn e as meninas. Diz pra Lotte que eu estou com saudades, e para a Jessie que estou com o presente de aniversário dela... – mais uma pausa – Beijos. – fim da chamada.

– Reunião amanhã? – assentiu, suspirando profundamente, enquanto eu ia para a geladeira – Cadê aquele suco de maça dele? – perguntei revirando tudo, mas só ouvi o silêncio, embora sabia que ela estava lá – Katniss...

– Ok! Eu me rendo! – caminhou até mim – Precisei beber.

– Por que justo o do Rye? – olhei a lateral, procurando o de uva – E nem o de uva tem mais! Eu comprei duas caixas fechadas! Cada uma tinha 24!

– Mas eu gosto da caixinha! Tem os Minions! – jogou as mãos pro alto – Eu amo os Minions!

– Mas o seu filho ama mais, assim como o que tem dentro da caixinha... – retruquei e ela não pareceu envergonhada, e sim com mais orgulho

– O que é dele, é meu. O que é meu, é dele.

– Não exatamente. – fechei a geladeira, indo para a fruteira, buscar algumas laranjas – Ele não pode beber refrigerante. – ela gemeu em frustração

– Você não me deixa em paz, hein?

– Eu só estou sendo honesto... Só porque fez isso, toma. – dei as laranjas para ela – Faz o suco. – olhou-me espantada

– O que?! – parecia tremendamente ofendida - Eu quem carreguei ele nove meses na minha barriga, senti dores pós parto durante seis meses, engordei 15 quilos em um período de um ano, e você está mandando EU fazer o suco?! – mulheres...

– Por que vocês mulheres ficam tão revoltadas se os homens se recusam a fazer uma coisinha? – estalei a língua, pegando as laranjas de suas mãos pequenas, e ela sorriu vitoriosa – Não sorria assim. Não vou mais imprimir o boleto da conta de luz. – o sorriso de seu rosto sumiu

– O que?! Peetaaaaaaaaaaaaa... – chamou-me, colocando os braços ao redor da minha cintura, e a cabeça nas minhas costas. Eu amo quando ela faz isso, mas não quero que saiba, para nunca parar de fazer. Escondi um sorriso torto por sua reação – Eu te amo... por favor, faz o suco por mim, enquanto eu lavo a louça.

– Temos uma lava louças para que? – retruquei – Você não precisa lavar nada, apenas as mamadeiras dele.

– Você não presta. – sorri – E sabe disso, não sabe?

– Um pouco... uma certa morena de olhos cinzas gosta de me dizer isso muitas vezes ao dia.

– Posso saber se essa morena sou eu?

– Só tem uma morena na minha vida, amor. – pude senti-la sorrir – Vai lá na sala ver como ele está... arrumo a cozinha e já estou indo imprimir a conta.

– Obrigada. – disse suavemente, em um sussurro, quase, e beijou rapidamente minha bochecha.

Por isso que eu a amo.

...

– Heeeeeyyy! Que isso, hein! Melhor que Michael Jackson! – brinquei com Rye, que dançava no meio da sala, com as musiquinhas do Show da Luna. Ele se virou, sorrindo para mim.

– Sabe, desde que ele nasceu, fico assistindo isso... – Katniss comentou com um sorriso, feliz, sentada em posição de índia no sofá, com os papéis da empresa ao seu redor, e o notebook e seu colo, confortavelmente, trabalhando na construção de mais uma filial da empresa, com roupas de ficar em casa, como se fosse uma universitária. Eu amo vê-la assim – E acredita que eu fico perguntando a mim mesma essas coisas? Eu fico pensando porque vermelho por dentro, verde por fora é a melancia. – ri, sentando-me ao seu lado, apenas com uma calça de moletom – Qual sua dificuldade de usar blusas dentro de casa?

– Não sei... não gosto de usar blusas. – mordeu o lábio inferior, e voltou seus olhos para o notebook – E qual a sua dificuldade de parecer menos sexy com roupas velhas?

– Nenhuma. – respondeu olhando para a tela, com um sorriso torto – Eu nasci sexy. Não tem como ser ou parecer algo que não sou.

– Talvez devêssemos subir... – falei puxando seu notebook, ouvindo Rye balbuciar coisas nem um pouco reconhecidas por nós, tentando acompanhar o programa

– Talvez você devesse fazer Rye dormir primeiro, então, quem sabe? – olhou-me com seus olhos intensos e eu sorri – Tira esse óculos – sussurrou – Senão Rye vai ver eu te agarrando no sofá da sala. – não consegui não esboçar um sorriso, sentindo-a tirar meus óculos de grau

– Mas assim eu não enxergo tudo com clareza... – reclamei, me virando para frente, esfregando os olhos

– Vai colocar Rye para dormir? – assenti, me levantando depois de dar um beijo nela

– Diga tchau pra mamãe, Biscoitinho! – incentivei, acenando com a minha mão, com ele em meu colo, que reclamou um pouco, mas logo estava distraído com meu cabelo, alisando, e não puxando – Vai, pequeno... – dei uma balançada, fazendo-o rir, e imitou meu ato, dando tchau para a mamãe.

– Tchaaaauuu, Rye! – ela acenou de volta, com uma voz mais fina, e ele escondeu o rosto nas mãozinhas, fazendo charme, e nós dois rimos de sua vergonha sem motivo – Depois mamãe passa no seu quarto, está bem? – beijou a testa dele, que assentiu – Cadê o beijo da mamãe? – então ele deu um beijo estalado em sua bochecha – Êêêêêêêêê! – comemorou, batendo palmas, e ele bateu palmas também.

– Êêêêêêêêêêêêê! – eu e ele comemoramos juntos, e o levantei mais, subindo e descendo rapidamente seu corpo umas cinco vezes, e ele comemorou, dando um gritinho esganiçado, nos fazendo sorrir. – Já volto, está bem? – ela assentiu, me dando um rápido selinho, quando Rye se virou para olhar algo na parede

– Vou te esperar aqui na sala. – beijou a ponta do meu nariz e se virou, indo para o sofá, e eu mordi o lábio inferior, animado para como essa noite pode ficar ainda mais feliz.

– Hmmmmmmm... – meu pequeno disse quando passamos pela cozinha – Hmmmmmm...

– Você quer comer alguma coisa, não quer, seu esfomeado? – perguntei sorrindo, e por mais que ele não me responda com a boca, responde com o olhar, cobrindo o rosto pequeno, com suas mãos ainda menores, me fazendo rir – Está bem, vou esquentar seu Mucilon.

– Onnnnnnnnnnn! – balançou as perninhas em meu colo, e o mudei de braço, para com o outro pegar uma mamadeira já pronta na bancada. Katniss sabe de tudo, quando se trata do nosso pequeno.

Coloquei no microndas durante um minuto, e nesse tempo, ele pediu para ficar no chão, pegando uma espátula e batendo no chão, deixando-me contemplá-lo por alguns segundos.

Seus cabelos foram cortados como os meus, de forma irregular, mas que dá para fazer o penteado que quiser, se pentear e passar um pouco de gel. Seus olhos azuis-turquesa me enchem de orgulho, assim como seus lábios levemente avermelhados, pouquíssimas sardinhas no nariz e uma covinha discreta na bochecha esquerda. A pele bem branca, e as bochechas sempre coradas são mais marcas em comum na gente, e não só por fora, como por dentro.

Ele gosta de abraços, beijos, demonstrações de amor e carinho, colo, atenção e ama pintar. Jane disse que ele é como a mim, e eu fico feliz por poder notar essa semelhança, mas o que eu mais amo nele, é sua coragem. Não sente medo do escuro, mesmo tão pequeno. Ele sente medo de ficar sozinho, por isso eu ou Katniss precisamos ficar no quarto dele até nosso filho cair totalmente no sono, para termos um tempo a sós. Isso ele puxou dela, assim como o fato de odiar incomodar. Se estiver sentindo dor, só ela quem sabe, eles são idênticos nesse aspecto.

Fui despertado de meus devaneios com o microndas apitando, e ele imediatamente levantou os olhos – Sabe que é pra você, não sabe? – falei colocando a mamadeira sobre a mesa, e o peguei no colo, que já tinha os dois bracinhos pequenos esticados para mim.

Subi as escadas, conversando com ele, que me respondia em sua língua bebêzes, e o coloquei no berço. Ele ficou sentado, com as mãozinhas para fora, segurando a beirada do berço, já um pouco maior pelo seu tamanho, e seguindo meus movimentos com seus grandes olhos azuis escuros.

Liguei o ar-condicionado em uma temperatura ambiente, e liguei a TV, da qual ele poderia assistir sem ser incomodado pela claridade, e assistir confortavelmente deitado. Peguei ele no colo novamente, e me sentei no chão, no sobre o grande tapete com as letrinhas, e repleto de brinquedos, aninhando-o em meus braços, colocando a mamadeira em sua boca.

Ele quem a segurou, mas mesmo assim, fiquei apoiando a base, pois ele gosta de tomar tudo de uma só vez, e ficamos assistindo Peixonauta. É bom ser pai, e melhor ainda quando se aproveita a profissão, a mais remunerada de todas, onde o salário é uma alegria com intermináveis zeros, com um “um” bem grande no início.

Quando terminou, ele fez uma careta. – Droga, Rye... – murmurei – Por que só faz isso comigo?! – riu, com as bochechas bem vermelhas.

Pus-me de pé mais uma vez, e com mais cuidado, por sua barriga pequena está cheia, e o coloquei deitado no fraudário, rapidamente fazendo a troca de fralda, e limpando seu bumbum – Você não pode fazer isso comigo, Rye Pig. – falei com um sorriso torto, notando que ele me observa em todos os passos que dou, e escuta com atenção todas as palavras que falo – Mas mesmo sendo um campeão em sujar fraldas... – beijei sua barriga – Eu amo você. Loucamente. – sorriu para mim, como se me entendesse, o que eu acho que entende, e esticou os braços mais uma vez.

– Bubu. – esfregou os olhinhos, e eu assenti, diminuindo o volume da TV, ligando seus abajures, deitando-o no berço – Papa? – eu estava pegando seu ursinho favorito, agachado, quando ele me chamou

– O que? O que disse, Biscoitinho? – perguntei sentindo meus olhos se encherem d’água

– Papa! – apontou para mim – Papa! – levei uma mão a boca, e algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto, de pura felicidade

– Katniss! Katniss! – a chamei, no topo das escadas, chorando, e logo ouvi passos rápidos na sala, então sua silhueta subir as escadas em alta velocidade

– O que aconteceu?! – perguntou ofegante, com uma ruga de preocupação, que a deixa mais madura e bonita

– Ele disse papai! – falei puxando sua mão, guiando-a para dentro do quarto do nosso bebê, que estava quase dormindo – Rye, quem eu sou?

– Papa! – apontou para mim, e Katniss sorriu. Pensei que ela fosse pedir o divórcio, e depois me matar, vendendo os restos mortais no mercado livre, mas não. Seu rosto pareceu brilhar, de tão sincero que foi seu sorriso.

– E ela, Rye? Quem ela é? – perguntei, vendo se ia demorar para as palavras saírem

– Mãma! Mãma! – trocamos olhares, completamente emocionados

– Sim, eu sou a mamãe, e ele o papai, meu Biscoito. – sussurrou, para evitar soluçar de emoção, e se curvou um pouco, beijando a testa do nosso filho,que sorriu, mas logo bocejou, esfregando os olhinhos preguiçosamente.

Ficamos no quarto com ele por mais poucos minutos, até que ele dormiu por completo – A noite pode ficar melhor? – perguntou anotando no livro dele, que todo bebê tem desde que nasce, com os primeiros dados, do tipo quando nasceu o primeiro dentinho, a primeira comida, até a primeira sílaba que significa algo. – Papa é a primeira palavra, e logo em seguida Mãma – assenti, e quando terminou de escrever, com quem estava, o dia, mês e ano, comecei a beijar o seu ombro, desnudo por causa do modelo da blusa.

– Eu acho que as nossas noites sempre podem ficar melhores... – desci um pouco mais, para ter acesso a suas costas, e ela puxou ar – Sempre... – como tinha botões atrás, sorri internamente, desabotoando cada um, lentamente.

– Aé? – perguntou suspirando, e eu assenti – Então faça ser a melhor noite da nossa vida.

– Quando eu não faço? – colocou o livro na cabeceira, e se virou, então nos beijamos, e nos beijamos a noite toda, enquanto fazíamos amor.

...

– Jane, você não pode namorar. – falei para a minha irmã, a mais velha depois de mim – Só tem 18 anos.

– Peeeeeeeeeeeetaaaaaaaaa... – choramingou do outro lado da linha – Por favor... abençoa o nosso namoro!

– Não!

– Ele é legal, me trata bem, respeita as meninas, e não tem preconceito com a Katy!– apresentou as qualidades dele

– Não gosto de saber que a minha irmã está namorando... e indo para Havard! – pude senti-la sorrir, e eu automaticamente sorri – Juízo.

– Eu vou me casar virgem.

– Isso aí. É assim que se pensa. – coloquei alguns biscoitos favoritos dela e das minhas irmãs mais novas – Vão juntos para a faculdade?

– Uhum, e enquanto eu curso Direito, ele cursa Contabilidade. – assenti – Tem a minha idade, e torce para os Chicago Bulls.

– Eu torço para os Lakers. – Rye estava sentado e preso no carinho, especial para bebês, e olhava tudo a nossa volta, curioso, mas sempre volta seus olhos para mim, e pude perceber que ele nunca estará sozinho quando mais velho, e isso me anima. Sorri para ele, que sorriu de volta, jogando a pequena cabeça para trás, admirando as luzes pisca-pisca para o natal, tentando tocá-las – Você quer uma? – perguntei, afastando o celular do ouvido, e ele riu envergonhado, cobrindo o rosto com as mãozinhas. Isso é um sim. Sorri mais uma vez, pegando 20 metros de pisca-pisca, que estava na lista. Katniss nasceu em Vegas, e não é surpreendente que ela ame brilho no natal. Precisamos montar nossa árvore de natal agora em Novembro, pois em Dezembro, estou com a agenda cheia de cirurgias e consultas.

– Masele gosta dos Lakers também. – afirmou – Dê uma folga para o Paul. – suspirei

– Ele não vai vim mês que vem, vai?

– Precisam se conhecer... – tentou me convencer, com sua voz chorosa, e eu juro, de verdade, que estou quase cedendo.

– Aí dormem no mesmo quarto?! De jeito nenhum! Isso é adeus a virgindade! – a ideia me fez estremecer, mas mais ainda quando parei ao lado de uma seção de massas, e Rye puxou um saco, que estava ao seu alcance, pela embalagem ser bem colorida – NÃO PUXA IS... – no segundo seguinte, larguei o celular, e o cobri, curvando-me em cima dele, pois o bendito saco que ele gostou, estava sustentando diversos outros, e caiu tudo sobre mim. Ia ser sobre ele, mas pelo meu filho e esposa, eu levo um tiro, se for necessário – Rye... – falei olhando em seus olhos, que estavam cheios d’água, e os lábios tremendo – Não chora, já passou. – tirei ele do carrinho, e o coloquei em meu colo, abraçado ao meu pescoço. Nem tem como pegar algumas embalagens do chão, pois só faltou a prateleira cair – Shhh... você está bem, pequeno. Você está bem... – o abracei apertado, fechando meu olhos, e o balançando um pouco, ignorando os olhares. Uns me olhavam com ternura e admiração, outros com raiva por meu filho ter feito tudo cair no chão.

Eu pensei que ele tinha se assustado, por isso o choro, que foi inevitável começar, mas então ele disse, trocando as letrinhas por completo, mas eu entendi – Nã tiqui tite, papa. – e abraçou-me mais forte pelo pescoço, mas quem começou a chorar fui eu, de pura emoção por poder ouvi-lo me dizer algo assim. Katniss necessita saber disso. Ele disse uma frase toda! Dois dias depois de nos chamar de mamãe e papai!

– Esse celular é seu? – uma moça perguntou, estendendo-me meu iPhone, e eu assenti

– Muito obrigado. – ela sorriu

– É seu filho? – assenti – É um bebê muito bonito. Se parece muito com você. – e saiu, colocando meu celular em minha mão, e notei um papel com o telefone dela.

Uma pena que eu peguei com a mão direita, porque na esquerda tem uma aliança, com o nome da minha esposa, mãe do meu filho, que sinaliza que eu amo e só me importo com ela.

Os flertes que recebo não são nem um pouco poucos, são constantes, principalmente quando eu ando com Rye, mas nunca dei bola, e nunca vou dar. – Alô? – coloquei o telefone no ouvido – Jane, desculpa, mas o Biscoito me deu um susto aqui...

– É, eu ouvi! Caramba! Susto foi você quem me deu! Ficou maluco de fazer uma coisa dessas, Peeta?! Ele é só um bebê, enquanto você é um homem crescido, e sabe que não pode me dar sustos assim! – sua voz estava toda embargada. Ela é muito sentimental.

– Desculpe... ele nunca dá sustos, você sabe, e nem trabalho, mas quando dá também, né, seu Rye? – ele me olhou, com um beicinho ainda, mas não caia nenhuma lágrima mais – Está tudo bem, pequeno. – sussurrei, beijando sua bochecha – Eu amo você, foi só um susto. Papai não está triste, tudo bem? – assentiu, voltando a esconder o rosto, coberto por suas mãozinhas, no meu pescoço.

Voltei a conversar com minha irmã, enquanto comprava o que Katniss pediu. – Tenho que ir, Jay. – falei ao ver minha vez no caixa se aproximar, e Rye ficar pesado em meu colo, sustentado apenas por um braço durante mais de uma hora, com pouca ajuda do meu outro braço

– Tudo bem. Nos falamos mais tarde, ok? – concordei

– Mas antes de ir... – eu precisava perguntar – Você vai realmente se casar virgem, não vai? – ouve um silêncio, então logo em seguida uma risada gostosa dela, e ri também

– Claro que sim, seu bobo. E se ele tentar alguma coisa, prometo te contar, e dou tudo o que precisar. – sorri

– Sabe que se ele partir seu coração, eu parto a cara dele, não sabe? Não, na verdade, eu mato ele. – Rye olhava para um ventiladorzinho cheio de bala – Você quer, meu bem? – assentiu, e eu peguei, dando um para ele. Não o mimo, assim como Katniss, mas ele é um filho excelente, e nunca temos muito trabalho com ele. É como se soubesse nossos problemas, externos ou pessoais, e não quisesse atrapalhar. Sinto pena dele, por ser tão assim, sem querer incomodar. Ele nunca incomoda, e Katniss mesmo insiste em dizer isso para ele, assim como eu.

– Claro que eu sei... – disse risonha – Tenho que ajudar a mamãe com as minhas malas. Beijos, amo você.

– Manda beijo para as meninas... amo você. – nos despedimos e encerramos a ligação. – Bis, você pode só ficar sentadinho aqui na cadeirinha? Para ajudar o papai? – perguntei para Rye, que apenas assentiu, deixando eu acomodá-lo com cuidado para cuidar das compras, e recebi uma ligação.

– Peeta? - ouvi a voz da minha mãe do outro lado da linha e me surpreendi

– Oi, mãe! - nunca recebi uma ligação dela desde que entrei na faculdade

– Hm... - silêncio - Não sei como te dizer isso. Faz tanto tempo que não nos falamos. - sua voz ficou embargada - Seu pai quer falar com você. - ouvi passos apressados na direção do telefone - Eu amo você. - sussurrou baixinho no telefone - Não diga isso para ninguém, ok?

– Eu também te amo, mãe. - não tenho raiva alguma dela, e sei que vibrava por mim e Prim da mesma forma que está feliz por eu e Katniss. As meninas mandavam mensagens decodificadas, quase, mas eu entendia que ela se importava comigo, e tentou ir me ver quando Prim morreu, mas ele não deixou

– Peeta. - sua voz era grosseira, e eu sentia raiva só de me lembrar que temos nomes parecidos.

– Que foi? Eu estou no mercado agora, e muito ocupado. - fui colocando as coisas do carrinho na esteira com raiva, intercalando entre a comida, relógio e Rye, que nem se lembrava da minha existência com seu brinquedo novo. - Vou desligar.

– Não! Não! Eu preciso te informar uma coisa.

– Você não tem essa droga de direito. - falei irritado - Dá pra falar logo, que droga. Estou atrasado para buscar a Katniss.

– As meninas não vão poder viajar para aí. - ouvi vários resmungos e vozes ficando embargadas. "Pai!" Taylor gritou, toda chorosa

– O que?! Por que?! Eu vou cuidar delas! Pai! Katniss já arrumou tudo para elas aqui, e você me diz uma coisa dessas?! - olhei para Rye, que mordia o saco de um dos seus biscoitos favoritos - Não...não pode comer isso, Bis. Só o que tem dentro. - mudei o tom de voz para se tratar com meu filho, fazendo a moça do caixa suspirar apaixonada, então viu a minha aliança e se recompôs. - Aqui, come esse. – peguei um que já tinha passado no caixa, e abri, fazendo-o dar um grito de animação e balançar as pernas gordinhas e pequenas

– Ele é TÃÃÃÃÃOOOOO fofinho! - uma voz de adolescente atrás de mim me fez virar rindo, rapidamente, quando me lembrei que estava com uma chamada em aberto no celular

– Bem, eu não quero que elas vão para sua casa, senão elas não vão mais voltar, e eu não quero arrumar contendas com você, está bem? Quero que venha até Nova Iorque, para conversarmos e depois disso, elas podem ir para onde quiserem.

– Te ligo mais tarde. - falei, sem saber a resposta - Preciso conversar com a Katniss.

– Tchau, e é para me responde me ainda hoje, garoto. - e desligou, me deixando furioso pela sua bipolaridade.

...

– Vamos para Nova Iorque, oras! - Katniss disse, tirando a blusa na minha frente, depois de ver Rye, como faz todas as noites

– Não! Não podemos! - jogou a peça de roupa no cesto para lavar, e tirou a calça social

– Por que não?

– Porque ele não pode mandar em tudo! Sempre foi assim! Sempre! Que saco! - me joguei na cama, caindo sentado, e ela veio para o meu lado, depois de tirar o sutiã e vestir um moletom grosso, do qual estou muito afim de tirar desse corpo gostoso dela.

– Peeta, não vai fazer diferença nós irmos para Nova Iorque por uma semana. - disse calmamente - Iríamos ter que dar uma pausa no trabalho cedo ou tarde, por que não agora?

– Não quero que ele pense que manda no mundo. - respondi sério - Eu não esqueci do acidente que ele provocou no Rye.

– Nem eu, mas vai valer a pena, sempre vale, principalmente quando estamos indo para ouvir um pedido de desculpas.

– Quem me garante? - eu estou realmente aborrecido

– Eu. - e deu um beijo na minha bochecha - Eu te garanto. Isso não é suficiente? - seus olhos cinzas são tão intensos como uma tempestade, e fazem tudo ficar belo

– É sim. - sorriu, e eu segurei sua cintura com as duas mãos, puxando-a para mim, beijando sua boca maravilhosa.

Não demorou muito para que estivéssemos sem roupas naquela cama king size do nosso quarto.

– Peeta... - chamou por mim ofegante, puxando meu rosto para próximo ao dela, e a beijei mais uma vez, de forma carinhosa - Me ama. - pediu, esfregando os pés na cama, antes que nos juntássemos como um só

– Eu só sei fazer isso com você. - respondi, beijando seu pescoço, depois sua boca, com carinho e cuidado, como se ela fosse quebrar a qualquer toque mais bruto, e fui lentamente para seu interior, para não machucá-la.

Sua respiração ficou mais sôfrega, arranhando com mais força as minhas costas, mas eu não ligava, e continuava sendo gentil. O importante é o prazer dela, o bem estar dela, não meu.

Com estocadas lentas no começo, tornaram-se mais rápidas e fundas, com ela invertendo nossas posições, não sabendo onde começava um e terminava outro.

Quando alcançamos nosso máximo, a puxei para meus braços, ambos ofegantes, e eu tive uma certeza.

Não importa o que aconteça em Nova Iorque, ou do outro lado do mundo. Eu só preciso dela, e do Rye, pois assim eu tenho amor, e com amor, venço o mundo.


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Notas finais do capítulo

O que acharaaaaammmmmm? *curiosa*
Nunca escrevi bônus, tipo, postei um na minha nova fic, e foi meu primeiro "oficial" bônus, e eu não sei o que tratar neles, não sei. Estou procurando dar meu melhor, e preciso que me ajudem a melhorar, por favor. Leio poucas fics aqui no NYAH desde que comecei a escrever, e apenas a minoria (e já são poucas), postam bônus, então eu fico meio sem saber como é isso, e como funciona. No próximo bônus, vai ser bem retrospectivo, e já vai começar com uma bomba - vulgo três (ninguém entendeu, e é muito difícil que não entenda até ler o próximo) - Ai vem uma explicação de como aconteceu. Estou realmente perdida com isso, me desculpem *escondendo o rosto nas mãos*
Hm... e é isso! *sorriso* Até mais, gente! Voltarei em breve! *aceno*