A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 34
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, vocês são as (os) melhores S2
Adivinhem?
Chegamos a vinte e três mil acessos, trinta e três favoritos, oito recomendações, cento e quarenta e quatro acompanhamentos e trezentos e dezessete comentários. Preciso dizer o quanto eu estou feliz e quero morder a cara de vocês? S2
Ver esses números e todas as mensagens lindas que vocês me deixam é muito reconfortante, amo esse carinho todo *---*
Eu vi que algumas pessoas estão assistindo o dorama Bride Of The Century (a história foi baseada nele, para quem não sabe) e isso me deixou muito feliz. Dorama é um dos meus vícios que eu não largo por nada S2 ~espero que vocês gostem tanto quanto eu.
Enfim, vou calar a boca e deixar vocês lerem em paz
Boa leituraaa!



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Capítulo 33

Estive ao redor do mundo
E nunca nos meus sonhos mais loucos
Eu viria correndo para você
Te contei um milhão de mentiras
Mas agora lhe conto uma única verdade
Tem um pedaço de você em tudo que faço

Imagine Dragons - I Bet My Life

Elena saiu correndo de casa, ignorando os chamados confusos do irmão. Suas mãos tremiam e as batidas do coração vacilavam após a chamada de Katherine. Jeremy correu atrás dela, preocupado, viu ela entrar no carro que nunca antes ele havia visto, e sem esperar ou questionar, ele a seguiu, entrando pela porta do passageiro.

Elena não disse nada, mas Jeremy notou o quanto ela estava tensa, ela apertava com força o volante e rangia os dentes, lutando para não deixar as lágrimas de preocupação caírem. Era sua culpa? Afinal foi ela que não quis contar para ninguém sobre ela.

Ignorando esses pensamentos negativos, ela dirigiu rapidamente até o hospital. Jeremy primeiramente achou que o problema fosse a avó deles, mas aquele não era o mesmo hospital que sua avó estava.

Elena saiu correndo – novamente – do carro, e ele a seguiu, mesmo que um pouco atrás. Quando finalmente chegaram em frente ao hospital, seu queixo caiu e ele não queria acreditar, porque em frente a sua irmã Elena, estava uma mulher idêntica a ela. O que estava acontecendo? Por que elas conversavam como se conhecessem? Mas não houve tempo de fazer perguntas quando as duas caminharam pelos corredores, o deixando ali, confuso e sem chão.

Sem conseguir aguentar o próprio corpo, Jeremy se sentou em um banco na frente do hospital, ainda chocado e sem entender nada. Foi quando Elena saiu. Ele se levantou em um pulo e a puxou pelo braço bruscamente, ela o olhou chocada, o olhar indo de sua mão apertando seu braço, para seu rosto, como se não o conhecesse.

– Me solta! – Ela disse. E quando a olhou nos olhos, Jeremy a soltou, suas mãos tremiam, porque aquela não era sua irmã.

– Quem... Quem é você? – Ele perguntou, a voz baixa e rouca.

– Elena não contou? – Katherine o encarou, massageando o braço dolorido pelo aperto do outro – Acho melhor ela explicar isso para você, não eu. O quarto em que ela está é o 103, mas por favor, não incomode agora.

Após um último olhar, Katherine se virou com as mãos nos bolsos e foi em direção ao estacionamento.

Jeremy ainda a olhou chocado, imaginando como era possível aquela mulher ser idêntica a sua irmã mais velha. Gêmeas? Mas Jeremy tinha certeza que Elena era filha de seus pais. O que diabos estava acontecendo?

Ele piscou várias vezes seguidas e respirou fundo, só então tomou forças e entrou no hospital, indo em direção ao quarto 103. Ele abriu a porta lentamente, o que viu o chocou. Elena estava segurando a mão de uma mulher sobre a maca hospitalar, e tinha a cabeça deitada. Ela dormia e ressonava tranquila, como não a via fazer há algum tempo.

Um pouco chocado e com o coração acelerado, ele tornou a fechar a porta e se sentou no banco do corredor. Sua cabeça girava se perguntando o que estava acontecendo. Será que aquela mulher na cama e a mulher idêntica a Elena tinha algo a ver com o estado triste dela?

Jeremy acabou dormindo com a cabeça encostada na parede. Acordou com Elena o balançando e chamando seu nome. Ela possuía um olhar diferente, mais vivo, talvez.

– O que está acontecendo, Lena?

Elena o olhou triste. Não queria manchar a imagem que Jeremy tinha de seus pais, e se ela contasse tudo, era exatamente isso que aconteceria. Mas mesmo assim, ela lhe contou tudo, a voz calma e baixa, falou todas as atrocidades que Miranda e Grayson fizeram por vingança e inveja, o crime imperdoável que eles cometeram e o tempo que Elena nunca poderia ter de volta.

– Eu não posso acreditar – Jeremy tinha lágrimas nos olhos, seu coração pesava em culpa. Seus pais... Como puderam roubar uma criança inocente? – Então, não somos irmãos?

– Claro que somos, Jer – Elena o abraçou apertado, alisando suas costas – Nós sempre seremos irmãos, mesmo que não tenhamos o mesmo sangue.

Jeremy a abraçou de volta, chorando em seu ombro, seu amparo. Depois Elena contou-lhe tudo sobre o último mês, como conheceu Katherine e como estava apaixonada por Damon, mas como era impossível para ambos ficarem juntos. Ela o consolou por causa da verdade, e ele a consolou por causa do destino cruel.

– Vou voltar para dentro, Isobel deve ter acordado.

Elena entrou lentamente no quarto. Abriu as janelas e a brisa suave entrou. Já não fazia o frio da noite passava e um sol brilhava no alto, foi impossível para Elena não lembrar de Damon ao ver o sol.

– Katherine?

Isobel a olhou, mas não parecia Katherine. Ela usava calça jeans, tênis e um casaco simples, os cabelos estavam lisos e amarrados em um rabo de cavalo alto, Katherine nunca se vestiria assim. Então aquela só poderia ser...

– É a Elena – Elena se aproximou da cama e se sentou no banco, de frente à Isobel.

– Elena? – A voz de Isobel saiu rouca e não demorou para as lágrimas caírem. As mãos pequenas se ergueram e lentamente foi para o rosto de Elena, desenhando com os dedos cada pequeno traço – Oh, Elena!

Ambas choravam quando compartilharam um abraço apertado cheio de saudade de um tempo que não voltaria. Isobel se agarrou a filha que nunca imaginou ter. Elena chorava abraçando apertado Isobel como se a qualquer momento ela pudesse sumir de seus braços.

– Ah minha menina, me desculpe – Isobel disse, a voz embargada sendo cortada por soluços.

– Não foi sua culpa – Elena respondeu. Elas se separaram e se encaram, uma segurando o rosto molhado de lágrimas da outra.

– Eu juro... Juro que nunca mais vou te separar de mim – Disse Isobel, determinada – Não vou te perder de novo.

Elena assentiu com um sorriso grande.

– Tem alguém que eu quero que você conheça.

Elena se levantou e saiu do quarto em busca de Jeremy que vinha andando em sua direção segurando um copo de café.

– Entra – Disse Elena. Jeremy ergueu uma sobrancelha e entrou, vendo a mulher que antes dormia agora sentada e com os olhos vermelhos e inchados, como Elena estava – Esse é o meu irmão, Jeremy. Essa é a minha mãe, Isobel.

Jeremy não soube como reagir. Era estranho e surreal para ele ouvir Elena chamando outra mulher de mãe, era difícil de aceitar a verdade sobre a crueldade de seus pais, apesar de ele estar tentando ao máximo.

– Você é o filho de Grayson e Miranda, não é? – Indagou Isobel, chamando Jeremy para se aproximar, ele o fez – Você é a cara de Grayson.

– O- Obrigado? – Jeremy não sabia como agir, apesar de Isobel parecer serena. Ela estava bem vendo o filho das pessoas que mais a prejudicaram?

– Está tudo bem, Jeremy – Isobel respondeu sua pergunta não dita – Você não tem nada a ver com os atos dos seus pais.

– Você não está com raiva? – Ele perguntou.

– Eu já pensei muito no passado e esqueci de viver meu presente, Jeremy – Isobel disse, o encarando – Não quero mais fazer isso.

Jeremy sorriu em concordância. Quando Isobel sorriu, o sorriso lhe lembrou Elena que sempre estava com a expressão gentil e carinhosa. Aquela era a imagem que ele tinha de sua mãe Miranda há algumas horas, mas agora tudo parecia mudar em sua mente.

– Eu vou... Sair um pouco.

Jeremy parecia atordoado, e ambas mulheres no quarto sabiam o quanto isso era normal, já que as duas passavam pelo mesmo. Elena olhou indecisa para a porta e para Isobel, que lhe sorriu ternamente.

– Seu irmão precisa de você, Elena.

– E você não?

– Eu posso esperar. Jeremy é um jovem de dezoito anos que acaba de saber que sua vida não é o que imaginava, você sabe bem como é isso, Elena, e sabe o quanto ele está confuso agora.

Isobel nunca pareceu mais mãe para Elena do que agora, as palavras sábias, o sorriso gentil e o olhar determinado que ela nunca achou que veria na sempre fria Isobel. Mas ela não se abalou e assentiu, depositou um beijo sobre a testa da mulher e saiu do quarto à procura do irmão.

Seu olhar percorreu as duas direções do corredor, onde ele não estava. Talvez no pequeno restaurante do hospital? Ela começou a caminhar até lá, preocupada com Jeremy, o que menos queria era magoa-lo e deixa-lo ainda mais confuso.

Mas seu caminho determinado foi interrompido quando na sua frente ela o viu. Lindo como sempre. Usava um terno preto, os cabelos pretos estavam perfeitamente alinhados para trás com gel como ele sempre deixava quando ia trabalhar. A barba estava por fazer, mas isso não o deixava menos bonito, na verdade, era um charme a mais. Mas além da barba, havia algo diferente nele quando a encarou. O olhar. Frio, distante, cortante, mostravam todo o ódio que sentiam ao ver a mulher que menos de uma semana atrás fez juras de amor. Aquilo foi como se uma faca atravessasse seu coração quebrado que não havia se reconstruído ainda.

– Damon... – Seu peito doeu, mais do que quando foi obrigada a se separar dele. As lágrimas vieram sem seu consentimento, banhando seu rosto pálido. Sentia tantas saudades ao ponto de se jogar em seus braços e nunca mais larga-lo, mas no momento em que ela deu um passo em sua direção, ele recuou outro.

– Não diga meu nome... – Ele murmurou, estavam próximos o suficiente para ela o ouvir perfeitamente bem – Não diga meu nome com essa boca imunda.

Aquilo provavelmente doeu mais do que levar um tiro. Sua voz fria cortava todos seus sentimentos de uma forma que ela nunca explicaria.

Diante de si estava o homem que ela amava e que provavelmente nunca a perdoaria, como sempre imaginou.

Ela sobreviveria a isso?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não me matem por esse final, please
O Damon apareceu bem pouquinho, mas nesse eu queria frisar mais a relação da Elena e Isobel e a relação do Jeremy com os pais e a imagem que ele tinha deles. O Jeremy está no topo da lista de quem está sofrendo mais junto com a Isobel.
Não se esqueçam de comentar
Bjsss *--*