The Agents Of Unique escrita por CeciTezuka


Capítulo 5
Capitulo 5 Working Togheter


Notas iniciais do capítulo

_Mais um capitulo novo, pessoal!! :D
—E acabei me inspirando para escrever boa parte deste capitulo pesquisando grandes quantidade de series de agentes e espiões, e uma delas chamada DollHouse, acabou me dando esse conceito para a minha OC que você lerá a seguir.
— E aqui também irão aparecer mais personagens da própria serie do Urso!!
— O personagem Herbert porem é um de meus OC's criado por mim !

—Espero que gostem deste capitulo! ^-^



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_Não consigo localizar as memórias dela. - bradou Guia Palm enquanto checou os resultados dados pela maquina de ressonância magnética, onde Christine havia sido posta afim que pudessem examiná-la mais afundo e talvez tentar descobrir seus segredos.

O objetivo era examinar tudo em seu cérebro afim de descobrir os medos, coisas que gostava ou odiava, e analisar sua vida através das lembranças armazenadas durante a infância.

_O que quer dizer com isso? – perguntou Buffo enquanto encarava a fada pixie persocon cada vez mais nervoso.

_Que o córtex cerebral dela onde as memórias do passado deviam estar armazenadas está completamente vazio. Vejo que só as memórias dos dias anteriores permaneceram.

_Poderia mostrá-las então? Pode ser que elas me revelem alguma coisa.

A fada então deu um zoom na pequena tela que constava uma das memórias relatando o dia em que fora localizada.

O cientista viu tudo o que os olhos da tartaruga haviam registrado naquela noite na estação de trens.

E puderam ouvir os pensamentos dela em outros momentos em que esteve na sala de Sr Dos.

Então Buffo continuou examinando a tartaruga até que encontrou algo completamente estranho em seu cabelo.

Havia uma parte que parecia ter sido raspada e uma cicatriz evidente estava ali.

Foi então que o cientista de imediato percebeu o que haviam feito para com ela.

_Alguém apagou as memórias de infância dela! Deve ser por isso que não estamos encontrando nada, Guia Palm!

_É mesmo ? !- diz a pixie persocon enquanto olhava curiosa para a cicatriz feita no couro cabeludo da tartaruga.

_Mas o que faremos se ela não conseguir recuperar as memórias dela?- pergunta Urso se sentindo preocupado com Christine.

_Eu não sei Urso! Nem sei quem foi o disgraziato que teve a audácia de fazer isso com ela!- respondeu Buffo.

_Com certeza alguma agência inimiga que tivesse segundas intenções com ela! Alguém que quisesse usá-la para fazer o mal!

_Mas então por que ela estaria protegendo as crianças?-perguntou Urso confuso com tudo aquilo.

Os três ficaram se entreolhando tentando achar alternativas e respostas para suas perguntas.

Até que Sr Dos entrou no aposento hospitalar acompanhado de outro leão.

Urso olhou para ele completamente chocado e surpreso ao mesmo tempo.

Ele era idêntico a seu chefe, porem sua pelagem era branca como a neve. E seus olhos eram cinza esverdeados lhe davam ares de inteligência e liderança suprema.

O distintivo do Esquadrão da Justiça fixado em seu jaleco preto se destacou quando brilhou de encontro a luz do sol vinda da janela.

_Olá. Você deve ser o agente Especial Urso. Meu amigo Douglas me falou muito a seu respeito.

“Esse então é o nome verdadeiro do Sr Dos” bradou Urso mentalmente.

Não conseguia acreditar em tudo o que estava começando a descobrir.

_Como estão às coisas com a Christine, Dr. Buffo?-perguntou Sr Dos.

_Meu signore. Ela se recusa a trabalhar com o Urso e há poucas horas queria sair desacompanhada usando a nave da Dotty. Como pode ver, estamos tentando examiná-la e ao que parece, ela não tem vestígios de memórias do passado._ explicou Buffo mostrando a ele o

_A maquina nos mostrou que as memórias de infância foram removidas. Não conseguimos encontrar nada a não serem as memórias atuais. -complementou Guia Palm exibindo lhe os resultados exibidos em sua pequena tela em frente a seus olhos.

_Não acredito que ela foi capaz de fazer isso!- sussurrou o leão branco enquanto alisou o cabelo de Christine no mesmo local onde Buffo havia achado a cicatriz.

O cientista e a fada pixie persocon se aproximaram dele.

– Quer dizer que não foi alguém de alguma agência inimiga que arrancou as memórias dela?- perguntaram os dois ao mesmo tempo?

_ Não. Alguns agentes se submetem a uma operação para a retirada das memórias afim de provocar alterações na personalidade. – explica ele.

_Então por que ela quis retirar as memórias?- pergunta Urso quando tomou coragem para se aproximar do leão branco.

_Ela vivia me dizendo que queria esquecer o passado para ser uma agente especial. Combatendo o crime nas cidades grandes e protegendo pessoas inocentes. Ela esperava que isso não a afetasse de algum modo, mas afetou a mim e a todos nós. _ diz enquanto rondava a cama de Christine andando com as mãos taras das costas como se estivesse pensativo.

Urso Guia Palm e Buffo se entreolharam.

Queriam mais detalhes a respeito.

Então voltam sua atenção ao leão branco.

_Era como se ela tivesse morrido e em seu lugar surgiu uma andróide sem nenhum propósito a mais a não ser trabalhar para manter o mundo a salvo de perigos.

_Quer dizer que ela não era seria e ríspida como ela foi conosco?-perguntou Guia Palm.

_Não. Antes de querer começar a trabalhar como agente ela era outro tipo; alegre positiva e sincera. Ela era um artista maravilhosa e talentosa , mas sem as memórias , se transformou num... num NADA. Seu cabelo era tão claro ... mas depois ficou tão escuro. – diz enquanto continuou a alisar o cabelo da tartaruga.

O leão branco então ficou cabisbaixo, mas Urso pode ver que ele também estava emitindo um sorriso.

– Outra coisa que me lembro é que quando ela começou a trabalhar duro, vivia me dizendo que detestava crianças.

_Como assim detestava crianças? - Perguntou Urso completamente chocado e confuso e começou a andar em círculos pelo quarto. _ Quero dizer... Se ela detestava crianças... Então por que ela estaria as salvando de um espectro?

Urso então parou quando sentiu a mão de Sr Dos pousar em seu ombro.

Ao encará-lo Urso pode entender que ele estava lhe pedindo para que se acalmasse.

_ Ela pensava que crianças só atrapalhavam. Mas na primeira noite em que havia tirado as memórias, ela me contou que salvou uma criança que estava perdida e estava sob a ameaça de uma criatura sobrenatural.

– E qual era o nome dessa criança?

– Pelo que me lembro ela me disse que era Stacy.

Urso então se relembrou da garotinha na qual havia ajudado a enviar o cartão de aniversario feito para a avó.

Ela havia sido a primeira criança que havia ajudado na época em que ainda era um agente em treinamento.

_Estou tão cansado de ver ela agir desse jeito. Desde que ela retirou as memórias, me parece que o jeito doce, humilde e generoso dela se foi junto das lembranças!

_Mas eu acredito que poderemos fazer com que ela recupere as memórias, de um jeito ou de outro. Por enquanto é melhor deixá-la dormindo. - diz Sr Dos.

_ Mas o que poderemos fazer agora?- pergunta Urso.

_Temos que primeiro resgatar as memórias para depois devolve-las a seu devido lugar. E acho que sei quem poderá fazer isso. - diz o leão branco olhando para Urso com um sorriso esperançoso.

Guia Palm, Dr. Buffo e Sr Dos também focam seus olhares em Urso

_O que? Eu? Não! ! Eu não posso Não vou conseguir! – diz Urso ficando nervoso.

_Por que pensa assim, agente especial Urso?- pergunta o leão branco.

_Eu não sei, senhor eu...

–Herbert! Meu nome é Herbert!

_Bem, Herbert. Eu sempre falhei nas primeiras tentativas, nos exercícios de treinamento e na maioria das vezes nas missões também, e estou com medo de deixar isso voltar a acontecer.

_Não fique pensando negativo Urso. Apenas tenha confiança em si mesmo e então verá que é capaz de fazer muito mais!-encoraja Sr Dos se aproximando de Urso e tocando em seu ombro.

Urso então se lembrou que havia conseguido se tornar um agente especial por ter acreditado em si mesmo.

E ao olhar para Sr Dos, Herbert e Guia Palm que ainda estavam ali, pode perceber que em seus olhares eles também acreditavam nele.

_Tenha coragem Urso! Você vai conseguir!- encorajou Guia Palm.

_ Tudo bem! Aceito o desafio!- diz Urso concordando, aceitando o seu dever.

Totalmente disposto.

E confiante.

_Ótimo! Estou tão feliz por isso, Urso!- diz Sr Dos lhe dando um abraço.

Urso ficou chocado.

Nunca havia sido abraçado por seu chefe antes.

_Buona Fourtuna, Urso!- disse Buffo para Urso enquanto ele e os leões estavam se afastando.

_Gracie!- retribuí Urso acenando de volta para Buffo que continuaria a cuidar de Christine.

Herbert e Sr Dos então levaram Urso até a garagem, onde os outros veículos eram guardados.

Guia Palm estava os acompanhando afim de ajudá-lo.

_Avicoptero! Nos leve até o esquadrão da Justiça!- ordena Urso.

_Pode deixar, Urso! E seja bem vindo a bordo, Herbert!- diz Avicoptero assim que mudou a cabine para uma com mais cadeiras para passageiros e os puxava para dentro, onde era possível controlar o destino que devia seguir.

Assim que chegaram á agencia de Herbert, Urso percebeu que era quase igual á Unique.

Havia as salas de testes, os armários dos agentes em treinamento em um corredor bem localizado.

E é claro os escritórios onde o chefe ficava a observar tudo e todos.

Urso se sentiu envergonhado em ver todos os agentes em treinamento olhando em sua direção.

Mas ignorou isso e continuou seguindo eles.

_ Só espero não fazer nada errado e conseguir pegar as memórias dela!- sussurra Urso para si mesmo enquanto andavam por um corredor longo e iluminado por lâmpadas azuis.

_Não se preocupe, Urso! Você irá conseguir sim! Lembre se do que eu disse; tenha confiança!- diz Guia Palm sentada em seu ombro.

Logo eles chegam á outra porta.

Assim que Herbert a abriu, puderam ver aonde Christine havia se submetido à operação para a retirada das memórias.

Havia uma mesa com instrumentos cirúrgicos, uma maca e a maquina de ressonância magnética encostadas em um canto da parede.

Urso teve a impressão de ver diante de seus olhos o exato momento em que Christine estava tendo suas memórias removidas contra a vontade de seu chefe.

Mas não quis se distrair tão fácil e voltou a se concentrar em seu dever.

“Mantenha - se focado.” Pensou ele enquanto se relembrava de suas três etapas especiais.

Em uma estante iluminada por uma luz branca, Urso vê um grupo de caixinhas ovais prateadas enfileiradas.

Em cada uma, havia uma etiqueta com o nome com uma foto do individuo.

Assim que achou a caixinha que continha a foto de Christine, pediu para que Herbert destrancasse a porta de vidro e pegou a caixinha com as memórias dela.

Herbert encaixou a chave na fechadura e empurrou a porta de correr.

Urso alcançou a caixinha e pediu para que Guia Palm escaneasse-as.

_Ainda estão intactas!- confirmou Guia Palm usando a visão de raio x.

Urso não pode evitar a tamanha curiosidade e com cuidado abriu a tampa da caixinha.

Dentro dela, uma bolinha colorida e dançante reinava, se movimentando e com um som de uma risada infantil podia ser ouvido.

Urso e Guia Palm ficaram fascinados.

Depois eles voltam a Unique, onde Urso entregou a caixinha a Buffo imediatamente as coloca de volta no devido lugar, fazendo um pequeno procedimento cirúrgico.

Urso então se dirigiu a sala onde Musa estava vigiando as crianças pelo satélite da agencia, para descansar um pouco.

E com o objetivo de fazer seu trabalho.

Protegê-las.

Ele ficou chocado ao ver que Musa às vezes focava seu olhar para Luna , que estava em um cantinho da sala, quieta e lendo, e emitia um pequeno sorriso.

“Que esquisito. Nunca pensei que Musa ficasse tão interessado pela Luna” Pensou Urso.

Ele pode ver que ficava levemente corado quando a corujinha o encarava, e ele voltava a sua atenção para o sistema de câmeras do satélite.

E ela voltava para o seu livro.

Mesmo sem dizer uma única palavra.

Afinal ele parecia ter feito um pacto de silencio.

Algumas horas se passaram, mas Urso não conseguia parar de pensar como seria quando Christine acordasse com suas memórias de volta.

“Ela voltaria a ser doce gentil como Herbert disse?

Porem Urso não conseguia saber.

A única coisa que podia fazer era esperar e torcer para que tudo tivesse dado certo no laboratório do professor Buffo.

_Ela continua dormindo ainda.

Ouviu se a voz de Wolfie no corredor do hospital.

Ninguém sabia da dor latejante que se lentamente se apossou no corpo de Christine.

Era uma dor que foi subindo em estágios intensos; primeiro uma ardência aguda, depois a cabeça, triturando, procurando as lembranças.

As lembranças que haviam sido removidas e agora estavam voltando a seus devidos lugares.

Começou a enxergar dois vultos indistintos correndo em sua direção.

Eram seus pais.

Começou a se lembrar dos olhos verdes de seu pai.

Tentou não chorar ao lembrar-se da voz doce e dos beijos de na bochecha sempre que seu pai a erguia no ar.

Não conseguia entender o que ele falava.

A dor de cabeça tinha virado um latejar pulsante que aumentou de volume e intensidade até ela não conseguir fazer mais nada a não ser cair em um sono profundo.

_Está acordada Christine? Urso veio te ver.

Um vulto brilhante se materializou.

Seus passos farfalhavam no chão.

Quando ele se sentou houve um breve silencio

–Trouxe isso pra você.

Ele havia posto diante dela uma tigela de frutas.

Ela tornara a abrir os olhos se focando em ver aquele objeto e foi uma pontada de satisfação quando soube identificar o que era.

“Morangos” pensou ela.

_Fale com ela, Urso. Ela pode ouvi-lo.

_Consegue me ver? – perguntou Urso enquanto fitava para ela com um olhar profundo e atento.

Christine acena que sim como resposta.

_Você poderia...?-sussurrou ela.

Foi então que Urso entendeu o olhar. Ela estava com fome e implorava pelos morangos.

Urso pegou um dos morangos vistosos e brilhantes e o levou até a boca de Christine, e ela sem pensar ou questionar deixou ele a alimentar.

_Viu? Não é tão ruim me deixar ser seu parceiro, não acha?

Christine nada disse a Urso e ele a alimentou até que não sobrou mais nada na tigela.

Ela agora se lembrava com clareza de sua antiga vida.

“Minha casa, minha família meus amigos” dizia para si mesma.

Durante aquele tempo em que permaneceu no quarto hospitalar, se recuperando da operação, Christine se perguntava por que deixara de lado suas lembranças e voltara a analisá-las naquele momento.

“É como se eu quisesse ter me esquecido de alguma coisa, mas não consigo! Por mais que eu tente!” pensou ela enquanto encarava o teto assim que deita sua cabeça no travesseiro.

Ate que sentiu a mão de Urso, macia e felpuda pousar de encontro a sua, que repousava no colchão da cama.

Christine se virou e viu que ele a encarava com um olhar profundo de preocupação.

_O que foi? - pergunta um pouco receosa e tímida.

Ela estremeceu assim que Urso se aproximou de sua cama.

_Está se sentindo bem?-pergunta ele sem desencostar a mão da dela.

_Si! Mui Bien! Mas o que aconteceu? Por que Christine desmaiou no meio da missão especial?- foi à vez de ela o encarar nos olhos como se esperasse pela resposta.

_Bom... Mais ou menos.

_O que quer dizer com isso?

_ Você de fato desmaiou, mas não foi no meio de uma missão especial!

Urso ainda estava procurando o melhor jeito de responder sua pergunta, porem não conseguia pensar em um jeito melhor de explicar a ela e que fizesse sentido.

Sentia-se confuso e em duvida.

“Se eu disser a ela que devolvemos as memórias o que ela vai dizer?” pensou enquanto cocava a cabeça e procurava analisar detalhadamente suas respostas.

Logo entraram Wolfie e Dotty acompanhados do chefe Sr Dos.

_Que bom! A Christine finalmente acordou!_comemora toda empolgada Dotty.

_Ela poderá voltar a trabalhar normalmente daqui a algumas horas- diz Buffo enquanto ajeitava o equipamento de ressonância magnética_ a operação foi complicada, mas bem sucedida.

_Operação? Que tipo de operação? Por acaso aconteceu algo grave em Christine? - perguntou enquanto encarava todos que estavam no quarto apoiada na grade da cama.

Urso, Wolfie e Dotty encaram Buffo desesperados.

Como eles poderiam explicar isso a ela, se nem Urso conseguia?

Os amigos se entreolharam, encaram Christine, depois voltam os olhares a Buffo, novamente.

_Me desculpem! Acho que falei cedo demais! - diz ele enquanto pegava Guia Palm que ainda estava sentada em uma parte da maquina e saiu.

_Alguém poderia responder as perguntas de Christine?-implora a tartaruguinha ainda apoiada na grade.

Urso vê sua mão começar a tremer.

_Primeiro fique calma, minha pequena. -ouviu se a voz de Herbert enquanto entrava no quarto._Eu posso explicar a você tudo o que aconteceu. Mas não quero que fique desesperada. Em momento algum.

Urso vê que Christine encarava Herbert disposta a receber as respostas como se quisesse entender o que havia acontecido.

_Poderia nos deixar falar em particular, Urso? - pergunta Herbert para Urso que continuava ali.

Wolfie e Dotty então voltam à sala de vigilância.

Urso vê que Buffo e Guia Palm estavam no laboratório de pesquisas.

_Tudo bem! - diz Urso enquanto sai de mansinho procurando deixar os dois à vontade.

Urso então se dirige ao lado de fora da agencia, onde havia um jardim e ao longe estava a floresta.

Alguns cachorrinhos aparecem pulando o muro que os mantinham presos e vieram ao encontro de Urso pulando em seu colo e lambendo seu rosto.

Lembrava se claramente deles.

Em um de seus exercícios de treinamento em que o objetivo era levar um envelope para o lado de dentro da agencia, tinha que entrar sem deixar que os cachorrinhos encostassem nele ou no envelope.

_É impressão minha, ou vocês cresceram um pouco?- pergunta Urso enquanto lhes fazia carinho na cabeça.

E ele pode ver que haviam mesmo crescido.

Não pareciam mais serem aqueles filhotes de antes.

Agora eram cachorrinhos travessos e bem ativos.

Depois de colocá-los de volta no canil, Urso se dirige a sala de vigilância onde Musa continuava a observar atentamente as crianças através do satélite de rastreamento.

Todas elas pareciam estar seguras.

Ate que Urso vê uma sombra se movendo atrás das irmãs Alex e Zoe que naquela hora estavam na cozinha ajudando a avó a fazer uns deliciosos cupcakes.

De repente a luz se apaga e a avó não conseguia voltar a acendê-la acionando o interruptor.

Alex se assustou ao ver a sombra se aproximar de sua irmã, Zoe, que estava próxima a janela.

Ela a afastou de imediato e as duas permaneceram abraçadas na parte de trás do balcão da cozinha, junto da avó que nem fazia a menor idéia do que poderia ser.

_SOCORRO! - gritavam elas enquanto continuavam juntas atrás do balcão.

A sombra então tomou aquela forma que Urso havia visto nas ultimas vezes em que salvara Paulie e Faith.

Aquela criatura encapuzada e com olhos vermelhos que brilhavam no escuro. Mas o que mais assustou as duas irmãs foi aquele sorriso macabro cheio de dentes afiados e pontiagudos.

Urso não esperou pelo alarme e de imediato saiu correndo até a garagem da Unique.

_Rapide! – acenou assim que viu o trem passando na ponte ferroviária- Preciso que em leve até a França! Alex e Zoe estão em perigo e precisam de ajuda!!

_Clarro, Urrso! Entrre que eu te levo vit vit! Que quer dizer rapidinho em frrances!!- diz o trem bala assim que freou e esperou Urso se acomodar para o lado de dentro.

Urso pulou a pequena cerca que interditava a passagem da ferrovia e entrou quando a porta automaticamente abriu.

–Piiiiuiii!!- soava o pequeno trem ao longe enquanto deslizava com uma grande velocidade pelos trilhos.

Enquanto isso Urso abria seu armário de roupas e se equipou com suas armas necessárias para exterminar a criatura.

_Acho que também irei precisar disso!- sussurra ao guardar em seu bolso o saleiro que estava na cozinha.

Ao ver a torre Eiffel toda iluminada, soube que estava cada vez mais próximo da casa das irmãs.

Ativou sua mochila a jato, saiu pelo teto do trem e voou até a janela da casa onde pode ver as irmãs e a avó morrendo de medo.

Enquanto a criatura se ameaçava a se aproximar da mãe delas, que estava se defendendo apenas com uma frigideira e uma colher de pau.

Urso pode ver que quando ela batia a colher na parte de trás, a criatura recuava e emitia gemidos de dor ao mesmo tempo em que tapava os ouvidos.

“Isso poderia ser uma espécie de defesa." Pensou enquanto aguardava a criatura se aproximar ate a janela, e assim que a viu próxima a luz da lua, atirou lhe o sal nas costas, fazendo a gritar mais forte.

Com as costas gravemente feridas, a criatura tentava se levantar para mais perto das meninas e de imediato tentou agarrar Alex, porem foi impedida por um tiro certeiro vindo da arma de Urso, que continuava planando no ar graças a sua mochila a jato.

Alex aproveitou enquanto a criatura se debatia de dor para sair de perto dela e voltar para os braços de sua irmã.

Urso então apontou a arma para seu rosto e se preparava para dar o tiro final.

Porem foi impedido quando a criatura lhe acerta um golpe com as garras, no braço esquerdo, e Urso acabou a deixando cair no chão e sua mochila a jato começou a fraquejar, indicando que a bateria estava acabando.

_Ai! _ Gemeu assim que cobriu o ferimento com uma das patas e se ajoelhou no chão perto da pia da cozinha.

Com o sangue escorrendo de seu braço ferido e vendo as meninas em perigo, não soube o que fazer.

A mãe delas continuava a bater a colher na frigideira tentando fazê-la recuar, mas parecia que agora aquilo não podia interferi-la.

Foi então que se ouviu outro disparo e Urso vê a criatura cair de encontro ao chão.

Um líquido negro como piche escorria de seu peito e ela parecia estar ficando cada vez mais fraca.

Ao olhar para a janela, Urso viu Christine chegando junto de Dotty, Wolfie e Musa que também entraram pela janela.

Urso vê Musa dar um salto ágil e rápido apoiado em sua vareta de bambu e atirou uma grande quantidade de sal, agravando cada vez mais o ferimento em suas costas.

A tartaruga então deu uma pirueta e junto de Wolfie acertam outro tiro na criatura que caiu desfalecida e se dissolveu como areia sendo levada pelos ventos do deserto.

_Vocês duas estão bem?- pergunta Dotty se aproximando das duas garotinhas que continuavam perturbadas.

_Sim! Estamos bem!- respondem em uníssono Alex e Zoe assim que saíram de trás do balcão da cozinha.

_ Que coisa era aquela? Um fantasma?- pergunta a avó assim que acendeu a luz da cozinha.

_Nem consigo saber, mamãe. - diz a mãe das meninas colocando a frigideira e a colher de pau na pia e tentando respirar com mais calma depois do baita susto que tiveram.

Urso se levantou e ignorando o braço machucado, correu de encontro às meninas e as abraçou.

_Urso! Você nos salvou!- diz Alex enquanto sentia o corpo felpudo e macio dele de encontro ao seu.

_Muito obrigada Urso! _ diz Zoe o trazendo para mais perto.

_ Ai- gemeu Urso novamente.

O sangue continuava escorrendo e ele volta a cobrir o ferimento com sua pata

_Nunca pensei que fosse deixar isso acontecer!- gemeu enquanto sentia que continuava ardendo.

As meninas então o levam até a pia do banheiro e lavaram com água o sangue que escorria.

_Você acha que o Urso vai ficar bem?- pergunta Alex preocupada.

_Vai sim! O Urso é forte e corajoso- diz Zoe com otimismo.

_Podem deixar isso comigo agora niñas! A mãe de vocês está precisando de ajuda para limpar o chão da cozinha. – disse Christine entrando acompanhada de Dotty que estava carregando uma caixa de primeiros socorros.

Assim que as meninas se afastaram, Christine começou a fazer o curativo no braço de Urso passando um remédio a fim de ajudar a cicatrizar um pouco mais rápido.

_Ai! Isso dói! - geme Urso enquanto Christine encostava um pedaço de algodão encharcado com o medicamento próximo a seu braço.

_Ta exagerando! Vê se age como um ursinho fofo. Como sempre foi!- bradou Dotty meio envergonhada.

_ Ser um bichinho de pelúcia não tem nada a ver com isso! Por acaso você aguenta a dor mesmo se não é um ursinho de pelúcia?! Até se for atropelado por uma manada de elefantes selvagens?! - diz Urso enquanto se contorcia de dor e raiva pela criatura que havia deixado aquele machucado evidente.

_Que historia é essa, Oso? Usted é tão engraçado! - pergunta Christine e não conseguiu conter o riso.

_Não acho graça! -diz Urso meio furioso enquanto Dotty também estava rindo.

Porem ele então notou o quanto ela estava linda e vestindo uma jaqueta vermelha estampada com belíssimas rosas.

Depois que Christine envolveu o ferimento amarrando uma longa faixa de pano.

_Pronto! Foi só isso! Usted foi um pouco barulhento, mas mamãe vivia me dizendo que um beijinho ajuda a curar mais rápido. - diz a tartaruga e lhe deu um beijo próximo ao curativo. _ Espero que fique bom logo!

Urso fica chocado e em jeito ao mesmo tempo em que ficou corado.

E percebeu que Christine agora não era mais aquela tartaruga seria e ríspida que conhecia há tão pouco tempo.

Ela estava voltando a ser aquela gentil e doce tartaruga que Herbert dissera.

Fato que comprovou a ele que a operação foi bem sucedida.

“Se ela falou a respeito da mãe, então ela deve estar voltando a se lembrar de tudo!” pensou após se levantar e seguir andando com os amigos até a porta de entrada da casa.

Os agentes se despedem das meninas e se dirigem até a estação ferroviária a fim de voltarem a Unique.

_Musa. Obrigada por nos ajudar- disse Urso enquanto os amigos continuavam caminhando.

_É! Sem você não teríamos conseguido impedir o espectro de atacarem as meninas. - diz Wolfie.

Foi então que Musa parou de andar, e eles também.

Virou-se para eles e retirou o capuz que cobria seu rosto.

E puderam contemplar seu rosto.

_Obrigado, amigos!- diz Musa.

Sua voz emitiu para Urso um tom de forte de serenidade.

Os agentes se reúnem em um abraço grupal e suspiram de alivio.

As duas garotinhas estavam a salvo.

E Christine de fato, percebe que estava começando a gostar de trabalhar como uma agente da Unique.

“Acho que estava errada a respeito do Urso. Se ele ajuda as crianças, ele também é capaz de salva-las de todo o perigo. Acho que sou eu que precisa abrir os olhos e perceber isso.”

Pensou a tartaruguinha enquanto apreciava a paisagem exibida na janela do trem que viajava alegremente pela estrada ferroviária.

Christine não percebe, mas Urso também estava a observá-la em silencio.

“Ela me deu um beijo no braço. No meu braço machucado.”

Repetia mentalmente a si mesmo enquanto se lembrava do quanto ela fora doce e gentil.

O trem os levou de volta a agencia.

Ao chegarem são bem recebidos por Sr Dos e Luna.

Urso lhes relata o que havia acontecido e depois agradeceu a Christine pelo curativo lhe dando um abraço.

_Fico feliz de estar junto a nós!- disse Sr Dos se aproximando de Christine com um sorriso.

E lhe deu um crachá da agencia.

_Meus parabéns. Agora você é uma agente especial definitiva!

O rosto de Christine emitiu um sorriso.

_Quer dizer que Christine vai poder ajudar a proteger as crianças?- pergunta enquanto olhava atônita para seu crachá fixado em sua jaqueta vermelha.

–Sim! E você tem toda a confiança da Unique! Todos nos acreditamos que você cumprirá para com o seu dever como agente especial! – diz Herbert se posicionando ao lado de Sr Dos.

Christine ficou sem palavras diante de tudo aquilo.

Sentia que naquela agencia seu futuro seria estranho porem animador diante dos novos amigos.

As possibilidades seriam infinitas.

Haveriam as batalhas a enfrentar.

Crianças para defender.

Mistérios a desvendar.

Vitorias e derrotas.

Alegrias e tristezas.

Mas seriam todas grandes aventuras.


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Notas finais do capítulo

Significado das palavras em italiano
Disgraziato - disgraçado
Signore - senhor
Buona Fourtuna - Boa Sorte

Significado das palavras em espanhol
Si Mui Bien- Sim muito bem ou Sim me sinto bem
Niñas- meninas, garotinhas
Usted- você

Curiosidades extras:

O Musa é um personagem que também está incluído na serie do Urso, e ele apareceu em alguns episódios como sendo um ninja, usando um capuz , usando uma vareta de bambu para dar saltos ágeis, como um equipamento para sua defesa e não falando nem uma unica palavra. Ele também é rápido e bem esperto.
Acabei escrevendo essa parte em que ele tira o capuz e revela o rosto me lembrando de uma cena de South Park Bigger Longer e Uncut e pensando no como seria se ele tivesse tirado o capuz e revelado o rosto em algum episodio da série.

O nome verdadeiro do chefe do Urso Sr Dos, de fato nunca havia sido revelado, então deduzo a mim mesma que poderia ser Douglas, por causa da pronuncia e sonoridade das palavras.

—E aí gostaram?
—É com grande tristeza que digo a vocês que este é o ultimo capitulo da historia, mas não se preocupem por que ainda tem um capitulo bônus! Mas enquanto eu ainda não preparo, a historia termina por aqui mesmo!

—Comentários, criticas e reviews serão muitíssimo bem vindos!!



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