O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 45
Realidade distorcida


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Desculpa a demora gente, mas foi que sexta-feira passada me chamaram na lista de espera do Sisu pro curso de medicina veterinária(Fiquei tão feliz que quase choro). E essa semana fiquei ocupada com matricula e essas coisas. Nem tive tempo de escrever direito.
Espero que gostem do capítulo de hoje. Abraços e boa leitura. Ele não ficou muito longo, mas no próximo vou tentar compensar.



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Roslin

Ela iria ver a sua irmã naquela noite. Iria aproveitar que todos do lugar estavam dormindo. Até aquele meistre esquisito. Roslin teria que passar somente pelos guardas na porta e pela ama de leite que dormia no quarto das bebês. Pelo que Roslin reparou muitos achavam ruim a herdeira do rei dormir no mesmo quarto que uma criança com sangue Frey, mas essas pessoas não insistiam muito no assunto, pois a princesa Lyanna sempre dormia no quarto com a mãe, quando esta estava presente. Além disso, com toda certeza quando as duas crescessem iriam para quartos separados. A separação somente não ocorreria no momento porque dava azar separar irmãs de leite.

Quando a viu muito próxima da porta, um dos guardas perguntou o que ela queria a uma hora daquelas. Será que ele desconfiava que ela tramava algo?

—Quero apenas ver minha irmã.

—A essas horas?

—Sim é que...- o outro guarda a cortou antes que ela terminasse a frase

—Deixe ela ver a menina. Se quiser pode até a tirar do quarto. O que não pode é ficar muito tempo com a princesinha.

—Mas o meistre não vai gostar.

—Não é ele que manda em Winterfell e além disso é muito estranho ele parecer se preocupar mais com a bebê Frey do que com a princesa. Pegue a sua irmã e saia daqui.

Roslin entrou acompanhada pelos guardas e carregou sua irmã no colo. Enquanto saia olhou para o berço ao lado e viu a pequena Lyanna dormindo. A menina mesmo dormindo usava um pequeno colar com um pequeno rubi no pescoço. O rubi que tinha a mesma tonalidade de seus cabelos. Havia algo de sobrenatural na aparência da criança, mas Roslin resolveu ignorar esse fato e seguiu seu caminho.

No caminho de volta para o seu quarto ela passou pela porta do quarto da ama de leite das crianças. O quarto da moça ficava bem ao lado do das bebês. Quando ela chegou em seu quarto viu que seu filho estava dormindo profundamente. Deitou do lado dele ainda segurando Bassie com todo cuidado.

Enquanto ela segurava Bassie pensava que ela tinha que levar a irmã com ela quando deixasse Winterfell. Pensava em criar a menina como se fosse a  filha que queria ter. Como a companheira que queria. Talvez com a irmã a solidão não pesasse tanto. Além disso, a menina era de sua família, uma hora ou outra não teria lugar para ela em Winterfell. Depois que Edmure reconquistasse Correrrio e eles voltassem a paz, Bassie e o filho deles poderiam crescer juntos como irmãos.

Roslin começou a pensar que talvez os deuses não a detestassem tanto assim por causa de seu sangue, pois eles haviam colocado Bassie em seu caminho. Uma precisava da outra. Encontrar sua irmã bebê em Winterfell foi uma surpresa agradável do destino.

Com esses pensamentos em mente Roslin adormeceu ainda com a irmã nos braços e com o filho perto dela. Passou por sonhos confusos até que acordou quase de manhã com um barulho de correria nos corredores e gritos de servos. Ela não conseguiu entender direito os gritos. O pouco que entendeu era que eles falavam em fogo ou algo assim. Isso foi o suficiente para a fazer ficar assustada e confusa.

Sua irmã começou a chorar de forma estranha. Talvez a rapidez com que ela se mexeu na cama a tenha assustado, mas Roslin sentia que havia algo a mais que isso. Quando ela olhou na direção da bebê levou a maior susto da sua vida. Um susto tão grande que a deixou incapaz de gritar ou de sair do quarto com as crianças, o que era sua intenção desde o momento em que ouviu a correria.

O cabelo de sua irmã que antes era castanho estava mudando de cor. Estava ficando ruivo assim como o cabelo da princesa Lyanna. Os olhos da bebê também estavam mudando de cor. Ela estava mudando totalmente a aparência como que por magia. Roslin pensou que devia está dormindo ainda e que aquilo devia ser um pesadelo, mas não era. No momento em que o meistre estranho entrou apressado pela porta do quarto e tomou a criança dela soube que era realidade o que vivia. Ele devia saber exatamente o que estava ocorrendo, ao contrario dela que estava cada vez mais confusa.

Uma forte dor de cabeça a fez cair de joelhos no chão. Tudo contribuiu para aquela dor forte. Tudo. O cheiro de fumaça e os gritos. A solidão que sentia. Porém o maior motivo foi o fato de sua irmã mudar de aparência na sua frente e o fato dela sentir uma magia estranha no local. Aquilo foi demais para ela. A dor aumentou mais ainda ela caiu de rosto virado para o chão e sentiu tudo se apagar. Seus últimos pensamentos foram em seu filho que estava dormindo na cama e na irmã.

Quando Roslin abriu os olhos novamente estava deitada na cama. Seu filho não estava mais ao seu lado, estava nos braços do meistre que andava pelo quarto. Ele ao reparar que ela tinha despertado lhe entregou o bebê e disse:

—Senhora Roslin, deve descansar e...- o meistre não conseguiu terminar a frase pois Roslin o cortou

—Onde está minha irmã?

—Ocorreu um acidente e sua irmã infelizmente morreu.- falou ele com voz temerosa. Com medo da reação dela ou de alguma outra coisa que ela não sabia

A dor de cabeça forte voltou quando ela ouviu isso. Não podia ser possível. Ela estava com sua irmã no quarto ou com quem pensava ser a sua irmã.

—Mas, eu estava com ela aqui no quarto. Nos meus braços e ela começou a mudar de aparência, mas ela estava aqui. Não sei de mais nada. – disse Roslin chorando e sentindo novamente e sentindo pontadas de dor na sua cabeça.

—Senhora, muita coisa pode ter contribuído para que a senhora distorcesse a realidade. Sua irmã não estava aqui, ela estava no quarto dos bebês quando... quando o acidente aconteceu. Quando o fogo começou. Sinto muito. Eu tentei a salvar, mas a fumaça fez mal para os pequenos pulmões dela.

—A princesinha. Lyanna. Ela morreu também?

—Não. Graças aos deuses não.- falou o meistre com um olhar distante. Como se pensasse no que teria ocorrido caso a princesa tivesse morrido.

—Ela não estava no quarto também?

—Digamos que não. A senhora precisa descansar. Não sei o que pensa que viu naquela noite, mas tenha cuidado para não sair por aí espalhando informações distorcidas que nem a senhora tem certeza.

Dizendo isso ele saiu do quarto antes que ela pudesse dizer qualquer coisa. O meistre parecia ter medo do que Roslin poderia dizer aos outros sobre os fatos ocorridos.

Meistre Xhitos

Foi sobrenatural o fogo que começou no quarto das bebês. Os servos atribuíram o fogo a uma vela que caiu, mas o meistre achava que teve alguma força oculta envolvida. Talvez tenha sido o tempo conversando com Melisandre, mas ele acreditava que o que ocorreu foi obra do inimigo do Senhor da Luz. Pois parecia que tudo havia contribuído para uma possível tragédia. Por começar pelos guardas.

Os guardas que estavam na porta acabaram dormindo. Caindo em um sono profundo, mais tão profundo que sentiram o cheiro de fumaça somente quando já era tarde. A ama de leite que dormia ao quarto ao lado não se encontrava no local. Tudo tinha contribuído para o que ocorreu, por sorte a tragédia não foi maior e a princesa Lyanna não morreu... Ele nem queria pensar no que ocorreria se ela tivesse morrido.

A magia que Melisandre fez no fim conseguiu salvar sua filha, mas com certeza não foi da forma que ela imaginava. Lyanna apenas se salvou porque estava com a aparência de Bassie. Porque Roslin pensou que estava tirando a meia-irmã do quarto e não a princesinha. Por falar em Roslin no futuro ela podia a vim causar problemas por causa do que viu... Ela não esqueceria o ocorrido nunca.

Ele ainda estava pensando nisso quando ouviu lobos uivando perto dali. Deviam ser os lobos de Rickon e de Arya pela proximidade. Os animais uivavam de forma triste e contínua . Como se lamentassem alguma  coisa. Era um uivo que doía nos ouvidos dele. Será que esses uivos eram prenuncio de mais alguma tragédia? A mente do meistre somente conseguiu pensar em Melisandre e Jon na Muralha. Torceu para que não tivesse ocorrido mais nenhuma morte, porém os uivos dos lobos indicavam o contrario.


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Notas finais do capítulo

Bem, o que acharam? Gostaram? Ah, antes que me esqueça queria dizer que eu tenho o final da história escrito já. Tenho essa mania de escrever o final enquanto ainda estou nos primeiros capítulos ou no meio. Com o final escrito se torna mais fácil escrever para mim e diminui o risco de me perder na narrativa... E além do final escrito também tenho uma lista das coisas que vão ocorrer. Então, algumas coisas podem parecer enrolação, mas essas coisas serão importantes no final ou mais para frente. Como exemplo posso citar a bebê Bassie, no começo parecia que ela não teria muita importância, mas esse capítulo mostrou que ela teve um papel na história que impactou outros personagens.
Não percam o próximo capítulo, ele vai mostrar o que ocorreu na Muralha.



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