Black Magic escrita por PandaRadioativo
Notas iniciais do capítulo
Olá Pudins!
Voltei!
Talvez esse capítulo tenha ficado mais curto, mas tá valendo.
O capítulo será dividido em duas ou três partes, ainda não sei.
Espero que gostem!
Salém, 14 de abril de 1963
"Caro Amigo de Papel.
Saudades, é o que posso dizer.
Acho que não há muita coisa para escrever, meu Amigo. A vida por aqui ficou monótona e triste.
Aliás, Margot ficou doente. Culpa dele. Nosso vizinho, Jonas, odeia nossa família. Agora, odeia ainda mais pela condenação. E então, não sei como, ele envenenou a comida de Margot. Aquele rato asqueiroso de esgoto... Mas não vale a pena insultá-lo de tal maneira, já que não posso usar Maldições contra ele.
A febre de Margot está alta, ela já não abre mais seus olhos e está dormindo agora. Não sei se meus encantamentos podem curá-la, e não tenho poder o suficiente para usar os seus encantamentos.
Já não sei o que fazer.
Adeus, meu querido Amigo, volto à lhe contar novidades, e espero que quem te ache use-o com sabedoria.
E lembre-se:
Nem todo adeus é para sempre. O para sempre é muito tempo.
Allana Lavigne."
Narrado por Avril Lavigne
Acordei com Tay me puxando da cama.
– Atrasada. Muito atrasada! - Sussurrou.
– O que...? - respondi.
– Primeiro dia de aula. O café já foi servido, as aulas começam em cinco minutos. Vamos!
Me arrumei, completamente sonolenta. Tay me ajudou a prender o cabelo em um coque firme e me arrastou até a aula de Filosofia.
Encontramos Demi e Lena já na sala. Ian e Sebastian entraram ofegantes e logo em seguida, o professor.
Ele era russo e tenho quase certeza que esperava que os alunos retirassem notebooks de última geração da mochila e entrassem no Google Tradutor. Mas estávamos em um internato. Nenhum tipo de tecnologia era permitida aos alunos.
– Mal'chikov! - bradou, e eu me perguntei se ele estaria chamando o Batman ou algo parecido, mas ele abriu um livro escrito "frases prontas" e começou a falar de um jeito que entendíamos:
– Abram os cadernos. Meu nome é "Fiquem Quietos Na Minha Aula".
Ian segurou uma risada.
– O que é tão engraçado, rebenok? - bom, agora ele deve estar chamando a Hello Kitty, só pode.
– Nada, senhor Fiquem Quietos Na Minha Aula.
Isso ergueu risadas, mesmo que escassas, pela sala, e o professor ficou vermelho como o cabelo de Tay. Ergui uma sobrancelha para Ian, como que dizendo se ele era louco ou alguma coisa assim. Ele sorriu e não pude conter um sorriso de resposta.
– Detenção! E sugiro que você e sua namoradinha Smurffete parem de ficar trocando olhares. - Ian engoliu em seco, e eu paralisei. Do que ele havia me chamado? Smurffete? Não, namoradinha. Eu tinha vontade de esbofetear a cara do professor, mas apenas suspirei.
[...]
O sinal soou e dei graças à Deus pela próxima aula ser de Literatura. Tay me disse que nas aulas de Literatura, era bem provável que a professora passasse um filme e depois a parte literal.
– Quando vamos reativar o clube? - perguntei.
– Ainda não sei... - Tay fez uma careta. - Ia pedir à Ian, já que o pai dele é professor, mas...
– Eu vou lá. - sugeri. - Não estou a fim de ser chamada de Smurffete e Namoradinha por mais um professor.
Taylor riu, enquanto eu dava meia volta e seguia para o escritório da Diretora Mills.
[...]
– Com licença, senhora Mills? - perguntando, enfiando a cabeça para dentro da sala.
– Entre. - ela disse, com uma vozinha irritantemente aguda. Ela vestia um blazer rosa de seda, uma saia rosa e um scarpin rosa. Olha, não sei o que era aquilo, mas com certeza era a reencarnação da Barbie. Só que em uma versão demoníaca, metade Jigsaw e metade Barbie. Coisa linda de se ver... E isso não se vê todo dia.
– Ahn...– comecei, sem achar as palavras certas. - Taylor me disse que...
– Taylor? - ela me interrompeu. - Que Taylor?
– Taylor Swift, senhora.
– Ah sim, essa Taylor. - ué tem mais alguma Taylor por aqui, produção? NÃO! respondeu minha mente. - Continue.
– Ela me disse que havia um clube de música... Que foi fechado.
– Sim.
– E eu queria pedir...
– Sim...? - ela se inclinou para a frente, me encarando com os olhos estranhamente violetas. Um arrepiou passou pelo meu corpo.
– Teria, assim, uma chance talvez de... Reabrir o clube?
Ela refletiu sobre o assunto, cruzando os dedos sobre a mesa. O silêncio estava ficando constrangedor.
– Eu... Poderia pensar nessa possibilidade.
Uau, pensei, enquanto sorria, mal cheguei na escola e já conveço a diretora à reabrir o clube da Tay... O.k, o.k, sem ficar se achando, Avril.
– Obrigado, senhora Mills.
E saí de lá, com uma expressão radiante no rosto.
[...]
– E aí? - perguntou Tay.
– Eu... Acho que consegui. - ela deu um gritinho de alegria.
Lena e Demi chegaram em seguida, com hambúrgueres e refrigerantes para nós quatro. Ian e Sabastian também chegaram.
– O queeeeee? - disse Lena, assim que contei à ela sobre a diretora Mills.
– Aquela mulher deve estar com problemas mentais, só pode. - disse Ian.
– É pois é. - completou Sebastian. - Ela nunca diz sim, assim, tão fácil.
– Essa Smurffete sabe o que faz.
Então Tay tirou um papel de dentro do seu bolso.
– Aqui. Tenho essa letra há um tempão.
Estudei a letra, unto com os outros.
– Eu e Ian podemos pazer ssas partes aqui. - ele disse apontando para uns dois ou três trechos da música.
– E Tay, Lena, Demi e eu fazemos o resto.
– Vamos arrasar! - disse Lena, ou melhor, gritou. Algumas pessoas nos olharam como se fôssemos alienígenas.
– É... Vamos arrasar.
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