Smiths escrita por Breatty


Capítulo 6
Missão


Notas iniciais do capítulo

Um pouco de ação pra vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/628090/chapter/6

Os dias passam e Jane e John conseguem deixar para trás o episódio dá discussão por conta da gravidez e seguem tranquilos novamente. O dia da missão planejada chega e eles se dirigem cedo pra agência para fazer a preparação das armas, ajustar os aparelhos eletrônicos e repassar o plano para que não fique nenhuma brecha para possíveis erros. Jane, John e Thomas se reúnem na sala de preparação e finalizam os últimos detalhes.

— Armas? – John faz a checagem.

— Ok. - Thomas confere.

— Ponto eletrônico?

— Ok.

— Munição?

— Ok.

— Granada?

— Ok.

— Coletes?

— Já vesti o meu, falta vocês vestirem os seus.

— Primeiro socorros?

— Ok.

— Jane, pegou o MacBook?

— Sim. Thomas vai ficar com ele.

— GPS?

— Ligado já.

— Prontos? – Jas entra na sala.

— Sim. – respondem juntos.

— Vão em que carro?

— SUV preto. – Thomas responde.

— Mandem ver lá. – Jas se despede entusiasmada.

Eles descem até o carro e Thomas assume sua posição no volante e eles seguem pra base área desativada onde o jatinho do Javier irá aterrissar. Depois de uns vinte minutos eles se aproximam do local e não avistam ninguém inicialmente, afinal a aterrissagem estava marcada para as 18h e eles chegaram as 17h para prepararem o terreno. Thomas estaciona o carro atrás do galpão onde não é visível da pista, mas onde consegue ter uma visão do local do avião. John esconde as armas pequenas na perna da calça e nas costas e coloca o ponto eletrônico, sendo que esse não precisa ficar escondido pois como ele vai ficar infiltrado na segurança do Javier eles utilizam pontos também, e ele esconde um spray com um gás caso precise neutralizar algum inimigo. Thomas liga o MacBook, sintoniza os GPS, liga todos os pontos de comunicação e prepara as armas caso seja preciso. Jane guarda no bolso do colete dois revólveres e pendura no corpo a metralhadora que vai ser responsável pelo tiro principal junto com as munições e granadas. Liga o ponto eletrônico e faz contato com a sede pra checar a qualidade do sinal e o alcance. Depois das checagens e ajustes finais eles vão para suas posições, pois a hora se aproxima.

— Cuidado, querido. Bom trabalho. – Jane sussurra preocupada, mas entusiasmada na porta do galpão.

— Cuidado você também. Qualquer coisa me grite, tá? – ela ri, arrancando um sorriso dele. — Bom trabalho. – ele beija a mão dela e aperta carinhosamente.

— Ah, beleza, vou gritar: Ei John, me ajuda! Ai a gente caga a merda toda, entrego sua identidade e ainda somos mortos fácil, fácil. – ela brinca e ele torce os lábios brincalhão.

— Bem, contanto que não aconteça nada com você o resto é resto.

— E você?

— Ah, sei lá, eu me viro.

— Não, eu te salvo, fique tranquilo.

Eles sorriem e ele puxa ela para um abraço, batendo contra as munições e as armas penduradas no corpo dela. Ele passa a mão no cabelo dela e ela dá um beijo breve, mas carinhoso nele. John segue para o portão principal no momento em que um carro preto chega com alguns seguranças do Javier, e Jane entra no galpão se posicionando na janela onde vai disparar o tiro. Os seguranças descem do carro e John se aproxima abrindo o portão.

— E aí cara, beleza? – John cumprimenta um dos seguranças que desce do banco do carona.

— Tudo certo. Cadê a identificação? – pergunta rudemente, com cara de poucos amigos.

John retira do bolso do casaco uma identificação que só os seguranças do Javier têm e que o pessoal da inteligência da agência conseguiu falsificar fielmente.

— É novo por aqui? Acho que nunca lhe vi antes.

— Sim, sou. Eu estava em treinamento e fui designado a uma semana atrás, vamos dizer que essa é minha primeira tarefa no grupo.

— Ah, certo. Bem-vindo então. – ele devolve a identificação. — O chefe já, já chega. Esteja preparado.

— Já estou.

O segurança volta pra dentro do carro e o motorista entra estacionando na frente do galpão. John fecha o portão e olha disfarçadamente na direção da janela onde a esposa está, e faz um sinal discreto com a cabeça indicando que passou na “inspeção”. Jane passa a informação para Thomas que passa a informação pra central na sede.

Após alguns minutos em suas posições John e outros seguranças recebem o aviso de que o jatinho está a dois minutos do pouso. Ele aperta um botão em um ponto eletrônico disfarçado de relógio no pulso e avisa a sede, a Thomas e a Jane que a missão vai começar e que eles estão se aproximando do ponto crítico do plano. O jatinho se aproxima e pousa no início da pista e vem se aproximando do ponto de encontro, todos os seguranças do Javier se posicionam armados em alerta para a chegada do chefe, Jane posiciona a metralhadora no ombro e ajusta a mira esperando o jatinho entrar em seu campo de visão pra então ajustar a melhor posição em direção a posição do alvo. John se posiciona junto com os seguranças com a arma em punho, o jatinho para na frente do galpão no local planejado, o carro se aproxima e a porta do jatinho abre e Javier Delgado aparece na porta com um charuto na mão e uma corrente grossa de ouro reluzindo. Jane observa pela janela meio embaçada focando a mira noturna direto na cabeça do alvo, tentando manter a direção correta devido aos movimentos dele.

— Alvo na mira. - Thomas confirma, através do ponto eletrônico.

— Copiado. - Jane sussurra concentrada.

Tudo acontece muito rápido: Ela abre um pouco a janela, posiciona a metralhadora, engatilha a bala e dispara silenciosamente no momento em que o Javier desce a escada do avião e pisa na pista, o tiro acerta no meio da testa e ele caí desfalecido acertando a cabeça no último degrau da escada e derrubando o charuto.

— Alvo atingido. - confirma para Thomas através do ponto eletrônico.

— Entendido.

Jane observa a confusão dos seguranças lá na pista, alguns avaliando o corpo no chão e outros procurando o possível local de onde saiu o disparo. Observa John avaliando o Javier, colocando os dedos no pescoço para ver se está vivo.

— Está morto. - declara para os seguranças.

Disfarçadamente ele aperta outro botão, dessa vez na cor verde no "relógio" avisando ao Thomas e a Jane que o alvo foi corretamente executado. Após a confirmação os seguranças se mobilizam pra chamar alguém pra levar o corpo, e alguns deles encaram o galpão enquanto conversam entre si nervosos e desconfiados com as armas em punho. John percebe os olhares dos seguranças e encara o galpão tentado ver se Jane ainda está lá.

— Vou descer Thomas. Avisa ao John pra finalizar.

— Certo.

Ela se levanta em direção a saída no momento em que três seguranças correm em direção ao galpão para vasculhar.

— John, finalize! Jane já finalizou e está vindo para o carro.

— Certo. - ele disfarça e vai se afastando em direção ao fundo do galpão. — Manda ela adiantar o passo, três seguranças entraram no galpão.

— Beleza. Esses caras são um pé no saco.

Jane adianta e observa os passos e os movimentos dos seguranças subindo as escadas, ela se dirige na direção contrária pra descer pelas outras escadas de emergência que estavam em condições precárias.

— Jane, adiante o passo... John disse que três seguranças entraram no galpão.

— Eu sei, estou vendo eles. - sussurra. — Vou descer pelas outras escadas, já chego aí.

— Ok.

John saí da vista dos seguranças e contorna pelo lado do galpão, chegando ao fundo e entrando no carro.

— Cadê? Falou com ela? - pergunta preocupado.

— Sim. Ela disse que viu os seguranças e vai descer pelas outras escadas. Já está vindo.

— Avisou a sede?

— Já. - ele digita no MacBook. — Já avisei que finalizamos e vamos sair.

Jane abre uma porta e encontra as escadas de emergência enquanto escuta os seguranças entrarem no local onde ela estava antes. Desce as escadas apressada tomando cuidado onde pisa pois o local estava puro mofo, cheio de poeira e os degraus de madeira todos mofados e prestes a ceder. Ela desce dois andares e quando vai descendo as escadas pra chegar na saída o degrau cede, ela caí batendo a cabeça no chão, derrubando as armas e prendendo a perna direita entre os degraus.

— MERDA! - esbraveja.

Ela sente os degraus apertarem o tornozelo como se estivessem afundando na carne e no osso, tosse com a poeira que dominou o ambiente e se sente sufocada pelo cheiro de mofo e pelo calor. Tenta ouvir novamente os passos dos seguranças, mas não escuta nada e fica em alerta caso eles tenham ouvido o barulho que a queda dela fez. Ela sente dor na cabeça devido a pancada, e tenta pegar as armas que se espalharam no chão caso precise atirar nos seguranças.

— Jane? Cadê você? - Thomas pergunta nervoso.

— Ei, calma. Eu caí na escada, a merda do degrau está todo mofado e cedeu.

— Caiu? Mas você está machucada? - diz alerta, e John toma o ponto dele desesperado ao ouvir.

— Jane? Você está bem? Se machucou? Os seguranças estão aí dentro! - fala nervoso e preocupado.

— Calma rapazes. Eu sei. Eu acho que estou bem, mas minha perna direita está presa entre os degraus... bati a cabeça, mas estou consciente. Não escuto mais os seguranças, acho que saíram do galpão. Estou tentando tirar a perna, mas não consigo.

— Jane, vou buscar você. - John diz decidido e ansioso. — Precisamos ser rápidos, esses caras podem dá a volta no galpão e achar a gente aqui.

— John, espere, não é perigoso? Você sabe qual é o protocolo: primeiro avaliar a situação e depois ajudar o agente em perigo. – ela tenta manter a calma, mas se sente sufocada pelo cheiro e pela dor na perna e na cabeça.

— Jane, sinceramente, pouco me importa protocolo agora... nesse momento eu não estou indo salvar um agente, e sim minha mulher. Foda-se o protocolo! – esbraveja, arrumando as armas no colete pra sair atrás dela. — Você sabe a direção que está?

— John... não pode ser assim, você sabe... já conversamos sobre isso. Nós estamos aqui trabalhando, temos que seguir as regras.

— Jane, vou perguntar novamente: em que direção você está? Você sabe?

Ei, pessoal, se não for pedir muito eu acho que vocês devem adiantar com isso, se não vamos ser mortos aqui. E não deve ser legal. – Thomas diz ao fundo em alerta.

— Foi mal Thomas... tá ok, acho que estou do lado direito do galpão, essa escada de emergência é bem escondida e no canto. – ela decide ceder. — DROGA! Acho que os seguranças estão descendo a escada. – sussurra em alerta, com a voz falhando devido a dor.

John saí correndo do carro com a arma em punho, entra no balcão tentando ao máximo não fazer barulho e corre na direção em que a Jane disse, encontrando ao fundo uma porta pesada vermelha com o nome saída de emergência no topo. Ele abre a porta e vai subindo a escada cada vez mais nervoso e ansioso pra encontrar a esposa, mas em alerta para o caso dos seguranças estarem à espreita, vai se escorando nas paredes apontando a arma pra cima tentando ouvir qualquer barulho. Ele sobe um vão de escadas e encontra Jane caída com a perna presa entre um degrau e outro, cheia de poeira na roupa preta e com uma pistola de longo alcance na mão. Ela olha pra ele e sorri aliviada.

— Baby. – ele se ajoelha ao lado dela e passa a mão em seu rosto, assustado por vê-la naquela situação.

— JOHN! – ela grita quando vê um dos seguranças aparecer na escada com a arma apontada na direção de John, prestes a atirar nele de costas.

John vira o rosto na direção da escada após o berro da esposa e vê o segurança cair batendo a cabeça na perna presa de Jane, que berra com a pancada repentina, derrubando a pistola no chão após disparar um tiro certeiro na direção do peito do segurança.

— Valeu meu bem. – ele sorri orgulhoso pra ela e pega a arma do segurança, jogando longe.

— Imagina, não foi nada. – ela segura a perna sentindo dor. — Como vamos tirar essa perna daí?

— Espere, vamos dá um jeito.

Jane pega a pistola novamente em alerta para uma outra possível aparição, enquanto John movimenta o segurança tirando a cabeça dele da perna dela.

— Vai doer um pouco... tudo bem? – encara ela com um olhar preocupado e ansioso.

— Tudo bem, vá em frente.

Ele puxa o degrau de cima com a mão, fazendo força, ficando vermelho até que consegue fazer ele ceder. Segura a perna dela e puxa o tecido da calça pra cima pra observar o local onde a perna ficou presa, observa o local bem vermelho e sangrando na região onde a borda do degrau apertava. Ele rasga um pedaço da camisa do segurança e amarra no local machucado pra estancar o sangue, sente Jane enrijecer e puxar um pouco a perna sentindo dor no momento em que ele amarra o pano.

— Pronto. Acho que vai servir até chegarmos na enfermaria da agência. E a pancada na cabeça? Está se sentindo bem?

— Sim, estou bem... a perna é o que dói mais, a cabeça dói um pouco na nuca. Mas vamos logo amor, me ajuda a levantar.

John ajuda ela a se levantar, pendura a metralhadora no peito e ela se apoia no pescoço dele.

— Jane, vou lhe carregar, andando de um pé só e mancando não vamos conseguir chegar no carro nunca.

— Mas, é perigoso...

— Perigoso pra mim é você fazer esse esforço todo mancando até o carro, o resto não me importo. Vem.

Ele pega ela no colo e anda ligeiro até o carro, observando por uma janela os seguranças entrarem nos carros indo embora e a poça de sangue no local onde o alvo foi eliminado. Eles saem do galpão e Thomas saí do carro pra abrir a porta traseira, John coloca Jane no banco com cuidado, logo após os dois entram no carro e saem pela saída dos fundos pegando uma estrada secundária abandonada.

— Tudo ok, Jane? – Thomas olha ela pelo espelho.

— Sim, tranquilo. Independente de tudo a missão foi cumprida. Bom trabalho rapazes.

— Parabéns pra você também, afinal foi um tiro perfeito... não deixou brechas para o Javier.

— Dois tiros perfeitos! Porque lá dentro ela acertou outro segurança. – John lembra orgulhoso.

— Nós hoje só fomos seus convidados, pois o show foi seu.

— Literalmente, dei um show ficando presa no degrau e caindo igual a uma banana madura. Inaceitável. Portanto não venham querer encher minha bola, pois sei que coloquei vocês em perigo.

— Jane... – John olha bravo pra ela. — Imprevistos e incidentes acontecem com qualquer agente, até mesmo com você que é totalmente preparada... nós jamais íamos deixar você lá e ir embora por causa de protocolo, eu principalmente. É como eu lhe disse: pra mim quem estava ali na escada em apuros era minha mulher, não uma agente. E minha esposa vem em primeiro lugar. E nem venha me dizer que não podemos misturar e blá blá blá. Foda-se isso.

Jane sorri envergonhada e emocionada e desiste de falar de protocolo e todas aquelas coisas, pois se ele estivesse no lugar dela naquela escada, ela sabe que faria o mesmo que ele fez.

— A propósito, obrigada por me salvar. Você foi ótimo. – sorri apaixonada, esquecendo da dor na perna. — E a você também Thomas!

— Ah, valeu aí. Já estava segurando uma vela enorme aqui.

Eles riem aliviados e satisfeitos com o resultado alcançado, afinal o objetivo principal foi cumprido e nenhum deles saiu morto e sim apenas ferido, e isso no ramo deles é só uma consequência esperada e possível.

Após alguns minutos e com o trânsito livre eles chegam na agência. Thomas descarrega junto com um dos seguranças as armas e aparelhagens, enquanto John leva Jane pra cima. Ela não aceita ir carregada, e como era uma distância curta e eles iriam de elevador John concorda e ela vai apoiada nele mancando de um pé só. Chegam na agência e eles vão direto pra enfermagem, ela senta na maca e o médico avalia a situação do machucado no tornozelo. Thomas vai até a sala de reunião para passar o relatório para Jas e para os outros encarregados da missão.

— Jane fique tranquila, pois o machucado apesar de ter sido um pouco profundo, não chegou a atingir nenhum local importante. Foi um corte profundo e vai virar um hematoma bem feio durante alguns dias, mas com a pomada e os remédios que irei passar aos poucos vai melhorar e no máximo você só vai ficar com uma cicatriz fina no local. Mas já aviso que vai doer por esses dias. Agora vou limpar e fazer um curativo simples pra proteger de infecções. Já volto.

— Ok, obrigada Doutor Jackson.

— Como se sente? – John se aproxima dela e aperta sua mão.

— Bem. E você? – ela retribui o carinho.

— Melhor agora que sei que você vai ficar bem e não foi nada grave.

— Graças a você.

Ela puxa ele e eles se abraçam apertado aproveitando o momento a sós na enfermaria. Ela sente o cheiro dele no pescoço e se sente tranquila e segura. Ele beija repetidas vezes o ombro dela, sentindo sua pele e se sentindo tranquilo por ela está bem e a salvo. Ela segura o rosto dele e passa a mão alisando, sentindo a barba nascendo áspera e o rosto macio. Ela sorri e ele retribui dando um beijinho na ponta do nariz dela, depois no queixo finalizando na boca. O doutor entra pigarreando constrangido e John se afasta para deixar ele trabalhar.

— Amiga? Tudo ok aí? – Jas entra com alguns papéis na mão, olhando o machucado de Jane.

— Já estive pior. Você sabe... não vou morrer não.

— Eu sei, vaso ruim não quebra assim tão fácil não. – elas sorriem curtindo uma piada particular. — A propósito, parabéns aos dois pelo resultado da missão. Mandou bem John! Thomas já me passou o relatório e os detalhes mais importantes... podem ir pra casa, estão liberados pois o trabalho já foi feito. Vou analisar tudo aqui e verificar se haverá desdobramentos, qualquer coisa passo pra vocês, mas acredito que não... então, de antemão caso encerado. Descansem. Beijinhos.

O doutor termina o curativo, ensina ao John como fazer e passa uma receita com dois anti-inflamatórios, analgésicos e duas pomadas para o local do machucado.

— Obrigada Doutor.

— Imagina, até mais.

Jane vai mancando até a saída apoiada no marido, que insiste querer carregá-la, mas ela é relutante e não aceita. Ele fica com a cara emburrada, mas deixa de lado pois sabe que ela é teimosa e irritante quando se nega a algo. Eles pegam o elevador até a garagem, entram no Audi R8 preto dele e seguem pra casa.

— Será que a Jayme fez algo de bom pra gente comer? – Jane comenta, se referindo a moça que trabalha no apartamento deles.

— Espero que sim, e que seja uma comida farta, pois ao voltar de uma missão a fome vem em dobro.

— Comida farta? – ela ri.

— Sim, ué... arroz, carne, frango, batata frita, um molho bom, macarrão, salada... essas coisas. Comida de verdade, sabe? Pra matar a fome, e não coisa pouca pra beliscar.

— Aí sim eu concordo. E depois uma sobremesa bem gostosa.

— E depois uma soneca boa... ou fazer um amor gostoso. – Jane ri.

— Eu gosto das missões sabe, dessa nossa vida... mas adoro também quando finalizamos elas e voltamos para a realidade. Para a vida normal, digamos. É ótimo também. É ótimo viver entre esses dois mundos. É satisfatório. – Jane reflete, olhando a rua.

— Tudo é ótimo e satisfatório quando estamos juntos. Eu acho ótimo também.

Eles sorriem um para o outro, totalmente relaxados.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!