Lendas Renascidas escrita por 2Dobbys


Capítulo 4
Capítulo 4




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IV

 

Mme. Pomfrey dirigiu-se a Dumbledore sem fazer barulho para não acordar os dois jovens. Estava com uma expressão arregalada mas feliz.

- Albus, como foi possível isto acontecer?

- Minha querida Poppy, sabes tão bem como eu o que se passou – disse Dumbledore sorridente.

- Mas Albus… se eles não podem saber o que se passa com eles… o que lhes causa tanta dor… o que lhes direi? Nunca passei por semelhante situação! Nunca pensei viver o suficiente para ver uma coisa destas, ainda por cima sob minha protecção! Se os do Ministério souberem…

- Por isso mesmo! Não podemos deixar que isso aconteça, é imperativo! Mas quanto à outra questão, estou certo que hás-de arranjar alguma coisa, eu ainda não dormi e por isso peço desculpa pela minha falta de ideias no momento, mas já não sou novo para estar há quase uma semana sem dormir.

- Porque é que não me pediste uma poção sem sonhos Albus? – perguntou Pomfrey com ar de mãe a ralhar com o filho.

- Porque precisava de estar acordado a tratar de assuntos variados, este incluído – e tirou das suas vestes um frasco que parecia feito de duas asas de vidro enroladas uma na outra que continha um líquido branco-azulado, muito luminoso, que dava uma grande sensação de bem-estar apenas de olhar para ela – Nem imaginas o trabalho que tive para a arranjar.

- Ai, imagino sim! – disse Pomfrey maravilhada a olhar ainda para o frasco – É a primeira vez que vejo uma à minha frente. São muitíssimo raras, dão um trabalho enorme!

- Sete anos numa garrafinha. - disse Dumbledore e acrescentou a olhar com reverência para o frasquinho – E é estritamente necessário que quem a faça tenha um bom propósito, ou não funciona.

- Como sabemos se funciona?

Dumbledore olhou com ternura para a enfermeira-chefe – Sentes-te bem ao pé disto?

- Muito – disse ela sonhadora a olhar o frasco.

- Então há-de funcionar! – concluiu ele com uma piscadela de olho.

Ficaram os dois a olhar o frasco, maravilhados, até Pomfrey insistir – Albus, não sei mesmo como fazer numa situação desta natureza…

- Não te preocupes muito com isso – cortou Dumbledore – Sabes que eles ainda vão sofrer muitas dores, e que lhes tens de dar umas gotas de poção todos os dias. – disse ele como se fosse a coisa mais simples e óbvia deste mundo.

- …Mas e o resto? Até parece que não conheces a menina Granger! A curiosidade dela não tem limites.

Albus sorriu – Sim, realmente essa é uma questão que tem de ser bem planeada… - ficou pensativo. – Exceptuando nós dois, talvez apenas Minerva e Flitwick conheçam as 'lendas'… somos os mais velhos, chegámos a ouvir e a ler coisas que há muito que não se falam. Todos os registos escritos foram destruídos há muito; também, eles eram muito poucos… há muito mais tempo que não aparecem novos; os últimos de que há conhecimento desapareceram muito antes de eu nascer – e acrescentou virando-se para onde Hermione e Draco repousavam – Muito me intriga que sejam estas duas 'criaturas' o complemento uma da outra, embora seja um pouco lógico à sua maneira… - agora Albus falava mais para si próprio do que para Pomfrey, pensativo e preocupado ao mesmo tempo – O que mais me espanta é mais propriamente… serem o complemento uma da outra mas… estando tão perto um do outro. Não sei se será sorte ou azar; nunca nada semelhante aconteceu, com todos os pares acontecia o mesmo, estavam longe um do outro, muitos deles sem nunca se encontrarem. Mais ainda, quando começavam com as dores, eles próprios se distanciavam da família e amigos, por isso mesmo convém que eles se mantenham separados dos restantes alunos, para sua própria protecção e crescimento integral. Outra coisa estranha é estes dois continuarem a agir normalmente, pelo menos em relação às outras pessoas…

Voltando-se para Pomfrey de novo, continuou – Para evitar perguntas por parte da menina Granger, sugiro que lhes ponha as gotas num copo de água sem eles perceberem… por enquanto diga-lhes que apenas precisam do máximo de repouso, sem grandes perturbações. Diga também que é possível haver semelhantes reacções em gente mágica que perde alguém que seja muito próximo, embora raramente isso aconteça. Bem, sei que a desculpa não é muito fiável, mas eu preciso urgentemente de me ir deitar. Depois podes sempre 'moldar' a desculpa…

Pomfrey sorriu – Ao menos deu-me ideia do que fazer antes do seu 'sono de beleza'. Temo que com uma semana de sono de atraso na sua idade, Albus, é capaz de dormir pelo menos durante dois dias seguidos, para compensar.

O Director deu uma pequena risada – Ah Poppy, se a minha vida fosse simples…!


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Notas finais do capítulo

N.A.: por favor, não me matem!!!!! por favoooor... (fazendo olhinhos de cachorrinho abandonado à chuva em dia de mudanças). sei que é bem pequenino e que parou num sítio muito mau; reformulo: péssimo, mas foi necessário. mas pensem assim: se me matarem, não vão conseguir saber o resto da história, certo...? CERTO???? (pergunta com toque desesperado). Bem, eu adoro-vos, tanto aos que mandam reviews como àqueles que apenas dedicam um pouco do seu tempo a ler esta fic... isso significa muito pra mim (embora goste de saber a vossa opinião, logo, mandem reviews!)