Lendas Renascidas escrita por 2Dobbys


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

OMG, tanto tempo sem postar nada... -' eu sei, mas estive cheiinha de trabalho.
bem, enfim, posto quando posso porque eu bem queria que a minha vida fosse apenas isto (*olhos a brilhar só de pensar na possibilidade*)...

bjooooooooo, espero que gostem!!!



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XV

Harry abriu os olhos a custo. Estava deitado em algo fofo e quente… mas não se conseguia mexer. Sentia-se estranhamente leve.

'Onde estou?' Ao olhar em volta, viu uma mancha ruiva que se moveu, pondo-lhe os óculos no nariz. Era Ron.

- Ron… o que se passou? O que aconteceu? – perguntou com voz fraca. Afinal, estivera a cantar a gritar, certo? Ou tinha sido um sonho? Afinal, lembrava-se de estar na floresta…

O amigo olhava para ele com ar sério. Estava muito pálido e não dizia nada. Havia ali alguma coisa que não batia certo… faltava lá alguém.

- Ron! Diz-me o que aconteceu! Não me consigo mexer…

- Mas… não te lembras de nada? – perguntou o outro incrédulo.

- Muito mal… está tudo enevoado… não consigo perceber grande coisa… mas afinal o que se passou?

- Trouxeram-te para aqui depois de… eu nem consigo acreditar, Voldemort foi destruído… - Harry notou o pormenor de Ron ter dito o nome dele, sem conseguir acreditar.

- Conseguiste, Harry! – disse o ruivo com um leve sorriso orgulhoso – Sempre soubemos que conseguirias…!

- Mas não o fiz sozinho… a Hermione e o Malfoy? – perguntou subitamente. Lembrara-se de quem faltava; como se pudera esquecer daquelas criaturas enormes que o tinham ajudado a derrotar o maior feiticeiro negro de todos os tempos? – A Ginny?

Ron voltou ao silêncio. Quando Harry estava a ficar exasperado e abrira a boca para lhe perguntar de novo, Ginny adentrou na enfermaria, de tez pálida também.

- Ginny! – tentou gritar Harry, mas a sua voz estava por um fio. A ruiva, mal se apercebeu de que ele estava acordado, correu na sua direcção, empurrando o irmão para trás para abraçar o namorado.

- Harry! Conseguiste mesmo! Merlin, estava tão preocupada… - e começou a soluçar.

- Calma, Ginny, eu estou bem… mas o que é feito dos outros dois? Da Hermione e do Malfoy? Onde é que eles estão?

Ginny olhou-o com as lágrimas a escorrerem-lhe pela face abaixo. Harry ficou tenso – Ginny…? O que é que lhes aconteceu?

Ainda lhe custava a falar, mas com a preocupação que sentia, isso agora não parecia ter importância.

- Todos pararam de lutar de repente… mas repararam que na floresta estava a acontecer algo de estranho… uma energia poderosíssima, antiga, exalava das árvores… todos a sentíamos. Era uma descarga mágica sem precedentes! Algumas pessoas foram averiguar… não conseguiram ver nada da vossa luta… mas…

- Viram-nos? – perguntou Harry a medo.

Ela sabia bem a quem ele se referia – Eles ouviam uma melodia que lhes entranhava na alma… sentiam o que tu sentias, Harry… sim, eu sei que foste tu que cantaste o que sentias… e com a ajuda deles, mais forte esse tipo de magia fica. Trouxeram-te para aqui sem que ninguém notasse… pouca gente sabe onde estás; foram todos para o ministério tratar daquelas típicas burocracias… estiveram a planear uma festa no Ministério e tudo; pensam que estás a celebrar com as pessoas que te são mais próximas… muito poucos sabem a verdade e do resto…

Realmente, aquela não era altura para celebrações. Sempre pensara que ficaria livre de grandes preocupações assim que acabasse com Voldemort, mas… estava redondamente enganado.

- Não me respondeste… - salientou Harry – Ginny, o que é que lhes aconteceu? O que foi aquilo?

- Ainda conseguiram dizer-me que eram os nossos guardiães, sendo que tudo o que havia de mau e podre em Voldemort foi absorvido por eles… tal como as tuas mágoas e raiva e ódio ou o que quer que te atormentava… tudo foi absorvido para o seu interior… como sabes, tudo o que existe tem se ir para algum lado, mesmo o que mantinha Voldemort como era… para não se espalhar, eles decidiram aguentar com isso o resto das suas vidas… eles sacrificaram-se por nós.

'Eles ainda conseguiram dizer-me…', '… eles sacrificaram-se por nós' - Harry não gostou do que ouvira.

- O que é que tudo isso quer dizer? Eles ficaram com o que eu tinha de pior? Decidiram acarretar com toda a raiva que tinha de tudo o que me aconteceu? Todo… - ele nem conseguia continuar. Tinha lágrimas nos olhos por se aperceber do sacrifício que eles haviam feito por ele e por todos… se ele se sentira daquela maneira… como é que eles aguentariam com isso tudo mais a essência de Voldemort? Bem, era preciso não esquecer que eles eram criaturas diferentes dele agora… mas…

- Ginny, quem é que me trouxe aqui? E afinal, onde é que eles estão?

Ginny voltou a chorar enquanto contava com dificuldade o que acontecera.

- Harry, eles… foram os do Ministério que foram ver o que se passava…

Harry sentiu-se congelar. 'NÃO! Não, não pode ser…'

- Não… eles não os apanharam… pois não? Não podem… - mas não acabou a frase. Ginny soluçava contra ele, e Ron parecia estar prestes a desmaiar.

- E-eles… levaram-nos, pois eles estavam desmaiados, tal como tu… trouxeram-nos p-para aqui apenas para verem como se encontravam, mas como não há informação nenhuma acerca deles e como acharam que as asas eram demasiado grandes para o espaço, decidiram levá-los logo. O Dumbledore já esteve aqui em conjunto com a Mme. Pomfrey e a professora McGonagall, mas estão em negociação com os do Ministério ou algo do género, e… levaram-nos para o Departamento de Criaturas Mágicas… e acho que também os vão levar para o Departamento de Mistérios…

- Vão analisá-los! – constatou Harry aterrorizado, nem se apercebendo que não soltara som nenhum dos lábios. – Como é que a Hermione te contou então…?

Ginny abanou a cabeça – Foi o Malfoy que me contou o que tinham feito… telepaticamente, acho eu… eu ouvia a voz dele na minha cabeça e sentia a sua consciência… mas foi por pouco tempo, pois eles estavam muito fracos… a Hermione nem tinha forças para fazer isso… eles englobaram muita energia e magia negra de uma vez só, e ainda por cima para primeira vez… foi demais para eles. Eles foram levados e nós não conseguimos pará-los. Eles foram tão rápidos e... – mas Harry interrompeu-a.

- Ginny, calma! Calma! Vamos ter de encontrar uma solução… temos de os tirar de lá!

- Isso inclui salvar também o doninha? – perguntou Ron com o olhar desfocado.

Harry estava surpreendido, pela negativa, com o amigo. – Ron… ele ajudou-me a derrotar Voldemort. Ele está diferente! Ainda me custa acreditar nisto, mas é verdade!

- Se não fosse ele – acrescentou Ginny a olhar o irmão de maneira digna de uma filha de Molly Weasley -, a Hermione que conhecíamos poderia ficar perdida. Ela estava a desabar, tu viste!

Harry voltou à carga - Foi graças à presença dele que ela recuperou! Tu ainda não acreditas? Até EU acredito! E aposto que se não fosse ele, ela estaria morta neste momento! Era impossível que um tivesse realizado esta proeza sem o outro. Para já, nem tinham concluído a Transição a tempo de me ajudarem com o Voldemort. Ou seja, eu estaria morto e a Hermione também. Para não falar dos milhares de vítimas que foram poupadas.

Ron engoliu em seco. Era péssimo estar a ser ralhado pelo melhor amigo e pela irmã mais nova – Pronto, o que é que queres? Custa-me confiar nele depois de tantos anos de confrontos nada amistosos… não é propriamente algo que se esqueça facilmente…

- Talvez o que eles me tenham feito contribua para que isso me seja mais fácil – admitiu Harry – mas… Ron… tens de fazer um esforço! A Hermione está entre nós, viva, graças ao Malfoy. E isso será algo que nunca lhe poderemos agradecer o suficiente…

- Mas ela está tão diferente…

- E com razão. – disse Ginny – Eles mudaram muito… é preciso não esquecer que até mudaram de espécie! Continuam a ser as mesmas 'pessoas', mas… é normal que vejam para além de nós, não é? Afinal… são criaturas milenares.

Ron assentiu passado um bom bocado. – Então… o que fazemos?

A voz de Harry estava melhor, e voltava a sentir-se a excitação típica dos tempos em que 'brincavam' em salvar o mundo – Temos de reunir o grupo… Ron, preciso que vás chamar o Neville e a Luna, já! Aliás, traz primeiro a Luna, só depois é que vais chamar o Neville. – quando um Ron confuso desapareceu de vista, Harry virou-se para a ruiva – E depois temos de fazer uma visitinha a St. Mungus…

Ela não percebeu – A… St. Mungus? Para quê?

Harry deu um sorrisinho de lado – Acho que é altura de uma pessoa retribuir o favor que lhe fizemos um dia…

oOo

Draco abre os olhos. Vê tudo desfocado, mas rapidamente se recompõe. Está numa sala estranhíssima, deitado… sente-se preso, pesado… apercebe-se que está realmente preso magicamente, tal como as suas asas de cor indistinta. Ao olhar em volta, vê apenas instrumentos estranhos, que não lhe inspiravam confiança… além disso, sentia-se fraco… estava drogado, certamente… mas, algo faltava ali… HERMIONE!

- Hermione!... – chamou com voz pastosa – Hermione!...

Uma pessoa que ele não conhecia, vestido de forma estranha, aparece subitamente no seu campo de visão, com um sorriso falso a emoldurar-lhe a cara.

- Chamo-me Mac. A tua amiga está numa outra sala… poderás vê-la mais tarde…

- Não entende… eu preciso de estar com ela! Agora! Por favor, tire-me daqui, eu preciso dela…

- Hum, muito interessante… então o macho precisa de estar permanentemente perto da fêmea… um tipo de dependência mágica? Energética? – perguntava o tal de Mac aparentemente para outra pessoa que não conseguia ver, atrás dele.

'Macho? Fêmea? Mas… nós não somos animais!' Draco apercebera-se finalmente de onde se encontrava… e percebera tudo: tinham sido apanhados e estavam naquele momento a serem analisados e testados… afinal, eles não deveriam existir a não ser em lendas esquecidas pelo tempo.

- Vocês vão-se arrepender se não me juntarem com ela… depois não digam que eu não avisei! – disse ele com voz trémula. Todo o seu corpo tremia, e ele pressentia porquê. Eles tinham de estar juntos.

- É fantástica, a fisionomia dos olhos… já reparaste nos vários reflexos? Parece que não têm fundo… – disse uma outra voz masculina.

Draco já não conseguia ouvir mais nada a não ser o som das batidas do seu coração, que também tinha aumentado de tamanho. Sentia o sangue a ser bombeado cada vez mais depressa, mais furiosamente, querendo rebentar do corpo.

- DRACO! DRACO!

- HERMIONE! Onde estás? Sinto a tua presença, mas não consigo saber de onde…

- Olha para o teu lado direito…

Draco olhou e sentiu o coração falhar uma batida. Ficara chocado com o que viu.

Hermione estava na divisão ao lado da sua, separada por um vidro mágico. Estava ainda mais presa do que ele, pois já tinha começado a combater a droga que lhes tinham posto, tentando libertar-se furiosamente. As pessoas vestidas de maneira estranha que estavam à sua volta estavam a correr de um lado para o outro, tentando pará-la com vários feitiços, que não estavam a ter grande efeito. A sua face estava brilhante das lágrimas, e parecia estar a gritar. Ele não sabia se era de dor ou angústia profunda… ou dos dois. As suas asas (agora negras) tentavam libertar-se, qual pássaro ferido que tenta fugir do destino, vendo os predadores à sua volta.

Aquela visão fez com que a sua força de vontade aumentasse, tal como a sua resistência ao que quer que lhe tivessem administrado. Não queria magoar aquelas pessoas, mas tinha de tirar a Hermione dali. Se fosse necessário violência, paciência! Ele não iria conseguir viver dali para a frente sem Hermione… intacta! Tanto física como psicologicamente.

oOo

O grupo de amigos entrou pelo hospital adentro, dirigindo-se à recepção.

- Desculpe, podia dizer-nos onde se encontra o sr. Gilderoy Lockhard?

- Ele encontra-se no Departamento das Lesões Permanentes, o pobre coitado... ainda bem que o vieram visitar, ele quase nunca tem visitas... aqui têm as indicações. – e entregou-lhes um pergaminho com as indicações.

- Ufa, ainda bem que estes feitiços funcionam mesmo... – disse um Harry de olhos e cabelo castanhos, de óculos com haste rectangular.

- É claro que sim! – disse uma Ginny de cabelo preto levemente chateada – Mas vocês já têm mais do que provas das minhas capacidades em relação em feitiços, não?

Quando chegaram ao local, viram-no. Estava a olhar pela janela, completamente absorto. Ron sentiu-se levemente culpado, deixando transparecer um ar de pena.

Harry olhou para o amigo agora loiro, duramente, percebendo o que ele pensava – Preferias que eu me tivesse esquecido de tudo? Foi a única vez que fiquei agradecido ao Salgueiro Zurzidor por te ter partido a varinha no 2º ano... ou era ele ou era eu!

- Sim, tens razão... mas afinal, o que é que viemos cá fazer?

- Pois, ainda não nos disseste... – constatou Neville – E porque é que a Luna ficou lá em baixo?

- Para fazer o que de melhor faz, sem grande esforço...

- Que é...? – perguntou Ron desconfiado, não vendo em que é que a Luna poderia ser assim tão boa.

- Distrair as pessoas para que não reparem em nós, quando tirarmos o Lockhard daqui e o levarmos connosco ao Ministério...

Recebeu um olhar interrogativo de todos, excepto Ginny, que percebera o plano desde o princípio.

Harry decidiu dar uns quantos passos em frente, entrando mais na divisão – Hum, prof… senhor Lockhard?

O homem virou-se para ele, ficando lentamente com um ar pensativo.

- Eu… lembro-me de ti… - e a sua expressão modificou-se rapidamente para uma de puro êxtase – Bingley! És tu, amigalhaço? Ah, não mudaste nadinha!

Ginny segurava a barriga e a boca com as duas mãos respectivamente, para não deitar tudo a perder com as suas gargalhadas insanas; Ron e Neville olhavam de boca escancarada para a situação.

- Bingley…? – murmuraram os dois rapazes um para o outro quando os seus olhares se cruzaram, sem compreender. Harry tinha percebido tanto quanto eles, mas conseguira manter a pose, entrando na onda.

- Huh… s-sim! Então sempre te lembras de mim, hem? Com têm sido os dias?

Gilderoy fez cara de tédio – Ai, nem imaginas – disse ele com um gesto de mãos que todos acharam anormal – Isto sem ti aqui é uma chatice! Ainda me lembro de quando andávamos juntos de trenó nos Himalaias… as brincadeiras nas cataratas do Niagara… quando concordaste em me ajudar a apagar a memória das primeiras pessoas que entrevistei, para que eu não ficasse mal visto…

O grupo ficou alerta. Harry estava certo acerca das suas suposições! Afinal, ele sempre tinha recuperado um pouco da memória! Estavam perto de conseguir o que queriam. Bingo!

- Pois é, pois é, belos velhos tempos…

- Sim, sim… e aquelas noites… OH, sim! – eles assustaram-se verdadeiramente com o tom utilizado pelo ex-professor. Parecia que… estava a ter um orgasmo ou algo do género. Isso fez com que Ginny e Ron perdessem a compostura e se desmanchassem às gargalhadas, encostando-se à parede e deslizando até ao chão. Neville estava bastante embaraçado com a situação, tal como Harry. Aliás: especialmente como Harry! O moreno tossiu um pouco, testando as cordas vocais, a ver se continuavam a funcionar após aquele choque.

- Hum, hum… pois, huh…

- E quem são eles, querido? – perguntou Lockhard reparando finalmente nos restantes, achando o seu comportamento um pouco ortodoxo.

- Hum, bem, eles vieram comigo para te ajudarmos a…

Não conseguia continuar. As risadas dos dois Weasleys não o deixavam raciocinar, já que eram constante e levemente interrompidas por repetições do género: "Aquelas noites…?", "Oh, sim?" e "Querido?", tentando imitar o autor das expressões. Aquilo estava a deixar Harry muito pouco à vontade.

- Por favor, querido – outra explosão de gargalhadas que apenas aumentaram quando Lockhard se aproximou perigosamente de Harry com olhos de cachorro abandonado à chuva em dia de mudanças -, diz-me que me vieste tirar deste sítio horrível… só te tenho a ti!

Mas porque é que ele insiste com esta conversa? Será que…? Mal perdeu um pouco de tempo em analisar a expressão do mais velho, chegou rapidamente à única conclusão que poderia encontrar: Gilderoy Lockhard, o tão aclamado Don Juan de outros tempos, que todas as criaturas do sexo feminino achavam irresistível… era irrevogavelmente gay. E pelos vistos, tinha mantido uma relação com esse tal de Bingley sem que (milagrosamente) a imprensa soubesse! Seria devido à sua excelência em praticar feitiços anti-memória? Provavelmente…

Finalmente conseguiu arranjar voz de novo, embora tivesse começado a suar em bica – É claro que te viemos buscar! Achas que eu era… capaz de te deixar assim aqui? Neste lugar… huh… tão… inapropriado para gente de elite e de grandes capacidades como tu? Tu mereces liberdade! Foi por isso que viemos buscar-te…

Os olhos do outro brilharam perante aquelas palavras. Ao se começar a aproximar ainda mais de Harry, o alarme de Ginny disparou: parou subitamente de rir, levantando-se num ápice e pondo-se entre Lockhard e Harry bem a tempo… para Harry. Foi Ginny que levou um beijo estalado do mais velho, na boca.

- Ups…! – exclamou Lockhard surpreendido, enquanto levava a mão à boca. Ginny estava prestes a vomitar.

- Harry… - conseguiu dizer ela fracamente e baixinho para apenas o namorado ouvir – Depois não me venhas dizer que nunca fiz nada por ti… eu… - e dirigiu-se a correr ao banheiro privativo do alojamento de Lockhard, batendo com a porta atrás de si. Harry ainda estava em choque… tal como Ron, que parara de rir, pálido.

Mais uma vez, Harry fez um esforço sobre-humano para voltar a lembrar-se de como se consegue falar. Vá lá, tu consegues! És um Potter, derrotaste Voldemort, por Merlin! FALA! Pela Hermione… e por mais que ainda te custe querer, pelo Malfoy também! – Lockhard… vamos libertar-te… mas primeiro…

- Desculpas-me? E-eu não queria… não era minha intenção…

- Eu sei! Falamos disso depois… - a imagem de Lockhard a beijar a SUA Ginny… não, não podia pensar nisso agora… - Precisamos que nos faças um favor primeiro…

- Sim, sim, claro! O que quiseres!

- Podias vir connosco ao Ministério da Magia? Mas não te podem ver!

- Ai que giro! – disse ele baixinho a bater palmas como uma criança que recebeu prendas antecipadas – Tal como fazíamos antigamente para ninguém nos apanhar a fazer…

- SIM, SIM, EU JÁ PERCEBI! – cortou Harry rispidamente. Ele nem queria imaginar o que quer que fosse que o outro e o tal Bingley faziam às escondidas…

- Ok… e o que queres que eu faça?

- Ainda te lembras de como é que fazias para que os teus feitiços anti-memória saíssem tão perfeitos?

- Mas é claro que sim! Foste tu que me ensinaste tudo! É claro, eu apanhei tudinho… embora estivéssemos extremamente 'ocupados' com outras coisas, a maioria das vezes…

Harry já não aguentava mais. SOCORRO!

Foi quando ouviu a voz do seu anjo da guarda silencioso – Senhor Lockhard, não podemos perder tempo! Temos de ir já! O mais depressa possível! Não acha que seria óptimo brincarmos todos juntos aos feitiços anti-memória com outras pessoas e ao mesmo tempo ajudar outras?

Harry ficou surpreendidíssimo ao ver de quem era a voz: Neville tinha controlado todo o seu embaraço e até conseguira ser mais preciso e perspicaz do que ele. Pela cara que Lockhard fazia, estava no papo.

- Mas é claro! Do que é que estamos à espera?

- Da recuperação do elemento feminino do grupo de resgate que veio connosco e que levou um beijo nojento em cima… - disse Ron sombriamente.

(continua...)


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Notas finais do capítulo

loooool

e então???? muito mau? nem por isso?

reviews!!!!!!!!!!!!