A Prometida escrita por Temperana


Capítulo 23
Into a Fantasy


Notas iniciais do capítulo

Meus queridos docinhos azuis!
Eu consegui postar bem mais cedo. Como eu queria gritar aos quatro ventos que eu consegui postar antes! Infelizmente meu condomínio tem regra de horário para fazer barulho e tal. Pois é. Sou uma menina educada.
Gente, esse aqui está lindo demais. Espero que amem também! Agradecendo a todos os comentários. Me esforçando de verdade para conseguir responder a todos...
E esse capítulo vai para a linda e maravilhosa RafaelaR. Que recomendação linda amore. Muito obrigada pelas palavras, por estar aqui com as suas loucuras para me fazer sorrir. Obrigada anjinho!
Agradecendo também aos divos leitores que favoritaram a fanfic: Galáxia, Princesa3000, IloveyouS2 e Yarscrient. Vocês são demais!!
Sem mais delongas queridos, vamos ao capítulo. Música: trilha sonora de HTTYD2. Link nas notas finais e até lá...



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Cinco anos depois...

Foram cinco anos passados e vividos da melhor forma possível por nós dois. Eu e Soluço nos aventuramos por Ilhas novas, lideramos juntos, crescemos cada vez mais ao lado um do outro.

A vida sorriu para nós como uma boa companheira. Pudemos viver nessa fantasia e o tempo pareceu não passar para nós.

Éramos apenas jovens vikings ainda. Que viveram experiências sensacionais.

Soluço era um líder incrível. Ele tinha tanto medo dessa obrigação, mas era um líder mais do que esforçado e atencioso. Berk precisava dele. E eu tinha um grande orgulho do meu mais esforçado aluno de esgrima.

Tantas coisas aconteceram nesses anos que seria difícil enumerar todas elas aqui. Faltaria muito tempo. Mas acho que há alguns fatos importantes e que você deve ter conhecimento.

Acho que se lembra de que havia uma pequena guerra entre Perna de Peixe e o Melequento. E que o motivo dela era a Cabeça Quente.

Pois bem. A briga finalmente teve fim, depois do meu casamento. Digamos que o Perna de Peixe desistiu finalmente de comprar essa briga. E o Melequento acabou vencendo-a então.

Digamos que ele aproveitou um pouco essa situação. A Cabeça Quente tornou-se o seu troféu por um tempo. Não o leve a mal. É o Melequento. No fundo é uma pessoa.

Mas pela primeira vez em minha vida vi a Cabeça Quente envergonhada. Entretanto havia uma felicidade em seu semblante. E sinceramente? Eles foram feitos um para o outro.

Eles casaram-se quatro anos depois que eu e Soluço. Foi um lindo casamento, realizado pelo nosso líder. Pelo Soluço.

O Perna de Peixe acabou ficando sozinho. Ele disse para mim que preferia continuar assim. Se um dia tivesse que se casar, isso aconteceria. Se não, ele continuaria feliz.

Cabeça Dura estava trocando cartas com alguém há anos. Ninguém sabia de nada. E na realidade ninguém queria saber muito sobre isso. Era o Cabeça Dura.

Os dragões tornaram-se cada vez mais uma parte de nós. Acho que não conseguiríamos mais viver sem eles. Não por uma questão de sobrevivência, mas sim por eles fazerem parte das nossas famílias.

A vida em Berk seguiu-se lentamente feliz. Os berkianos viviam em festa. Em paz. Acho que levaria muito tempo para que essa paz acabasse. Muitas gerações. Era o que eu esperava.

Entretanto para mim havia ainda uma surpresa...

Naqueles cinco anos que se passaram faltava uma pequena coisa na minha vida e na vida de Soluço. E por que não dizer que faltava para nós mais uma vida?

Acho que seria interessante continuar a ler essa história. Você pode se surpreender...

Saí do Estábulo naquele dia como em todos os outros, ao entardecer. Eu não conseguia descrever o que eu sentia, mas havia algo de diferente em mim. Era uma estranha sensação.

Caminhei até em casa. Eu era responsável por cuidar dos Naders Mortais no Estábulo na maior parte do mês. Nos outros dias do mês eu dava aulas na Academia.

Era algo gratificante cuidar de dragões como Tempestade. A lealdade deles me encantava e surpreendia cada dia mais.

Valka cuidava das espécies raras, e às vezes eu ia ajudá-la. E, ao estudá-los, passávamos algumas coisas novas para o Livro dos Dragões.

Claro que não sem antes consultar o nosso autor oficial. Ou os nossos autores oficiais. Nesse caso, o Perna de Peixe e Soluço. Mas isso não é uma novidade para ninguém.

Avistei Tempestade dormindo no Abrigo ao lado de nossa casa. Sorri e entrei em casa, sem passar para falar com ela.

Eu não poderia incomodá-la, pois ela terminava o dia sempre muito cansada. Ela vigiava os limites da Ilha com outros dragões de outros pilotos.

Eu fui em direção à cozinha e tomei uma caneca do café do Soluço. Talvez o fato de eu me sentir mal fosse algo relacionado à fome. Quem sabe se eu comesse algo melhorasse.

Escutei o barulho da porta abrindo. Banguela correu em minha direção. Tínhamos ficado bastante próximos morando juntos.

O Banguela era a criatura mais atenciosa (e fofa) do mundo. E ele passou a ser bastante apegado a mim. Não mais do que o Soluço, é claro.

–Oi Banguela – o abracei e o acariciei. – Tudo bem contigo?

Ele ronronou. Sorri, pois aquilo significava um sim. Avistei então Soluço que também sorria ao ver essa cena.

Banguela afastou-se a procura de comida. Soluço passou por mim e me deu um beijo na bochecha. Me arrepiei, como com todos os outros beijos dele.

–Eu já volto. Tenho um dragão esfomeado para alimentar – ele diz.

Eu rio. Vejo-o entrar na cozinha. Sinto uma leve tontura e me apoio na mesa. O que pelo nome de Thor estava acontecendo comigo?

Ignorei o acontecimento por um instante e convenci a mim mesma que estava bem. Soluço então retornou até mim.

Eu devia estar com uma cara péssima, pois em seu rosto formou-se uma expressão de preocupação ao olhar em meus olhos.

–Está tudo bem? – ele me pergunta.

–Sim, eu só estou um pouco estranha. Não deve ser nada demais – dei um sorriso fraco.

Óbvio que não Astrid. Não é nada demais. Acredite fielmente nisso. Como eu posso ser tão ingênua às vezes?

Ele aproximou-se de mim preocupado. A minha visão parecia estar embaçada. Me apoiei de repente na mesa.

–Astrid? – ele diz.

Tento chegar até ele e sinto meus membros amolecerem. Sinto que caí no chão, mas percebo que Soluço está me segurando firmemente.

Astrid!

A sua voz estava longe. Tão distante. Tento estar consciente novamente, mas eu não consigo nenhum sucesso.

Astrid!

Havia tanto desespero em sua voz. Me deixava tão triste ouvi-la assim. Quis retornar para ele. Quis lutar.

Soluço.

Foi apenas o que consegui dizer, ou melhor, murmurar. E também foi a última pessoa em quem eu consegui pensar antes da inconsciência me invadir.

******

Acordei em nosso quarto. Foi a primeira constatação que eu fiz. Eu abri os olhos lentamente e observei o teto do quarto. Tentei organizar os pensamentos.

Eu havia me sentido mal.

Eu havia desmaiado.

Eu havia deixado Soluço mais do que preocupado.

Fechei os olhos ao pensar na sua voz angustiante. Ele deve ter se lembrado de seu pai. Tinha muito medo de me perder como perdera seu pai.

Quando eu abri os meus olhos novamente Soluço havia entrado no quarto. Ele tinha um sorriso fraco nos lábios, mas um alívio em seu rosto.

–Olá milady – ele diz.

Eu sorrio para ele. Podia ver que ele havia chorado, mas parecia estar feliz por me ver ali. Tentei me sentar na cama. Não foi tão difícil.

–Olha só, já quer fazer besteira – ele diz, aproximando-se.

–Estou bem, não se preocupe. Não deve ter sido nada demais. Talvez seja apenas algo que comi que me deixou mal. Ou que não comi. Eu não sei.

–A última vez que me disse que não havia nada demais você desmaiou.

Ele senta-se ao meu lado na cama. Ele acaricia o meu rosto. Ponho minha mão por cima da dele. Ele afasta-a e me abraça.

Sinto o aconchego e a paz que sempre sentia com ele. A grande proteção dele em relação a mim. O medo que tinha de tudo.

–Você me assustou – ele diz em meu ouvido.

–Realmente não foi a minha intenção – eu digo.

–Amo demais você para vê-la do jeito que vi. Eu pensei que você estava morta e eu entrei em desespero. Eu pensei que havia perdido a pessoa que eu mais amava nesse mundo. Eu não conseguiria suportar Astrid, não conseguiria.

–Soluço, acalme-se – eu digo, encarando os seus olhos. – Eu estou bem agora.

Havia algumas lágrimas no verde de seus olhos. Pensando em estar na mesma situação que ele me causava calafrios. Não aguentaria perde-lo. Nem pensar nessa possibilidade.

Enxuguei as suas lágrimas e o beijei. Um beijo calmo e apaixonado como sempre eram os nossos beijos. Aqueles que me faziam estar no paraíso. Numa fantasia.

Eu me apoiei em seu corpo quando nos separamos. Estávamos sentados lado a lado na cama. Ele me abraçou de um jeito protetor.

–Eu pedi a minha mãe que chamasse a Anciã. Foi uma sorte ela ter aparecido aqui bem na hora. A Anciã e minha mãe cuidaram de você.

–E o que a Anciã disse sobre mim? – eu perguntei.

Estava curiosa para saber o que havia acontecido realmente comigo.

–Ela não disse nada. Ela disse que só poderia falar contigo, pois sabia que era isso que você desejaria.

Ponderei as palavras da Anciã por um minuto. Imaginei o que havia acontecido nos últimos meses comigo. O que eu desejaria saber primeiro que Soluço? O que era tão importante?

Os desmaios, as sensações ruins e tonturas entrelaçaram-se em minha mente. Os nossos momentos felizes juntos também.

Minha mente processava tudo tão rapidamente que tinha medo que explodisse. Tudo se encaixou de maneira tão perfeita que senti meu coração acelerar.

Dei um salto para fora da cama. Soluço assustou-se e levantou também.

–Thor, não pode ser – eu digo para mim mesma. Começo a caminhar de um lado para o outro.

–Astrid, está tudo bem? – Soluço aproxima-se.

–Está sim. Está tudo ótimo. Eu só preciso falar com a Anciã. Onde ela está Soluço? – eu pergunto rapidamente.

–Acalme-se Astrid. Ela está lá embaixo, disse que a esperaria acordar.

Saí correndo escada abaixo. Soluço me seguiu. Valka estava com a Anciã na sala. Ela sobressaltou-se ao me ver.

–Astrid, querida, está tudo bem? – ela pergunta.

–Está sim dona Valka – eu disse. - Preciso falar com a Anciã. E acho que deve ser a sós.

Ela sorriu e piscou para mim. Algo me dizia que ela sabia de algo. Ela levou um Soluço resmungando para o quarto e me deixou sozinha com a Anciã.

O Soluço teria que me perdoar, pois precisava confirmar minhas suspeitas. Era uma necessidade minha.

Ajoelhei-me ao lado da Anciã. Ela olhou em meus olhos e pareceu vasculhar a minha alma. E depois sorriu. Sorri de volta.

–Não acredito que eu esteja preocupada, mas com certeza estou ansiosa – comecei a lhe dizer. - Mas primeiro quero agradecer por ter cuidado de mim, senhora. Entretanto queria muito saber se os meus pensamentos têm fundamento. A senhora poderia dizer o que está acontecendo comigo?

Ela desenhou em um pouco de areia que Valka pôs propositalmente no chão da sala. Observei atentamente os símbolos após ela terminar para interpretá-los.

“As razões que o seu coração e cabeça pensam e raciocinam são as verdades e as soluções. Vejo aqui duas vidas em minha frente. E a que carrega a outra já a ama demais.

Vejo a felicidade que essa pequena vida irá trazer para a vida desses dois apaixonados. Ela será amada por todos e amará a todos.

Creio que agora possa saber o que acontece contigo. Decida se é algo bom ou não. E isso é tudo.”

Eu absorvi as informações. Absorvi tudo e sorri. Eu estava grávida. Eu carregava em meu ventre uma vida. Que me traria grande alegria. Grande amor para as nossas vidas.

Não precisava decidir. Aquele era o fato mais importante da minha vida. Era o meu momento de felicidade extrema.

Senti as lágrimas deixarem meus olhos. Eu sorri e inconscientemente levei minhas mãos até minha barriga. Meu filho estava ali. Tão pequeno e tão frágil ainda.

E quem eu já amava tanto nesse mundo.

Valka desceu acompanhada de Soluço. Eu enxuguei minhas lágrimas e me levantei. Sorri para Soluço que me olhava preocupado, como sempre.

–Irei levar a Anciã para casa. Qualquer coisa me chamem meus filhos – Valka diz.

Ela me abraça fortemente. Ela sussurra um “Parabéns” em meu ouvido que me faz sorrir. As mulheres... Sempre saberiam de tudo.

Observei-a partir. Senti o olhar de Soluço sobre mim. Eu sorri. Caminhei até ele e o abracei com todas as minhas forças. Ele me abraçou igualmente.

Ele acariciou os meus cabelos. Senti meu coração acalmar-se. Agradecia ele pelo presente que estava me dando. Eu o amava demais. E então deixei as lágrimas rolarem.

Ótimo. Era o que faltava. Eu ficar sentimental.

–Está tudo bem? – ele pergunta enxugando as minhas lágrimas.

–Sim, está tudo perfeito Soluço – eu digo sorrindo.

Ele sorri também. Mas ele não entendia o que estava acontecendo realmente, podia ver em seu olhar a confusão.

Peguei suas mãos e as guiei até a minha barriga. Minhas lágrimas rolaram novamente, não podia controla-las mais. Eu sorri. Ele olhou para suas mãos em minha barriga.

Ele sorriu tão encantadoramente. Ele olhou em meus olhos rindo. Seus olhos tempestuosos marejados e sorridentes.

–Astrid – ele sussurra.

Havia uma necessidade de usar esse tom. A sua surpresa e a sua felicidade eram palpáveis.

–Você vai ser papai – eu o interrompo no mesmo tom.

Ele me beija com tanto carinho que não pude deixar de me sentir aliviada, embora não soubesse por que.

Ele tinha um beijo cativante. O que eu mais amava no mundo. Não que eu tenha beijado outra pessoa antes. Mas sabia que nenhuma outra pessoa no mundo me faria estar em nenhum lugar com seus lábios nos meus.

–Vamos ter um filho Astrid! – ele diz ao nos separarmos. Nós rimos. Ele pousou suas mãos em minha cintura e me aproximou mais de seu corpo. – Obrigado Astrid. Eu sou a pessoa mais feliz do mundo agora. Você me faz assim.

–Eu te amo Soluço. E também te agradeço. Por estar aqui. Por me dar esse presente.

Ele me beija novamente e voltamos ao nosso infinito. Ao nosso paraíso de infinitos sentimentos. Onde eu amava sempre estar.

O nosso pequeno filho nasceu tão lindo como o seu pai. Era tão parecido com ele que até assustava. Mas quando ele abriu seus olhos vi o mar azul iluminá-los.

Repito: ele era lindo demais.

“-Ele é tão parecido contigo – eu digo a Soluço quando vi meu filho pela primeira vez. Já amava demais aquele pequeno ser.

–Ele tem os seus olhos. Os olhos que me fazem apaixonar-me por você cada dia mais – ele responde.

Soluço e sua vontade de me conquistar mais.”

Demos a ele o nome de Rhuan Hofferson Strondus. Demos a ele esse nome porque significava pequeno ruivo.

Ele encantou a todos. Como a Anciã previu. Todos amavam aquele pequeno bebê conquistador de corações.

E não havia um momento melhor em minha vida. Pois eu amava cuidar de meu filho. Vê-lo crescer.

E principalmente estar com Soluço. Rumo a eternidade. Simples assim.

Come fly with me

Into a fantasy

Where you can be

Whoever you want to be

Come fly with me

We can fly all day

Show me the world

Sing me a song

Tell me what the future holds

You and me will take it all and go

Vem voar comigo

Em uma fantasia

Onde você pode ser

Quem você quer ser

Vem voar comigo

Podemos voar durante todo o dia

Mostre-me ao mundo

Cante uma canção

Diga-me o que o futuro nos reserva

Você e eu iremos levar tudo e ir


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Notas finais do capítulo

É isso aí. Um novo membro para a família Strondus... Que por sinal é um fofo gente, vamos combinar.
Quando estava pesquisando nomes, vi que Rhuan significa pequeno ruivo e simplesmente me agarrei ao nome. Achei a perfeição. Espero que tenham gostado também.
Um pouco de tensão no capítulo, para que todo mundo soubesse o que estava acontecendo, mas não tivesse certeza. Quando me dá uma ideia louca assim, foge.
Esse capítulo era o planejado. Querida Lyssa, pensei com carinho e irei fazer o capítulo sim. Postarei pelo menos até Terça-Feira que vem (uma semana... Acho que até menos, mas não prometo nada). Um bônus fofo. Aí vamos nós!
Postei uma ONE ontem. Se chama A casa da Árvore (sim, me fez lembrar de A Seleção. Não, eu não sou Team Aspen, eu sou Team Maxon). É hiccstrid. Achei fofo. Levei fé e postei. Se tiverem interessados, aí vai o link:
https://fanfiction.com.br/historia/636995/A_Casa_da_Arvore/
Vi que vários leitores daqui comentaram. Obrigada pelo apoio amores!!
E isso é tudo lindos e lindas. Reta final. Dois capítulos agora e mais nada. Vamos estrar em depressão coletiva...
Link de Into a Fantasy: https://www.youtube.com/watch?v=DiVWvrt6jKw&spfreload=10
Até mais meus lindos amados... Beijinhos no coração, Temp