A Prometida escrita por Temperana


Capítulo 16
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Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindos amados!
Não sei como conseguirei escrever essas notas, mas vou tentar.
Ontem à noite fui dormir com quatro recomendações que chegaram, uma atrás da outra. Vocês não tem ideia. Chorei bastante na realidade. SweetAlly, LyssahCullen, Jana e Melody. Vocês tem ideia do quanto me destruíram ontem ?
Foram lindas as recomendações, eu amei cada uma delas. De coração.
E hoje recebi mais uma. GMCASTRO, também quer me matar do coração? Amei muito à recomendação.
À vocês cinco, o capítulo é dedicado. Com todo o carinho. Espero realmente que amem de coração esse capítulo. SweetAlly, LyssahCullen, Jana, Melody e GMCASTRO. MUITO OBRIGADA!
Agradeço por todos os reviews (respondendo a eles no momento) e à filhote de Atena (minha mãe olimpiana) por ter favoritado a fanfic.
Vocês me alegraram muito. Capítulo de hoje com Maroon 5. Outra banda que amo! Até as notas finais...



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Os dragões desceram repentinamente. Mas enquanto alguns seguiram o caminho, o dragão que me levava virou, eu diria até bruscamente, para esquerda com alguns outros. Eu sabia que Soluço estava com os dragões que seguiram em frente.

Eu não podia fazer nada, a não ser me segurar. E foi isso o que eu fiz durante todo o trajeto. Havia uma força ali. Eu não sentia, mas sabia. Alguém comandava aqueles dragões.

As estacas de gelo pareciam não ter entrada. E então, o dragão acelerou e um buraco surgiu de repente em minha frente. Pensei que não conseguiríamos passar, que nós iríamos bater. Eu fechei os olhos, mas quando os abri prendi a respiração.

O interior daquela Ilha era o lugar mais lindo que eu já tinha visto depois de Berk, é claro. Dragões sobrevoavam o local. Dragões de todas as espécies. Era magnífico.

Uma densa névoa parecia sair do meio da grande clareira da Ilha, mas não pude observar por muito tempo. O dragão virou para direita e começou a descer para a beirada do precipício.

Avistei Banguela, o único Fúria da Noite ali rodeado por outros dragões que pareciam o observar. E então vi Soluço. Não pude conter o meu sorriso e a felicidade por vê-lo bem.

O dragão pousou e me soltou. Não agradeci pelo voo. Havia sido péssimo voar nas garras de um dragão. Não recomendo essa experiência de modo algum.

Eu corri em direção ao Soluço e ele fez o mesmo, correndo em minha direção. Foi uma sensação maravilhosa sentir seus braços em torno de mim. Senti o aconchego. Senti que ele estava bem.

Permanecemos um instante abraçados e com os olhos fechados. E então percebi que havia uma mulher ruiva e de olhos verdes nos observando. Afastei-me de Soluço. Eles eram muito parecidos.

–Você me seguiu então dona Hofferson. Meu pai deve ter surtado – Soluço disse. A mulher se aproximava.

–Sim, ele chegou bem perto do surto total. Na verdade acho que ele deve estar nos procurando nesse exato momento – eu digo.

Banguela se aproxima de mim em busca de carinho. Eu sorrio e afago a sua cabeça. Simplesmente adorava o Banguela, o seu jeito dócil de ser.

A mulher se aproxima de mim, olhando em meus olhos. Soluço sorri.

–Esta é a Astrid Hofferson. E bom essa é minha mãe – ele diz.

Minha expressão de surpresa deve ter sido hilária. A mãe dele. A mãe dele! O pensamento repetia dentro de mim. Eu olhei para Soluço. Ele parecia estar radiante. E tinha razão para estar.

–Dona Valka? – eu pergunto como se para ter certeza. Um sorriso terno surge em seu rosto, igual ao do seu filho.

–Como você está linda Astrid. A última vez que te vi... Faz muito tempo – ela suspira.

–Faz vinte anos – Soluço diz. Mas não havia raiva em sua voz. Ela se vira para ele. – Mas então você esteve aqui esse tempo todo? Ajudando os dragões machucados?

–Sim, eu cuido deles aqui – ela andou até o Banguela. – Será que posso vê-lo? – ela pergunta a Soluço. Ele sorri e assente. - Ele é tão lindo – ela diz. Banguela se anima com a Valka. – Ele pode ser o último Fúria da Noite. E ele tem a sua idade, por isso se dão tão bem – eu e Soluço nos entreolhamos sorrindo. – Mas o que foi isso? – ela pergunta, apontando para o leme postiço de Banguela.

–Ah, bom... Ele foi derrubado e ferido – Soluço diz. Eu vejo o seu rosto corar e cruzo os meus braços sorrindo divertida.

–Bom, nós temos vários dragões machucados aqui. Que perderam asas, pernas e até... – ela anda até um Guarda-Chuva, que parecia estar cego. – Pobre Roncador. Ele foi preso em uma rede de pesca e abandonado para morrer. Tudo feito pelo Drago ou pelos homens dele – pude sentir a raiva dela. Também a sentia de certa forma. – E isso aqui? Foi o Drago ou os homens dele que fizeram? – ela pergunta, referindo-se ao leme postiço de Banguela.

–Bom – Soluço bagunça os seus cabelos e eu rio do seu nervosismo. – Meio que fui eu que o derrubei – Banguela o empurra com uma expressão fofa, que queria incentivar ele a continuar a falar. Valka olha para mim confusa e eu assinto que era verdade. - Mas está tudo bem, até por que ele já me deu o troco. Ele não podia me salvar inteiro do mar de fogo não é verdade? Ele tinha que descontar – ele dizia, afagando a cabeça de Banguela que parecia um filhote de cachorro animado. – E aí, perna de pau! – o Banguela o obrigou a montar nele. Esses dois...

Valka olhou um pouco incrédula para aquela situação e eu sorri divertida. Ela se ajoelhou em frente a Banguela que recebeu o seu carinho. Tal mãe, tal filho.

–E o que o seu pai achou desse seu Fúria da Noite? – ela perguntou.

–Ele não gostou muito da ideia no começo não – ele disse. – Mas quer saber? Ele mudou. Todos em Berk mudaram.

–Como se isso fosse possível – ela diz.

–Mas é sério dona Valka. Em breve todos em Berk vão ter o seu próprio dragão. E acho que finalmente o sonho dele estará completo – eu digo para ela, apontando para Soluço. Ele sorri ternamente para mim.

–Eu tentei durante anos. Tentei que eles não matassem os dragões, na Berk onde ou se matava ou morria. Mas não era uma opinião popular.

“Mas naquela noite... Você era tão pequeno Soluço. Indefeso. E vi um dragão entrar em nossa casa, em seu quarto. Corri para te socorrer, mas o que eu vi...

Eu vi o dragão cuidando de você, brincando com você. E aquilo simplesmente provava tudo o que eu pensava sobre os dragões. Quando eu olhei para aquele dragão eu vi a minha alma nele. E vi a mim mesma.

Mas então, ele se desequilibrou, e você ganhou a cicatriz que tem no queixo. E ao chorar chamou a atenção do seu pai. Ele iria matar o dragão.

E então tomei uma decisão. Eu chamei a atenção do dragão. E ele me levou embora.

Ouvia Stoico gritar meu nome e o seu choro. Vocês dois quase morreram naquela noite. Tudo por que eu não consegui matar um dragão. Simplesmente vi que ele estava assustado. E não consegui.”

Valka contou a sua verdadeira história. Soluço encarava seus olhos e sorriu.

–Então é coisa de família – ele disse. Eu também conhecia alguém que não conseguira matar um dragão por enxergar a sua alma. – Mas como você sobreviveu?

–O Pula Nuvem nunca quis me machucar – ela disse, referindo ao seu dragão. – Talvez ele tenha achado que o meu lugar era aqui. No lar da Grande Besta Implacável. A espécie Alpha.

E então, um gigante surgiu. Um dragão magnífico. Que era responsável pela névoa do centro da clareira.

–Todo ninho tem sua rainha, mas esse é o rei de todos os dragões. Com seus sopros de gelo, esse gigante gracioso nos manteve protegido durante anos.

–Foi ele que destruiu o forte dos caçadores – eu deixei escapar.

–Ele nos protege – ela disse, olhando para mim. – De tudo – eu assenti em concordância e ela sorriu.

Nós nos aproximamos dele e eu fiquei estática. Vi Valka curvar-se, assim como Pula Nuvem e Banguela. Soluço também não escondia a sua surpresa.

Então, de repente, o dragão parou em frente ao Soluço, encarando os seus olhos. Ele soprou gelo em seus cabelos, congelando-os assim como a sua sobrancelha. Eu ri, assim como Valka.

–Ele gostou de você – Valka disse.

Me aproximei de Soluço.

–Está lindo assim senhor Strondus – eu digo rindo.

–Muito engraçada senhorita Hofferson – eu baguncei o seu cabelo, retirando o gelo dele.

–Está bem melhor assim – eu digo.

Nos aproximamos quase que automaticamente. Eu havia ficado com medo de perdê-lo. Medo de não vê-lo nunca mais. E ele estava ali comigo. E eu queria sentir seus lábios nos meus.

Seus lábios tinham gosto de tempestade. Como se quisesse que dentro de mim inicia-se uma. Toda vez que ele me beijava, um furacão bagunçava os meus sentidos. E não foi diferente daquela vez.

Ele me abraçou quando nos separamos.

–Tive medo de te perder hoje – eu lhe digo.

–Não devia ter me seguido – ele diz.

–E ficar sem notícias suas? Eu iria surtar.

Nos desvencilhamos e Valka nos encarava com uma expressão divertida. Um misto de confusão e surpresa.

Acho que corei um pouco. Eu estava beijando Soluço na frente de sua mãe, que não o via há 20 anos.

–Espere um minuto – ela disse. – Você é Astrid Hofferson. Você não foi... Eu não sei se sabem que vocês foram...

–Prometidos em casamento? Com certeza sabemos – eu digo rindo.

–Deixa eu lhe apresentar da maneira certa a senhorita Astrid – eu reviro os olhos. – Essa é a minha melhor amiga desde os cinco anos. A minha namorada desde os 18 anos e noiva desde... Eu poderia dizer desde que nascemos – Soluço diz rindo.

–Eu diria que ficamos noivos um dia depois de começarmos a namorar – eu digo.

–Concordo com você – nós rimos.

–Então vocês sabiam desde sempre que deveriam se casar? – Valka perguntou, sorrindo.

–Não, só descobrimos isso após começarmos a namorar. E quer saber? Isso não mudou nada para gente – Soluço diz. Eu olho para ele e sorrio.

–Toda Hofferson é linda e destemida. Não poderia amar pessoa melhor. Eu tenho certeza – Valka diz. Eu sorrio.

–Obrigada dona Valka.

–Me chame de Valka querida – eu sorrio. - Aliás, vocês devem estar com fome. É a hora da refeição.

Eu e Soluço nos entreolhamos. Eu dei de ombros e ele também. Não faria mal um lanchinho não é verdade?

But I wonder where were you

When I was at my worst

Down on my knees

And you said you had my back

So I wonder where were you

When all the roads you took

Came back to me

So I'm following the map that leads to you

The map that leads to you

Ain't nothing I can do

The map that leads to you

Following, following, following to you

The map that leads to you

Ain't nothing I can do

The map that leads to you

Following, following, following

Mas me pergunto onde você estava

Quando eu estava no meu pior momento

De joelhos

E você disse pode contar comigo

Então, eu me pergunto onde você estava

Quando todos os caminhos que você pegou

Te trouxeram de volta pra mim

Então, estou seguindo o mapa que me guia até você

O mapa que me guia até você

Não há nada que eu possa fazer

O mapa que me guia até você

Que segue, que segue, que segue você

O mapa que me guia até você

Não há nada que eu possa fazer

O mapa que me guia até você

Que segue, que segue, que segue


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Notas finais do capítulo

Pois é, vocês não sabem o quanto eu quis escrever essa parte. Eu ri, chorei, amei escrever cada detalhe desse capítulo. E espero que tenham gostado de ler também.
Obrigada por tudo. Por tudo mesmo. E espero que amem os próximos capítulos!
Link de Maps: https://www.youtube.com/watch?v=xj6fHiF8Osg&spfreload=10
E é isso, até o próximo! Temp