De Repente, Noiva! escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 14
Mudança




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Tínhamos mais duas semanas pela frente. Durante todo esse tempo, Louis e eu passamos muito tempo juntos. No final da segunda semana, os apresentei para meus pais, apesar de não ter dito sobre meu “relacionamento” com Louis. Tudo estava indo muito bem. Apesar de já estarmos um pouco de saco cheio de ficar dentro do hotel, conseguíamos nos divertir bastante. Jogamos muito videogame, assistimos muitos filmes, nos divertimos na sala de jogos e na piscina. À noite, eu sempre escapava do meu quarto para ir ao de Louis.

Foram duas semanas muito intensas e de muita diversão. Louis e eu estávamos tranquilos em relação aos nossos sentimentos. Não desprezávamos nem subestimávamos o que sentíamos, mas também não aumentávamos. Não nos cobrávamos uma resposta ou definição sobre o que estava acontecendo.

No penúltimo dia do ano, faltando menos de uma semana para as férias acabarem, a imprensa descobriu que os meninos estavam no Brasil. Foi uma grande confusão na porta do hotel e, até mesmo lá dentro. Ficamos bem limitados durante esses dias, já que não podíamos ser vistos juntos, nem como amigos. Seria só sair uma foto minha próxima a eles que a imprensa e os fãs começariam a fazer todas as suposições possíveis e impossíveis.

Dia primeiro de Janeiro, Louis me fez um convite. Um convite que não acreditei receber: convidou-me para passar as duas semanas seguintes com ele, no Reino Unido. Eu teria que viajar um dia depois da banda, para não levantar suspeitas, mas teríamos mais duas semanas para aproveitar juntos. Pedi a meus pais a viagem, ainda sem dizer o real motivo de Louis ter me convidado para duas semanas em Doncaster. Como dinheiro não era o problema para nossa família, eles deixaram na hora. Naquele mesmo dia comprei minha passagem e voltei para Belo Horizonte. Cheguei em casa a noite, arrumei em uma mochila todos os documentos que eu precisaria e voltei para o Rio no dia seguinte bem cedo. Cheguei a tempo de me despedir dos meninos e de Louis, em especial.

Meu voo estava agendado para as oito horas da manhã, mal dormira naquela noite. No mesmo dia, meus pais retornavam para nossa cidade. Depois de horas de voo, cheguei em Londres. Cheguei no aeroporto e contratei um motorista para que me levasse até Doncaster. Ao chegar na cidade de Louis, enviei a ele uma mensagem, dizendo que chegara. Pedi ao motorista que me deixasse em frente a um restaurante, que era bem próximo a casa de Louis. Não queria que ninguém me visse chegando lá. Eram pouco mais de meia noite, então não tinha ninguém na rua. Eu tinha o endereço e Louis me explicara exatamente como chegar em sua casa, partindo da entrada do restaurante. Entrei até a primeira rua a direita, e ali virei. Andei um pouco mais e cheguei. Toquei a campainha e ele atendeu.

Fui apresentada para toda sua família, fiz um lanche e fui dormir... com Louis. As duas semanas se passaram e eu nem sequer percebi, mas tudo foi muito bom. Eu não poderia ficar até o mês acabar, já que Louis partiria com a banda para divulgação da turnê que se iniciaria em dois meses e meio, mas voltei para casa com um novo status de relacionamento: namorando. Louis me pedira em namoro quatro dias antes de eu voltar para o Brasil. Passamos o mês todo conversando por Skype e WhatsApp. Durante uma entrevista no final do mês, ele contou para o mundo que estava namorando uma fã. Todo mundo quase surtou, literalmente. A briga entre os ships começaram, mas isso nem foi o pior. Ninguém sabia quem eu era. Não tínhamos sido vistos por ninguém, nem no Brasil nem na Inglaterra. Começaram alguns rumores que fã era brasileira, por conta deles terem passado as férias aqui, mas ninguém nem sequer imaginava que era eu.

No carnaval, que foi na segunda semana de fevereiro, fui para a França, um dos países que os meninos estariam naquela semana. Cheguei antes deles e, por isso, me instalei no hotel com certa tranquilidade. Quando chegaram, Louis e eu tiramos uma foto juntos e ele a postou no instagram, sem legenda nenhuma, mas naquele momento todo mundo sabia quem eu era. Eu era sua namorada.

Claro, os insultos começaram, mas teorias de conspiração e tudo mais, mas eu não me importava. Passeamos juntos na Torre Eiffel depois de uma entrevista e, no dia seguinte, fomos juntos ao Louvre. Sabíamos que seria um lugar aonde teríamos tranquilidade para aproveitar seu dia de folga. Da França fomos para a Suíça e da Suíça voltei para o Brasil.

Apesar da distância Louis e eu estávamos cada dia mais próximos e mais apaixonados. Tudo que eu queria era terminar logo a faculdade para poder passar mais tempo com ele, mas eu ainda estava no começo. Em Abril, fui vê-lo novamente. Naquela semana a banda estava fazendo shows na Alemanha. E, foi naquela semana que minha vida deu outra reviravolta. Louis me pediu em casamento.

“Eu sei que estamos juntos há apenas quatro meses, Cristal” Ele disse. “Mas eu sinto que é a coisa certa a fazer. Combinamos que nos deixaríamos ser guiados pelo nosso coração, por mais isso parecesse irracional. Eu sei que é. Mas tudo que eu quero é aproveitar minha vida com você, dure o tempo de durar, seja da forma que for. E eu sei que não precisaria te pedir em casamento para que isso acontecesse, eu sei que o casamento não nos fará fisicamente mais próximos por conta da banda, mas casar tem um significado, e é por esse significado que minha alma está clamando.”

Meus olhos estavam cheios de lágrimas. Eu sorri e respondi um sim. Não sabíamos aonde aquilo daria, mas daria em algum lugar.

Depois da comemoração, começamos a discutir as partes burocráticas e, apesar de estar me sentindo nas nuvens, fiz uma exigência. Por causa da banda, Louis tem pouco tempo e, por isso, decidimos que eu me mudaria para o Reino Unido. Estudaria lá, assim seria mais fácil de nos vermos, porém, exigi que eu entraria em uma universidade que meus pais tivessem condição de pagar. Sei que pode parecer besteira, mas isso era importante pra mim. Sei que meus pais não ficariam muito felizes com meu noivado repentino, principalmente porque ficaram sabendo da minha relação com Louis somente quando voltei da Inglaterra em Janeiro, mas também sabia que não me negariam a mudança de país. Tínhamos dinheiro para isso, mas nem de longe temos tanto dinheiro quanto Louis. Por isso, sentia a necessidade de estudar em um lugar que meus pais pudessem pagar.

Agora é Julho, férias no Brasil. Os meninos estão nos Estados Unidos e eu morta de vontade de ir pra lá, mas precisava de terminar de arrumar minha mudança. O tempo parecia se arrastar, mas pelo menos, consegui me distrair enquanto te contava essa história.


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