You are my Only Exception escrita por Cherry Bomb


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente! Espero que gostem da estória, mesmo tendo apenas o prólogo postado.
Homofóbicos, get out here!
Att ^^



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Prólogo

“- Hayley! – o grito ecoava – Hayley!

A menina de cabelos castanhos correu até a mulher parada na porta, com um sorriso generoso.

- Venha, você está toda suja! – chamou a mãe.

A menina, com um bico no rosto por não poder mais brincar no pequeno quintal, apenas a seguiu.

- Mamãe? – chamou, já no banho. A mulher passou a esponja ensaboada no rosto da filha – Puá! Quando é que o papai vem?

- Ele já deve estar chegando, meu amor. – a mulher tirou o sabão do rosto da mais nova.

- Mas vai demorar um sexo até ele chegar aqui!

- Um século, você quis dizer. – a mãe riu.

Então um brilho repentino apareceu nos olhos da menina de apenas 4 anos. Sorridente, soltou:

- Papai!!!

O homem se aproximou e deu um abraço na menininha.

- Papai, você está todo molhado! – exclamou.

- Parece que sim. – o homem sorriu.”

Não.

Não, eu não posso me iludir. Isso não vai acontecer de novo, é apenas uma lembrança perdida.

- Mãe, cheguei! – a menina gritou. Soltou o cabelo e colocou o elástico vermelho no pulso.

Hayley foi para a cozinha escura. Levou uma mão para o interruptor, o que foi um erro.

- Mãe? – abafou a voz com sua mão.

Não.

De novo não.

Sua mãe estava jogada sobre a mesa. O rosto cheio de lágrimas, e um frasco de calmantes ao seu lado.

Hayley checou seu pulso. Suspirou de alívio ao constar que ela ainda estava viva. Então pegou os calmantes e jogou-os, um por um, no ralo da pia. Sentou-se ao lado de sua mãe e afagou-lhe as costas, entristecida.”

Argh! Eu odeio minha mente, odeio! Pare de pensar por si só.

Eu não quero lembrar.

“- Vocês realmente precisam ir? – o homem perguntou, uma expressão cansada em seu rosto.

- Sim. – respondeu, dura, sua filha.

- Hay, me dê uma chance! – suspirou.

- A chance acabou quando você pediu o divórcio com a minha mãe. – olhou para ele, raivosa, e numa só batida, fechou o porta-malas do carro – Tchau, pai.

E entrou no veículo.”

Uma garota correndo num parque. A felicidade dominava seu rosto. Uma risada involuntária escapou por seus lábios assim que a mulher a abraçou pelas costas.

- Mãe! – gritou.

Logo mais, um homem abraçou as duas. Eles riram, compartilhando a felicidade.

Bons tempos...”

Não, eu não quero me lembrar.

A música fúnebre tocava no local. A mãe de Hayley escondeu a cabeça na curva de seu pescoço, aos prantos. A menina deixou uma lágrima solitária cair pela face enquanto aguentava os soluços da mãe. Ao seu lado, John abaixou a cabeça, triste.

E a tampa do caixão foi fechada.”

“- Hayley. – sua mãe chamou do quarto.

A garota caminhou até o lugar, já preparada para qualquer coisa que viesse pela frente.

Bem, isso era o que ela achava.

Sentou-se à frente da mãe, na cama. Pegou em suas mãos, demonstrando apoio à mulher.

Esperou, pacientemente, os soluços cessarem e a mulher iniciar a conversa:

- Hayley, desde que Zach... faleceu... as coisas ficaram piores para nós. Perdemos metade do dinheiro que tínhamos, seu irmão tem que ir para a faculdade e eu... eu estou abalada demais para trabalhar. Eu... eu preciso de um tempo, meu amor... – a mulher acariciou o rosto da filha.

- Mãe, o que quer que seja, eu faço. Eu arrumo um emprego, pode ser o dia todo, mesmo. Eu... olhe, eu posso juntar todas as minhas economias! Lembra de quando eu tinha 11 anos e pedi apenas dinheiro de Natal, aniversário, dia das crianças...? Eu não usei um centavo, mãe, eu tenho uns 200...

- Filha, - a mulher interrompeu, cansada – você vai morar com seu pai.

Hayley piscou por alguns segundos, estática.

- Espera... o quê?

- Me desculpe... – sua mãe caiu no choro – Eu não sei mais o que fazer. Não consigo mais viver essa vida, preciso de adaptar melhor. Não posso te levar para restaurantes, ou te dar dinheiro quando preciso! Eu... eu só quero o melhor para você, meu amor... eu sinto muito.

Ainda em estado de choque, Hayley pensou sobre o que a mãe lhe dissera. Então inclinou-se para frente e abraçou a mulher.

- Não, eu... eu sinto muito. Tudo vai ficar melhor, eu prometo. Eu vou morar com meu pai. – disse.

- Está falando sério? – questionou, com um pingo de felicidade.

- Sim, mãe. Eu farei o que for preciso para melhorarmos, mesmo que eu tenha que morar com um quase desconhecido.

- Eu te amo, Hayley.

- Eu também te amo, mãe.”

Uma lágrima solitária escorreu por meu rosto. Dei um último abraço em minha mãe, e então embarquei para Los Angeles.


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