Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 23
22. Destinados




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Pov. Leah:

Passei a madrugada de sábado praticamente acordada relembrando cada momento que passei com Nicolas e assim que fechava meus olhos, a lembrança dos seus lábios em contato com os meus se tornava mais viva.

–Leah? -Jacob me chamou e pisquei confusa tentando me concentrar na reunião do bando que acontecia na casa de Emily.

–Sim? - sussurrei confusa e todos sorriram enquanto Jacob me olhava sério.

–Onde é que você está com a cabeça? Lhe chamei cinco vezes.

–Aposto que deve ser na cria de sanguessuga que voltou para a cidade.- Paul disse e olhei para ele com raiva.

–O nome dele é Nicolas, e não vou admitir que se refira ao meu afilhado dessa maneira Paul.- Jacob disse severo enquanto o encarava.

–Essa geração de lobos está mesmo perdida, primeiro Jacob tem um imprinting com a cria de um vampiro, depois Seth e Leah. Quem será o próximo? – Paul questionou furioso.

–Escuta aqui seu…- comecei a dizer e Jacob me interrompeu.

–Silencio Leah.- ele disse serio antes de virar para ver Paul.- O fato de Leah está ligada ao Nicolas não é da sua conta Paul, assim como meu imprinting ou o de Seth. Apenas, faça o favor de cuidar da sua vida. E a reunião está encerrada.

Paul me olhou furioso antes de sair e sorri vitoriosa para ele enquanto me levantava da cadeira.

–Leah, você fica.- Jacob pediu e suspirei resignada.

–A culpa foi dele Jacob e da próxima vez juro por Deus que vou bater nele.- prometei e ele sorriu suave.

–Eu sei disso, apenas deixe o Paul para lá. E não é sobre ele que gostaria de falar.

–Acho que já tenho uma ideia de quem você quer falar.

–Nicolas ainda não voltou para casa. Lanna está desolada e Lukas nem se fala, ele não está atendendo o telefonema dos pais, Leah.- ele disse preocupado e suspirei.

–Juro por Deus que tentei convencê-lo a voltar para casa, mas ele está irredutível. Já até brigamos pelo telefone por causa disso. Você sabe que jamais quis afastá-lo da família.

–Sei disso, mas agradeceria muito se continuasse insistindo nesse assunto.

–Eu não quero perde-lo de novo Jacob.- sussurrei apavorada e ele sorriu suave.

–Tenho certeza que você não irá mais perde-lo.- ele prometeu suave e meu telefone começou a tocar.

–É ele.- disse sorrindo e Jacob sorriu antes de sair me dando privacidade.

–Oi.- sussurrei apaixonada assim que atendi e ele sorriu.

–Oi querida, senti saudade.- Nicolas disse e sorri feliz.

–Também senti.

–Me desculpe por ter brigado com você ontem.- ele se desculpou envergonhado e suspirei.

–Não devia desculpar você, afinal eu estou certa e você errado.- disse e ele gemeu desgostoso.

–Não vamos começar a brigar de novo, por favor.

–Então por que você ligou? Afinal, foi você que disse que não ia mais me ligar enquanto eu estivesse com a ideia fixa de obriga-lo a fazer as pazes com seus pais.- disse ressentida, afinal quando ele me ligou ontem e tentei fazê-lo entender os pais, Nicolas disse que se eu insistisse nesse assunto não ligaria mais para mim.

E passamos dois dias sem falar um com o outro.

–Por que senti sua falta. E você, não sentiu a minha?

–Senti.- admite e ele sorriu suave.

–Então, vamos esquecer nossa briga e ficar juntos?

–Não vou esquecer a sua briga com seus pais, ainda vou convencê-lo de que estou certa.

–Tudo bem, que tal se você me convencesse enquanto janta comigo.- Nicolas sugeriu e sorri concordando.

–Vou pedir para o meu motorista pegar você as oito e meia.

–E por que você não vem me buscar? - questionei confusa e ele sorriu suave.

–Fiquei sem trabalhar o final de semana e a segunda, e estou tendo que compensar hoje. Então tenho dúzias de reuniões e dezenas de papeis que precisam da minha assinatura, vou ficar livre por volta das oito.- ele disse cansado e fiquei preocupada com ele.

–Você precisa descansar um pouco. Tem se alimentado direito? - questionei preocupada e ele sorriu.

–Você pareceu minha mãe falando agora.- ele disse saudoso e sorriu triste.- Estou bem e não se preocupe.

–Jamais vou deixar de me preocupar com você assim como ela.- disse e ouvi alguém o chamando ao fundo.

–Preciso desligar, minha reunião vai começar.

– Tudo bem, até mais tarde.

–Até.- ele disse antes de desligar.

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Antes das oito e meia o motorista de Nicolas já estava tocando minha campanha, a viagem até seu hotel em Port Angeles foi rápida e tranquila assim que chegamos ele me levou até o quarto de Nicolas.

Fiquei surpresa quando bati na porta e uma mulher loira e linda atendeu a porta.

–Você deve ser a Leah, sou a Abigail. Entre por favor, Nicolas está no banho.- ela disse abrindo a porta e me dando passagem para entrar.

–Fique à vontade Leah, aceita alguma coisa? - ela questionou simpática e neguei com a cabeça enquanto a analisava de cima a baixo.

O que será que aquela mulher fazia no quarto de Nicolas?

–Parece que você conhece o Nicolas intimamente.- disse seria e ela sorriu suave.

– É verdade, trabalho para ele há mais de seis anos e não frequento a cama dele.- ela disse e a olhei confusa por sua sinceridade.

–Não quis sugerir isso.- disse envergonhada e ela riu.

–Eu sei, mas seus olhos e seus gestos dizem o contrário. E pode ficar tranquila que só vejo Nicolas como um irmão.- Abigail prometeu enquanto olhava para ela e pode ver em seus olhos que era verdade.

–Está tudo bem aqui? - Nicolas questionou aparecendo na sala da sua suíte e olhando de mim para Abigail.

–Está querido, só estamos tendo um papo de mulher.- ela disse pegando sua bolsa antes de dá um beijo na bochecha de Nicolas e se dirigir a porta.- Tenham uma boa noite e até amanhã Nicolas.

–Até Abigail.- ele disse se despedindo dela antes de sair.

–É impressão minha ou você está com ciúmes da minha assistente? - Nicolas questionou brincando e olhei para ele seria.

–Claro que estou. Como você quer que eu reaja quando chego no seu quarto e encontro outra mulher nele? Que ainda por cima conhece você intimamente. – disse ciumenta e ele sorriu.

–Abigail foi designada pelo clã de caçadores da minha família para me proteger. Eles achavam que eu ficava vulnerável viajando em nome da empresa.- ele explicou antes de revirar os olhos.

–E você e ela...- sugeri e ele me olhou chocado entendendo o que não tive coragem de falar.

–Claro que não, pelo amor de Deus Leah. Só vejo a Abigail como uma irmã.

–Tem certeza?

–Tenho certeza. Se você quiser posso falar sobre minhas ex.- ele sugeriu sério e revirei os olhos.

–Prefiro não saber.

–Tudo bem. Você se importaria se jantássemos aqui, por que estou tão cansado que acho que depois que comer vou acabar caindo no sono.- Nicolas pediu cansado e concordei.

Logo ele pegou o telefone e ligou para o serviço de quarto pedindo uma massa e uma garrafa de vinho.

–E então, quando você vai atender ao telefonema da sua mãe? - questionei antes de tomar meu vinho enquanto jantávamos sentados no sofá que havia ali.

–Ainda não a perdoei.- ele disse antes de comer um pedaço do seu nhoque.

–Deixa de ser cabeça dura Nicolas, ela é a sua mãe.

–Sei disso Leah, mas eles mentiram para mim durante anos. Como acha que estou me sentindo? - ele questionou antes de tomar um pouco de seu vinho.

–Sei como você se senti, mas esse sentimento vai passar. Se você estivesse no lugar dela faria a mesma coisa.- disse e ele sorriu.

–Já é a segunda vez que você diz isso, por acaso está querendo ter um filho comigo?!- ele questionou brincando e não sorri.

–Por mais que eu quisesse não posso lhe dá um filho.- disse enquanto olhava para o vinho em minha taça sem coragem de olhar para ele.

–O que? Como assim? - ele questionou confuso.

–Não sou como as outras garotas que você namorou Nicolas. Todas elas tinham um relógio biológico, eu não. Estou congelada nesse corpo sem direito a mudança pelo resto da minha vida.- solucei com dor diante da minha impossibilidade.

–Vem cá.- Nicolas sussurrou colocando sua taça em cima da mesa de centro antes de me puxar para mais perto dele, enquanto escondia meu rosto em seu pescoço e ele acariciava meu cabelo.

Enquanto acariciava meu cabelo Nicolas me dizia palavras de conforto para que eu me acalmasse.

–Mais calma agora? - ele questionou assim que me afastei dele envergonhada por minha crise de choro.

–Me desculpe.- disse envergonhada enquanto enxugava minhas lagrimas.

–Não se desculpe por chorar querida, eu é que peço perdão por brincar com algo tão delicado para você.- ele pediu culpado enquanto enxugava algumas lagrimas que haviam ficado em meu rosto.

–Jamais vou ser uma mulher completa Nicolas. Jamais vou poder ser mãe.- disse angustiada e novas lagrimas começaram a rolar por minha face.- Você tem certeza que quer ficar com uma mulher defeituosa como eu?

–Leah, eu amo você. E jamais vou julgar ou pensar que você é uma mulher defeituosa. Tudo que sempre quis durante a minha vida inteira foi ficar com você, e se me permitir vou permanecer ao seu lado pelo resto da eternidade.- ele prometeu segurando meu rosto em suas mãos enquanto me olhava nos olhos.

–Mas eu não posso lhe dá um filho, e sei que você sempre quis ser pai.- disse e ele revirou os olhos.

–Não estou com você por que quero ter um filho, Leah. Estou com você por que te amo da forma mais louca e doentia que jamais senti por alguém. E se você desejar ter um filho comigo poderemos adotar um dia.- ele ofereceu e sorri suave.

–Um sorriso, que bom.- ele disse amoroso antes de me beijar.

–Não quero mais vê-la chorar por isso, me promete?

–Prometo.- jurei e sorri antes de beijá-lo.

Logo nossos beijos carinhosos evoluíram para algo mais tórrido que nos deixou ser ar.

–Fica aqui comigo essa noite.- Nicolas pediu arfante e sorri suave.

–Está querendo me levar para a sua cama Sr. Cullen? - questionei sorrindo e ele sorriu malicioso.

–Imagina.- ele disse fingindo inocência e sorri concordando antes de beijá-lo.

Devagar Nicolas me pegou no colo levando-me para a cama sem interromper nosso beijo, e naquele instante soube que éramos destinados um ao outro.


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