Imaginary Love escrita por Woodsday


Capítulo 14
Capítulo 13.


Notas iniciais do capítulo

Hey garotas, sei que vocês provavelmente querem me bater, eu demorei, eu sei. Mas, cá estou eu, espreguiçando-me para voltar a digitar como doida para vocês! Preciso dizer que amei os comentários? Vocês são incríveis, simplesmente! Haha. Aproveitem a dose diária de mel de vocês, junto com Diggle e Sara. Taaaalvez, mais tarde tenha mais. Amo vocês!



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Oliver.

Felicity arregalou os olhos assim que as palavras saltaram de seus lábios, eu esperava, de fato, que ela dissesse isso. Não era surpresa alguma para mim, afinal. Tudo girava em torno do contexto, o amor que ela sentia por mim havia mudado de contexto. E o meu por ela, certamente, mudara também.

Eu era vergonhosamente inexperiente no quesito sentimentos humanos, mas se houvesse qualquer forma de colocar em palavras as centenas de partículas que fervilhavam dentro de mim, seria pronunciando as três palavras que Felicity mais queria ouvir.

– Felicity. - Eu comecei com um sorriso, puxando-a para mim na esperança de tirar de seus olhos o evidente pânico. Eu esperava que ela parasse de estar sempre pisando em ovos comigo, ainda que me sentisse aquecido por Felicity estar tão preocupada em me assustar com suas reações, eu gostava de conhecê-la, de tê-la por completo, sem reservas. Ela me encarou, com os olhos azuis e curiosos e eu deslizei meus dedos pela pele macia de seu rosto, divertindo-me um pouco com sua ansiedade. - Não há absolutamente nada que eu...

– Felicity! - A voz de Sara interrompeu minha frase e nós dois nos viramos em sua direção, observando-a praticamente correr entre as mesas para chegar até nós. Ainda usava a roupa branca do hospital e provavelmente, estava tão empolgada que sequer passara em casa ainda. - Eu consegui uma folga! - Sara jogou os braços para cima, um sorriso gigantesco estampando seu rosto.

Ouvi um bufar e voltei meus olhos para Felicity. Minha garota encarava a amiga com uma expressão quase raivosa - dividida entre chateação e irritação.

– Argh Sara! Você não podia ter mandado uma mensagem? Qual é! Você está interrompendo um momento aqui! - Ela gesticulou entre mim e ela. - Oliver ia me dizer uma coisa muito importante, não é? - Ela se virou para mim rapidamente e eu assenti, achando graça de seu surto. - Quero dizer, era realmente muito, muito importante. Ah não ser que ele fosse me dar o fora, porque ai eu ficaria feliz com sua presença, mas acho que não era isso que ia acontecer porque ele é o Oliver e ele é sempre tão lindo e romântico que acho meio difícil ele fazer uma coisa tão má quanto me dar o fora logo após eu dizer que amo ele realmente.... E eu acabei de dizer de novo...Droga! Isso não para de querer sair dos meus lábios... Preciso ficar em silêncio, boca fechada...

– Felicity. - Eu a parei suavemente. Felicity começava a ficar vermelha, pela falta de ar devido a forma rápida como despejava as palavras. - Respira. - Orientei e ela me lançou um olhar envergonhado, as bochechas corando ainda mais de uma forma encantadora. Então ela soltou o ar e ainda com o rosto vermelho voltou a encarar Sara.

– Desculpe, Sara. Fico feliz que você tenha conseguido folga do hospital. - Ela deu um soquinho no ar, soando bastante desanimada. - Yeah!

Sara riu, sentando-se na mesa junto conosco e sem cerimônias roubando as batatas de Felicity. - É, eu também! - Ela nos encarou, de boca cheia. - Estava pensando, podíamos sair esta noite, o que acham? Eu, Tommy e Olicity!

Felicity revirou os olhos, parecendo contrariada. - Minhas batatas, Sara! Espera... Olicity?

Eu ri e Felicity corou ainda mais, de forma encantadora. - É, Oliver, Felicity. - Sinalizou com as mãos. - Olicity... Tipo, Oli...City, sabe? De Oliver e Felicity, juntos e tal...

– Eu entendi, Sara! - Felicity rugiu, envergonhada, lançando em minha direção um olhar preocupado. Eu finalmente ri, surpreendendo-a e Sara concordou com um aceno de cabeça, como se estivéssemos conversando realmente.

– Então? Sair...? - Continuou animadamente.

– Acho uma ótima ideia. - Intervi e Fel me lançou um olhar completamente chocado. Eu sorri, me aproximando e depositando um beijo simples em seus lábios. - Vai ser divertido, Fel. - Sussurrei perto de seu rosto, ignorando o gritinho animado de Sara. Felicity corou como um pimentão sob o olhar atento da amiga e eu ri, sentindo a estranha - e costumeira - sensação de prazer em momentos como esse.

Eu jamais tivera esse tipo de desejo antes, mas Felicity... Eu não conseguia manter-me afastado dela. Sempre um toque, de alguma forma. Fazendo-me sentir a sensação de estar vivo, de ter um coração - ainda que ele não batesse - pulsando dentro de mim. Felicity me fazia sentir mais humano que qualquer outro protegido.

E eu a amava absurdamente por isso.

– Certo. - Felicity concordou com um suspiro rendido. - O que tem em mente?

Sara inclinou a cabeça para o lado, como se realmente pensasse e Felicity estreitou os olhos. Me senti repentinamente confuso, mas logo me dei conta de que tudo não passava de uma armação da loira.

– Oh não! - Felicity negou rapidamente.

– Sim! - Sara bateu palmas animada. - Vamos ao karaokê! - Sara deu um soquinho no ar, como Felicity fizer a pouco e então riu animada. - Bem, pombinhos. Eu vou buscar o meu ilustre namorado, encontro com vocês lá! Às sete!

Felicity e eu também fomos alguns minutos depois, de mãos dadas caminhamos pelo parque de Starling, exatamente o mesmo onde eu conhecera John, não foi surpresa alguma então, quando meus olhos capturaram ele e a pequena garotinha brincando em uma das extremidades do parque. Eu sorri imediatamente, sentindo a alegria irradiar do homem e quando Felicity seguiu meu olhar, ela fitou-me curiosa.

– Eu o conheci na noite em que sai do seu apartamento. - Esclareci e Felicity passou seus braços ao redor da minha cintura, olhando-me e esperando por mais informações. - John me aconselhou a ficar com você.

Ela sorriu brilhantemente, as bochechas adquirindo o tom vermelho de quase sempre. - Acho que devíamos agradece-lo, então. - Comentou depois de alguns minutos.

Eu assenti e nós caminhamos até John, agora uma mulher se juntara a ele e a pequena Sara.

– Oliver! - John se levantou rapidamente, assim que nos aproximamos. Eu sorri, retribuindo seu abraço com sinceridade.

– Como vai, John? - John abriu um gigantesco sorriso, fitando-me com uma cumplicidade muito engraçada. Eu já vira isso algumas vezes pelo coisas "coisa de homem", dizia uma das minhas protegidas. "Um dia, você há de entender, garoto". Camélia era uma boa mulher, ganhara muita sabedoria ao longo dos anos e diferente de Felicity, eu a deixara quando ainda era muito nova, observando-a sempre de longe. Quando novamente, aos seus sessenta anos e viúva, Camélia voltara a perguntar por mim, eu aparecera para ela. Era uma mulher notável. Estava sempre sentindo-me por perto e conversando como se eu realmente estivesse lá. Mas, naquela época, não era muito aceitável estar acompanhando-a. Lembro-me perfeitamente, dela contando-me sobre a morte do marido como se eu não tivesse estado presente. Camélia me tocara de uma forma de talvez, uma avó toca uma criança humana, ainda que eu fosse muito mais velho que ela, jamais tivera para mim, as experiências humanas para trazer sabedoria.

Era como ter uma infinidade de informações gravadas em sua mente, mas não saber como usá-las realmente.

– E você deve ser a Felicity! - Felicity corou ainda mais e eu lancei a John um olhar repreensor. Ele ergueu as mãos em rendição logo após cumprimentá-la. - Fico feliz que tenha ouvido meus conselhos, Oliver!

– John. - Assenti com a cabeça, ainda em tom de alerta e ele riu, não se importando nem um pouco com a discrição. - Como está sua família? - Optei por mudar o rumo da conversa.

E funcionou, seus olhos adquiriram um brilho orgulhoso e ele apresentou a esposa - Lyla - a mim e Felicity. As duas se deram especialmente bem, como se não tivessem se conhecido há poucos minutos, então me senti confiante em dar uma volta com John.

– O que o incomoda, Oliver? - John me encarou com uma sobrancelha arqueada. Um sorriso brotou em seus lábios quando deixei transparecer a surpresa em meu olhar. - Bem, você realmente parece incomodado com algo. Quer falar a respeito?

– Felicity e eu... Eu a amo John. - Declarei, fitando o parque a minha frente.

– E qual o problema nisso? - A voz de John demonstrava a confusão que ele sentia. Eu me sentia quase da mesma forma, a diferença, é que John não sabia o que pesava na balança, só sabia o quanto ela pesava.

– Talvez eu tenha que partir e deixá-la. Não queria fazer isso.

– Então não faça.

– Não é algo sobre o que eu tenha controle, John.

John suspirou, pousando a mão em meu ombro em forma de apoio. - Meu caro, Oliver. Pare de fritar seu cérebro. Vê aquela garota linda ali no gramado? - Ele apontou para Felicity e eu sorri imediatamente com a visão da loira, ela brincava com Sara, sorrindo lindamente. - Ela o ama e você a ama também. Não digo que o amor resolve tudo nessa vida. - John deixou os ombros caírem. - Mas, acredite Oliver. Ele é a base fundamental para vivermos. Sem amor nós só passamos por esse mundo, então pare de se preocupar tanto, aproveite para estar sua garota e fique aqui o quanto puder, dando a ela o máximo que puder.

Eu sorri e logo minhas expressões se tornaram divertidas. - John Diggle, você poderia ser psicólogo.

– Sou treinador. - Diggle riu abertamente e então, ele estreitou os olhos, encarando-me com a expressão especulativa. - Aliás, Oliver, você trabalha?

– Não.

– E você sabe alguma luta? - Diggle continuou me analisando de forma incomoda.

– Onde quer chegar, Diggle?

Ele riu mais uma vez. - Cara, estou precisando de um professor... De qualquer coisa, na verdade. Roy me deixou na mão e eu estou realmente precisando. O que acha de um emprego temporário... Pelo tempo que for ficar?

– Como sabe que eu luto alguma coisa, John? - Minha pergunta o fez franzir as sobrancelhas.

– Oliver, meu caro amigo. - John deu dois tapinhas em minhas costas, virando-me para fitar o lago atrás de nós. - Eu só sei. Acho que temos uma ligação aqui.

Eu ri, pensando sobre como essa frase soava.

– Ainda que isso soe muito gay. - Comentou Diggle rindo tanto quanto eu.

– Aceito o emprego. - Finalizei sentindo-me satisfeito. John Diggle tinha conquistado em mim uma genuína confiança e eu sabia, que Lyla tinha conseguido o mesmo com Felicity. Se eu não estivesse escolha, um dia, sobre partir ou ficar. Eu sabia que essas pessoas - boas pessoas - cuidariam da minha garota para mim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, girls! Desculpem os erros de ortografia, ta?