Bésame Sin Miedo escrita por Dama do Poente


Capítulo 10
Sempre


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero agradecer à Kim Pudim Grace pela recomendação!! Adorei saber que essa fic a fez mudar de opinião sobre o shipp!! Eu amei a recomendação, assim como amei cada comentário que vocês deixaram e todo o carinho que tiveram pela fic. Quero agradecer a todos por isso, e desejar que amem esse capítulo assim como o Leo ama a Reyna!



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— Sabe, eu preciso confessar uma coisa: eu nunca tinha visto meu filho tão bem como está agora! — Esperanza confessa, sorrindo para Reyna.

A Sra. Valdez estava internada há menos de três dias, e ficaria por pelo menos mais cinco, só por precaução. Geralmente seu filho e enteados revezavam em fazê-la companhia — ela até chegou a conhecer a namorada de Charles, uma menina adorável —, mas a mulher ficou bastante feliz quando soube que quem ficaria com ela naquele sábado seria Reyna. As duas conversaram durante toda a tarde e ambas não estavam completamente satisfeitas com o fato de terem de se despedir.

— Leo sempre foi muito agitado, o mais agitado dos três, mas ultimamente tenho o visto mais calmo. Até mesmo aquela melancolia que o rodeava desde sempre não existe mais: as risadas dele são mais verdadeiras, e eu tenho certeza absoluta que você é o motivo dessa mudança!

— Eu? — a garota pergunta num fio de voz, bastante constrangida.

— Você! Pode até não acreditar, mas é o que eu acho... E, independente disso, tenho que te agradecer...

— Pelo que, senhora Valdez?

— Por ser a felicidade de meu filho! — Esperanza sorri, deixando Reyna ainda mais desconcertada.

Ela pretendia responder — não que soubesse o que dizer, mas pretendia dizer algo —, porém a chegada de Leo a interrompe. Ele lhe dá um selinho antes de ir falar com a mãe, que logo lhe manda sair dali e ser um bom rapaz para a namorada.

Se Esperanza soubesse que ele não precisava que ninguém lhe dissesse isso... Ele amava Reyna mais do que achava possível, amava-a de verdade.

Amava-a porque ela parecia ver através de si, porque ela era tão frágil quanto ele, e se mantinha forte para que os outros não vissem sua real face. Amava-a porque não precisava de disfarces quando estavam a sós.

— Alguma hora você vai me contar porque está tão quieto?

Era noite, e os dois estavam deitados no pequeno sofá da sala. Leo encontrava-se de costas para Reyna, acariciando uma das mãos da garota em um silêncio total. Raramente ficavam em silêncio: ela constantemente contava como fora o dia no trabalho, e ele reclamava que ela deveria trocar de setor no estágio; ou ele contava como fora na faculdade, e ela sentia ciúmes da única garota que estudava com ele — Reyna era uma pessoa super segura de si, mas jamais segura quanto a relação dos outros com ela. —, porém, naquela noite, o silêncio dominava o apartamento... Até mesmo a TV estava desligada.

— Estou pensando... — ele murmura, beijando os nós dos dedos dela.

— Em que exatamente? — ela volta a questionar no mesmo tom que ele usara.

Antes de responder, Leo se levanta, interrompendo o cafuné que Reyna fazia nele. O rapaz precisava encará-la nos olhos.

— Em como eu amo você, Reyna! — ele diz seriamente — Eu nunca senti isso por ninguém antes, e talvez eu estivesse perdido. Desde que nos conhecemos eu senti que se não tentasse algo, eu me arrependeria para sempre. Achei que seria mais uma conquistas, mas notei que não fui eu o conquistador, e sim você... Você e esse seu porte de rainha autoritária, que eu sei ser apenas um disfarce... Seu coração é tão lindo quanto você, e eu não poderia ser mais sortudo por amá-lo. Mesmo que você não me amasse, eu me sentiria sortudo por tê-la conhecido melhor e por amá-la como amo!

Definitivamente aquele era o dia de deixar Reyna sem graça! Eles nunca haviam dito que se amavam, e ela nunca precisou que Leo dissesse tal coisa, pois ela sentia em cada gesto o sentimento dele, mas ouvi-lo era tão lindo. Ouvir que alguém te ama é a melhor sensação do mundo: te deixa com borboletas no estômago, lágrimas ameaçam cair, risos frouxos tomam conta de seu rosto, e o melhor que você consegue fazer é ficar sem palavras.

O melhor a se fazer é demonstrar a reciprocidade, seja com um abraço, seja com um beijo. Um beijo dado sem medo, sem explicações. Apenas repleto de amor.

— Que bom que eu te amo também, e ambos podemos nos sentir sortudos! — ela sussurra sobre os lábios dele, assumindo o velho vício de mordiscá-los e puxá-los.

— Verdade, é? — ele sorri, puxando-a para seu colo — Então sinto informar que talvez isso a prenda a mim! Talvez eu não possa mais deixá-la ir, porque posso precisar de você para viver...

— Verdade, é? E como você precisa de... Leo! — ela grita, quando é erguida por ele. — O que pensa que está fazendo?

— Estou mostrando como preciso de você, ¡mi Reyna!

Dois anos depois, em uma noite de dezembro...

— Não acha que estamos atrasados? Prometemos a Nico que estaríamos lá!!

— Relaxe, Rey-rey! Se perdermos o começo, podemos assistir depois...

Leo e Reyna estavam juntos há tanto tempo quanto se conheciam, e o que ele lhe dissera estava sendo cumprido: ele não a deixava ir, não deixava desde aquele sábado a noite, quando enfim disseram que se amavam. Naquela mesma noite, depois de mostrar inúmeras vezes do quanto precisava de Reyna, Leo pediu que ela fosse morar com ele.

Sim, ele sabia que era cedo e que havia uma grande possibilidade de isso assustá-la e ela negar, mas apesar da surpresa, Reyna aceitou. Domingo fizeram a mudança e na segunda já percebiam que precisariam empacotar tudo de novo e procurar por um apartamento maior: dois jovens adultos, mais os projetos de Leo, mais os prêmios de Reyna não cabiam naquele pequeno apartamento.

Mudaram-se para um maior, tão perto de ambas as faculdades que eles poderiam ir caminhando calmamente, e viviam lá desde então, junto com Festus, o cachorrinho que Reyna dera a Leo em seu vigésimo aniversário.

Naquele dia deveriam prestigiar Nico, que estava ainda mais perto de se graduar em cinema, indo à pré-estréia do curta-metragem que o amigo roteirizara e dirigira. E embora estivessem prontos para ir, antes precisavam se recuperar da falta que sentiam um do outro: foram apenas alguns dias sem se verem, quando Leo foi ao sul do país, visitar sua tia — a que ele não gostava tanto, mas visitava mesmo assim: ele era um cara família, independente se os outros eram ou não assim com ele — e Reyna não pôde ir por estar em semana de provas.

— Eu estou quase deixando para ver o filme todo depois! — ela sussurra, abraçando-o pelo pescoço, emaranhando suas mãos nos cabelos cacheados dele.

— Ok, eu não posso mais adiar isso! — Leo se desvencilha dela, sem se afastar muito — Sei que somos um casal meio estranho... Estranho pra caralho, para ser sincero, mas também sei que nosso amor é maior que nossa “estranhice”!

— Amor, essa palavra não...

— Eu sei que o certo seria estranheza, mas acho válido termos uma palavra tão anormal quanto nós!

— Faria muito sentido! — ela ri — Mas agora vai logo: está me deixando nervosa!

— Estou te deixando nervosa por que você não tem idéia do que está acontecendo, ou por que você tem uma leve idéia do que estou prestes a fazer? — ele ergue uma sobrancelha em sinal de desafio.

— Um pouco dos dois... Por que eu sei o que gostaria que fosse, embora nunca tenha me imaginado assim, mas... Leo pare de me torturar e... — ela é calada pelos lábios de Leo, acalmada pelo sabor de chocolate que eles pareciam ter...

Ou talvez fosse apenas seu cérebro maluco, comparando sensações com doces. Chocolate era tão perfeito quanto à sintonia dos lábios de Leo com os dela.

— Você diria sim ou não?

— Sim!

— Então acho que vamos mesmo ter que assistir a esse filme depois, porque preciso comemorar meu noivado, sabe...?

— Achei que fôssemos ensaiar para a Lua de Mel... — ela ri, já desabotoando os botões da camisa de Leo.

— Podemos fazer isso depois, e depois, e depois, e pra sempre... — nisso eles já estavam no quarto, e ele a deitava sobre a cama, deixando-a arrancar a camisa roxa de botões que ela lhe dera e agora estragava devido à pressa.

— Mas depois de tanto depois, não vai ser mais ensaio para Lua de Mel... — ela diz, sentindo-o beijar sua jugular.

— E o que vai ser então? — ele murmura em sua pele, sem medo de deixar marcas aos roçar seus dentes na região.

— Amor! — ela responde simplesmente, fazendo-o se afastar e encará-la.

— Então quero fazer amor com você pelo resto de meus dias, porque não sei mais viver sem seus lábios, seu corpo, sem sua alma comigo! — ele murmura. — Quero que seja minha verdade para sempre!

— Para sempre! De verdade! — ela devolve imediatamente, no mesmo tom de voz. — Eu te amo, Leo Valdez!

— Eu te amo, futura senhora Reyna Valdez! Te amo hoje, amanhã e sempre!


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Contem-me pessoal!
Um muito obrigada a todos que acompanharam! Eu vou sentir muita falta de vocês, mas espero que possamos nos ver em outras aventuras por aí!!
Beijoos, qualquer coisa, podem me gritar aqui https://www.facebook.com/groups/1593138720950697/?ref=bookmarks



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