Sob um olhar mais Severo escrita por Céu Costa


Capítulo 11
Espiãs Sonserinas...hum... gostei da sonoridade...


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo querido e amado! Queria dizer que eu fui bem no Enem, e agora estou estudando pra Federal. Continuem me desejando sorte!



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Pov Belle

Sophie ficou muito mal depois das masmorras. Ela passou quase uma semana sem comparecer às aulas, trancada no dormitório, só olhando pra janela. Ela até ignorava os Dementadores que, atraídos pela tristeza dela, passavam bem pertinho da janela. E daí, olhava para aquele colar de coração. Sabe, eu fico me perguntando o que foi que a Tia Josepha colocou naquele colar. Será que foi algo ruim? Será que é capaz de nos machucar de alguma forma? Sei lá, mas parece afetar a Sophie. E, talvez, a mim também...

– Belle! - Eric passou a mão direita na frente do meu rosto - Beeeelleeee...

– O que é? - eu bufei, forçada a olhar para ele.

– Ouviu alguma coisa do que eu disse? - Eric sentou-se direito no sofá de couro.

– Claro que sim! Acha que eu sou idiota? - bufei.

– Certo, então, o que acha de desaparatarmos para lá agora? - Eric arqueou a sombracelha.

– Sim, claro. - eu respondi, mas depois me toquei do que ele disse - Espera. O quê? Desaparatar?

– Viu? Eu sabia! - Eric retrucou - Belle, qual o seu problema? Estou aqui do teu lado há quase meia hora e em nenhum momento você ouviu o que eu disse! Você não suporta ser ignorada, mas se eu estou falando, você não está nem aí! E isso não é de hoje!

– Eu... - apenas olhei para ele. Qual era o problema dele hoje? - Eu só...

– Sophie? - Eric olhou para cima, para as escadas que davam para os dormitórios.

Sophie estava parada lá, olhando para nós dois. Ela apenas nos observava, sem dizer nada.

– Eric está certo. - Sophie sussurrou. - Talvez nós três devêssemos ver os bebês.

Eric sorriu, vitorioso.

– É, era isso que eu tentei te dizer o tempo inteiro. - Eric concordou.

– Sophie, como você está? - eu subi as escadas, caminhando até ela - Como se sente?

– Eu não sei, Belle. - ela suspirou - Eu tenho milhares de coisas que gostaria de dizer, mas agora... acho melhor procurar nossos amigos. Distração.

– Certo, por que não vamos comer alguma coisa? - eu incentivei.

Sophie olhou para Eric, que pela primeira vez no dia, concordou comigo.

– Bom, espero que tenha pudim. - ela suspirou, e nós três rimos.

Caminhamos pelos corredores em silêncio. O dia estava bem claro, e o sol brilhava forte. Os outros alunos da Sonserina estavam reunidos no pátio, rindo de alguma coisa. Devo admitir que ver todos eles juntos, e Crabbe com eles, é arrepiante. Era muito estranho também ver os gêmeos batedores Kellan e Andrew, e também Damian, junto com eles, rindo.

– O que será que aconteceu? - Eric sussurrou - Crabbe está com os punhos sujos de sangue!

Sophie apenas lançou um olhar rápido para eles, e então empalideceu.

– Neville! - ela surtou.

Sophie correu na frente, na direção da ala escura onde nós duas cuidávamos dos alunos feridos que Neville nos enviava. Eric não compreendeu, mas nos seguiu, a contragosto. Quanto mais corríamos, mais Sophie tentava ir mais rápido. Era muito angustiante.

Quando chegamos, eu vi Gina e Luna sentadas no chão. E bem ali, entre elas, estava o que sobrou do Neville. Sophie ajoelhou-se do lado dele, praticamente empurrando a Gina pra longe. Ela olhava para ele, sem saber direito onde limpar primeiro.

– Ah, Neville! - ela soluçava, chorando. Ele apenas olhava devolta para ela, e sorria.

– O que houve com ele? - eu perguntei, como se não fosse óbvio.

– Crabbe e outros alunos da Sonserina encurralaram ele no Pátio de Astronomia quando ele estava voltando do almoço. - Gina respondeu, se levantando - Tudo o que eu e a Luna pudemos fazer foi assistir baterem nele. Depois, ele ficou insistindo pra gente trazer ele pra vocês, não tínhamos remédios, então trouxemos...

– Fizeram bem, querida, - eu bati levemente no ombro dela - fizeram bem.

– Belle, pegue as poções, vamos precisar começar logo... - Sophie chamou.

Eu corri até a parede e arranquei algumas pedras grandes. Lá atrás estavam escondidos os frascos de poções, gazes e instrumentos de primeiros socorros. Eu peguei tudo e levei para ela, que começou a limpar os ferimentos do Neville.

– Sophie... - Neville tentou falar - Eu e as meninas tivemos uma ideia...

– Fique quieto, está bem? - ela disse, limpando o nariz dele - Não tem jeito, vou ter que usar feitiço. Não se mova. Episkey!

Neville reclamou um pouquinho de dor, mas não se moveu. Seu nariz quebrado voltou ao lugar, e o sangramento foi diminuindo até parar por completo. Então eu e Sophie começamos a cuidar dos outros ferimentos dele.

– Nós estávamos comentando que Hogwarts está muito mudada... - Neville insistiu.

– Mudada? Nós temos Dementadores sobrevoando a escola, pelas barbas de Merlim! Alunos atacando outros alunos! - Gina se revoltou.

– Vou ver se não vem vindo alguém que possa ouvir esta conversa. Não queremos mais confusão. - Eric disse, caminhando.

– Bom, e que ideia é essa que vocês tiveram? - eu ri, só para distrair ele da dor.

– Há alguns anos, muitas coisas estranhas também estavam acontecendo em Hogwarts, e o Ministério não nos permitia estudar magia de verdade. E então, formamos um grupo de alunos que treinava feitiços escondidos, quebrando regras, confrontando o Ministério. - Neville contou - Já ouviu falar da Armada de Dumbledore?

– Fale baixo, Neville! - Luna repreendeu.

Sophie apenas me lançou um olhar que eu não consegui identificar, e depois voltou a cuidar dos ferimentos.

– Queremos nos reunir outra vez. Precisamos lutar contra tudo isso. - Neville exultou.

– Parece arriscado e perigoso. - Sophie suspirou - Mas não nego que é brilhante.

– Quer fazer parte?

Sophie ergueu sua cabeça, encarando-o. Isso nos pegou de surpresa.

– Vocês duas! Por favor, juntem-se a nós! Vocês são fortes, destemidas, vocês lutam pela justiça. É isso o que nós vamos fazer. - Neville tentava nos encorajar.

– Somos sonserinas, Neville. - Sophie sussurrou - Isso seria arriscado demais. Podemos proteger vocês, ajudar vocês, mas na surdina. Se fizermos isso descaramente, se fizermos parte do grupo, pode ser pior. Não quero que nada pior aconteça com você por minha causa.

– Por favor... - ele insistiu.

– Não. mas podemos continuar ajudando. - Sophie piscou para ele. - Espiãs sonserinas, o que acha?

Neville sorriu. Eric voltou, dizendo que vinha alguém, e escondemos os remédios. Eu fiquei o resto do dia pensando sobre a proposta. Espiãs sonserinas... Algo me diz que vai nos encrencar ainda mais. Mas eu não nego que adorei.


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