Hell on us escrita por Sami


Capítulo 17
Primeira péssima impressão part 1


Notas iniciais do capítulo

Olá galera linda como vocês estão depois desses últimos episódios chocantes de twd? E como reagiram ao saber do ator que dará vida ao mozão lindo e doido Negan? Eu simplesmente adorei a escolha e sinceramente acho que Jeffrey Dean Morgan irá lacrar como Negan.

Antes de começar com o capítulo um pequeno aviso a vocês, como todos sabem na série quando Rick e o pessoal chegam no terminus Judith estava com a Carol e o Ty e como vocês todos perceberam eu mudei isso. Porém, como eu acho o arco de terminus muito 'violento' pra se ter uma bebê no meio de tudo aquilo que aconteceu, eu dei uma pequena mudança quanto a isso.
Calma que não é nada que mude a história, mas é como uma série que eu amo diz: Mudando a história você pisa em borboletas. E isso meio que vai mudar mesmo.
Mas espero que mesmo assim vocês possam gostar dessa mudança pequena.


Agora quero agradecer a minha leitora linda e maravilhosa Lu Lima por me presentear com a minha segunda recomendação. Suas palavras foram lindas meu anjo e eu não sem nem como te agradecer por isso.



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[...]

 

Vários minutos já haviam se passado e nada deles decidirem o que iríamos fazer; se seguiríamos para Terminus ou se faríamos outra coisa. Confesso que isso já estava me deixando um pouco cansada e pelo que parecia eu não era a única que estava cansada de esperar aquela decisão, Judith estava começando a ficar agitada no meu colo e quando isso começava a acontecer não era um bom sinal.

Carl estava do meu lado e desde que seu pai havia falado que iria ver qual a nossa melhor opção ele havia se calado, o que não era uma grande novidade já que, Carl tinha lá os seus momentos de silêncio quando se menos esperava.

— Eu não sei por que eles ainda discutem sobre algo que é tão obvio. — O filho do Rick jogou uma pedra para o alto. — Estão perdendo tempo discutindo sobre isso.

— Como assim? — Perguntei o olhando.

— É como a Michonne mesmo disse, não podemos confiar apenas numa placa que está dizendo que existe um grupo que aceita pessoas. — Falou sem me olhar. — Judith está com a gente e se irmos até lá e eles não serem o que pensamos? Não quero arriscar a vida dela, Ayla!

Eu concordei com a cabeça ainda o olhando.

— Eu sei disso, mas se esse grupo for realmente bom é uma chance para que a Judith fique segura depois de tudo isso que passamos. — A olhei rapidamente antes de voltar minha atenção para Carl. — Mas acho que deveríamos dar uma chance para esse grupo, quer dizer, o mundo está uma grande merda e mesmo assim ainda pode existir pessoas boas nele. O mesmo aconteceu comigo, acha mesmo que eu pensava em encontrar um grupo como seu depois de todas as merdas que já passei? Ainda existem pessoas boas nesse mundo, Carl. Eu sei que sim!

Fiquei surpresa com as minhas próprias palavras, eu sabia que era difícil acreditar naquilo, eu mesma demorei a acreditar cem por cento que mesmo com um mundo totalmente dominado por mortos e onde as pessoas se transformam em pessoas terríveis, ainda sim poderia existir pessoas boas naquele mundo. Eu encontrei David quando menos esperava e depois encontrei o grupo de Rick, pessoas boas.

Poderia parecer impossível isso, mas de certa forma nem tudo estava assim tão perdido.

Dar uma chance para terminus seria algo bom para todos nós, principalmente para Judith, ela mais que ninguém precisava de um lugar seguro para crescer bem e segura dos mortos e terminus parecia ser o lugar perfeito para isso.

Claro que, era estranho um grupo anunciar que aceita pessoas para viver junto com eles, mesmo que existam pessoas de bem, ainda sim existem pessoas que são tão ruins quanto o tal governador. Mas era como disse antes, nem tudo está realmente perdido naquele mundo.
Depois do que eu havia dito, Carl apenas concordou balançando a cabeça sem dizer mais nada e voltamos a esperar do mesmo jeito que estávamos antes: Em silêncio.

— Se irmos para o Terminus, será que vamos ter que contar tudo o que passamos antes? — Dessa vez Carl me olhou.

— O que você quer dizer com isso? — Perguntei virando minha cabeça o mínimo para olhá-lo também.

— Você sabe, contar tudo o que passamos antes e tudo o que fizemos. — Explicou do pior jeito possível.

Eu torci a boca por alguns segundos querendo pensar no que ele queria dizer com aquela pergunta, parei para pensar em tudo o que já havia acontecido, não apenas comigo, mas também com Carl. A prisão sendo atacada e destruída, a gente encontrando aquele grupo e... Eu entendi o que ele quis dizer com aquela pergunta.

— Se eles perguntarem acho que deveríamos contar, digo, deixamos de ser crianças quando esse mundo começou e querendo ou não, nós mudamos também. — Voltei a olhá-lo. — Se eles perguntarem, devemos contar quem somos!

Carl me olhou como se não tivesse entendido.

— Mas, como vamos dizer isso a eles? — Perguntou juntando as sobrancelhas. — Quem somos nós?

Eu abri a boca para responder e antes que eu conseguisse isso vi Rick, Michonne e Daryl se aproximarem de onde estávamos, eu e o projeto de xerife nos levantamos juntos olhando para os três esperando que alguém falasse o que iriamos fazer dali em diante. Judith se agitou mais uma vez no meu colo, mas logo parou quando olhou para Rick parado na frente dela.

— Estamos há uma meia hora ou mais daqui até terminus, se irmos agora vamos chegar antes que anoiteça! — Rick lançou um olhar rápido para Daryl e Michonne e os dois pareceram concordar com aquela decisão.

Olhei para Carl ainda pensando no que ele havia perguntado antes e por um lado eu até fiquei feliz em não ter respondido aquela pergunta que ele havia feito, eu também não sabia dizer ao certo quem éramos, mas tentaria descobrir.

 

...

 

Depois de longos minutos andando apenas em linha reta, finalmente havíamos chegado ao terminus, ou pelo menos estávamos perto dele. Notei uma grande cerca que deixava todo o lugar completamente cercado e protegido dos mortos –e por mais incrível que parecesse, não havia nenhum ali por perto; não sabia dizer se isso era bom ou ruim, mas com toda certeza já era algo bom de se saber sobre aquele lugar.

Rick havia enterrado a mala que ele carregava cheia de armas e nos deu apenas uma no caso de precisarmos usá-las e me senti um pouco mais segura por estar carregando uma arma e não apenas uma faca.

Carl e eu nos aproximamos da cerca tirando alguns dos tantos galhos de árvores que havia presas nela para olharmos o interior do lugar, fiquei surpresa quando percebi que o lugar parecia maior do que eu pensava que seria e entendi o porquê do nome do lugar ser terminus. Fazia sentido já que literalmente era ali onde os trilhos terminavam. Vimos algumas pessoas caminharem ali dentro, a maioria eram já adultos e carregavam armas consigo.

— Será que existem crianças ai também? — Perguntei olhando para Carl com o canto do olho.

— Eu não vi nenhuma até agora, devem estar em outro lugar.

Nos afastamos voltando para onde Rick e os outros estavam, o pai de Carl verificava se sua arma estava totalmente carregada e pediu que nós dois fizéssemos os mesmo que ele; foi um pouco complicado fazer isso estando com Judith no colo, mas acabei dando um jeito de conseguir.

— Vamos nos separar e observar eles por um tempo. — Falou guardando sua arma. —  Não sabemos como eles são e nem como agem, vamos nos preparar!

Eu olhei para Judith por alguns segundos arrumando ela no meu colo, ergui meu rosto olhando agora diretamente para Rick.

— Posso ficar aqui? — Perguntei e logo recebi o olhar pouco espantado do pai de Carl sobre mim me olhando como se ele não tivesse entendido o que eu havia dito segundos atrás. — Eu não acho uma boa ideia espionar eles com Judith por perto, ela pode chorar e isso irá atrair a atenção que não queremos.

Rick pareceu pensar no que eu havia dito, mas era muito óbvio a resposta que ele daria.

— Ayla é perigoso ficar aqui sozinha. — Falou usando um tom calmo e quase compreensivo. — Não quero arriscar vocês duas aqui e

— Eu sei me defender Rick! –Falei. — Tenho uma arma e caso algo dê errado vou dar um jeito de encontrar vocês.

Michonne me olhou e logo concordou.

— Ela está certa, Rick. Judith por perto pode nos entregar e não queremos isso!

O pai de Carl colocou as duas mãos sobre sua cintura e fechou os olhos por breves segundos até abri-los novamente e me olhar.

— Tem certeza disso Ayla? Não quero colocar nem a sua vida e nem a de Judith em perigo!

— Eu vou ficar bem. — Dei um meio sorriso tocando o cano da arma que ele havia me dado antes. — Estamos protegidas!

Rick soltou um longo suspiro e finalmente concordou, eu não estava fazendo isso a toa. Judith nos entregar era uma possibilidade e eu não queria que isso acontecesse, ainda mais quando estaríamos espionando um grupo que nem conhecíamos.

Tínhamos que tentar evitar isso e mesmo sabendo que os errantes poderiam aparecer ali a qualquer momento, tínhamos que tentar não chamar a atenção para nós.

— Tudo bem. — Rick balançou a cabeça mais uma vez concordando consigo mesmo. — Ayla você vai ficar, mas se qualquer coisa acontecer quero que tente nos encontrar, entendeu?

Balancei a cabeça concordando.

— Entendi!

O pai de Carl olhou para os outros e então logo se separaram andando um para cada direção, me aproximei um pouco da cerca encostando minhas costas nela e esperei até que eles voltassem. Tirei a arma do meu cinto segurando-a com uma mão e a destravei, se algum morto ou pessoa aparecesse, eu precisava estar pronta para qualquer tipo de ameaça que poderia surgir nesse tempo que ficaria sozinha com a Judith.

Alguns poucos minutos se passaram e ninguém havia voltado ainda, procurei algum lugar para sentar já que estava sentindo minhas pernas doerem de tanto tempo que passei de pé e não encontrei nada além de uma pedra.

Me afastei da cerca indo na direção da pedra e antes que eu pudesse sentar ouvi um galho se quebrando por alguém ter pisado nele. Me virei apontando a arma para todos os lados esperando que quem quer fosse saísse logo e fiquei daquele jeito por mais alguns segundos. Olhei para a irmã de Carl no meu colo e ela também olhava para frente como se estivesse também esperando que alguém aparecesse, respirei fundo ficando um pouco mais calma quando vi que ninguém apareceu, claro que poderia ter sido algum animal que fez isso ou algum errante que se aproximava e por sorte deve ter desviado do caminho que seguia. Havia algumas possibilidades disso ter acontecido, claro que eu ficaria um pouco mais aliviada se fosse alguém do grupo né.

Me virei novamente ficando de frente para a cerca que protegia terminus e finalmente consegui sentar na pedra que havia encontrado. Arrumei Judith no meu colo deixando ela um pouco mais confortável e quando o fiz senti alguém me segurar pelos braços me puxando para trás e por um segundo pensei que iria cair, por sorte -ou não- bati minhas costas no corpo do estranho que havia me segurado e quando pensei em gritar ele foi mais rápido e cobriu minha boca com a sua mão impedindo que eu conseguisse isso. Judith não pareceu nem um pouco incomodada com o que estava acontecendo — acho que ela sequer estava percebendo a droga que estava rolando.

Senti a lâmina fria de uma faca tocar o meu pescoço e logo comecei a ficar com medo daquele sujeito que estava fazendo essa palhaçada comigo.

— Se você der um único piu eu juro que corto a bebê na sua frente! — Era um homem, sua voz era grossa. –Agora vamos andando, pirralha!

Comecei a ser forçada a andar para trás sem ao menos ver o que estava acontecendo, o estranho ainda estava com sua mão na minha boca e a faca ainda tocava o meu pescoço me alertando de que aquilo não era nenhuma brincadeira.

Isso não pode estar realmente acontecendo comigo!

Comecei a ficar realmente preocupada, a qualquer momento Rick e os outros iriam voltar e não me veriam lá. O que eles iriam fazer? Não. O mais importante era, o que iria acontecer com eles se fossem me procurar?

Percebi que estávamos nos afastando cada vez mais da cerca, eu não tinha a mínima ideia de onde aquele maluco estava me levando e fiquei ainda mais preocupada com isso. Isso não iria acabar bem e eu sentia que uma merda muito grande iria acontecer logo logo. Tentei me mexer na tentativa inútil de conseguir escapar dele e logo o senti apertar a lâmina da sua faca com mais força sobre o meu pescoço, arregalei os olhos quando senti que a ponta da faca havia cortado um pouco da minha pele e então fiquei completamente parada.

— Você é burra? — Ele quase gritou comigo. — Acha que eu estou de brincadeira aqui?

Eu comecei a xingar aquele filho da puta mentalmente enquanto ele continuava me obrigando a caminhar sem poder olhar para onde estávamos indo. Estávamos cada vez mais afastados de terminus, cada vez mais perdida e mais ferrada.

Droga Ayla! Droga!


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Notas finais do capítulo

Sim, esse capítulo ou episódio será dividido em duas partes e mais uma vez espero que vocês possam entender o motivo pelo qual mudei um pouco o rumo da história sobre o terminus. Mas o próximo será todinho igual com exceção de algumas coisinhas pequenas.

Espero a opinião de todos sobre o capítulo e mais uma vez gente, um big obrigado a todos que estão comentando e acompanhando a fic. Sem vocês acho que ela não estaria chegando aonde ela está hoje.

Beijinhos da Sami e até mais gente!



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