A Beautiful Winter Day escrita por Summertime Sadness


Capítulo 9
Bela Realidade


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys!
O capítulo anterior e este deveriam ter sido postados juntos, mas ficaria muito grande. Por isso, me obriguei a encerrar o outro e começar este. E, mesmo assim, ficou maior do que eu esperava. Nesta história decidi me controlar quanto à quantidade, mas nunca fui muito boa nisso (ainda lembro quando escrevia capítulos de 4 mil palavras).
Bem, sem mais delongas...

Boa Leitura :)



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— Quer que eu envie uma mensagem pra Mycroft? Mandada por você!?

Sherlock deu de ombros, como se não visse a gravidade da situação. Devia ter perdido o pouco juízo que tinha.

— Você ficou louco!?

John preparava um sanduíche no balcão da cozinha, enquanto o barulho da chuva aumentava a cada instante. O companheiro achou que seria uma boa hora para anunciar o favor que John devia fazer. Entregar qualquer mensagem para Mycroft – o frio e racional – do espírito de seu irmão morto não era exatamente um tópico de coisas que gostaria de fazer nessa vida. Como o amigo nunca pareceu se importar com sua vida familiar, nunca lhe passou pela cabeça a possibilidade dele querer se comunicar com alguém. Não era de seu feitio. Bem, havia se comunicado com John, mas era diferente. Mycroft não o veria. Assim como o resto das pessoas.

— John, não estou pedindo pra tomar o chá das cinco com ele e ficar pro jantar. É só uma mensagem rápida. Diz o que tem que dizer e cai fora. Simples.

— Simples!? – protestou – Ele vai me expulsar!

— Provavelmente.

— Ele nunca vai me escutar.

— Provavelmente.

John assentiu, prestes a utilizar o seu tom paciente que costumava usar para explicar excentricidades mundanas à Holmes.

— Eu não conheço Mycroft muito bem, mas eu sei que sou a última pessoa que ele gostaria de ver. E sei também que você é o único tópico que ele não gostaria de conversar sobre. Não sei exatamente o que houve entre vocês pra essa rixa toda, mas esse não é um bom momento pra tentar uma aproximação.

— Não importa se é ou não um bom momento, só preciso fazer isso. Não tenho outra opção – fitou John como que prestes a estapeá-lo – É uma emergência.

— O que você quer dizer pra ele?

— Na hora certa eu te digo.

— Reconfortante.

John foi até a geladeira e pegou uma garrafa de água. Sabia que suco artificial era tão danoso quanto refrigerantes, mas não era o que chamariam de mestre cuca. Pegou um saquinho na parte debaixo do armário e voltou ao balcão. Do outro lado, Sherlock o fitava com olhos próximos à brasa.

— O que você está fazendo!?

Watson suspirou.

— John, você precisa ir para o Mycroft agora. Um táxi nessa chuva levaria cerca ...-

— Sherlock, eu nem sei se eu vou fazer isso pra você. Está chovendo muito e...-

— É uma pena você poder se molhar dentro de um carro fechado. Um problema que nosso século ainda não conseguiu resolver.

— Será que eu posso comer um pouco antes de decidir qualquer coisa, vossa majestade?

— Você e suas refeições de três em três horas – bufou.

John pensou em perguntar – novamente – o aconteceu para deixar o amigo tão irritadiço. Mas sabia que não teria – novamente – uma resposta concreta.

— Se não fizer isso – Sherlock continuou, numa voz mais séria – Eu vou embora.

— Bom.

— Estou querendo dizer pra sempre, John.

A graça havia acabado. John se virou e o encarou, esquecendo-se dos afazeres culinários.

— Você ficou louco? De novo!?

Sherlock ficou quieto. Uma quietude proposital.

— Sei o que você está fazendo. Chama-se chantagem emocional.

— Eu sei o que é uma chantagem emocional. É só um teste pra ver se funciona.

—Se é só um teste eu não preciso ficar preocupado.

— Então você ficou preocupado?

John considerou procurar lições do sobrenatural na internet para espantar o fantasma. O dito cujo o olhou com suas brilhantes órbitas.

— É importante – esperou e acrescentou – Por favor.

Deveria haver algum tipo de maldição em Watson para ele sempre atender as vontades de Sherlock. Seja como melhores amigos ou quando ele ainda era desconhecido, aquilo acontecia mais vezes do que gostava de admitir. Talvez fosse algum tipo de maldição advinda de outras vidas ou outros séculos. Argh. Precisava comer alguma coisa.

— Tudo bem – disse, em meio a um suspiro derrotado.

— Finalmente – falou Holmes, já despido da aura angelical de convencimento – Estava começando a te estranhar. Vamos.

O taxista não estava com muita vontade de sair numa chuva forte que viraria tempestade – a previsão do tempo da BBC era sempre animadora – mas nada que uma quantia maior de libras não resolveria. Em menos de dez minutos, eles já estavam no banco de trás e cortando as cinzentas molhadas ruas londrinas. O lado de fora tinha o barulho de uma guerra pacífica. O mais tranquilizante dos sons.

— Você iria embora mesmo? – perguntou John, sem desviar os olhos da janela.

— Não.

Poderia jurar que Holmes sorria de um jeito sacana.

Depois de um tempo eles pararam e John entregou o dinheiro, prestes a sair da cabina. Mas Sherlock o deteve.

— Peça pra ele esperar. Vai ser rápido.

Watson fitou o taxista.

— Pode esperar um pouco? Será rápido.

— Nesse tempo não dá. Nem deveria estar trabalhando.

Teve de deixar algumas libras a mais para segurá-lo. Se isso continuasse, Sherlock o faliria. Abriu o guarda-chuva e seguiu caminho. Depois de alguns metros entrou no saguão. Forçou a memória para onde ficava o escritório de Mycroft – ele deveria ficar lá o tempo todo – mas acabou simplesmente seguindo o amigo. Passaram por salas e escadas. John tentou decorar tudo, pois em breve seria expulso e refaria o caminho todo.

John secou a palma das mãos na calça quando pararam na porta correta.

— Você não está molhado – comentou, lembrando que o amigo nem se aproximara do guarda-chuva.

— Obviamente.

Talvez se décadas se passarem, poderia esquecer-se completamente da verdadeira condição dele. Sherlock realmente ficaria ali por décadas? Ou acabaria decidindo ir embora dia seguinte, tornando a brincadeira a mais séria das despedidas?

A porta a sua frente se abriu, retirando-o de seus devaneios. Mycroft a segurava, analisando cada centímetro de John.

— Eu ouvi você chegando da minha mesa – sorriu falsamente – ouvi você falando sozinho, mas só havia um par de passos; poderia ser um pensamento alto, mas pelo tom era dirigido a uma segunda pessoa.

Parecia querer alguma explicação, então a deu.

— Estou falando pelo celular no viva a voz.

— Sempre vai usar a mesma desculpa? – disse Sherlock – Vamos, conte a verdade. Ele vai saber de qualquer jeito nos próximos minutos. É melhor do que ele acabar deduzindo que você tem adquiriu um distúrbio mental, o que está acontecendo agora, pois é obvio pra ele que você está ouvindo vozes.

Olhou novamente para Mycroft, que o perscrutava com suas íris de gelo.

— Você está sentindo-se bem? – perguntou calmamente.

— Posso entrar ou vamos conversar no corredor?

Sherlock sorriu um pouco com sua “impetuosidade”. O Governo Britânico deu passagem e voltou a sua grande mesa, provavelmente lotada com informações confidenciais. Não se sentou. Na verdade, não achava que valeria a pena, já que não demoraria nada até ser mandado embora. Sherlock começou a olhar uma estante com livros paralela à mesa, como se não achasse a conversinha digna de nota.

— O que o traz aqui, Dr. Watson? – o anfitrião juntou as mãos.

O doutor em questão respirou firme. Era melhor dizer tudo de uma vez, como o arrancar de um curativo.

— Vim falar sobre Sherlock.

Um brilho de interesse se ascendeu em Mycroft, mesmo que disfarçado.

— Sobre Sherlock – assentiu – o que há para falar sobre ele?

— Vim entregar uma... Mensagem.

— Meu irmão deixou uma mensagem antes de...-

— Não, depois – interrompeu – Na verdade, ele ainda vai dizer. E vou repetir, ele gosta de um suspense. É claro que vou dizer na terceira pessoa, é preciso haver um limite.

Mycroft estreitou os olhos, seriamente. John já se sentia derrotado.

— É melhor você se sentar – aconselho Mycroft, tentando não soar tão hesitante.

— Sherlock Holmes falou comigo – começou – alguns dias depois dele morrer. O espírito dele... Fantasma, eu não sei ao certo e ele também não... O que eu quero dizer é que ele ficou aqui, e só eu sei disso, porque sou o único que consegue ver e ouvi-lo. É complicado, sei que é muito, muito complicado acreditar nisso, mas é verdade. Já temos convivido faz um tempo, e ele me pediu pra falar com você. Então...-

— John – Mycroft insistiu – Será que você pode se sentar?

Por algum motivo, aquilo o assustou mais do que ser expulso. Talvez clientes se sentissem daquele jeito. Totalmente vasculhados.

— Tu...Tudo bem.

Obedeceu e foi para a poltrona de frente à mesa.

— Então o espírito do meu irmão morto ficou preso à Terra e você é o escolhido para ter a graça de falar com ele – era incrível como conseguia misturar o deslumbramento e sarcasmo a cada palavra.

— Eu não chamaria de graça.

— Sei que você aprecia isso, John – disse Sherlock ao seu lado. Quase havia se esquecido dele.

— Então quando nos encontramos no cemitério, ele estava lá?

— Não, nos encontramos depois.

— Se encontraram depois – assentiu – Então é isso? Você brinca de estar depressivo para todos enquanto faz encontros românticos com o fantasma de Sherlock?

— Não!

— Mycroft ás vezes é um idiota – Sherlock falou– Eu não sou um fantasma.

É claro que aquela era a única parte da frase importante pra Sherlock.

— Você não está ajudando – murmurou para o amigo.

— O que disse, Dr. Watson?

— Estou falando com Sherlock.

Mycroft ergueu uma sobrancelha.

— Ele está aqui?

— Sim. Bem na sua frente, na verdade.

Era difícil para John analisar as verdadeiras emoções do Governo Britânico. Parecia sentir nada e esconder tudo ao mesmo tempo. Sherlock rodeou a mesa e se sentou perto do irmão, virado pra ele.

— Está na sua direita. Minha esquerda, sentado na mesa.

Mycroft encarou John fortemente, olhando pelo canto de olho sem provavelmente ver nada. Sherlock fitou o irmão mais velho profundamente e ergueu uma mão, balançando-a um pouco na frente dos olhos dele. Mycroft certamente era cego para o irmão.

— Interessante – murmurou Sherlock consigo mesmo, recolhendo a mão.

John não descreveria a cena como “interessante”. Desolador, talvez.

— Mycroft? – chamou Sherlock, surpreendendo John. Havia se inclinado um pouco, como que quisesse facilitar a chegada de sua voz até o irmão. Mas era um caminho intransponível.

Watson viu a cena e do fundo de seu coração, desejou que Mycroft ouvisse. Este, se levantou e rodeou a mesa, fazendo um caminho cuidadoso até John. John viu Sherlock fechar os olhos por um instante numa derrota particular. Quase decepcionado consigo mesmo. Num movimento fluido, pulou da mesa e caminhou, parando ao lado de John.

— Sinto muito – John murmurou.

— Não sinta. Quem está de luto é você, não eu. Eu não sinto nada.

Watson gostaria de mentir com a mesma convicção dele. Mycroft apoiou as mãos na mesa atrás de si, e o fitou intensamente. Encolheu-se inconscientemente na poltrona.

— John – ele começou – Isso não é real.

Watson esperava por isso, mas não esperava que as palavras fossem ditas tão profundamente.

— Tudo que eu disse é verdade. Se alguém me dissesse isso, eu também não acreditaria, mas...-

— Sherlock está morto.

— Nunca disse que não estava.

Mycroft respirou fundo.

— O melhor que pode fazer é conseguir ajuda psiquiátrica antes que piore. Tenho alguns colegas que...-

— Não fiquei louco – falou calmamente e ficou de pé – Você pode sentir o clima nesta sala, ficou mais fria quando eu entrei. Sherlock precisa sugar o calor do ambiente para poder existir nesse plano e ser visto por alguém, mesmo que só dê certo comigo.

Pelo canto do olho viu Sherlock franzir o cenho, totalmente ignorante de sua própria nova “biologia”.

Mycroft cruzou os braços.

— Andou pesquisando? – ergueu as sobrancelhas.

Novamente, John se sentiu derrotado.

— Mycroft, tudo isso é verdade – falou, quase implorando – É verdade!

O outro suspirou.

— Eu sei que é verdade.

— O quê!?

— Estou te observando desde que entrou nesta sala, é muito obvio para mim que está dizendo a verdade e que ele está aqui com você. Acredita fielmente nisso; mas o fato de ser uma verdade pra você não quer dizer que seja real.

— É real.

— Você não pode provar.

— Eu o vejo. Estou vendo ele agora.

— Não confie nos seus sentidos, John – disse seriamente – tudo que sua mente construiu depois de seu segundo trauma é extraordinário, simplesmente extraordinário. É real pra você de todas as formas possíveis, de todos os ângulos... Mas não passa de uma fantasia que sua cabeça criou pra conseguir passar por isso.

John balançou a cabeça.

— Isso é ridículo – balançou a cabeça de novo – Totalmente ridículo.

— E agora está usando a Negação, uma forma de seu cérebro impedir que a realidade te machuque.

Watson estava quase preferindo ser expulso. Virou-se para o amigo, que parecia achar que a melhor coisa do momento seria ficar calado.

— Por que você não joga uma cadeira na cara dele!?

Sherlock encolheu os ombros.

— Eu não posso.

— Por que!?

— Não tenho energia suficiente – desviou os olhos – Eu gastei mais do que devia no flat.

John estava prestes a perguntar como bater uma maldita porta o tinha drenado, mas Mycroft tomou a palavra.

— Ele não pode por que eu estou aqui; deve ter ouvido qualquer tipo de desculpa, mas a verdade é que essa tele cinese – disse o nome com desprezo – só acontece quando você está sozinho. Testemunhas ao seu redor significam que sua fantasia seria abalada, já que é o único que a vê.

— Mrs. Hudson viu, a porta...-

— Mrs. Hudson toma muitos remédios e quando a vi no cemitério ela tinha todos os sintomas da falta de drogas em seu organismo, ela pode ser boa, mas não é a testemunha perfeita. Isso sem falar que entramos no outono a duas semanas, ventos acontecem Dr.Watson – apontou para o termômetro na parede – e quedas de temperatura também. Essas coincidências passariam despercebidas por você se não fosse pela morte dele. Tudo que vê nele e tudo que te diz é criado por você mesmo; pode parecer perfeito demais, cada palavra, cada detalhe, mas lembre-se, nossos sonhos são perfeitos, até o momento em que abrimos os olhos.

Um silêncio estranho se formou. John começou a olhar para Sherlock, mas este olhava o irmão. Sabia que Mycroft inventaria as melhores razões para sabotar o que diria. Só não sabia que seria atingido por elas. Porque por mais que acreditasse, por mais que acreditaria até o fim de seus dias, aquelas palavras faziam sentido. Não que sua crença seria abalada. Não, nem era uma crença, era um fato.

— Ele é real – repetiu, virando-se para Sherlock de novo – Você é real, você sabe que é, por que diabos não diz nada!?

O amigo o olhou nos olhos. E continuou olhando sem dizer nada. Só queria que ele lhe lançasse uma âncora e lhe aterrissasse na realidade normal onde ele existia, onde nenhum contra-argumento fosse capaz de desestabilizá-lo; onde o aperto em seu coração não crescesse pelo terrível silêncio do outro. Sherlock se aproximou até restarem poucos centímetros. Inclinou-se um pouco.

— Eu sou real – suas palavras vieram com uma força transcendental. Talvez por elas tiverem demorado segundos demais, não conseguiram acalmar a mágoa que se formou tão facilmente.

Resolveu ignorar o sentimento – que tanto detestava – e acelerar a visita. Afastou-se do toque de Sherlock.

— Só me diga o que quer que eu diga pro Mycroft pra eu poder ir embora.

Sherlock deu um suspiro.

— Pegue uma folha e uma caneta.

John estreitou os olhos, mas pegou mesmo assim. Mycroft se virou para observá-lo.

— Vou dizer os símbolos e você os coloca no papel, será uma mensagem cifrada em Código Morse. E antes que pergunte, não, eu não quero que saiba o que está escrito.

Watson procurou e achou uma folha limpa e uma caneta no meio dos documentos e pastas da mesa. Poderia ser indelicado, mas John não se importava.

— Eu sei Código Morse – sussurrou – Vou saber de qualquer jeito.

— Mycroft e eu reinventamos o código com nossas próprias regras quando eu era criança. Nem nossa mãe descobriu como utilizá-lo.

John não conseguia imaginar o porquê do mistério. Seria algum tipo de aviso? Um pedido de perdão? Quando morresse, John não saberia o que diria para alguém que ficou para trás. Poderia pedir para viverem mais do que ele viveu. Se sentiria sozinho, mas ficaria feliz pelos que ficaram continuarem. Não achava que era algo que Holmes escreveria; mas ele nunca compartilhara sua alma com John de qualquer maneira.

Sherlock começou a dizer os traçados e pontos, e Watson os colocava no papel rapidamente.

— Mas o que você está fazendo!? – questionou Mycroft, por cima do ombro.

Ignorou-o. Quando terminou, entregou para o remetente, mas pelo olhar dele, era obvio que sua leitura dinâmica e cérebro rápido já haviam sugado o conteúdo da mensagem. Mesmo assim, Mycroft arrancou a folha de sua mão e passou os olhos rapidamente, abaixando-a logo em seguida para encarar John. Havia uma coisa estranha por detrás de seus olhos. Watson começou a ficar preocupado pelo que poderia estar escrito ali.

Mycroft afastou-se e passou uma mão no rosto. John o seguiu com o olhar.

— O que estava escrito? – perguntou, preocupado.

— É melhor você ir embora – sorriu forçadamente.

— Mas...-

— A hora da visita acabou, é hora de ir – disse mais friamente.

Olhou para Sherlock, à espera de uma deixa. Este não parecia disposto a ir a lugar nenhum.

— Fique, se quiser – sussurrou John, já começando a se mover.

Mas Sherlock o pegou pelo braço, o parando.

— Espere.

John ia perguntar pelo quê diabos ele queria esperar, mas ficou distraído pelo olhar de Mycroft, que parecia querer atirá-lo para fora do escritório. Watson queria sair logo, mas Sherlock ainda o segurava pelo braço. Não machucava, mas era desconfortável. Deus, o que raios ele estava esperando?

O telefone da mesa tocou. Como que decidido a esquecer a esquisitice da situação, Mycroft pegou o telefone. Enquanto ouvia, não tirava os olhos de John. A conversa foi muito rápida, o outro lado da linha falava bastante, enquanto Mycroft tinha a expressão mais sombria a cada instante, fazendo perguntas monossilábicas. Bateu o telefone e pegou um casaco de algum lugar, disposto a sair.

— O que aconteceu? – questionou John.

A resposta foi curta e grossa.

— Magnussen está morto.

(...)


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Notas finais do capítulo

Reviews*-*?



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