O Babá ( Hiatus) escrita por Lia Clemente


Capítulo 6
If She Laugh, Marry it with her


Notas iniciais do capítulo

Oláá! Sei que demorei muiito, mas a fic está em hiatus, então eu me foquei na minha outra fic. Boom, meu pc voltou a funcionar há alguns dias, então comecei a escreve-la. Eu vou me mudar, ainda essa semana, (não muito animada) então, talvez eu torne a sumir. Espero que gostem desse caps. Beijoos. Ah, ignore o fato da foto ter uma garotinha grande, imagine que é um menininho.



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                   "Ohana quer dizer família. E família quer dizer, nunca abandonar ou esquecer."

Arranhei a garganta, evitando olhar para outra coisa que não fosse os olhos esverdeados da Evie, abaixei-me, ainda espantado pela fala do bebê.

— Não, Evie, é Austin. — Disse. Ally, provavelmente, deve estar pensando que eu incentivei sua filha a dizer isso.

— Papa

— Austin, Evie. — Incentivei a menininha a dizer o meu nome, mas, ela parecia ser tão insistente quanto a mãe.

— Papa! — Ela berrou, parecendo irritada. Ally riu, aproximando-se de nós e tomando Evelyn nos braços.

— Evie, você falou. — A Dawson jogou a menininha para o alto e encheu o rosto alvo e gorducho de beijos. — Diz de novo.

— Papa. — A moreninha riu pelo nariz.

— Olha, Ally, eu não a incentivei a me chamar assim. — Disse, trazendo a atenção da mulher para mim.

— Não se preocupe, Austin. — Ela desdenhou com a mão. — Eu não vejo problema. — Sorriu, e suas bochechas tornaram-se rosas. — A não ser que você não queira. — Sorriu encabulada.

— Não, não, não. — Disse rapidamente. — Está tudo bem. — Sorri para Evie, que nos observava atentamente. — Eu...hm...vim busca-la para o banho.

— Ah, sim. — Beijou Evelyn novamente e me entregou.

— Vamos tomar banho, gatinha? — Perguntei, virando-me para entrar na casa.

— Papa. — Ela repetiu.

— Vou preparar o jantar. — Ally avisou, quando pisamos na cozinha.

— Opa, perai! — Segurei seu braço, para impedi-la de se aproximar da geladeira. — O médico disse que você precisa repousar. — Ela revirou os olhos, colocando as mãos na cintura.

— Cozinhar não irá me matar, Austin. Médicos são sempre exagerados, o meu bebê e eu somos fortes.

— Médicos não são exagerados. — Retruquei, arrumando Evelyn no colo. — Vá fazer algo que não envolva ficar de pé, eu vou dar banho na Evie e depois faço o jantar.

— Você é tão chato. — Reclamou, brava.

— Hey, eu não sou chato. Só não quero que você vá parar no hospital novamente. — Ela cruzou os braços. Merlin, que mulher dificil. — Vamos, Ally. — Resmunguei.

— Tá bom! — Exclamou, ainda de braços cruzados, ela me deu as costas e saiu da cozinha.

— Eu, hein, sua mãe é muito irritada. — Murmurei para Evie, que me olhou, mordendo a mão, risonha.

Subi os degraus, passando pelo quarto dos meninos, que estava, estranhamente, silêncioso. Segui para o quarto da Evelyn, preparei a banheira, banhei-lhe rapidamente e a vesti com um conjunto branco e quente. Equilibrando uma Evelyn agitada na cintura, eu segui para cozinha, acomodei a garotinha na cadeira-alta e separei as coisas necessarias para fazer o jantar.

— Oi, Austin. — Charlie saudou, apoiando as mãos na cadeira para subir.

— Hey. — Disse, cortando o tomate.

— Eu vi a mamãe, ela parecia irritada. — Disse. — Sabe por que? — Perguntou-me.

— Eu não a deixei preparar o jantar. — Respondi, virando-me para ver o que o garoto fazia.

— Por que? — Perguntou novamente, virando a cabeça para me olhar.

— Ela não deve fazer esforços.

— Ah. — Ele pulou da cadeira, arrastando-a até mim e subindo. — Mamãe é muito teimosa. — Sussurrou, como um segredo. — Não deixe-a saber que eu disse isso, por favor. — Pediu.

— Pode deixar. — Pisquei para ele, fazendo-o rir.

— Posso ajuda-lo? — Perguntou.

— Uh, não acho uma boa ideia, Charlie, sua mãe irá me matar se descobrir.

— Ela não vai descobrir, por favor, Austin.

— Tudo bem. — Suspirei, entregando á ele a salada. — Tempere-a para mim, fazendo favor.

— Legal. — Murmurou, mordendo a ponta da lingua e esticando-se para apanhar o saleiro.

— Só, não mexa nas facas, e não se aproxime do fogão.

— Ta bem. — Assentiu, concentrado em sua tarefa.

— Eu também quero ajudar. — Danny saltitou pela cozinha, arrastou uma caidera parando ao lado do irmão.

— Aqui, amasse as aboboras. — Entreguei um pote laranja para ele, que logo começou a amassa-las, animado. — Onde está o David? — Perguntei.

— Está ajudando a mamãe a escolher as coisas do quarto da bebê. — Danny respondeu.

— Ah, sim. — Quase vinte minutos depois, nós já haviamos terminado o jantar. Danny arrumou os pratos e talheres na mesa, com a ajuda do irmão mais novo. — Ally, David, o jantar está pronto! — Avisei.

— Oba! — David gritou, descendo rapidamente. Allyson vinha logo atrás, usava um pijama comprido e os cabelos castanhos presos em uma trança, suas orelhas estavam vermelhas, os braços cruzados abaixo do peito e os olhos semicerrados. Nos arrumamos á mesa, ajudei Charlie a comer, enquanto Ally ocupava-se de dar o jantar de Evelyn, e comer o seu.

Após o jantar, Danny, Charlie e David me ajudaram a organizar a cozinha, colocando a louça suja na lava-louças. Limpei o fogão e organizei a mesa, com Charlie nos ombros, seguimos para sala, onde Evelyn já estava adormecida no cercadinho e Ally assistia á televisão, onde um tal desenho, " Hotel Transilvania 2 " começava.

— Oba! — Os três loiros exclamaram. Os gemeos jogaram-se no tapete acochoado, e Charlie, após retira-lo dos meus ombros, juntou-se aos irmãos. Sentei-me ao lado de Ally, que continuou com os olhos presos a televisão. Bem, acho que ela continua um pouco brava.

— Ally? — Chamei, ela olhou-me pelo canto dos olhos, mantendo sempre os braços junto ao corpo.

— Que? — Resmungou.

— Você está brava? 

— Não. — Disse. Pelo tom, incrivelmente, gentil em sua voz, era claro que ela ainda estava brava. Oras, eu só não queria ter que correr com ela novamente para o hospital. Puxei uma fralda-de-pano, que utilizavamos para secar, a baba de Evie, só para constar, essa está limpa. Aproximei-me da Dawson e amarrei o pano em volta de seu pescoço, deixando a maior parte pendurada á suas costas.

— Pronto, agora você está super-brava. — Disse, esperando pela reação dela, ou ela riria, ou arrancaria a minha cabeça. Uma vez, enquanto navegava na Internet, eu vi uma postagem que dizia assim:

Se a sua namorada estiver brava com você, amarre um pano em seu pescoço e diga:

— Agora você está super brava.

Se ela rir, case-se com ela.

Não que Ally e eu ainda temos alguma coisa, ou que, um dia, vamos nos casar, eu só queria que ela deixasse esse mal humor de lado. Ally riu, descruzando os braços e balançando a cabeça.

— Bobo. — Ela revirou os olhos e relaxou.

— Não está mais brava? — Perguntei.

— Não. — Respondeu-me, ajeitando-se no sofá. — Sei que você só estava preocupado, mas ficar em pé pos alguns minutos fazendo o jantar não irá causar problemas á mim, nem ao bebê.

— Tem certeza? — Perguntei, arqueando as sobrancelhas e olhando desconfiado para ela.

— É, claro. Quando eu fique gravida dos gemêos, trabalhei até o fim da gestação, e meu corpo sequer estava preparado para receber um bebê, quem dirá dois. — Disse, dando de ombros. Poucos segundos depois ela arregalou os olhos e virou o rosto para televisão.

— Hm... se o seu corpo não estava preparado para receber um bebê, por que fez a inseminação?

— Esquece, Austin. — Ela continuou a olhar para televisão.

— Mas...

— Você quer mesmo contrariar uma mulher gravida? — Arqueou as sobrancelhas.

— Não, não quero. — Levantei-me, retirando a fralda de seus ombros, jogando sobre o meu e caminhando até o cercadinho da Evie. — Vou leva-la para o quarto e tomar um banho, não demoro.

— Tudo bem. — Assentiu, voltando a assistir o desenho. Com Evelyn babando em meu ombro, eu subi os degraus, deixei a garotinha no berço, puxei o cobertor até seus ombros e apaguei a luz. 

— Boa noite, Morceguinha. — Murmurei. Sai do quarto, e segui para o meu, separei uma calça de moleton cinza, e uma blusa de mangas compridas azul, joguei sobre a cama e segui para o banheiro. Tomei um banho quente, sequei-me rapidamente e me vesti. Em seguida, desci, as crianças continuam entertidas no desenho, Charlie estava deitado no colo de Ally, com uma chupeta azul nos lábios.

— Austin, eu quero leite. — Danny pediu, mexendo-se no tapete.

— Ok. — Segui para cozinha e comecei a preparar o leite dos meninos, coloquei o de Charlie em uma mamadeira com detalhes verdes e o dos gemêos em copos com canudo. Levei para sala e entreguei para ele, que começaram a tomar, sem desviar os olhos do desenho, agora passava Valente. — Quer alguma coisa, Ally?

— Eu aceito um pouco de café.

— Ok. — Respondi, segui para cozinha, servi o café em dois copos e voltei para sala, entregando para Ally e me acomodando ao seu lado.

— Obrigada. — Ao fim do filme, os meninos já haviam dormido, Ally levantou-se e levou Charlie para o quarto. Abaixei-me e equilibrei os dois garotos em meu colo, os levei até o quarto, coloquei eles na cama e arrumei o cobertor.

— Boa noite, garotos. — Disse, saindo do quarto e apagando a luz.

— Boa noite, Aus. — Allyson disse, ao sair do quarto do pequeno Charlie.

— Boa noite, Alls. — Sorrimos e entramos em nossos quartos. 

Bem, esse trabalho está sendo melhor do que eu imaginava.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim, vou ficando por aqui gente. Boa noite, até o próximo. Beiijooos. ♥♥♥♥