Capítulo 5

Anthony pov

Depois da confirmação da Sophia, Alice ficou impossível. Não a deixou nenhum minuto sozinha a arrastava de um lado para o outro com todas as mulheres a sua volta, ajudaram ela a se limpar, mostraram todas as roupas que compraram, enfim a cercaram o dia todo. Ela estava bem acuada no começo, mas depois foi se soltando e confiando nelas.

Resolvi dar uma volta para pensar, fui para perto do riacho que ficava próximo a nossa casa.

Fiquei pensando em tudo o que ela havia passado. Perder os pais tão cedo e ter que viver fugindo. A minha situação nem se comparava com a dela, eu tive sorte de ter uma família comigo, Já ela perdeu os pais dessa forma tão violenta pelos Volturi. Os Volturi, se eu pudesse acabaria com eles para me vingar pela Sophia e para poder viver em paz.

Apesar de acabar de ter conhecido a Sophia eu já me sentia ligado a ela. Não era o mesmo modo que eu estava ligado aos meus pais Não tinha certeza sobre o que eu sentia em relação a ela, mas era algo muito forte. Fui interrompido dos meus pensamentos pelo meu pai que se sentou ao meu lado.

- Tudo bem?

- Tudo. - Ele ficou em silencio para me dar espaço para colocar os meus pensamentos em ordem. - Bom, na verdade não. Eu não consigo me conformar com tudo o que aconteceu com a Sophia.

- Todos nós também, mas não podemos agir simplesmente por impulso. Temos que nos precaver antes de tomar alguma atitude mais drástica.

- Eu sei.

- Você gosta mesmo dela, não é. - meu pai afirmou.

Se eu fosse humano provavelmente estaria corado. Nós geralmente sempre tínhamos essas conversas de pai e filho, mas não costumávamos falar tanto sobre garotas, geralmente eu acabava mudando de assunto. Mas agora eu estava um tanto confuso, precisava falar com alguém.

- Bom .. eu não sei, eu gosto dela de um jeito diferente Não é da mesma forma que eu gosto da mamãe e de você, é diferente. Me da medo.

- Eu sei o que você está sentindo. Eu me senti da mesma forma quando conheci a sua mãe. Eu estava amando.

Sabe quando você entende o que a pessoa quer dizer, mas fica relutando em aceitar era o que estava passando por mim. Eu apaixonado. Meu pai ficou me olhando e sorrindo, ele provavelmente ouviu o meu dilema. Parece que se passaram horas que eu estava tentando compreender o obvio.

- Não, é, ela.. eu.. eu a-acho que. - comecei gaguejando

- Não precisa ficar com vergonha,é natural, eu também passei por isso.

- E o que você fez?

- Bom, no começo eu fiquei com medo, não sabia muito o que dizer, mas depois as coisas foram fluindo, eu a cortejei, e bom, ai nós ficamos juntos.

Do jeito que ele dizia parecia tudo muito simples, mas eu nem mesmo sabia se ela sentia alguma coisa, afinal nós mal nos conhecemos, e além do mais ela tem só o que dois anos.

- Você não deveria pensar só pelo lado negativo. eu tenho certeza que tudo vai se ajeitar no final.

Fiquei até tarde pensando sobre tudo que havia acontecido. Apaixonado. Era estranho me sentir assim depois de tanto tempo, nunca pensei que isso fosse acontecer. Não sabia como deveria agir agora. Como eu iria encarar Sophia sabendo que ela poderia não sentir a mesma coisa.