O Amor e o Tempo escrita por kahak


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

muito obrigada por todas as reviews
Último capítulo, espero que gostem



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Capítulo 16

 

Ao Amor Antigo

 

O amor antigo vive de si mesmo, não de cultivo alheio ou de presença. Nada exige nem pede. Nada espera, mas do destino vão nega a sentença.

 

O amor antigo tem raízes fundas, feitas de sofrimento e de beleza. Por aquelas mergulha no infinito, e por estas suplanta a natureza.

 

Se em toda parte o tempo desmorona aquilo que foi grande e deslumbrante, a antigo amor, porém, nunca fenece e a cada dia surge mais amante.

 

Mais ardente, mas pobre de esperança. Mais triste? Não. Ele venceu a dor, e resplandece no seu canto obscuro, tanto mais velho quanto mais amor.

 

Carlos Drummond de Andrade

 

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E o tempo foi passando.

 

Já era fim de tarde de um dia frio em Chicago, dia 15 de fevereiro de 2017, faziam exatamente 100 anos desde o nosso casamento, aonde tudo começou. E nós escolhemos esse dia para o nosso novo casamento, onde eu passaria de Isabella Marie Swan Masen para Isabella Marie Swan Cullen. Era o mesmo lugar, a antiga casa dos meus pais, nós conseguimos compra-la, a arquitetura ainda era bem parecida com a original, iria ser praticamente igual a cem anos atrás. Até o vestido que eu iria usar seguia a linha do que usei antes, é claro que esse era bem mais moderno. (http://wp.clicrbs.com.br/noiva/files/2009/08/mariana.jpg - é o ultimo vestido) Seria algo bem privado, só para a família, contrariando a vontade da Alice é claro, pois se deixássemos nas mãos dela seria uma baita festa com não sei quantos convidados. Era uma vontade nossa de somente compartilhar essa nova fase com a nossa nova família, seria um momento muito especial. Apesar de já ter passado por isso uma vez, sentia todo o nervosismo novamente, só que bem maior. Muitos anos nos

separaram, e agora nós estaríamos completos por toda a eternidade, seriamos uma família completa. Todos os preparativos estavam prontos, pois como vampiros só teríamos que nos preocupar com a decoração. Anthony não parava quieto em nenhum lugar, hora ele vinha ficar perto de mim, hora perto de Edward. As mulheres estavam me ajudando, com o vestido, penteado e maquiagem. Não via a hora de começar o casamento. Em vez de padre, nós só chamamos um juiz de paz, era para ser uma coisa mais simbólica, pedimos para ele dizer no final,

para toda a eternidade, pois era assim que nós permaneceríamos agora.

 

As horas foram se passando e já estava quase na hora do casamento, o juiz de paz já havia chegado, e dava para perceber que ele se sentia um pouco intimidado por nós, mas eu não me importei. Hoje o dia seria perfeito. Rosalie já tocava a música da minha entrada no piano, as poucas pessoas que estavam ali estavam muito felizes, por nós principalmente por tudo que havíamos passado, por todos esses anos. Das escadas eu podia ouvir os soluços de Esme, se ela fosse humana, com certeza estaria se debulhando em lágrimas de emoção e felicidade pelos filhos, sim, pois ela já me considerava uma filha, e a Anthony um neto querido. Eu estava sendo acompanhada pelo meu filho, com os seus eternos quatro anos. Ele estava aparentemente mais ansioso do que eu, parecia que ele queria correr para chegar mais rápido, mais eu o contive. O caminho até o altar improvisado foi longo, a cada passo um filme com tudo o que havia ocorrido nestes últimos anos passava pela minha cabeça, me deixando emocionada. Fui tirada dos meus pensamentos, por quem eu mais queria no momento. Ele, o meu amor eterno Edward.

Estava perfeito me esperando, seus olhos pareciam ouro derretido, e era como se dissessem eu te amo, melhor impossível.

Fiquei presa nos olhos dele até chegar ao altar e segurar nas suas mãos. Depois, muito relutante fui obrigada a tirar os meus olhos dos dele, para "prestar atenção" no juiz de paz a nossa frente. Várias palavras foram ditas durante o casamento, mais as únicas que eu realmente escutei foi por toda a eternidade e eu os declaro marido e mulher, depois disso nos beijamos com todo amor que tínhamos, não de um jeito vulgar, mais de um jeito que demonstrou tudo o que estávamos sentindo naquele  momento. A comemoração pós casamento não durou muito, pois assim que pudemos nós fomos para a nossa lua de mel, iria ser a

primeira vez que eu ia ficar longe de Anthony, ele parecia reagir bem a isso, e se mostrou feliz em ter que ficar com a sua nova família que agora iria para o Canadá.

Para mim não importava o lugar da lua de mel, mas só o fato de estar com Edward. Nós viajamos por toda a Europa, vimos grandes pontos turísticos, e aproveitamos para nos amarmos muito, aproveitar cada tempo perdido e transformar em lembranças felizes e eternas. Viajamos por quase um mês, mas depois a saudade falou mais alto e resolvemos voltar.

 

A recepção que recebemos foi a melhor de todas. Toda a família nos esperava, na frente da casa, foram muitos abraços, muitos beijos, felicitações. Nunca me senti tão feliz de estar com uma família como essa, a minha. Nó iriamos morar no Canadá, só que somente nós três, pelo menos por enquanto, seria o melhor.

 

O mesmo tempo que trouxe a dor, a agonia, a descrença, me ensinou que com paciência e fé foi possível o meu maior e impossível desejo se tornar realidade. Os anos de espera valeram por tudo o que eu recebi de volta, melhor e maior do que as minhas expectativas.

 

Já estávamos na segunda feira do primeiro dia de aula de Anthony, o clima estava perfeito para nós frio e sem sol, mais a brisa que soprava era delicada balançado os meus cabelos levemente ondulados de um lado para o outro . Estava do lado de fora do carro, perto do portão de entrada da escola que ainda permanecia fechado, Anthony já sabia que eu estava aqui. Em anos, com certeza esse era um dia muito especial para ele, podia sentir a felicidade sendo emanada por ondas. Não demorou muito e o sinal tocou e várias crianças foram correndo em direção a seus pais, nesse instante me lembrei de como me dava um aperto no coração, quando eu vinha buscar Anthony sozinha, ele se mostrava feliz, pé claro, mais eu sabia que não era a mesma coisa. Fui tirada das minhas lembranças, por braços fortes que se apoiaram pelos meus ombros, me puxando para um abraço protetor.

 - No que estava pensando? - Edward perguntou.  - Em como Anthony vai ficar feliz por estarmos os dois aqui hoje, juntos, como todas as outras famílias.  - Eu também estou feliz, só não acho que nós somos como as outras famílias. Não com a esposa mais bela e amada do mundo, e o melhor filho que qualquer um possa ter, e os melhores pais, irmãos, tios, avós e amigos.  - E com o melhor marido e pai de todo o universo.  - Eu te amo. - ele disse olhando nos meus olhos.  - E eu te amo mais do que você possa imaginar. - disse sorrindo.

Ele ia retrucar, mas fomos interrompidos pelo ser que nós mais amávamos em todo o mundo, e isso não tinha discussão. Anthony estava radiante, ele se sentia igual as outras famílias, só que muitas vezes mais feliz. Ele estava na nossa frente, o meu eterno menininho de quatro anos, me abaixei e o peguei no colo, Edward estava do meu lado segurando sua mochila. Anthony nos puxou para um abraço e sussurrou para que somente nós pudéssemos ouvir.

 - Muito obrigado mamãe e papai.

 

Fim?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
 
e aguardem em breve O Amor e o Tempo Segunda temporada
 
mas enquanto não chega dem uma olhada na minha nova fanfic
Os Cullens vão para Nevada .. de trailer???
http://fanfiction.nyah.com.br/historia/66770/Os_Cullens_Vao_Para_Nevada_De_Trailer