Now What? escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 5
Capitulo 4 - Madrugada


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores,
Eu não sumi novamente (Aé!)! E, prometo fazer o possível para não sumir mais. Como vocês estão? Eu estou ótima, obrigada! Tenho muito o que agradecer a todos vocês... Por acompanharem, favoritarem, comentarem. Vocês são demais! Eu respondi alguns comentários, mas não consegui responder muitos, vocês sabem, fim de ano escolar e tudo mais. Mas, se eu ainda não respondi nenhum seu, espere mais um pouquinho, prometo que ainda vou responder.
Bem, espero que gostem desse capitulo.
Beijos,
Manu Schreave



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Sinto-me ser cutucada por alguém, enquanto uma voz tenta me tirar de meus sonhos. Aos poucos, minha audição se torna sensível o bastante para compreender a voz.

— Katniss, acorde, por favor! — Reconheço a voz aflita como de Peeta.

Faço um esforço sobrenatural para abrir meus olhos, e quando consigo tudo ainda está embaçado por causa do sono, mas quando minha visão é focada posso ver a imagem de um Peeta desesperado, com as mãos em meus ombros, sacudindo-me.

— Já acordei, pode me largar. — resmungo com a garganta seca, tentando me livrar do aperto das mãos de Peeta. — Qual o problema, Peeta?

— É o Arthie, Kat... — começa e eu o incentivo com o olhar a prosseguir. — Eu me levantei para tomar uma água e conferi-lo há pouco e...

— Certo, mas o que ele tem? — interrompo-o, tentando faze-lo se expressar mais rápido.

— Ele está ardendo em febre, Kat. E-eu... — começa a gaguejar em desespero, posso ver a aflição em seus olhos.

— Calma, Peeta. — Levanto-me da cama, agradecendo a Deus por ter dormido de calça e blusa, e vou em busca de minha maleta de itens médicos. — É super normal, os dentinhos dele estão começando a nascer, mas vamos dar uma olhada e você vai ver ele está ótimo. — tento acalma-lo no caminho para o quarto azul no final do corredor.

Quando chegamos ao quarto que está com a luz acesa, me aproximo do berço e vejo Arthur quase sentado, exatamente da forma que aprendeu a ficar sozinho, o que nos fez sorrir e comemorar muito esta semana, com a pele pálida e um pouco suada, os pequenos olhos azuis focados no nada. Encosto minha mão na bochecha e testa do pequeno, não parece tão quente, provavelmente, a faixa comum da dentição. Pego Arthie no colo e me sento na poltrona no canto do quarto, sentindo Peeta me perseguir, posiciono meu termômetro entre os braços dele e seguro-o confortavelmente, sorrindo e tentando distrai-lo. Converso com ele, escutando seus sons inexplicáveis que em algum lugar em mim parece ter toda a lógica.

Quando completa tempo o bastante para a medida ter sido tomada retiro o termômetro de Arthur e observo.

— E, aí, quantos graus? — Peeta questiona aflito.

— 38,1ºC — respondo. — Mas, não fique aflito, Peeta, é completamente norm...

— Meu filho está com febre, Kat, e eu não sei nada, não consigo tirar isso dele. Como quer que eu fique calmo? Como quer que eu trate isso como ‘normal’? — se exalta, desesperado.

— Primeiramente, pare de gritar, ou eu te expulso do quarto.

— A casa é minha. — retruca.

— Eu sei que é sua, mas eu sou a médica. Caso queira cuidar da febre dele sozinho, eu tenho uma cama me esperando logo ali, certo? — resmungo de volta, mas o mais baixo possível para não assustar Arthur, de forma que minha voz parece ainda mais ameaçadora.

— Me desculpe, Katniss, desculpa! Eu apenas estou desesperado, é a primeira febre dele.

— Imaginei que fosse, mas pense que você ainda tem uma vida toda para cuidar dele, se toda vez se desesperar assim, não vai ajudar em nada. — tento, ao máximo, ser doce, mas deixo minha broca clara.

— Você está certa. Mas, o que nós podemos fazer para ele melhorar.

— Bem, continuando de onde parei, é normal, porque ele está na fase de ter os primeiros dentinhos nascendo, e, com isso, vem a febre, desconforto. Você vai ver, esse é só o princípio. — falo, aterrorizando-o mesmo que sem querer. — Mas, vamos pensar só na febre, por enquanto, certo?

— Tudo bem, mas o que podemos fazer?

— Para começar, tiramos a roupa dele, porque ela abafa a temperatura, e ele tem que ficar fresquinho. — respondo, já tirando as peças do pijama fofo que comprei para ele. — Mas, é bom dar um banho frio, também. Você prepara o banho?

— Preparo, sim. — responde, mas permanece no lugar, balançando a cabeça para cima e para baixo como um bobão.

— Vai ou não vai? — chamo a atenção dele que assente novamente e segue para o banheiro de Arthur. — E, você, meu amor? O dentinho tá incomodando? A tia Kat vai comprar um mordedor para você, meu gatinho, vai comprar, sim. — converso com Arthie que gargalha alto e emite sons, como que me respondendo.

— O banho está pronto, eu acho. — a voz de Peeta me assusta.

— Da próxima vez, anuncie que está por perto, você me assustou. Isso é perigoso! — alerto-o enquanto carrego Arthie para o banheiro. — Segura ele e vai tirando a fralda enquanto eu verifico a temperatura da água.

Me aproximo da banheira e coloco alguns dedos da mão direita para verificar e sorrio, Peeta se saiu bem. Ele está cada dia melhor. Aprendeu a dar banho sem deixar o pequeno quase bater a cabeça, aprendeu a tentar fazê-lo parar de chorar nos raros momentos de choro, e, até mesmo, achar a temperatura correta para a água do banho. Ele sempre se faz de bobo, mas eu sei que ele anda lendo alguns livros para ‘papais de primeira viagem’.

— Quer dar o banho hoje? — questiono, virando-me e vendo a linda cena de Peeta brincando com Arthur. Eles são tão lindos juntos!

— Não, não. Eu estou com medo.

— Por causa da febre? — Sorrio, pegando Arthur e levando-o para a banheira azul. — Se for, eu já te falei, é completamente normal. Depois do banho, vamos medir de novo e, dependendo, damos um remédio.

Enquanto eu dou banho em Arthie, Peeta tenta distrai-lo com alguns brinquedos, pois, apesar do banho ser um dos momentos favoritos do pequeno, ele faz uma bagunça, batendo na água e me molhando toda, o que não seria muito legal, já que são pouco mais de quatro da madrugada.

— Peeta — chamo-o delicadamente para evitar qualquer reação em Arthie. —, você deveria ir dormir.

— Por que eu deveria ir dormir? — questiona fazendo bico, como uma criança teimosa.

— Porque já passou das quatro e você tem de acordar cedo.

— Eu sou o pai, não importa o fato de ser tarde, ou não, eu tenho que ficar cuidando dele. — Suspira alto, lutando por argumentos.

— Eu sei que você é o pai, e eu acho algo muito importante que você entenda que deve cuidar do pequeno aqui, mas você tem de acordar cedo, certo?

— Não importa o que você diga, Katniss Everdeen, nada me fará dormir até eu ter certeza que meu filho está cem por cento bem. — resmunga fofamente, fazendo novamente aquele bico que Arthur sempre faz antes de chorar.

— Tudo bem. Vou me concentrar em pedir a Deus que Arthur não seja tão pirracento quanto você.

— Me chame de pirracento, chorão, criança, não importa. Pelo menos, você deixou eu ficar aqui. — Sorri torto, enquanto seca Arthur e eu busco as coisas para ‘vesti-lo’.

— Como se minha autorização importasse.

— Acredite ou não, importa. Depois que eu, meio que me exaltei aquela hora...

— Meio que se exaltou? Eu acho que o ‘meio’ é desnecessário.

— Certo, certo. Depois que eu enlouqueci e você ameaçou me deixar cuidando do pequeno príncipe sozinho, percebi que importa, sim, e muito. — responde, me fazendo sorrir, em meio a nosso trabalho em dupla.

— Primeiro, você sabe que eu não te deixaria sozinho com o Arthie, né?

— Hum... Não, eu não sabia, até agora. — responde meio sem graça, colocando a fralda em Arthie.

— Então, tenha certeza, eu nunca deixaria o Arthie na mão, muito menos na sua mão. Você sabe, crianças são sagradas para mim, e o Arthie já tem todo o meu coração. — Sorrio. — E, segundo, que ideia é essa de pequeno príncipe?

— Eu não sei. Quer dizer, você está sempre o chamando de pequeno e, que eu me lembre, ele é igualzinho o pequeno príncipe original. Os olhos azuis, os cabelos loiros e, claro, a fofura. — descreve, me fazendo sorrir.

— Como você sabe tão bem a descrição?

— Bem, a minha melhor amiga amava O Pequeno Príncipe, sabe? Era o livro favorito dela, citava o tempo todo, lembro-me de algumas citações até hoje.

— Oh, sério? Cite algo, por favor. — peço rindo, mas, sem esquecer de Arthie em momento algum, medindo sua temperatura com o termômetro.

— Eu gosto de praticamente todas as citações, é praticamente impossível escolher uma, mas eu gosto daquela... — Estreita os olhos se lembrando das palavras exatas. — Era uma pessoa igual cem mil outras pessoas. Mas, eu fiz dela um amigo, agora ela é a única no mundo. — cita, olhando em meus olhos, falando com um sorriso nos lábios o que faz meus lábios se curvarem, também.

Sinto que não consigo tirar meus olhos dos dele, é como um imã. É inevitável e quase mágico! Parece que os mares de seus olhos gritam-me com aquele som que esperamos quando colocamos uma concha no ouvido. E, para alimentar minha tolice, seus olhos não se desviam dos meus, também. Suas palavras parecem ter mais efeito que nunca, e eu sinto vontade de fazer algo que nunca tive coragem, mas o chorinho de Arthur dá fim a cena de filme.

Meu Deus! O que estava se passando pela minha cabeça? Ignoro tudo tirando o termômetro de Arthur e olhando a temperatura, que me faz sorrir e vira-lo em direção a Peeta.

— Não falei?

— Muito bem, doutora Everdeen, estava mais que certa. Agora, podemos dormir.

— Sem dúvidas, afinal, estou sempre certa. — brinco. — Mas, manterei ele dormindo comigo por segurança, pelo menos, hoje.

— Seria ótimo, vou ficar bem mais tranquilo. — responde intensificando o ‘bem’. — Acho que vou ir dormir, como você mandou. Boa noite! — Sorri, já se afastando.

— Peeta! — chamo-o de repente, quando uma ideia me vem à cabeça e ele já está quase saindo do quarto.

— Sim?

— O que acha de sairmos no sábado?

— Como?

— Ah... Quer dizer, você não trabalha no sábado, né? Estava pensando em levar o Arthie no parque, ia ser legal, sabe? Brinquedos, grama, piquenique, fotos... Entende? — tento explicar me embolando toda.

— Você não acha que ele está muito pequeno para isso, não? — questiona, duvidoso.

— Claro que não! Nunca é cedo demais para começar a colecionar fotos e memorias, Peeta. E, se o problema for os brinquedos, há vários especialmente para crianças pequenas, ou podemos simplesmente caminhar. É bom ele estar mais perto da natureza. — luto para convence-lo, mantendo um sorriso no rosto.

— Você está certa...

— Eu sempre estou. — interrompo-o, pontuando este fato.

— Tem tempos que não tiro fotos do Arthur, desde que ele veio morar comigo, aliás. Tenho de aproveitar, certo? Dizem que essa fase passa rápido.

— Bem, olhando pelos pequenos que passam pelo meu consultório, passa mais que rápido. E, sobre não ter tirado fotos, eu tirei o suficiente para mim e por você. — Sorrio e vejo sua expressão de quando tem uma questão. — Diga!

— Não é nada. — nega, balançando a cabeça.

— Se você diz... Então, pode ir dormir, você tem que acordar daqui a pouco. — Sorrio para ele que ergue os lábios, ainda com aquela cara questionadora, mas vai embora. — Uma ida ao parque, meu amor, o que você acha? Vamos ver as florzinhas, vamos?


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam, meus amores? Espero que tenham gostado. Deixem vossas ilustres opiniões na caixinha que tem aqui em baixo... :p HAHAHA... Farei o possível para ser rápida com nossa visita ao parque, possivelmente, de volta ao Pov. Peeta. Obrigada por tudo, novamente.
Entrem no grupo do face, para spoilers e muito mais: https://www.facebook.com/groups/655117534634266/
Beijos,
Manu Schreave