Laços do Passado escrita por Amy Mills


Capítulo 3
Amy, um novo mistério a ser desvendado!


Notas iniciais do capítulo

Olá galera! Como prometido um novo capítulo! Espero que gostem e comentem, as opiniões são importantíssimas!



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David da outra gargalhada

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Na pensão da Granny, Ruby e Amy conversam.

Ruby- Então você só lembra-se de estar com a Cora.

Amy- Exatamente, desde criança eu pertenci àquele lugar, não sei de mais nada da minha vida.

Ruby- Mas como pode ser isso?

Amy- Ela me torturava Ruby, me deixava presa por dias, eu era praticamente uma escrava dela.

Ruby- Aquela desgraçada.

Amy- Eu comecei a questionar ela sobre os meus pais, sobre aquele lugar, mas ela me castigava, me batia, me amarrava.

Ruby- Como você conseguiu fugir dela?

Amy- Uma garota chamada Alice me ajudou, ela surgiu lá de repente, nunca entendi nada sobre magia, mas quando conheci a Alice eu vi nela a chance de me livrar daquela bruxa, contei toda a minha história e ela me prometeu que daria um jeito de me ajudar a fugir, um dia, a Cora nos achou, ela tentou me proteger, mas a Cora era impiedosa e nos prendeu. O rapaz que está aqui, que umas pessoas o salvou...

Ruby- O Graham?

Amy- Vocês já conheciam ele?

Ruby- Ele era xerife daqui.

Amy- Era o quê?

Ruby- Um tipo de guarda.

Amy- Ele vivia lá também, era obrigado a satisfazer as vontades da Cora, de um dia pra outro ele surgiu com ela. Sempre que ele se negava a fazer alguma coisa, ela abria uma caixinha, tirava o coração dele e apartava então ele cedia. Ele não falava quase comigo, acho que pra me proteger, só dizia que precisava voltar, parecia perturbado.

Ruby- O Graham tem muita coisa pra explicar. Como você veio parar aqui?

Amy- Depois de um tempo, a Cora saiu e nunca mais voltou, eu consegui que um dos guardas me soltasse e eu devolvi o coração do Graham, procuramos demais por um portal, mas não tivemos sucesso.

Ruby- Mas...

Amy- Pra mim também é um mistério, havia um enorme espelho que a Cora observava outro reino o tempo todo, ela não deixava ninguém chegar perto! Depois que ela sumiu nós nunca conseguimos fazer ele funcionar, mas ontem...Não sei o que aconteceu, eu estava colhendo umas maças e olhei pra o espelho. Eu segurei aquela maça como...Não sei te explicar, mas eu a segurava como se suplicasse que me levasse pra longe dali, me levasse pras respostas que fizessem eu entender a minha história...E segurando a maça eu toquei o espelho e de repente o espelho começou a passar imagens de uma morena chorando e arremessando algo contra um outro espelho, não deu pra ver muita coisa, eu chamei o Graham e quando ele a viu ele só disse: é ela!

Ruby- É ela?

Amy- Sim, só me puxou e entramos juntos no espelho. Depois eu só me lembro de sentir um clarão, foi quando eu percebi que tínhamos atravessado o portal.

Ruby solta um grande suspiro.

Ruby- Que história hein?

Amy- Eu sei

Ruby- Eu já entendi que muito do que você conheceu da vida, veio daquela doida, mas me diz uma coisa, ela te ensinava as coisas, ela te ensinou magia?

Amy- Não acho que ela tinha medo de que se eu aprendesse eu pudesse me virar contra ela.

Ruby- Você sabe se possui magia?

Amy- Nunca tentei, tenho medo de me transforma em alguém tão cruel como ela!

Ruby- Amy, você jamais seria igual a Cora!

Amy- Como pode ter tanta certeza? Acabou de me conhecer!

Ruby- Por que você parece boa, pura e por uma grande sorte não sucumbiu as maldades daquela psicopata, ela só sabe tirar o que é bom nas pessoas e transformá-las em pessoas vingativas, do mesmo jeito que ela fez com a filha.

Amy- A Cora tinha uma filha?

Ruby- Na verdade duas! Mas uma morreu!

Amy- Morreu?( com o semblante triste)

Ruby- Não se entristeça, se a Zelena estivesse viva, todos nós estaríamos mortos, ou amaldiçoados.

Amy- Não entendi!

Ruby- Longa história, depois te conto. O que precisa saber agora é que a Zelena teve o fim merecido, ela era tão cruel quanto a mãe.

Amy- Estou muito surpresa, ela mencionada uma aluna, mas nunca disse que tinha uma filha. E a outra? É cruel também?

Ruby- Olha, não vou mentir pra você, ela era tão má quanto a mãe, fez muita gente sofrer, perseguiu e torturou muitos inocentes, mas ela mudou, mudou mesmo, apanhou muito na vida e finalmente aprendeu que a maldade não iria levá-la a lugar nenhum. Ela era a rainha do nosso reino.

Amy consente com a cabeça e fica pensativa.

Ruby-Você sabe ler e escrever?

Amy abaixa os olhos.

Ruby- Não é vergonha nenhuma Amy, aquela mulher foi horrorosa, a culpa não é sua, vou te ajudar com tudo, que eu puder! Ela comentava algo sobre a sua origem?

Amy- Quando eu perguntava a ela sobre meus pais, ela sempre dizia que a minha mãe me abandonou, que não me quis e que ela havia me achado largada na mata ainda suja de sangue enrolada numa camisa.

Ruby- Eu não acreditaria em nada que aquela mulher dissesse, ela provavelmente te roubou.

Amy- Pode ser, mas aquela camisa poderia ser o sinal ou uma dica de como encontrar meus pais, ela tinha alguns símbolos que poderia me ajudar, isso é se estão vivos.

Ruby- Você ainda tem essa camisa?

Amy- Não, ela queimou no dia que eu disse que a odiava.

Ruby- Maldita bruxa.

Amy- É sim, mas o que ela não sabia é que dentro de um bolso daquela camisa havia um lenço, que pode ser uma pista.

Ruby- Um lenço? E você trouxe com você?

Amy- Nunca me separei dele, todos os dias eu o olhava, tentando decifrar o que significava.

Ruby- Cadê o lenço?

Amy- Eu vou pegar tá no bolso da minha roupa.

Amy sobe as escadas, pega o lenço e quando vem voltando Granny aparece na porta.

Granny- Ei mocinhas, sei que fofocar é ótimo, mas a lanchonete está cheia Ruby, preciso de você.

Ruby- Tudo bem vovó. Depois nós conversamos Amy.

A garota apena consente.

Ruby vai saindo e Amy a chama.

Amy- Ruby?

Ruby- Fala (da porta)

Amy- Qual o nome dela?

Ruby- O nome de quem?

Amy- Da rainha! Qual o nome dela?

Ruby- Regina (sorri e sai)

Amy- Regina (experimenta pela primeira vez essa palavra)... Que nome bonito!

Ela senta no meio da escada e olha fixamente pra o lenço.

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Amy- Eu não sei o que isso significa, mas tenho certeza que vai me levar à pessoa que mais quero encontrar: A minha mãe.

Na mansão.

Henry- Eu prefiro que vá embora Robin, a minha mãe tá descansando!

Robin- Henry, eu sei está tudo muito confuso agora, mas eu preciso me explicar pra Regina.

Henry- Ela não quer ver ninguém, principalmente você, será que não entende? Ela tá cansada Robin, vá embora!

Robin- Eu sei que ela tá magoada, mas eu queria uma chance de conversar com ela.

Henry- Não! Ela não está em condições de receber ninguém.

Regina- Henry.

A voz fria da rainha ecoa e chama a atenção dos dois que se viram e veem a bela morena que está no meio da escada.

Henry- Mas mãe...

Regina- Está tudo bem filho!( tenta manter a serenidade)

O garoto olha mais uma vez pra Robin e dá passagem a ele.

Robin entra sem tirar os olhos da morena que ainda está de hobby.

Henry sobe as escadas e para perto da mãe.

Regina- Não se preocupe (sussurra pra o filho, sorri sem muito ânimo e segura o queixo dele com carinho).

Henry- Eu vou estar no meu quarto se precisar de mim (beija a testa da mãe)

Regina faz um sinal de positivo com a cabeça e o garoto segue pra o quarto.

Regina- O que quer Robin?(fala num tom extremamente calmo)

Robin- Podemos conversar Regina?

Regina engole seco.

Robin- Por favor!


Regina- Tudo bem, eu vou me trocar, me espera no escritório.

Regina dá as costas e Robin vai em direção ao escritório.

No hospital Graham desperta e se assusta com o ambiente.

Snow- Olá amigo.

Graham- Snow?( sorri)

Os dois se abraçam.

Snow- Como está se sentindo?

Graham- Eu tô bem, só estou me sentindo estranho, a maldição foi quebrada não é?

Snow- Sim.

Graham- Eu preciso ver a Regina.

Snow- Graham, primeiro você precisa descansar.

Graham- Não! Eu preciso vê-la, preciso falar com ela.

Snow- Espera! Muita coisa aconteceu desde que maldição foi quebrada.

Graham- O que aconteceu?

Snow- É uma longa história e depois que você ouvir tudo que eu tenho a dizer aí sim poderá encontra-la, mas primeiro...Como você pode estar vivo? Graham, nós enterramos você!

Graham- Foi a Cora!

Snow- Mas como?

Graham- Ela veio pra Storybrooke alguns dias depois que a Emma chegou a cidade.

Snow- Como ela conseguiu entrar aqui? Estávamos no meio de uma maldição.

Graham- Ela observava tudo de um espelho que ela tinha principalmente a Regina, a maldição que o Gold deu pra Regina, havia um encantamento, foi ele e Cora que a criaram, eles eram imunes a ela, por isso ela ia e vinha pra cidade quando queria pelo que percebi não foi a primeira vez que ela veio.

Snow- Como a Zelena( pensa e fala pra si mesma), ela usou um encantamento na maldição que eu lancei e chegamos aqui sem memória( fala mais pra si)

Graham- Você lançou uma maldição( espantado) Quem é Zelena?

Snow- Depois eu te explico. Continua!

Graham- Ela confessou tudo.

Snow- Tudo o quê?

Graham- Ela me enfeitiçou, para que eu me aproximasse da Emma, ela sabia que eu amava a Regina desde a floresta encantada.

Snow- Então é verdade! Você amava a Regina? (com os olhos arregalados)

Graham- Eu sei, parece loucura, mas quando ela me contratou pra que eu te matasse eu já a amava.

Snow- Mas por que nunca disse isso a ela?

Graham- Quais as chances que eu tinha com a rainha?

Snow- A Regina amou imensamente um rapaz que limpava estábulos, a Regina não é e nunca foi interesseira, toda a história da realeza foi a Cora que impôs desde o início. O que ela sente é verdadeiro.

Graham- Mas eu não sabia disso.

Snow- Se você tivesse demonstrado esse amor por ela, talvez ela não tivesse se sentido tão sozinha, esse sentimento teria a fortalecido e quem sabe não tivesse nem lançado a maldição.

Graham- Eu sei e me arrependo cada segundo por não ter dito assim que tive chance.

Snow- Continua a história.

Graham- O objetivo dela era que a Regina sofresse outra desilusão amorosa a princípio, ela queria a transformá-la outra vez na mulher impiedosa que ela era na floresta encantada e finalmente se juntar a filha, mas depois ao notar que não estava sortindo efeito ela armou aquela palhaçada toda, logo depois a “morte” do Archie.

Snow- Então não era você que passou mal naquele dia?

Graham- Era sim, mas eu me senti mal por causa de algo que ela jogou em mim, que faz parecer uma parada cardíaca. Depois que vocês me “enterraram”, ela trocou o meu corpo com o corpo de um dos guardas que ela trouxe do país das maravilhas. Lá tem uma regra bem simples.

Snow- Dois saem, dois entram, eu sei e depois disso?

Graham- Ela arrancou meu coração e me manteve escravizado por lá.

Snow- Aquela mulher era uma psicopata.

Graham- Era?

Snow- Sim, ela era...Ela está morta.

Graham- Como?

Snow- Vou te contar tudo que aconteceu durante esses últimos meses.

Graham se cala e Snow começa a detalhar tudo o que aconteceu depois da sua morte.

Na mansão Regina entra no escritório na hora em que Robin está segurando uma fotografia dela, mas finge não ter o flagrado.

Regina- Desculpa a demora ( disfarça)

Robin- Não tem problema (coloca a fotografia no lugar)

Regina aponta o sofá e se senta em outro que fica de frente ao dela.

Robin- Como você está?

Regina- Já estive melhor

Robin- Regina me perdoa!

Regina- Perdoar exatamente pelo quê Robin?

Robin- Por toda essa confusão que está acontecendo em nossas vidas, eu não queria te fazer sofrer, eu juro Regina.

Regina- Não se preocupe, já passei por coisa muito pior.

Robin- Eu sei, mas eu precisava vir aqui e te dar uma explicação.

Regina- Não precisa.

Robin- Eu sei que não precisa, mas eu quero. Tudo que vivemos Regina foi forte, na verdade é muito forte... Eu...

Regina- Robin, por favor! Eu não quero que me explique, eu já entendi tudo!

Robin- Não Regina, você precisa saber que meus sentimentos por você não mudaram.

Regina- Sei.

Robin- Sei? É só isso que tem a me dizer?

Regina- Isso não significa mais nada! Não muda o fato que agora você deixou de ser viúvo.

Robin- Regina, não usa esse tom.

Regina- Que tom?

Robin- Esse tom que você usa pra demonstrar deboche, como se quisesse demonstrar que não está sentindo nada, mas eu sei muito bem que não é isso.

Regina— Que tom você quer que eu use Robin?(se levanta e começa a andar pelo escritório)

Robin- Regina...

Regina- Me responde sinceramente, que tom você quer que eu use?( cruza os braços e se encosta no armário)

Robin- Não fale como se fosse fácil pra mim, eu tô sofrendo também.

Regina- Você tá sofrendo?

Robin- É claro que estou. O que pensa que eu sou? Um homem sem coração?

Regina- Sinceramente? Eu não sei de mais nada.

Robin- Assim você me ofende Regina, tudo que eu queria era que essa realidade não nos atrapalhasse, sabe que o que nós vivemos foi intenso!

Regina- Como eu disse não muda mais nada.

Robin- Regina não quero me afastar de você.

Regina— O que isso quer dizer?( estreita os olhos pra ele)

Robin- Que a volta da Marian me deixou confuso, é claro, mas...

Regina- Mas o quê Robin? Nós não temos mais futuro.

Robin- Não diga isso! A volta da minha esp...

Regina- Exatamente, ES-PO-SA, ela é sua esposa e isso não vai mudar, sabe por quê?

Ele fica calado.

Regina- Por que eu conheço você Robin, você tem princípio e a volta da mãe do seu filho o prende ainda mais nessa realidade como você diz. Podem me acusar de muita coisa: Assassina, cruel, vingativa... Mas uma coisa eu te garanto, eu mudei! Hoje sou mulher de um homem só e jamais seria capaz de dividir o que é meu... Nesse caso, o que ERA meu.

Robin- Regina não fala assim.

Ele se aproxima, coloca as mãos no rosto da amada e encosta a testa na dela.

Robin- Eu...

Regina segura os punhos dele e responde em tom baixo.

Regina- Acabou Robin.

Ela tira as mãos dele do rosto dela e o encara.

Robin- Regina...( com a voz embargada)

Regina- Não me procure mais, vá viver a sua vida com a sua mulher e seu filho.

Ela se afasta e Robin fica desolado.

Robin- Eu não vou desistir de nós eu...

Regina- Desista, eu desisti( engole seco) Eu desisti ontem quando vi quem eu achava que era o meu amor verdadeiro chamando outra de meu amor!

Robin- Regina, o que eu disse foi coisa de momento eu...

Regina- Vá embora!( fala firme)

Regina fica de frente a janela, de costas pra Robin, pra que ele não perceba que ela já está chorando.

Ele se aproxima dela e quando vai tocá-la o defensor da rainha aparece.

Henry- A minha mãe pediu que você fosse embora (fala num tom firme)

Robin não fala mais nada, apenas se retira e Henry o acompanha até a porta.

Henry- Quando ela quebrou a maldição da memória e eu soube que vocês estavam se relacionando, nós dois conversamos sozinhos lembra? Você me prometeu que faria a minha mãe feliz.

Robin- Eu sinto muito Henry!

Henry— Você quebrou a sua promessa, onde está a honra que você diz ter?

Robin fica envergonhado.

Henry- Você me disse que a amava.

Robin- As circunstancias mudaram Henry.

Henry- Então ela tem razão. Você não é o amor verdadeiro dela.

Robin ainda faz menção em falar, mas Henry o impede.

Henry- Se afaste da minha mãe Robin.

Ele dá as costas e fecha a porta, deixando Robin desolado do lado de fora da mansão.

Henry entra no escritório e encontra Regina sentada no chão, encostada no armário com o rosto banhado de lágrimas.

Ele se abaixa , senta perto e segura às mãos da mãe.

Regina- Eu não quero mais chorar.

Henry- Eu sei mãe, essa dor vai passar.

Regina- E se não passar?

Henry— Eu te prometo que vai. Agora levanta daí.

Ele a ajuda a se levantar.

Henry- Toma um banho e vamos sair.

Regina- Mas Swan disse que...

Henry- Não importa o que ela disse, vamos sair, só nós dois. Precisamos nos afastar um pouco. Deixa que com a Dory eu me entendo.

Regina- Henry, eu entendo a sua preocupação, mas você tem sua escola, não posso deixar você perder as aulas.

Henry- Por isso há uma vantagem enorme em ter uma mãe fera em todas as matérias, tudo que a senhora me ensinou por todos esses anos me deixaram a frente de todos no colégio mãe, perder um ou dois dias de aula não vai me atrasar tanto.

Regina- Mas sei que tem outras coisas e seus amigos.

Henry respira fundo e dá uma resposta a Regina que a deixa sem palavras.

Henry- Ao seu lado onde eu quero estar mãe!

Regina aceitou a companhia do filho e ambos foram se aprontar pra sair.

Na delegacia Emma fala ao telefone com Henry.

Emma- Tudo bem garoto, só me promete que qualquer coisa me avisa...Tudo bem...Tchau.

David- Ele vai sair com a Regina?

Emma— Vai, ele quer levar ela pra passear, vai ser bom pra ela se distrair um pouco.

David- A Regina está me surpreendendo cada vez mais, em outra época já estaríamos mortos.

Emma- Nem me fala( girando uma chave nas mãos)

David- Posso te perguntar uma coisa?

Emma- Claro.

David- O que está acontecendo com você?

Emma engole seco.

David- Eu sei que tá acontecendo alguma coisa com você filha, sei que tudo que aconteceu nessas ultimas horas...Quer dizer, tudo que tem acontecido há muito tempo, tem mexido muito com você, mas algo aconteceu desde ontem e você não está contando.

Emma- Ah pai, eu preciso solucionar um problema enorme, isso tá me corroendo.

David- Se quiser conversar comigo filha eu estou aqui.

Emma- Vai ser muito bom desabafar com alguém, eu não posso contar a mamãe, por que por mais que eu a ame ela não sabe guardar segredos.

David- Já sabemos disso. Pode confiar em mim.

Emma- Ontem eu fiz algo que me fez mudar completamente a percepção da personalidade e o comportamento da Regina.

David- O que foi?

Emma- Eu fiz outra pequena viagem.

David- O quê? (arregala os olhos)

Emma começa a contar tudo o que viu.

Bem longe de todos, num parque bem afastados estão Henry e Regina.

Regina está sentada na grama, em posição de yoga, com os óculo escuro, com os olhos fechados e respirando o ar da natureza.

Henry- Então? Está gostando?(Henry chega com um sorvete)

Regina- Estou filho (recebe o sorvete sem reclamar)

Henry- Nossa, é a primeira vez que te ofereço algo doce e a senhora não reclama.

Regina- Acho que não tenho condições de reclamar de nada( aproveita o sorvete)

Henry- Então vamos aproveitar muito hoje( sorri)

Regina- Filho, eu estou adorando estar aqui com você, adorei você ter ido ficar comigo ontem e hoje, mas eu irei entender se você tiver que ir pra sua casa hoje viu?

Henry- Relaxa mãe.

Regina- Eu te amo filho.

Henry não responde e fica pensativo de repente.

Regina- O que foi? (se preocupa)

Henry- Há alguns anos, desde que eu entendo por gente, eu fui estúpido o bastante de cometer o pior erro que alguém pode cometer. Eu magoei a pessoa que mais me amou desde os primeiros dias, a senhora me adotou, me deu amor e carinho desde os primeiros momentos comigo.

Regina- Henry, não fala assim!

Henry- É verdade mãe, deixa eu te falar uma coisa. Mesmo sabendo que eu era filho de quem era, engoliu o medo de ser quebrada a maldição, mesmo sabendo que ficar comigo poderia significar a sua ruína como rainha...Mesmo assim resolveu ficar comigo. Mãe, todos esses anos eu fui grosseiro, mal educado, te magoei , te humilhei e trouxe a Emma pra cá pra te afrontar, eu dizia a todos e eu mesmo acreditava que a senhora não me amava.

Regina— Henry, filho, eu te amei desde o momento que coloquei você nos meu braços e olhei nos seus olhos pela primeira vez( alisa o rosto do filho)

Henry- Hoje eu sei disso mãe! Eu conversei com a Emma e ela concordou em passar um tempo com você.

Regina- Mas...

Henry— Não está em discussão mãe! Olha, a senhora sempre me deu tudo do bom e do melhor, um amor sem limites, me protegeu de tudo, me deu a melhor vida que eu poderia ter. Fui um ingrato mãe!

Regina— Mas filho, tudo que eu fiz não foi pra que você me devolvesse nada, não quero nada em troca, assim você me magoa!

Henry- Não mãe! Eu não estou querendo pagar nada, não é uma troca (sorri de forma sincera), eu não quis dizer isso, só quero que saiba que nunca de pedi perdão por tudo.

Regina- Henry!

Henry- Me perdoa por tudo mãe, por não ter sido o filho que a senhora sempre mereceu.

Regina- Está tudo bem Henry, não há o que perdoar!

Henry- Estar com a senhora ontem, hoje...Não é por causa das coisas que me deu e que eu quero reparar tudo que eu fiz com a senhora, até por que nada que eu faça, vai apagar tudo que eu fiz a senhora passar e as lágrimas que derramou, mas quero estar com a senhora, que saiba que eu tenho orgulho da pessoa que a senhora se tornou, eu prometo que vou te proteger mãe, vou estar ao teu lado e estarei aqui pra sempre ao seu lado mãe. A senhora é a melhor mãe que eu poderia ter!

Regina- Obrigada filho! (suspira)

Henry- Eu quero te dizer uma coisa, que eu deveria dizer desde que aprendi a falar.

Ele toma fôlego!

Henry- Eu te amo mãe! ( Henry enche os olhos de lágrimas e Regina também)Te amo mais do que um dia eu poderei provar( fala extremamente emocionado)

Um dos momentos mais esperados e emocionante da vida de Regina acontece como se estivessem em câmera lenta.

A rainha agora chora livremente com as palavras do filho, ela o agarra o mais forte que ele pôde, como se quisesse que aquele momento jamais terminasse e os dois ficam ali, abraçados, naquele momento só deles.


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