Um Belo Errado escrita por Mila Karenina


Capítulo 15
Uma gaveta cheia de coisas


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOIEEEEEEEEEEEEEEEEE! Desculpem a demora com o capítulo, não foi intencional, assim que eu terminei de escrever o capítulo e ia postar, a internet caiu e só voltou hoje :(, então curtam o capítulo, beijos!



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As aulas passaram rápido, não sei se foi a minha ansiedade em ir ver Peter em sua casa ou a súbita felicidade em Maria ter me pedido desculpas, talvez um pouco dos dois.
Saí apressada afinal eu tinha uma excelente coisa para fazer hoje, passar na casa de Peter e beijá-lo até perder o fôlego.
— Ei você! — A ruiva que eu agora sabia se chamar Alice, me chamou e eu me virei perplexa.
— Pois não... — Falei me virando e tentando ser o mais simpática possível.
— Sei que não conversamos, mas pelo que eu sei é amiga do Jeremy e sabe do que houve não é? — Ela murmurou mexendo em seus cabelos lisos.
Eu fitei o chão por alguns segundos, a barra dos dois com certeza é bem pior que a minha, ás vezes acho que estou reclamando de barriga cheia, logo eu farei 18 anos e sairemos da ilegalidade.
— Sim, ele me contou... — Eu respondi e ela pareceu não estar surpresa.
— Eu peço que não comente isso com ninguém... — Ela suplicou e eu revirei os olhos, eu tenho cara de fofoqueira?
— Eu não vou comentar com ninguém, eu não sou fofoqueira, relaxa. — Falei ofendida.
— Me desculpe, eu não quis dizer... Bem, de qualquer forma, por favor entregue este bilhete ao Jeremy para mim. — Ela me entregou o bilhete que na verdade era uma carta, com um envelope dourado.
— Não sei se o verei... Por quê você mesma não o entrega? — Respondi lhe entregando o papel de volta.
— Eu não posso, eu vou te dar o endereço dele, e você o entrega, tudo bem? Faça esse favor por mim, fico te devendo uma para a vida toda! — Ela disse sorrindo nervosa e eu pude perceber que ela escondia algo, mesmo assim fiquei com a carta na mão.
— Tudo bem, diga me o endereço e eu o entregarei. — Eu respondi enjoando daquela conversa e ela rapidamente anotou alguma coisa em um papel e me entregou.
— Por favor, faça isso por mim... — Ela falou indo embora e eu abaixei a cabeça intrigada com a situação.
Mas não aquilo não me abalou o suficiente para eu perder a vontade de ver Peter, continuei caminhando nervosa até ver a sua casa, caminhei vagarosamente até chegar a porta e fui logo batendo, depois de alguns segundos a porta se abriu revelando Peter com os cabelos completamente desgrenhados e vestindo apenas um short de dormir, suspirei, porra aquela visão era dos céus! Ele deveria ser multado por excesso de sensualidade.
Não me segurei e o beijei com toda a vontade que eu tinha, ele correspondeu ao beijo e desceu suas mãos pela cintura me puxando para si, o simples movimento me deixou louca, então desci minha boca pelo seu pescoço e ouvi ele sussurrar algo, ignorei e continuei o beijando, até que ele se afastou inesperadamente e eu suspirei decepcionada.
— Jade... Nós não podemos... Não hoje. — Peter falou ofegante e eu fiz questão de me mostrar confusa, mexendo os braços mostrando confusão.
— A mamãe, bem... Ela está lá em cima! — Ele falou fitando o chão e eu revirei os olhos, velha maldita!

— A Lauren está aqui? — Falei sem perceber que havia citado o nome da idosa.

— Como sabe o nome da minha mãe? — Peter perguntou surpreso e eu corei.

— Eu encontrei com ela ontem quando estava saindo daqui. — Respondi e Peter caiu na gargalhada, fiquei sem entender nada.

— Qual é a graça? Conta que eu quero rir também! — Eu perguntei nervosa e Peter se aproximou de mim novamente, sorri por dentro achando que terminaríamos o que começamos, mas não, o que ele fez foi beijar a minha testa.

— Calma pirralhinha... Só imaginei o quanto deve ter sido engraçado duas bicudas conversando! Sabe o ditado né? Bicuda com bicuda não se beijam! — Ele falou e voltou a gargalhar, por um momento pensei estar em uma creche e ele ser uma criança de três anos.

— Não me chame de pirralha, porque na hora de abrir as pernas pra você eu sou muito adulta né? E pare de me chamar de bicuda! — Eu reclamei e fiz bico sem perceber, ele olhou e voltou a rir, parecia que estávamos em um quadro de pegadinhas, eu nunca havia visto Peter daquele jeito.

— Prometo não te chamar mais assim, tá bom? — Ele falou ainda risonho.

— Onde está a velha... quer dizer a sua mãe? — Perguntei sem graça.

— Provavelmente se arrumando para o jantar. — Ele respondeu dessa vez sério e eu agradeci aos céus por ele ter voltado ao normal.

— Que jantar? — Perguntei curiosa.

— O nosso jantar, ah falando nisso, você deveria ir tomar um banho e se arrumar também. — Ele falou e eu suspirei, será que ele havia enlouquecido com a presença da mãe em casa?

— Eu tomar banho e me arrumar? Com que roupa? E que desculpa vou dar para minha por chegar atrasada novamente? — Eu disse.

— Sim, tomar banho e se arrumar, vá na minha segunda gaveta, tem alguns coisas pra você lá e diga a sua mãe que ficou na detenção. — Ele falou arrumando jeito pra tudo e eu pensei em porque motivo ele teria uma gaveta com coisas para mim.

— Uma gaveta com coisas para mim? — Perguntei completamente confusa e ele suspirou.

— Jade? Apenas suba por favor. — Ele pediu.

Eu acatei sua ordem subindo as escadas e entrando em seu quarto, eu nunca havia entrado ali, esta era a primeira vez, o quarto era branco com paredes negras, ele possuía uma enorme TV de plasma e um vídeo game e uma enorme cama de casal, pensei em como seria interessante dormir com ele ali, pensando bem não dormir seria mais interessante.

Olhei para seu armário e suas inúmeras gavetas, fiquei tentada em abrir todas e descobrir coisas sobre Peter, mas me conti e abri apenas a segunda gaveta.

Ao abrir a gaveta me surpreendi, lá haviam peças de roupas femininas exatamente do meu tamanho e sobretudo inúmeras lingeries, eu ri quando vi uma lingerie toda branca apenas com um laço vermelho, ao pegá-la não me assustei ao ver que era exatamente do meu número, talvez um dia eu as usasse para ele.

Me resolvi com um vestido vermelho sangue que dava um belo contraste com minha pele morena, tomei meu banho e me vesti, passei seu perfume e me senti inebriada pelo seu cheiro.

Desci as escadas devagar e por sorte a madame chatice ainda não havia descido, puxei Peter pela gola de sua camisa que ele havia vestido recentemente e o beijei novamente.

— Você tem bom gosto para roupas sabia? — Eu falei balançando o meu vestido vermelho e ele sorriu satisfeito.

— Comprei esse vestido pensando no quanto seria fácil tirá-lo... — Ele sussurrou no meu ouvido e eu senti vontade de arrancar a roupa dele ali mesmo, porém uma velha rabugenta nos impedia.

— Não me provoque se não pode ir até o fim... — Eu murmurei e ele mordeu os lábios e me lançou um olhar que dizia que eu sofreria por essas palavras mais tarde.

Fui tirada de meu momento erótico quando a velha rabugenta chegou na cozinha retocando o batom e me lançando um olhar gélido.

— Boa noite crianças! — Ela disse dando ênfase no criança e eu naquele momento pedi aos céus paciência pois sabia que a noite seria longa.


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Notas finais do capítulo

Responda nos comentários: Apreciando a escrita com mais detalhes? (Estou tentando melhorar nisto)