Our Imortality escrita por Vingadora


Capítulo 26
My sin


Notas iniciais do capítulo

Oi, bebês!

Antes de mais nada, gostaria de propor uma coisa aos leitores fantasmas: COMENTEM! Pelo amor de Deus!

Não é possível que a Sandrinha (meu anjo em forma de gente, o xuxu da minha vida, razão pela qual ainda não desisti de tudo pq comenta todo santo capítulo) tenha lido o último capítulo que eu postei vinte e três vezes (eu tô rindo histericamente aqui).
Não, sério! Preciso de vocês. Preciso do apoio de todo mundo, por favor. Eu sei que vocês estão aí, sei que não sumiram. Só preciso do apoio carinhoso de vocês, mesmo que façam exatamente a mesma coisa que a Sandrinha, comentem "continua", pra eu saber que não estamos só eu e a Sandrinha aqui (risos).

Enfim, espero que esse capítulo desperte o amo no coração de vocês e que vocês comentem.



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Todos devem pagar por seus pecados.

Eu estava olhando pela janela quando um trovão forte, impetuoso, quebrou minha visão e eu despertei de mais um transe.

Quantas horas eu estive de pé, olhando por esta mesma janela? Bom, tenho certeza de que não ficaria feliz com a resposta.

─ O conselho terminou sua decisão. ─ minha irmã assustou-me ao proferir as palavras não muito longe de mim.

Quando virei para encará-la, percebi que Ilídia possuía um contraste perfeito com o preto. Quase como se ela tivesse inventado aquela cor. Seu cabelo prateado estava emoldurado lindamente em uma tiara de bronze, feita especialmente para ela.

De alguma forma absurda, eu ainda era herdeira. Não sei bem em qual momento eles mudaram a decisão de me deserdarem, mas eu estava equivocada no velório de meu pai a presumir que Ilídia era a regente.

Minha coroa era bem mais pesada que a dela e isso eu tinha certeza. Junto dos quilos do ouro, vinha o peso dos meus pecados e de minha responsabilidade com meu povo.

Eu deveria estar junto do conselho para decidir o que seria feito com os prisioneiros. Isso se eu não fosse uma das que era julgada.

Neste caso, minha mãe, a rainha viúva, tomou meu lugar na cadeira e seu voto contou como o meu.

─ E qual o veredito? ─ finalmente indaguei, um pouco cansada de todas as turbulências dos últimos dias e isso ficou em evidência em minhas palavras.

─ Não sei... Odin vai organizar uma comissão pública, no pátio principal do castelo, em algumas horas. ─ ela respondeu aproximando-se mais, com seus braços cruzados, como quem segura todas as entranhas em seu ser.

─ Eu... ─ o que dizer? Nada. Eu deveria ficar calada e foi isso que fiz.

Sem conter seus passos, Ilídia aproximou-se o suficiente para passar seus braços em meu entorno e firmar seu peso em mim, enquanto parecia suplicar por um abraço.

Nunca fomos melhores amigas, nunca tivemos o melhor contato. Ilídia era a mais velha, contudo eu era a mais madura. 24 ciclos lunares nos diferenciava em idade, mas, ainda sim, me sentia tão próxima da velhice quanto me era permitido, enquanto a via apenas como uma menininha em busca de refúgio na família.

A culpa não era de Ilídia.

A culpa era minha.

Sempre foi minha.

Eu a abracei de volta, durante todo o momento em que ela quis permanecer assim. Ela chorou um pouco, disse algumas palavras que apresentavam o quanto sentia muito por tudo aquilo e o quanto me amava. Só quando ela citou a doença de nosso pai que percebi que ela não sabia que eu era a assassina.

Nossa mãe conseguiu, por fim. Ela realmente apagou qualquer rastro, sabe-se lá como, de que eu era a culpada da morte de Haz.

Não demorou muito para nosso momento ser interrompido por um guarda que entrou em meu quarto e pediu que a princesa Ilídia saísse, pois meu momento de visitas havia acabado.

Antes que ela saísse de perto de mim, entregou discretamente, um pedaço de pergaminho dobrado. Encarei-a um pouco confusa, mas tudo que ouvi como resposta foi:

─ Eu estarei ao seu lado no momento da comissão. Como eu deveria ter ficado o tempo todo.

E ela partiu, deixando-me sozinha mais uma vez.

Esperava realmente receber o tratamento de uma prisioneira, contudo, minha posição em relação à coroa não permitia que ninguém me colocasse novamente na torre. Eu estava em meu quarto, que recebeu algumas mudanças à meu pedido. Tudo que era brilhante, remetesse à ouro, prata ou bronze, fosse retirado ou, minimamente, escondido por peças de tecido negras. A sombra negra e fria que meu quarto se tornou era perfeita para minha alma torturada que sofria em silêncio.

Recostei minha coluna na parede mais próxima e me dei o trabalho de apertar forte o pergaminho, tentando imaginar o que raios havia nele.

“10 minutos. Varanda do seu quarto.”

As portas que davam para meu quarto estavam trancadas, também à meu pedido, já que solicitei que pouca luz entrasse.

Eu poderia me fazer de tola e não imaginar quem havia escrito aquilo, mas a letra cursiva perfeita não me deixava sequer deixar de pensar em seu nome: Loki. Ele deu um jeito para me encontrar. Talvez um último adeus, quem sabe?

Agora, com o peso da coroa em minhas costas, eu não sabia exatamente como o conselho reagiria graças às minhas recentes transgressões. Qualquer que fosse o castigo seria o mínimo a ser merecido. Eu era uma assassina. Aos olhos públicos, matei um simples guarda asgardiano enquanto buscava fugir ao lado de meu amor. Aos meus olhos, assassinei o homem que contribuiu para minha vinda à este mundo. Bela forma de retribuir ao meu progenitor, não é mesmo? Assassinato.

Tinha medo do que estava me tornando com este sentimento se aplacando de meu ser, mas era um caminho sem volta. Uma estrada sem possibilidade de retorno. Minha alma estava escurecendo.

A prova disso?

Ao me encarar no imenso espelho ainda descoberto em meu quarto, percebi uma sombra negra se apossar de meus olhos por um breve instante e foi o suficiente para eu perceber que algo de extremamente negro se apossava de mim.

Seria esse meu fim? Tornar-me uma manta negra, depressiva, neste vasto universo?

Como eu disse, qualquer que fosse meu destino... eu aceitava.

Duplas batidas na porta de minha varanda foram o suficiente para que me erguesse da cadeira na qual resolvi me sentar e caminhar em passos preguiçosos até ela.

Lá estava ele.

Seu sorriso emocionante, seu cabelo desgrenhado, não com suas melhores vestes, descalço, a calça molhada até os joelhos, a pele pálida, mas não de frio, era apenas assim. E seus olhos... ah, seus olhos. Como eu amava aqueles olhos.

─ Não temos muito tempo. ─ suas mãos logo voaram de encontro à minha face, puxando-as em direção à sua, de modo que o resultado daquilo fosse um beijo terno, carinhoso e apaixonado.

─ O que veio fazer aqui? ─ indaguei com a voz baixa, ciente de que os novos guardas de minha porta estavam mais atentos que o normal.

─ Vim lhe dizer que, independente do que o conselho decidir, nós vamos fugir.

─ Loki, de novo essa história... Não podemos-

─ Não! Agora há uma chance! ─ ele silenciou-me apertando os lados de minha face com suas mãos, como se quisesse que eu prestasse mais atenção ─ Iggy, eu já preparei tudo. Usei meu poder o máximo que consegui hoje. Já temos tudo o que precisamos separado próximo à uma fenda que nos levará a outro mundo.

─ E depois, Loki? ─ levei minha mão até às suas e fiz um mínimo de força que ele logo compreendeu e as afastou de meu rosto ─ O que faremos depois?

─ O depois pertence ao futuro, Ignis. Tudo o que desejo é que eu esteja ao seu lado. Se estivermos juntos, poderemos venc-

─ Não! ─ minha vez de cortá-lo ─ Não quero este futuro.

De onde vieram aquelas palavras? Não fazia ideia, mas, de alguma forma, elas submergiram e saíram sem um filtro sequer.

─ Sinto muito, Loki, mas eu não quero. ─ dei alguns passos para trás, para que houvesse um pouco de passagem de oxigênio para a sensatez me guiar

─ Não diga isso. Por favor, não diga isso. ─ ele tornou a ocupar o espaço que nos separava, abraçou-me pela cintura e pôs sua outra mão livre em meus cabelos ─ Iggy, não pode desistir agora. Não agora que falta tão pouco...

─ Loki, por favor, não seja ingênuo. Nosso futuro não pode ser junto. Não está em escrito em nosso destino uma coisa dessas.

─ Como não?! ─ ele rebateu-me com tanta veemência que tive pena ─ Depois de tudo, Ignis! Não pode me deixar agora. Você me prometeu. Você jurou que seria minha... entregou-me seu coração.

─ Pois fique com ele, Loki. Ele é realmente seu e eu não desejaria que fosse de mais ninguém. ─ forcei meu corpo mais uma vez para desvencilhar-me de seu abraço ─ Só não posso fazer isso conosco agora, Loki.

─ Então o que? Tudo foi em vão? ─ por fim ele desistiu de ser calmo e respondeu gritando ─ É isso? É esse seu desejo? Porque, sinceramente, Ignis, eu duvido muito que de uma hor-

─ Eu matei meu pai. ─ palavras tão firmes o fizeram se calar ─ E preciso pagar por isso.

Olhando-me daquele jeito, até ficaria com pena de mim, bem como ele estava naquele momento. Suas feições de mais agressivas foram para suaves e preocupadas num mesmo segundo. De alguma forma, minhas palavras tiraram-lhe a força de debater, pois seus braços voltaram a me encontrar e um abraço caloroso foi o que recebi, antes de me afastar o suficiente para olhá-lo nos olhos.

─ Eu te amo, Loki. Mas não posso lutar contra isso. ─ de algum modo ele pareceu compreender.

─ E se eles decretarem sua morte? ─ o ar de seu sussurro cortou minhas barreiras e algumas lágrimas escaparam de meus olhos.

─ Então eu aceitarei de bom grado meu castigo.

─ Iggy...

─ Não, por favor. ─ insisti ─ Não quero passar meus últimos momentos com você brigando. Permita-me uma boa lembrança, Loki. Uma última boa lembrança nossa... ─ ele buscava por algum pedido escondido por trás daquelas palavras ─ Beije-me, Loki.

E então, num passe de mágica, eu estava afundando em seus lábios macios que buscavam nos meus as respostas para todas as suas mais profundas perguntas. Eu me permiti cometer aquele terrível pecado de amar Loki mais uma vez, pois em meu coração habitava a certeza de que seria a última.

Seus braços movimentaram-se pelo meu corpo, até que eu me encontrasse em seu colo, surpreendentemente sentados ao chão e minha coroa já longe de mim.

Nossos lábios raramente se desencontravam, mas quando isso acontecia era porque Loki passeava com os seus por meu pescoço, meu ombro agora sem a proteção da alça de meu vestido, que pendia em meu braço. Era bom. Era puro. O toque de Loki em mim era como um bálsamo que me libertava de correntes firmes da escuridão. Se fosse um pecado, que eu fosse terrivelmente castigada depois, mas eu me permitiria amar Loki mais uma vez.

Uma peça deslizou, seguida de outra e mais outra, e quando vimos, nossos corpos já não tinham proteções de tecidos que outrora nos impedia de sentir nosso próprio calor.

Nem mesmo o chão gelado, nem mesmo as portas da varanda abertas expondo-nos às correntes frias do vento, poderiam aplacar o fogo que crescia entre nos, enquanto, entre abraços, beijos e toques, nos amávamos pela última vez.


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Notas finais do capítulo

GOSTARAM?

Por favor, digam alguma coisaaaaa!!! Sandrinha, falo com você agora: EU TE AMO POR COMENTAR SEMPRE! Dedico esse capítulo que tanto gosto especialmente à você!

Comentem para eu dedicar meus capítulos à vocês também, xuxus (imaginem-me fazendo um coração com as mãos).

Beijos e vejo a Sandrinha e quem quiser mais aparecer nos comentários.

(Eu tô usando a Sandrinha pra fazer ciumes mesmo, quero nem saber! {risos}).



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