Meu Anjo Sombrio escrita por Boadicea


Capítulo 3
Capítulo Dois: Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal ^-^
~ desviando das pedras ~
Peço desculpas pelo atraso imensurável. Sei que demorei muito, mas éh que acabei me envolvendo demais com algumas coisas, outras fics, e acabei me esquecendo desta.
De verdade, espero que possam me perdoar.
Mas agora estou de volta e vou levar isto aqui realmente a sério ♥
Boa leitura:



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“Pobre coisinha doce e inocente

Seque seus olhos e testemunhe

Você sabe que vive para me corromper

Não negue, doce sacrifício”

                   - Sweet Sacrifice, Evanescence

Sakura:

Acordei com a luz do sol em meu rosto, como que em um lembrete de que o dia já havia amanhecido. Resmunguei ainda meio grogue de sono enquanto me levantava meio cambaleante. Ergui meus olhos para além da minha cama e então parei. Do lado esquerdo da minha cama tinha um espelho emoldurado em ouro que ia do teto ao chão. Por alguns segundos apenas fiquei lá, encarando a imagem que ele me refletia. Meus cabelos cor de rosa estavam uma bagunça sem fim, o que tornava a imagem quase engraçada. Meus olhos verdes estavam bem atentos, mesmo que eu tivesse acabado de acordar. A camisola preta que ia até um palmo abaixo da cintura havia subido mais do que o necessário, deixando exposta minha perna praticamente inteira enquanto seu tom escuro apenas destacava ainda mais minha pele clara.

Enquanto olhava para mim mesma no espelho não pude deixar de notar em como meu olhar se mostrava vazio e perdido. E o quanto era estranho que, apesar do espelho estar lá há muito tempo, eu nunca havia parado para olhá-lo. Ao menos não quando eu havia acabado de acordar. Balancei a cabeça tentando afastar tais pensamentos e me encaminhei ao banheiro.

Ao voltar escancarei a porta do meu guarda-roupa e, depois de analisá-lo por alguns instantes, resolvi tirar uma folga de todas aquelas roupas escuras. Puxei do cabide um vestido branco, soltinho, que ia até um palmo acima do joelho. Fui até minha cômoda de onde puxei uma das gavetas e tirei de lá duas fitas vermelhas: uma menor a qual amarrei em meu cabelo, separando a franja do restante e outra relativamente maior a qual passei pela minha cintura e dei um laço atrás.

Fechei a porta ao sair e desci as escadas correndo, parando só ao chegar até a cozinha. Gaara me olhava atentamente enquanto eu abria a geladeira e pegava uma jarra de suco de goiaba. Quando voltei meu olhar ele apenas me encarava em silêncio, com uma das sobrancelhas erguidas em um questionamento silencioso.

— O que foi? – perguntei sem nem ao menos lhe dar um bom dia antes.

— Resolveu bancar a boazinha hoje, éh? – perguntou ele em tom sarcástico – Até que você não fica tão mal assim.

— Ah, não enche. – respondi de mau humor enquanto terminava meu suco em um só gole e colocava o copo na pia e já me encaminhava para a porta – Volto daqui a pouco.

— Vai sair descalça mesmo?! – pude ouvi-lo gritar enquanto eu me afastava, mas nem liguei. Estava com vontade de... De sentir a natureza. Sapatos só iam atrapalhar e minhas roupas costumeiras atrairiam certos olhares estranhos por parte das pessoas. Ás vezes os seres humanos me enojam.

Sem pensar em mais nada, apenas me encaminhei para a praia mais próxima.

*-*

— Pensei que não fosse mais voltar. – escutei Gaara dizer assim que abri a porta. Já era por volta das 20h00m. Não disse nada, apenas revirei meus olhos e pude ouvir Gaara suspirar enquanto eu subia as escadas.

— Você vai hoje, néh?! – pude ouvi-lo gritar. Nem me incomodei em respondê-lo.

Subi para meu quarto e, depois de tomar um demorado banho, me concentrei em que roupa vestir. Não que fosse fazer muita diferença, afinal, era sempre tons escuros e couro. E nada de roupas leves. Não se pode esconder armas nelas.

Suspirei enquanto puxava uma saia justa, de couro preto, do guarda-roupa. Coloquei uma blusa de alcinha, também preta, e minha jaqueta costumeira: azul turquesa, capaz de agüentar e passar por qualquer coisa.

Coloquei um salto preto, 10 centímetros e altamente capaz de perfurar qualquer coisa, com a sola vermelha e uma caveira se destacando nele.

Olhei para o espelho uma última vez antes de ir, e sorri. O batom vermelho se destacava em meu rosto pálido, junto aos meus olhos.

*-*

— Por que demorou tanto? – Gaara me perguntou enquanto eu ainda descia as escadas. Não respondi.

— Espero que não resolva deixar sua moto e ir a pé. Aquela loucura toda que te contaminava hoje cedo já deve ter passado, não? – ele questionou enquanto terminava de vestir sua jaqueta de couro e pegava a chave de sua moto. Mais uma vez, não lhe respondi. Pude ouvi-lo bufar de frustração.

— Onde está sua bota? – ele questionou desta vez realmente atento. Dava para ver a claramente a confusão em seus olhos.

— Estou um pouco cansada dela. Mudar faz bem de vez em quando, sabia?

— Éh mesmo? E onde estão suas armas, então?

— Será que não podemos dar um tempo disto tudo apenas por hoje? – perguntei, já irritada. Gaara não respondeu. Revirei os olhos – Estão na minha jaqueta, baka. Não sou louca de ir até lá sem elas.

— Bom mesmo – pude ouvi-lo murmurar enquanto saíamos.

*-*

A verdade sobre as motos éh que elas me lembram minhas asas. Quando estou dirigindo, em alta velocidade (que éh a única maneira a qual eu e Gaara sabemos dirigir, hehe), consigo me sentir no céu. Como um anjo, de novo. Sinto que posso sair voando a qualquer instante.

Sei que pode parecer loucura. Mas há algo na maneira como o vento sopra em meu rosto, em meus cabelos flutuando no ar, na forma como parece que não estou em contato com o chão... Éh como ser livre. Dá uma sensação de liberdade que eu só era capaz de sentir quando estava realmente voando.

Então, éh como se por alguns minutos, eu ainda tivesse minhas asas.

E não tem como não amar algo assim. Liberdade éh algo impossível de rejeitar.

*-*

— Ora, ora. Quem éh vivo sempre aparece, não? – Kisame diz, a voz em um tom levemente divertido, como sempre. Às vezes me pergunto se essa cara leva tudo na brincadeira. Uma brincadeira doentia e sádica, neste caso.

Mesmo assim, não posso evitar deixar um pequeno sorrisinho escapar.

— Foram só dois dias sem vir. – respondo como se não fosse nada demais – Ou vai dizer que não consegue sobreviver todo esse tempo sem mim?

— Ah, se liga, garota! Você se acha demais, hein?! – Gaara diz. E então ri – Realmente, sobreviver sem você seria tormento. De quem mais eu cuidaria? – ele faz biquinho, então acena com a cabeça para mim e se vai. O que quer dizer que provavelmente vai passar a noite enfurnado no bar, bebendo e provocando a Ino.

Éh, grande amigo este o meu.

— Saky-chan! – Deidara grita assim que me vê – Sentimos sua falta

— Deixe-a em paz, Deidara – Hidan revira os olhos me estendendo uma garrafa de cerveja. Dou conta dela em um só gole e então pego outra.

Passei as duas últimas noites preocupada com Temari. Ela está a duas semana sem dar notícias. Muito mais tempo do que o normal.

Balanço a cabeça tentando afastar estes pensamentos enquanto pego a terceira garrafa e ascendo um cigarro.

Não sei por quê, mas algo me diz que esta noite será bem “quente”. E não estou falando do clima. Se éh que vocês me entendem.

*-*

Não sei ao certo como aconteceu. Só sei que foi muito rápido. Tudo mudou em alguns segundos. Num instante eu estava rindo com os outros sobre alguma palhaçada de Hidan e Deidara e no outro todos estavam sérios, as gargalhadas interrompidas abruptamente.

Pude sentir o corpo de Sasori ficando rígido, as mãos dele indo parar na minha cintura, me puxando para perto. Pain tirando os lábios do pescoço de Konan, Deidara, Tobi e Hidan parando de brincar de repente. Os olhos de kisame e Kakuzu ficando extremamente sérios, a postura ereta.

— O que foi? – murmurei. Sasori apenas trincou os dentes, como se estivesse se controlando para não matar alguém.

— O que estão fazendo aqui? – Deidara questionou e então percebi que não eram apenas eles. Todos no lugar pareciam estarem alertos, prontos para qualquer coisa. Até mesmo o ar parecia mais pesado. Olhei para a escadaria que levava para dentro do lugar, tenatndo achar Gaara. Nem sinal dele. AC/DC ecoava nas alturas pelos altos falantes, chegando até nós. Lá dentro tudo parecia normal. O som de conversas, risos, brigas e copos se arrastando ainda se sobrepunham a música. Bem diferente de aqui fora.

— Nossa, quanta honra. Mas não precisam parar o que estão fazendo apenas para nos receberem. – uma voz grossa debochou. Pude ver os olhares de todos ali endurecerem. Quem quer que fosse o dono da voz, era louco de estar debochando de nós. Ninguém aqui deixaria barato. Poderíamos fazer parte da escória, mas éramos temidos.

O estranho era que a voz me parecia levemente familiar.

Passos ecoaram junto de uma risada sem humor. O grupo que estava a nossa frente deu alguns passos para trás deixando o caminho livre.

E foi então que meu coração quase parou.

 Eu o vi no mesmo instante em que ouvi sua voz, grave e rouca, como uma lembrança se desenrolando na minha mente.

— Acho que eles nunca viram caras com honra de verdade por aqui. Não que isso devesse nos surpreender.

Sasuke Uchiha deu mais dois passos e então parou. Bem na nossa frente. E olhou diretamente para mim.

Não.

Não.

Não!

Isso não pode estar acontecendo! Não éh possível!

Então por quê... Meu coração bate tão acelerado...?! 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^-^
Por favor, comentem! Me digam o que estão achando :3
Até o próximo ♥



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