There is Something Ahead... escrita por Vicky


Capítulo 8
Captivating Conversation


Notas iniciais do capítulo

Oi galeris lindas do meu heart!!!!!
Capítulo 7 postado!Mais um capítulo do Carl pra vocês!
Gente que lindo isso,mais uma recomendação,eu acho que vou chorar!!!TTUTT
Muito obrigada a Survivor Aurora por ter recomendado a minha FF,e obrigada a todos vocês que estão me dando forças para continuar!
Semana de provas chegou pra mim gente,estou dando meu máximo pra tentar postar diariamente,me deem forças jovens gafanhotos!!!!
Boa leitura aprendizes jedis!!!



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–Capítulo narrado por Carl Grimes.

Meu pai ainda conversava comigo,me dizendo para eu começar a fazer amizade com pessoas da minha idade,acho que ele tinha esquecido que estávamos vivendo um uma bagunça apocalíptica.Eu apenas o olhava tentando pensar em um jeito de fazer aquela menina irritante não querer fazer amizade comigo,com isso ele veria que não era eu e sim ela e não precisaríamos ser amigos,era o que eu pensava.

Logo ele se retirou e eu fiquei a olhar um ponto fixo em meio ao chão,a ideia de fazer ela não querer amizade comigo dava voltas em minha mente e eu pensava em colocá-la em prática quando tive a sensação de estar sendo observado.Olhei para os lados mas a sensação não parava,até eu olhar para a grande janela no segundo andar da parte central e lá estava Lissandra;ela pareceu surpresa de eu ter notado a observação silenciosa dela.Fiquei a observá-la,ela tinha um rosto bem pálido,mesmo através da janela,ela parecia ser muito calma,mas mesmo encarando eu não conseguia ler o rosto dela por completo pois algo nele me impedia de continuar a análise.De repente a mesma sai da janela rapidamente o que me faz respirar fundo,mas,por quê eu estava a prender a respiração?Não sabia dizer,apenas o fiz.

Olhei por mais alguns minutos a grande janela,mas ela não apareceu mais e dei de ombros.Passei a olhar ao redor,os outros do grupo faziam o que sempre faziam aquela hora do dia,Carol saia dos blocos e vinha em minha direção,eu não entendi o por quê apenas fiquei a fuçar em minha mochila.

–Parece que você não causou uma boa primeira impressão na menina Lissandra pequeno Carl Grimes.-disse ela com um ar um tanto irônico.

–Ela que começou,eu apenas continuei.-desviei o olhar,a culpa era mesmo grande e meu pai já tinha feito ela pesar.

–Só estou dizendo,não é todo dia que achamos meninas perdidas de quinze anos em um apocalipse zumbi.Tente ser legal com ela,ela me disse que seria legal com você.

Depois disso Carol se retirou e foi até Mika,que no caso ainda brincava com algo que não pude identificar,me deixou com uma pergunta na ponta da língua.O que ela tinha dito?Legal comigo?Eu nem conhecia essa menina,mas ela já me parecera uma má companhia,o que não é legal.

Pensei na situação um pouco,mas logo dei de ombros,não era da minha conta se ela uma menina independente ou não.Peguei uma revistinha que Michonne havia me trazido a algum tempo atrás,estava a ler umas cinco páginas por dia,não queria que acabasse,por isso comecei a ler poucas páginas,mas isso me incomodava.Fiquei distraído por alguns minutos,lia com muita atenção cada página para não perder nada de minhas cinco páginas diárias,até não me aguentar e ler até o final onde dizia “continua...”o que me deixava bravo,ansioso e triste ao mesmo tempo.Olhava para a capa da revistinha,estava um pouco suja e as bordas estavam rasgadas,não estava em boas condições,mas o conteúdo dentro dela estava perfeito,apenas um pouco velho.

Foi aí que ouvi Carol chamar Sasha,aos gritos,eu fiquei um pouco assustado,admito,e não resisti,me inclinei para frente para ver melhor a situação.Carol segurava a mão de Lissandra que, por sua vez,fazia uma pequena careta contida;logo Sasha veio ao encontro das duas e guiou Lissandra até um banco,dispensou Carol que logo voltou para a cozinha um pouco preocupada,a menina se sentou enquanto Sasha pegava a bolsa que continha os medicamentos que ainda tínhamos.Ela cuidou da mão de Lissandra,que logo desfez a careta que tinha alguns minutos antes,Sasha deu uma rápida olhada para minha direção e eu apenas parei de olhá-las e voltei para minha revistinha terminada.

Fiquei preocupado,se eu olhasse mais uma vez Sasha me olharia feio,como a garota tinha olhado para mim algumas horas antes...só que umas treze vezes pior.Fiquei alguns minutos admirando o lindo nada na minha frente com uma pitada de tédio no espírito,Michonne tinha demorado para achar mais uma revistinha pra mim e eu não me contive,o preço por ser teimoso Carl,pague.Até escutar a voz de Sasha pronunciando meu nome em voz alta.Apenas me levantei e fui até ela com um olhar tranquilo.

–O que foi?

–Quero que faça uma coisa pra mim.-colocou as mãos na cintura.-Preciso que enrole a atadura na mão da menina,ela queimou feio,eu ia fazer mas Tyreese não tem paciência,pode me ajudar?

Eu arregalei os olhos,o que eu ela estava me pedindo?!Ela parecia não entender a situação,e isso não era uma coisa pra se pedir a um menino de quinze anos!Ia recusar,mas senti o pesar do olhar paterno e então olhei para o lado,meu pai estava a assistir.Se eu não fizesse ele ficaria bravo comigo e seria humilhante mas se eu fizesse também seria humilhante ainda mais com ele olhando.Mas eu o amava de mais pra recusar e não fazer o combinado.Tentei dar de ombros,tentei.

–...Posso.É só enrolar?

–Sim,é só enrolar,eu já fiz o resto,Conto com você.-se retirou até Tyreese,ele estava de brincadeira com a minha cara,foi o deu na minha cabeça.

Fiquei olhando ela ir,tentando tomar coragem pra sentar a frente de Lissandra ,apenas desviei o olha de imediato,aquilo era embaraçoso.Fui até ela e me sentei,não consegui olhá-la diretamente,mas tive que fazer,ela tinha machucado a mão e estava em minhas mãos terminar o trabalho dos cuidados.

–Certo,me dê a sua mão.-disse,tentando ler o rosto dela,que não tinha nenhum resquício de dor,o que me deixava curioso.

Ela demorou um pouco pra me dar a mão,e eu a entendia,era meio difícil fazer isso.Algo nela me era familiar,mas não sabia o que.Ela me deu a sua mão e eu percebi:Nunca tinha pegado na mão de uma garota de minha idade,o que me fez ficar com pouco desconfortável.A mão dela era delicada,bem pálida e gelada,parecia neve;quando a toquei com minhas mãos um pouco quentes tivemos um contraste que ela não pareceu notar.O choque térmico entre eu e ela não foi grande,mas eu pude notar.Apenas tentei parar de observar as pequenas mãos que ela tinha e comecei a enrolar.Algo naquele contraste fez eu olhar para ela e perceber a brancura de seu rosto,ela parecia aquelas princesas dos filmes que eu via nas propagandas na televisão antes dessa droga toda.Isso me deixava um pouco ansioso,como era uma princesa antes daquilo?Eu não sabia dizer,apenas a observava enquanto enrolava sua pequena mão.Até ela olhar pra mim, o que me deu um leve susto e me fez desviar o olhar,mas com isso eu apertei a mão da mesma ser querer,o que fez ela soltar um ruído de dor.

–Desculpe...

–Não,eu que peço desculpas.Sobre antes,fui grosseira com você,desculpe foi uma coisa bem tola.-ela falava estranho,como um adulto,eu a encarei.

–Me desculpe também,não era pra mim ficar tão irritado daquele jeito não sei o que deu em mim.-algo dentro de mim me fez dar um sorriso torto,e logo ela sorriu também e isso me deixou ansioso...mas eu não compreendi.

–Certo,acho que estamos quites não é.Eu fiquei irritada e você também.-disse ela fazendo algumas sinalizações com a outra mão.

–É e foi bem estranho não é?Quer começar de novo?-ela assentiu e eu apenas estiquei o braço como um cumprimento.-Olá,sou Carl Grimes.

–Oi Carl,sou Lissandra,é um prazer.-ela respondeu ao cumprimento.Firmamos o mesmo.

–Oi Lissandra.-dei outro sorriso.O que estava acontecendo?Eu apenas não conseguia parar de sorrir.-Você não tem sobrenome?

–Hum...eu prefiro não usar.

–Sério?Qual é?-disse com um olhar bem curioso,desde a hora que achamos eles na floresta ela não dissera o sobrenome.

–Não é da sua conta Carl Grimes.-ela era bem diferente do que eu tinha pensado.

–Isso não é justo,eu te disse o meu!

–A vida não é justa meu amigo.

Ela era mais aberta do que eu podia imaginar,tudo o que estava pensando sobre ela a alguns minutos atrás fora deletado como em um computador,queria conhecer ela de verdade agora.E aquele plano de antes,fora por água a baixo com aquela conversa toda,agora eu realmente queria ser amigo dela.Ela dissera que eu não era o tipo de pessoa que ela esperava o que me fez abrir um sorriso sincero,e eu disse o mesmo,estávamos errados em relação a nós mesmos.

Eu terminei de enrolar a mão dela.

–Ficou ótimo,não precisava de tudo isso,era só uma queimadura.

–Os machucados menores doem mais que os maiores,acho que não foi exagero,temos que nos precaver não é?

–Acho que tem razão,obrigada por ter me suportado e cuidado disso.

Sugeri amizade a Lissandra,paz em meio de uma guerra que havia começado sem sentido algum,e ela aceitou a trégua com uma brincadeira,o que me surpreendeu.Rimos por um momento e paramos,sem ter o que dizer,um olhando para o outro,até Jimmy chamá-la e quebrar o silêncio que caia sobre nós.Eu me despedi dela e ela de mim,e saiu a correr até o responsável.Eu a observei se afastando,algo dentro de mim mudou naquela tarde,mas eu ainda não entendia o que era ou o por quê daquela ansiedade de querer conversar mais e mais com ela.Apenas me sentei em meu canto e fiquei perdido em pensamentos,o que seria aquele sentimento estranho?


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Notas finais do capítulo

Carl ainda era imaturo com os sentimentos que nele cresciam,o que seria isso?Lis também não entendeu a palpitação que teve ao ver o sorriso do garoto,apenas achou uma coisa boa.Será que isso tudo é o sentimento que as pessoas ousam pronunciar?
Não perca no capítulo 8!!