Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 2
C.e.o


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha! Mais um capítulo quentinho procês. Muito obrigada pelos comentários, me fizeram muito feliz =D Enfim, a gente se vê lá embaixo. Boa leitura!



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POV FELICITY

Sabe quando você percebe que não há nada do que se queixar na vida? Era essa a sensação que eu tinha ao lado de Oliver durante nossa viagem. Não posso negar que não esperava essa atitude de largar tudo e fugir, ainda mais vinda dele. Quem sou eu pra reclamar depois de tudo o que passamos? Nesses dias que passamos afastados pude conhecer mais sobre o Oliver que meu coração escolheu. No início não foi fácil, ele ainda tinha pesadelos e permanecia inquieto pela falta de ação. Nada que eu não pudesse ajudar. Mas é claro que minha felicidade não duraria muito. Com essa notícia sobre a possível morte de Ray, tivemos que voltar para Starling City mais cedo do que o planejado. Estou com medo da realidade bater à porta e Oliver resolver voltar à ativa. O que será de nós? Escuto ele desligar o chuveiro e me levanto para me vestir antes que Oliver apareça enrolado na toalha acabando com qualquer chance de sairmos de casa.

[...]

Chegamos até o local do segundo esconderijo do Arqueiro. Preciso parar de chama-lo de segundo esconderijo, afinal esse é o único que temos agora. Entramos receosos sem saber direito o que esperar. Somos surpreendidos com o local limpo, iluminado e organizado exatamente como o outro era antes de ser destruído pela polícia. Uma mesa repleta de computadores fazem meu coração acelerar. Assim que meus olhos percorreram o local, encontro o que procurava no lugar ideal. A barra de exercícios de Oliver de frente para minha mesa de computadores. Sorrio aliviada e encaro Oliver chocado. Já ia dizer algo quando um barulho me interrompe. Caminhamos um pouco mais pela sala e nos surpreendemos com um imenso ringue de luta. Thea e Laurel treinavam e só perceberam nossa presença pelo pigarreio alto de Oliver.

– Ollie! – Thea grita entusiasmada e corre até o irmão abraçando-o. Laurel também se aproxima e me abraça, me pegando completamente desprevenida. – Como foram as férias? – Pergunta maliciosa dividindo o olhar entre eu e Oliver. Coro violentamente, enquanto Oliver sorri.

– O que aconteceu com esse lugar? – Preferiu ignorar a pergunta de Thea.

– Esqueceu que eu tenho um “pai” do mal? Usei um pouco de seu dinheiro para o bem. – O olhar duro de Oliver cai sobre ela. O mesmo se prepara para dizer algo quando Diggle surge em nosso campo de visão. Me apresso em abraça-lo. Já estava com saudade do meu amigo. Oliver hesita em se aproximar. Os dois tiveram uma conversa antes de partimos e não sei ao certo se Dig o perdoou. Então Dig estende a mão para Oliver que enfim o cumprimenta. Ah esses meninos!

Ficamos conversando por horas na caverna sobre os últimos dias, quando meus computadores apitam e meu coração sobressalta no peito. Lanço um olhar para Oliver se conter e não se envolver na ação de nossa equipe. Quero observar como eles estavam lidando sem a nossa ajuda. Frustrado ele apenas se aproxima e beija o topo de minha cabeça, envolvendo-me em uma abraço por trás. A equipe começa a se movimentar até que Laurel percebe nossa inércia.

– Vão ficar parados? – Pergunta incrédula.

– Não queremos atrapalhar. – Me contento em explicar e ela revira os olhos.

– Desde quando atrapalham? – Foi a vez de Diggle perguntar. – Nós precisamos de vocês. – Diz lançando um olhar para Oliver. Sorrio e imediatamente tomo meu posto.

– É um assalto ao Banco Central. Seis homens armados e vinte e dois reféns. – Os três assentem e deixam o local, menos Oliver. – Você não vai? – Pergunto receosa.

– Não tenho uma identidade ainda. – Sussurra e mil ideias passam na minha cabeça. A realidade está tocando a campainha.

[...]

A equipe voltou para a caverna após mais uma missão bem sucedida. Eu e Oliver já estávamos nos preparando para partir quando Dig nos pediu para esperar. Ele carrega uma caixa grande. A deposita sobre a maca metálica e se vira para nós.

– Um grande amigo, uma vez me falou que os heróis precisam de uma forma para proteger sua identidade. – Olha para Oliver que sorri. - Ainda estou trabalhando na minha. – Fecho a cara sabendo que é uma desculpa para não usar trajes e todos na sala riem. – Agora que voltou, precisa proteger a sua. – Abre a caixa e se afasta para Oliver pegar o traje. – Não sabia se deveria manter o verde... – Um sorriso toma conta do rosto de Oliver que assente e agradece. Suspiro baixo com a cabeça trabalhando no que seria de nós agora.

– É a realidade? – Me surpreendo com a voz de Laurel baixa. Assinto e ela transmite um olhar de conforto. – Ele mudou Felicity. – Suspiro novamente. – Vai dar tudo certo. – Sorrio com sua preocupação e me aproximo dos dois que conversavam.

– Vamos? – Oliver me surpreende com a pergunta e recebo um sorriso de satisfação de Jonh. Coro e assinto pegando na mão de Oliver. Deixamos a caverna depois de nos despedirmos de todos.

[...]

– Oliver... – O chamo durante o intervalo do filme que assistíamos. – Você vai morar aonde? – Hesito antes de perguntar e me ajeito no sofá tentando parecer relaxada. Ele franze o cenho. – Quero dizer, antes você morava em uma mansão, mas ficou pobre e perdeu tudo, então se mudou para caverna, até Thea comprar um apartamento com o dinheiro sujo do pai dela... Então não sei ao certo... Pela forma que falou “vamos” na caverna me pareceu que... Não sei, talvez... – Digo gesticulando rapidamente.

– Fe.li.ci.ty. – Oliver me interrompe de meus devaneios. – Eu vou morar com Thea em seu apartamento. – Não posso negar que me decepcionei um pouco, mas também esperava que fizesse, afinal não podemos morar juntos! Estamos namorando a quanto tempo? Um mês? Rio nervosa ao perceber o silêncio. – Mas nada me impede de passar algumas noites aqui. – Desabafa e lança um sorriso perfeito que me acende por inteiro. Assinto e me encosto novamente em seu peito, mais calma dessa vez.

[...]

Acordei no dia seguinte sem saber ao certo como vim parar no quarto. Tateio a cama, mas não sinto minha montanha de músculos ao meu lado. Abro os olhos e a claridade me faz fecha-los mais um pouco. Me levanto e faço minha higiene matinal. Vou até a cozinha e encontro um pedaço de papel colado na cafeteira.

“Bom dia!

Dormi em casa.

Oliver.”

Sorrio e resolvo preparar um café. Ouço meu telefone tocar e me surpreendo com o nome que aparece no visor.

– Detetive Lance, digo capitão. – Apresso-me a corrigir.

– Senhorita Smoak. Será que poderia vir até a delegacia? – Engulo seco. – Precisamos conversar sobre o acidente na Palmer Technologies.

– Claro. – Tento soar calma, mas em vão. – Estou a caminho. - Desligo o telefone e suspiro pensando no que pode ter acontecido enquanto estive fora.

[...]

Entro na delegacia e um policial me acompanha até a sala do Capitão Lance.

– Senhorita. – Me cumprimenta. – Obrigada por vir. – Assinto e me sento na cadeira a sua frente.

– No que posso ajudá-lo? – Tento permanecer calma.

– Onde esteve nos últimos dias? – Franzo o cenho com a pergunta. – Precisamos descartar qualquer suspeita de atentado.

– Espera. Vocês acham que alguém causou a explosão?! Que eu causei a explosão?! – Pergunto incrédula.

– Apenas responda a pergunta. – Fecho a cara.

– Eu estava viajando por tempo indeterminado com meu namorado. – Ele se surpreende com minha resposta. – Só voltei porque fiquei sabendo do acidente. Agora, não sou obrigada a ouvir o senhor fazer acusações contra mim. – Me levanto. – Achei que o senhor me conhecia o suficiente para não duvidar de minha índole. – Me preparo para deixar a sala.

– Me desculpe pela abordagem. – Se levanta também. – Estou acostumado a conversar com bandidos. – Assinto depois de alguns segundos e sento novamente. – Estava pensando em assumir a empresa quando? – Franzo o cenho novamente.

– Eu era apenas a vice-presidente da empresa, antes de me demitir. Não esperava assumir nada. – Ele permanece incrédulo.

– Mas a senhorita assinou estes documentos um mês antes da explosão. – Diz e me entrega um papel. Começo a ler sem acreditar. – Ele a nomeou presidente da empresa. – Arregalo os olhos me lembrando do exato momento que assinei e me desespero. – Independente de sua demissão e da explosão, a senhorita agora é responsável pela Palmer Technologies. – Engulo seco. – Sei que é muito para absorver, mas contamos com sua ajuda na investigação. - Assinto ainda chocada com toda a situação e me levanto. – Obrigado.

Saio da delegacia e minha mente trabalha em todas as possibilidades de ser uma brincadeira. Olho novamente para os papéis em minha mão. Como Ray foi capaz de fazer isso? Sem me notificar ainda! Meu Deus, a empresa deve estar um caos.

[...]

Chego na empresa e todos me cumprimentam, afinal eu sou a chefe agora. Pego o elevador para minha antiga sala, mas a secretária de Ray me interrompe.

– A senhorita precisa de algo? – Me assusto com a abordagem e nego com a cabeça. – Se não se importar, gostaria de saber minha situação. – Franzo o cenho e finalmente entendo o que ela quer dizer.

– Não perderá seu emprego Selina. Fique tranquila. – Ela solta o ar aliviada e sorri. Continuo meu trajeto até a sala e me sento na cadeira. Meus olhos vão até uma pilha de papéis e não faço a mínima ideia de por onde devo começar. Selina percebe minha situação e estica um papel para mim.

– A Senhorita já sabe quem vai nomear como vice-presidente? – Um frio desce pela minha espinha e amaldiçoo Ray mais uma vez por me colocar nessa furada. Pego o papel de sua mão e olho os currículos de possíveis pessoas aptas para o cargo. Minha mente começa a trabalhar, ignorando o papel. Até que um único nome vem à mente.

– Já sei sim. – Sorrio com minha ideia. - É, isso pode dar certo.


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Notas finais do capítulo

Quem vocês acham que pode ser? É meio óbvio, mas preferi revelar no próximo capítulo... Enfim espero que estejam gostando. Não deixem de comentar ;) Ainda tem muita confusão pela frente hahahaha Beijinhos e até breve!