Give Your Heart A Break escrita por Olivers Lestrange


Capítulo 25
Regresso.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Voltei!
Pretendo ir nesse ritmo para terminar essa fic logo, desculpem por aquelas que não querem que ela acabe.
(Ps: No sonho da Nanda gente, levarei a fic para um lado "além vida" okay? )
Boa Leitura *-*



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Pov. Nanda

A luz do caminhão me cegou e eu só conseguia ver branco, depois de alguns segundos aquela luz me levou para o que eu chamo de sonho.

Me vi em pé vestida com minha roupa antiga de ginasta, estava em um campo florido onde as flores se perdiam no horizonte, e o sol me aquecia levemente.

Ao olhar a minha volta não vi ninguém, parecia que todos haviam ido embora para me deixar sozinha, mas ao olhar detalhadamente para o local me deparei com um homem sentado embaixo de uma arvore, seu olhar fitava o chão e eu não conseguia ver seu rosto nitidamente.

Andei até lá a passos vagarosos, sempre fui tão apressada porque andava tão calmamente aqui?

– Olá senhor, pode me dizer onde estou? – perguntei.

– No segundo plano - ele respondeu com uma voz firme e angelical, meu coração deu um pulo de alegria ao reconhecer sua voz.

– Eu conheço essa voz. – falei dando um sorriso de orelha a orelha.

– Claro que conhece. – o homem se levantou revelando ser meu pai que deu seu melhor sorriso para mim e abriu os braços. Sem hesitar corri até ele e lhe dei o abraço que pensei que nunca mais pudesse dar.

– Senti tanto a sua falta pai. – falei enquanto me agarrava ainda mais forte em seu pescoço.

– Também senti a sua minha pequena ginasta. – ele disse enquanto afagava meus cabelos.

– Você precisava estar comigo agora... – o sentimento que inundou meu peito iria me fazer chorar, era pra eu ter chorado. Mas as lagrimas não saíram.

– Expulso esses pensamentos ruins. – ele separou o abraço e me fitou – No meio plano você só faz coisas felizes, ou seja, não chora por tristeza.

– Eu morri? – perguntei assustada.

– Não. – ele respondeu e fechou os olhos – Você esta no meio de um exame, estão tentando saber o que você tem. – ele suspirou – Traumatismo craniano, você está em coma... Sua mãe, irmã e amigos sofrem muito, só que tem alguém com um sofrimento maior... Dylan eu acho.

– Dylan? Sofrendo por mim? – revirei os olhos – Ele é o cara que eu mais amo nesse mundo! – eu queria ter dito “odeio”, mas as palavras não saíram.

– Aqui só expressamos nossos verdadeiros sentimentos. – ele levou o dedo indicador ao meu nariz e deu duas leves batidas.

– Eu infelizmente ainda o amo. – se eu estivesse no meu plano original, com certeza estaria rodeada de uma poça de lagrimas.

– Ele sofre muito por você, muito mais do que todos pensam. – ele fechou novamente os olhos, uma brisa leve apareceu do nada fazendo meus cabelos balançarem – Ele te ama de verdade.

– Você sabe o que se passou não é pai? – perguntei enquanto dava as costas para ele e fitava o horizonte, era tão bonito.

Sempre estive de olho nas minhas garotas. – ele passou seu braço envolta de meu ombro e fomos andando em direção ao horizonte. – Sua irmã está um pouco fora dos trilhos não é mesmo? Bebidas, consumismo, festas, más companhias. – ele me olhava com o canto dos olhos, enquanto eu apenas franzia o cenho, como eu estive ali o tempo todo e não vi nada? – Seu acidente mudou muita coisa dentro dela, não se preocupe.

– Eu vou acordar? – perguntei para ele.

– Sua mãe fez de tudo por vocês até agora, ela sofre muito por seu acidente – continuou ele sem responder minha pergunta – Ela arrumou um novo namorado, ele é muito gentil e atencioso e creio que vai cuidar dela melhor do que eu já tenha cuidado. Não impeça isso.

– Tudo bem pai. – encostei minha cabeça em seu ombro.

– E quanto a você Fernanda Elizabeth Johann – ele parou de repente e olhou sério para mim – A senhorita mudou muito desde que eu me fui. Sempre foi mais alegre! Era a ginasta ouro, agora não canta como cantava, não escreve suas histórias e o violino, pobrezinho foi esquecido.

– Acho que foram os amigos e o namorado que arrumei. – o interrompi.

– Não isso foi apenas um acréscimo, tem algo errado ai dentro, eu sei.

– Sempre fui insegura e achei que se eles vissem que eu sou aquela garota tola, ninguém iria permanecer comigo.

– Aquela garota era mais feliz do que a garota agora não é?

– Sem duvidas. – falei.

– Não tire de você mesma aquilo que te faz feliz. – ele me abraçou e depois de alguns instantes separou o abraço abruptadamente. – Esta na hora.

– Hora de que? – perguntei assustada.

–De você retornar. – ele falou me dando um beijo na testa.

– Não eu quero ficar com você mais um pouco. – o abracei fortemente.

– Já ficou tempo de mais.

– Alguns minutos! – falei agarrando-me ainda mais ao seu pescoço.

– Nanda, por favor. – ele disse fazendo com que eu soltasse suas mãos.

– Algum conselho senhor Johann. – brinquei como sempre fazia quando criança.

– Você está pensando demais com a cabeça, esqueça o cérebro e escute exclusivamente o coração. – ele disse docemente fazendo um carinho em meu rosto.

– Isso se trata de Dylan? – perguntei.

– Adeus meu amor. – ele falou com a voz fraca e então tudo começou a rodopiar.

Quando tudo caiu em completo escuro eu apenas ouvia a voz de uma enfermeira falando sobre unhas vermelhas.

Pov. Dylan O’brien

– Agradeço pela preferência. – a aeromoça terminou seu discurso de agradecimentos por termos escolhido a linha de aviões “Zelta”.

Me levantei e entrei na fila para deixar o avião, depois da ligação de Fred tudo havia corrido extremamente rápido.

Depois que desliguei conversei com Ana e me pai sobre o fato de eu querer regressar, meu pai até tentou mais Ana o convenceu a me deixar vir (claro que deixaria).

Peguei o vôo do começo da noite, e devido ao fuso horário que eu não entendia muito bem eu iria chegar a Yesterville pela manhã.

Agora eram exatamente 8 horas da manhã e eu estava em frente aos portões de casa, os abri com meu velho truque e entrei em casa.

Larguei minhas malas na porta e fui andando em procura de minha mãe, foi então que a ouvi conversando:

– Como está Sam? – ela perguntou.

– Agora namora um irlandês de boa família. – Cristina a mãe de Samantha era quem falava.

– Dylan deveria arrumar alguém assim, pena que a Sam já esteja namorando. – as duas deram uma risada irritante e minha mãe prosseguiu. – Essa tal Fernanda foi apenas um atraso na vida de Dylan.

– Da Sam também.

– De quem ela é filha? – minha mãe perguntou a Cristina.

– Uma mulher que trabalhava como consultora bancária. – a mãe de Sam falou esnobe.

– Sabia que era da ralé. – minha mãe falou superior – Para ter uma filha como aquela. Todos sabemos que Sam e Dylan sempre se gostaram, você não sabe o quanto me decepcionei com ele o dia que peguei Dylan e a caipira juntos na cama.

– Deve ter sido deplorável. – Cristina comentou tomando chá.

– E foi. Quando soube do acidente culpei meu bebe por uns meses, mas percebi que tudo era culpa da garota.

– Sem duvidas Katherine.

– O mandei para Los Angeles morar com o pai, não quero que ele volte a se relacionar com ela!

– Ela acordou? – Cristina perguntou.

– Sim há varias semanas inclusive já freqüenta a escola novamente. – minha mãe bufou – Pedi para o pai dele tomar seu celular e só devolver depois de vários dias. Já que Fred poderia muito bem o avisar.

– Esse vai ser pai junto com a herdeira da joalheira Fleur não é? – Cristina perguntou interessada.

– Sim! Os dois são de muita boa família, ele escolheu bem. – minha mãe dizia enquanto colocava açúcar em seu chá – Bem diferente de Dylan que se apaixonou por aquela caipira pobretona... que ninguém nos ouça mas, as vezes eu acho que teria sido melhor para todo mundo que ela tivesse morrido naquele acidente.

– CALA BOCA! Cala a boca! – meu sangue fervia, meus punhos se fecharam, eu berrei aquelas palavras tudo o que ela havia dito havia sido a gota d’água.

– Dylan meu filho o que você esta fazendo aqui? – minha mãe perguntou assustada.

– Você é tão superficial e egocêntrica a ponto de não entender o quanto eu amo aquela garota? Que eu não me importo de onde ela veio e qual sua classe social? Acho que nasci na família errada! Você e meu pai são podres! – cuspi cada palavra, como uma serpente despeja seu veneno, minha mãe ficou sem graça e Cristina sem reação.

Sai dali pegando minhas malas e arrastando, ficaria na casa de Fred ou se não dormiria na rua. Mas naquela casa eu não ficava!

Pisava forte no chão o fitando, não ligava pro mundo a minha volta eu só pensava no que iria fazer e na raiva que estava dentro de meu coração. Como minha mãe pode ser tão cruel e mentirosa?

Só dispersei esses pensamentos quando meu corpo se colidiu com outro.

– Me desculpe. – a outra pessoa disse e nesse momento eu a olhei, e reconheci apenas pelos olhos quem era.

Era minha Nanda.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
Mãe do Dylan e Cristina são nojentas? O que acham delas?
Ai caraio e agora?
Nanda se lembrara de Dylan e o que foi esse "sonho" dela enquanto estava em coma *-*
Acompanhem, recomendem, favoritem e comentem.
Bjks