Scorose- Bussola escrita por Pudim de Menta


Capítulo 1
Único - muita coca-cola


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem



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Eu já estava ensopado, a chuva desabava sem dó nem piedade,o meu moletom cobria parcialmente a minha cabeça estava molhado ,me encolhi de frio,apesar de tudo continuei jogado na calçada,eu não estava ligando para o vento cortante ou por estar molhado,ou o próprio perigo de ser assaltado,acho que qualquer ladrão com juízo estaria em casa,chovia muito e relâmpagos pintavam o céu de prata.

Algumas pessoas tomavam bebidas mais fortes para esquecer a dor,para mim coca-cola bastava,havia uma garrafa de dois litros aos meus pés,ela estava parcialmente vazia,girei a tampa e tomei todo o conteúdo.

Levantei cambaleante e choroso,dei passos vacilantes até o orelhão velho na esquina,a muito tempo não utilizado,disquei o código para ligar a cobrar,mas não me recordava do número do celular de meus pais,nem da minha própria residência,eu não sabia nem onde eu estava,eu havia saído desesperado de casa,virei várias esquinas,até chegar num mercado de família e comprar um coca-cola,com uns trocados que eu tinha no bolso,depois corri mais e a tempestade começou e desisti de andar ou correr,me joguei na calçada e me rendi a uma garrafa de refrigerante.

Joguei-me na calçada, triste, abalado e completamente perdido, eu era um explorador sem sua bussola. Tudo começou com Rose Weasley.

Rose perdeu os pais muito jovem,só tinha dois tios Percy,que não ligava muito para ela,e Carlinhos,solteiro e cuidava dela e de seus avos ,os avós que a criaram,minha família morava perto e então sempre fomos amigos,mas eu cometi um erro,eu me apaixonei pela minha melhor amiga,talvez tenha sido o erro mais certo que já cometi,me lembro como tudo mudou,como se fosse ontem,por que realmente foi ontem.

―Scorpius, você recém tirou sua carteira de motorista e quer fazer uma viagem da toca até o aeroporto? ―Rose Weasley me encarou como se eu fosse louco.

―Sim! ―respondi com um sorriso.

―Já disse, pego um taxi. ―objetou Rose, eu a fitei, ela era ruiva, dona de olhos azuis e uma pele pálida ela usava jeans e uma blusa de manga que era negra, os cabelos estavam acomodados num rabo de cavalo e ela segurava uma bolsa de mão. ―ok,pode me levar até o aeroporto!Entra.

Estávamos na varanda da casa dos avôs dela, entrei e um casal idoso de ruivos estava ali.

―obrigado Scorpius, por levá-la ao aeroporto. ―Agradeceu-me Molly,ela andava com as pernas bambas e o Seu Arthur estava cego,uma cuidadora ajudou Molly a sentar,a cuidadora estava ali sempre que Carlinhos estava trabalhando.

Os trinta minutos seguintes passaram-se com os avôs despedindo-se de Rose, os cinco seguintes eu colocando as bagagens de Rose no carro.

Acomodei-me no banco de motorista e Rose abancou-se no de passageiros.

―Rose, ando devagar, a 170 km por hora. ―brinquei e ela se limitou a um riso melodioso.

Logo estávamos na estrada, depois no aeroporto, Rose ia ficar seis meses fora, em um intercambio.

O aeroporto parecia mais uma imitação realística de um grande formigueiro, Rose já fizera o checkin, agora sua única bagagem era uma bolsa pendurada em seus ombros.

―Scorpius, tenho um presente. ―ela avisou tirando da bolsa uma caixa singela, abri,ali estava um relógio preto. ―Para contar as horas para me ver.

―engraçadinha. Obrigado. ―Ri, depois agradeci enquanto encaixava o relógio em meu pulso, ela se despediu de mim com um longo abraço e foi em direção aos portões de embarque.

―eu te amo! ―Sussurrei quando as portas fecharam-se, depois que ela passou, ela nunca ouviu, eu estava cercado de pessoas,mas sozinho,virei-me e retornei para casa, triste,quando eu estava parado num semáforo,olhei o relógio,eu realmente estava contando as horas para vê-la.

Seis meses, igual a cento e oitenta e cinco dias, vezes vinte quatro horas, igual a quatro mil, quatrocentas e quarenta horas e 266400 minutos.

Exatos vinte e duas horas depois daquele momento, o Tio de Rose fora lá em casa, comentar a pior noticia da minha vida, Rose chegara bem e tudo mais, mas ao pegar um taxi, sofrera um grave acidente partindo desse mundo.

Não sou capaz de me recordar com que palavras ele falou, só me lembro que corri e corri, agora estou aqui

Abri os olhos, ainda chovia de forma torrencial, eu estava deitado numa calçada molhada, sozinho.

―Scorpius! ―uma voz feminina gritou claramente, me levantei bruscamente seguindo o som, era a voz de Rose. ―Pare de chorar.

Eu não sei se estava doido, ou era parte de uma experiência além-túmulo, por que tudo se calou, e não havia ninguém na rua. Me sentei novamente na calçada e fiquei contemplando meus sapatos encharcados e parou de chover,pelo menos em cima de mim,ergui a cabeça e meu pai estava ali,segurando um guarda-chuva.Ele colocou a mão nos meus ombros de forma paterna.

―tudo vai ficar bem!

Horas depois quando eu estava deitado na minha cama seco e limpo, talvez demente pela febre, tive um vislumbre de Rose ao lado de seus pais.

E antes de eu apagar de sono, ouvi um “te amo”, era a voz de Rose.


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Notas finais do capítulo

comentem,sério deixem sua opinião e obrigado por lerem



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