Can You Save Me? escrita por Whispers Of Hope


Capítulo 5
I Can´t Lose Anyone Else


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente!
Novo capítulo pra vocês... não esqueçam de deixar seus comentários!
Até lá embaixo *-*



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Toda minha agonia se vai

Quando você me aperta em seu abraço

Não me deixe mal por tudo que eu preciso

Faça do meu coração um lugar melhor

–All I Need (Within Temptation)

POV´S Violetta

Podia ser mentira ou não mas, independentemente do que era, eu não gostei nada do que aquela garota disse para León. Talvez ele tivesse seguido em frente realmente e havia conhecido aquela garota, se apaixonado e agora eles estavam totalmente felizes juntos. Eu preferia não acreditar muito nessa hipótese, para o meu bem.

– Ahn...oi Violetta! Não tinha te visto aqui – a garota falou e sorriu deixando os dentes à mostra, uma vontade de quebrar aqueles dentes todos despertou em mim naquele momento. Mas, espera aí, como ela sabe meu nome?

– Oi...é eu sou um pouco difícil de se notar- falei seca e levantei querendo sair dali o mais rápido possível

– Vilu, eu posso explicar- León falou a famosa frase um pouco receoso com minha reação

– Não se preocupe León, você não precisa explicar nada! – falei e sem pensar duas vezes, sai dali sem olhar para trás.

Depois de ver que estava totalmente longe dos dois, corri rapidamente até em casa e quando entrei vi que Francesca e Alice ainda dormiam na sala. Olhei para o visor do celular e vi que já eram 09:15 da manhã, fui querida e não acordei nenhuma delas, por mais que eu queria pular em Fran e contar tudo o que havia acontecido há uns minutos atrás, deixei ela dormir em paz por mais alguns minutos.

Subi para o banheiro e tomei um banho relaxante, pois era tudo de que eu precisava naquele momento. Depois de alguns minutos, me sequei e coloquei roupas leves, penteei os cabelos e os amarrei em um simples coque. Fui à cozinha e fiz uma xícara de café e fui novamente para a sala. Sentei no sofá observando Alice, que assim como Francesca, ainda dormia tranquilamente. Seus longos cachos loiros estavam espalhados delicadamente sobre o travesseiro, todos diziam que a cor e o formato do cabelo dela havia sido herdado de Angie, e ao observá-la eu lembrava de como mamãe nos mimava e, também, como ela se foi.

Já faziam duas semanas desde que papai e Marco haviam nos deixado, parecia coisa do destino, uma mera coincidência ou até a loucura de um psicopata, porque quando se fez exatamente sete dias depois da morte de papai, descobrimos que Marco tinha partido também. Como em toda madrugada, eu chorava silenciosamente em meu quarto, tentando com que não acordasse mamãe e muito menos acordasse Alice. Quando pessoas normais estão tristes elas querem algum motivo para se alegrar e deixar a tristeza de lado mas, eu não sou como elas pois, quando fico triste por algo eu procuro um motivo para ficar mais triste ainda, e pra provar isso, peguei uma foto da família, tirada há uns meses atrás e fiquei olhando fixamente para ela. Estava reparando na foto, cada detalhe, quando um grito sufocado veio do quarto de minha mãe e sem pensar em mais nada, saí correndo até lá, e como das outras vezes desejei não ter feito isso mais uma vez.

–Não, não, não! Mãe por favor... não! – gritei correndo até onde ela estava caída- Não me deixe mãe, eu preciso de você! – falei entre soluços enquanto abraçava seu corpo desfalecido e de relance, olhei para uma faca toda ensanguentada no chão ao lado dela. O desgraçado estava fazendo aquilo de formas totalmente diferentes.

E como se soubesse do que estava acontecendo, Alice começou a chorar e eu tive que me recompor para ir até seu berço. A peguei no colo e saí do quarto onde ela e mamãe dormiam o mais rápido que pude pois eu não queria que minha irmã visse o que eu infelizmente havia visto mais uma vez. Depois de os vizinhos escutarem meus gritos e se situarem do acontecido, ligaram para todos que deviam ligar, minha avó veio até nossa casa e abraçou nós duas, não para nos consolar e sim, tentar consolar a si mesmo, pois havia perdido sua única filha naquela noite. Como sempre fez, vovó cuidou de nós muito bem, nos levou para sua casa e nos deu tudo o que precisávamos e foi lá onde morei até meus 18 anos pois, sabia que quando chegasse à essa idade, eu deveria aprender a me cuidar sozinha e a cuidar de minha irmã também. Não sei de que forma mas, com a ajuda de Fran, Alice e Vovó, eu consegui superar o trauma que tinha da casa e me mudei para lá junto com minha irmã, mesmo com cada lembrança em todo o lugar daquela casa, eu sobrevivi.

– Mana, porque você ta chorando? – a voz meiga e os dedinhos macios de Alice em meu rosto me despertaram das lembranças.

– Chorando? – somente quando ela falou que eu percebi que chorava feito uma criança- Ah não foi nada...só uma coisa que não é muito legal de se falar, bebê - eu tentei sorrir para dizer para ela que estava, ou ia ficar, tudo bem.

– Vai escovar os dentes pequena, logo eu te encontro no banheiro – Fran disse e como num passe de mágica, Alice estava correndo em direção ao banheiro- Agora me conta tudo Violetta – ela disse sentando ao meu lado no sofá

Como sempre fiz, contei tudo para ela e como ela sempre fez, ouviu atentamente cada detalhe. Desde o meu esbarrão com o Clement até o momento em que lembrei de mamãe, tudo. Ela me abraçou e deixou que eu chorasse o quanto eu precisasse, e depois que me acalmei ela foi ao encontro de Alice, que estava a esperando no banheiro. Conhecia Francesca desde que éramos pequenas, ela acompanhou tudo o que aconteceu e sempre esteve do meu lado, estando eu certa ou errada. Depois de elas fazerem as suas higienes matinais, nós arrumamos tudo e Fran falou que mesmo não querendo, ela tinha que ir para casa, ela morava apenas com seu pai em um apartamento no centro da cidade, já que seu irmão tinha decidido ir morar em outro país para ter oportunidades melhores e tal.

Logo após ela sair, Alice me convenceu a leva –lá a praça para que pudesse brincar um pouco nos brinquedos que tinha lá, me dei por vencida, organizei a casa e sai de casa junto com ela. Como sempre foi sapeca, saiu saltitando na minha frente e o que aconteceu depois foi exatamente como em um pesadelo, tudo rápido demais. Carro preto, Alice, rua. Não deu tempo para processar nada pois corri até seu pequeno corpo que estava no chão, coberto de sangue e comecei a chorar pois se ela me deixasse também, eu não iria ter mais ninguém.

POV´S León

Depois da besteira que Gery fez, eu nem quis falar com ela sobre o assunto, só virei as costas e saí. Fiquei surpreso quando dessa vez, ela não veio até mim ou falou alguma coisa, apenas saiu para onde quer que seja. Voltei a caminhar, só que dessa vez eu estava indo pelo caminho que levava à casa de Violetta, até chegar lá eu podia pensar se era certo tentar se explicar agora ou mais tarde. Quando cheguei perto da frente da casa dela, eu vi uma cena que eu preferia não ter visto, Violetta chorava sobre o pequeno corpo de sua irmã e, esquecendo do ocorrido de mais cedo, corri até ela e me ajoelhei ao seu lado, totalmente incrédulo com o que havia acontecido com a garotinha, na hora eu percebi que foi um atropelamento causado de propósito ou não.

– Eu não vou ter mais ninguém León! – ela disse chorando e eu vi que ela já tinha me notado ali

– Calma Vilu, ela vai ficar bem – a abracei e deixei que suas lágrimas escorressem por minha camisa, agora isso não tinha importância.

Olhei no fim da rua e vi que uma ambulância vinha rapidamente, algum vizinho devia ter ligado assim que viu pois, algumas pessoas haviam saído de suas casas e olhavam aterrorizadas para aquilo estar acontecendo outra vez, só que com uma pessoa diferente, uma criança totalmente inocente. O desgraçado que fez isso fugiu, com certeza.

– Eu sonhei isso, ai meu deus – Violetta disse e voltou à chorar

A ambulância chegou, Alice foi levada imediatamente ao hospital e seria lá onde os médicos tentariam ajuda- lá mas da forma que ocorreu e pela idade da menina, um milagre seria uma ótima coisa naquele momento. Violetta não conseguiu conter as lágrimas desde o momento do ocorrido até na sala de espera do hospital, que era onde estavam agora.

Ela já passou demais por isso, por favor senhor, ela não merece passar por isso novamente.

Eu repetia isso várias vezes dentro de minha cabeça como se fosse uma desesperada oração, ela ia tentar superar se o pior das hipóteses acontecesse, como ela fez e faz até agora mas dessa vez eu acho que ela não iria suportar.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que estão achando, comentários e críticas serão sempre bem vindos!
Até o próximo capítulo...bjooos