Can You Save Me? escrita por Whispers Of Hope


Capítulo 10
Something That Can Change Your Life


Notas iniciais do capítulo

Oii gente linda!
Andei meio sumida, não é? Meu computador estragou e só agora consegui postar o capítulo, então me perdoem por isso.Aqui está o capítulo com a festa do Diego e finalmente, a carta do Germán.
Espero que gostem, favoritem e comentem. Até lá embaixo ♥



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Tudo o que temos é este momento

Para colocar nosso amor em movimento

O ontem é uma história

Então, por que você não está aqui comigo?

– This Moment (Katy Perry)

POV´S Violetta

Apenas a mão de Vovó tocando em meu ombro foi o bastante para me “acordar” do transe e olhar para ela, que me olhava com um olhar reconfortante, ela sabia muito bem o que havia acontecido naquele momento.

– Está tudo bem, querida?

– Está sim, Vovó- sorrio fraco e digo tentando assegurar mais a mim mesma do que a ela de que eu estava bem.

Depois de um tempo ali com ela, resolvi ir para casa, pois restavam apenas algumas horas para a festa de Diego. Com meu emocional um pouco abalado, eu cogitei por um tempo a ideia de não ir na festa, mas, lembrei-me que era algo muito importante, era o aniversário de um de meus melhores amigos então, mesmo não estando completamente bem, eu iria e tentaria me divertir.

Logo após um longo e relaxante banho, me vesti com apenas um short e uma blusa leve pois ainda estava cedo para pôr a roupa que comprei. Desci para a sala e fitei minha bolsa, a carta estava bem visível, o que me fez ficar curiosa até demais. Mas a voz de minha avó dizendo que era para abrir a carta mais tarde ecoou em minha mente e assim, afastei aquela ideia e me mantive ocupada até a hora de começar a me arrumar.

Coloquei o vestido e o sapato, passei uma maquiagem leve e um batom claro em meus lábios. Olhei meu reflexo no espelho e sorri, aquela imagem me agradava, pois ela sabia disfarçar bem o que já passei em minha vida. Em um momento de distração, a imagem de León me passou pela cabeça e por alguns minutos, até eu afastar aqueles pensamentos, torci para que nenhum imprevisto acontecesse e ele fosse até a festa, apenas poder ver ele já é uma grande coisa. Com os recentes acontecimentos de há alguns anos, eu estava ocupada tentando seguir em frente e não me dei ao luxo de notar o quanto sentia a falta dele e o quanto ainda gostava do garoto que antes de ter que me deixar, sempre esteve ao meu lado.

Passados alguns minutos, peguei minha bolsa e saí de casa. Entrei no carro, liguei o mesmo e sai dali indo em direção à casa de Diego. Por milagre, Francesca não havia me pedido para passar em sua casa para irmos juntas, essa garota está aprontando alguma, tenho certeza. Cheguei à casa de Diego e estacionei em frente a mesma, olhei para o lado e vi que a maioria das pessoas já haviam chegado e estavam todos conversando, dançando e bebendo ao redor da piscina da casa. Desci do carro e já avistei Federico e Ludmila chegando, eles eram um casal perfeito, no qual eu ajudei a juntar. Olho para o lado e vejo Maxi, Naty, Camila e Broduey conversando sobre algo e me aproximei deles, tentando saber qual era o assunto deles.

– O que eu perdi? – falei após cumprimentar todos ali e olhar para eles com uma expressão curiosa.

– Diego e Francesca...- Camila disse e apontou para um canto, onde eu vi os dois em um beijo que parecia não ter fim.

– Ah agora eu entendi o porquê de ela não pedir para mim vir com ela e nem ter me avisado nada – falei em meio a risadas e olhei para o lado e Deus, ele estava mais lindo que o normal.

León chegou sorrindo e cumprimentando a todos, me deu um beijo na bochecha como fez com as meninas e foi para um canto conversar com os meninos sobre coisas aleatórias enquanto eu fiquei por ali, apenas observando tudo e todos. A festa estava sendo como qualquer outra, seria normal se uma garota de cabelos curtos negros, mais conhecida como Gery, não aparecesse e fosse conversar com León que no momento que a viu a abraçou e sim, não era necessário aquilo.

– Daqui a pouco você vai acabar pulando em cima dessa garota Vilu – a pessoa disse e riu de uma forma que eu conhecia muito bem

– Ai Fran, não começa, estou apenas olhando para lá...é proibido agora? – falo enquanto cruzo meus braços e a encaro.

– Óbvio que não, mas assim vai ficar muito na cara amiga.

Não falei nada pois sabia do que ela estava falando, ia ficar na cara que eu estava com ciúmes, é eu estou admitindo isso. As coisas mudam de uma forma que as vezes te surpreende de um jeito.

– Não vou nem falar nada sobre você e o Diego, senhorita Francesca – a mudança repentina de assunto funcionou, pois ela arregalou os olhos e depois suavizou sua expressão pois sabia que eu iria saber de uma forma ou outra.

– Ai Vilu, desculpa não ter te contado nada, era para contarmos sobre nosso relacionamento mais tarde, quando estivéssemos apenas o nosso grupinho – ela falou de uma forma calma, pois sabia que eu iria entender.

Depois daquilo, resolvi esquecer de León e daquela amiguinha dele e fui dançar, dancei como se ninguém estivesse me olhando porque eu precisava daquilo, precisava de um pouco de diversão, sem alguém para me julgar ou algo do tipo. Não bebi muito, apenas uns goles pois se algo acontecesse, eu queria lembrar amanhã.

– Ela perdeu sua família inteira, pare de falar assim dela – em meio a todo aquele barulho, pude ouvir León dizendo em forma de reprovação e logo após isso uma gargalhada escandalosa se deu por ouvir.

– Ai León, aquela garota merece tudo o que aconteceu à ela. Ela merece sentir a solidão dia após dia – era a voz de Gery, que mesmo um pouco embargada pela bebida, dava para perceber que aquilo não era papo de bêbado, era papo de uma pessoa sem compaixão, uma pessoa que merecia ouvir algumas coisas.

Após me ver indo até lá, Francesca, Ludmila, Camila e Naty foram junto comigo, pois se fosse preciso elas não iriam perder a chance de dar o que uma idiota como Gery merecia. Parecia como um código, “Mexeu com uma, mexeu com todas”, desde nossa infância sempre fora assim, e não seria agora que isso iria mudar.

– Ouvi algumas coisas de lá onde eu estava, eram sobre mim, você poderia repetir para que eu ouvisse com mais clareza? – perguntei olhando firme para Gery, que me encarava com um sorriso irônico em seus lábios.

– Espera um pouco, deixe- me tentar lembrar. Ah sim, falei que você é uma menininha pobre e indefesa que não tem ninguém para te defender, já que TODA sua família morreu...será que fui muito indelicada? – Nem respondi aquela provocação, estava ocupada demais tentando arrancar aqueles fios de cabelo pertencentes a ela.

Tudo ocorreu muito rápido, Gery e eu se estapeando, as meninas alternando em gritar com Gery e tentar me soltar dela, León e Maxi tentando apartar a briga enquanto Federico, Diego e Broduey apenas faziam parte das pessoas que incentivavam a briga, pois estavam bêbados demais, se perguntasse qual era o nome deles, eles não lembrariam com certeza.

– Chega vocês duas, parecem duas crianças! – León falou irritado, enquanto tentava me soltar de Gery.

– Então nos deixe ser criança, pois você não tem nada a ver com isso! – Eu também estava irritada, irritada por tudo, especialmente pelo o que aquela garota tinha dito sobre mim.

Após Gery se soltar de Maxi e sair dali com uma expressão de fúria, León me soltou e me olhou com um olhar misto de confusão e mágoa pelo o que eu havia falado para ele, óbvio que foi da boca para fora, mas ele parecia não saber disso.

–Desculpa Diego, mas para mim isso já é o suficiente- Pego minha bolsa que havia deixado em cima de uma mesa e saio dali o mais rápido que posso, pois não quero que ninguém me siga.

Após um tempo caminhando, paro em uma praça e sento no banco. Lágrimas de dor e raiva já escorriam por minha face quando em um momento de distração, olhei para dentro de minha bolsa e a carta estava ali, esperando para ser lida. Ler ela não iria estragar nada, pois a noite já fora estragada por Gery e suas idiotices.

Estou pronta para ouvir o que tem a me dizer, papai.

Abro a carta, respiro fundo e começo a ler.

Violetta.

Não sei nem por onde começar, há tanto para lhe contar, coisas que nunca tiveram explicação para você. O que poderá vir a acontecer com nossa família, será consequência de algo que fiz em minha carreira, a morte de Nicolás. Eu e sua mãe nunca precisamos contar sobre isso a você e Marco, pois não os envolviam, a morte dele foi minha culpa. Fora julgado legítima defesa, pois eu apenas me defendi de uma pessoa que após ser libertada da prisão, foi atrás de mim em busca de vingança, porque fora eu que havia prendido Nicolás, pois seus filhos sabendo ou não, ele participava da corrupção em seu meio de trabalho. Eu apenas me defendi dele, que estava com uma arma em mãos, pronto para cometer um homicídio, eu não iria dar a Nicolás o prazer de me matar e deixar vocês sem proteção nenhuma, não tive escolha a não ser matá-lo. Sempre que via os filhos dele em algum lugar, eu notava seus olhares de ódio direcionados a mim, pois eles sabiam muito bem o que havia ocorrido. Muitas coisas levam as pessoas a cometer atrocidades, a querer vingança, esse é o caso dos filhos de Nicolás. Eu queria e ainda quero proteger vocês de tudo mas sinto que não poderei mais fazer isso algum dia, mas eu quero que saiba que amei vocês mais que amei a mim próprio ou amei qualquer outra coisa. E é por essa razão que peço que se tudo ocorrer como eu temo que ocorra, você será forte e não se deixará abalar.

Com amor, seu pai, Germán.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam, até o próximo capítulo!
Beijos *-*



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