Pov’s Bella

Assim que abrir os meus olhos foi de imediato que percebi que não estava na minha casa. Então pequenos flashes dos acontecimentos retornaram, levantei assustada colocando a mão na minha barriga.

— Tudo bem, vocês estão bem — reconheci a voz de Edward muito aliviada em dizer aquilo e me virei para encará-lo. Se pudesse dizer algo diria que meu futuro marido estava mais que acabado. Suspirei de alívio e voltei a me deitar.

— O que aconteceu? — perguntei.

— Você desmaiou na rua e te trouxeram para cá e Emmett acabou me ligando — ele respondeu se aproximando da minha cama. Fiz uma cara confusa, como o irmão dele sabia que eu estava internada. — Ele faz plantão aqui.

Edward finalmente chegou bem perto de mim e me encarou. Fiquei até sem graça com a intensidade daquele olhar. Abrir a minha boca para falar e cortar aquele silêncio, mas ele foi mais rápido.

— Por que não me contou que estava passando mal? — ele perguntou.

— Pensei que fosse normal — respondi sincera.

— Bella quantas vezes tenho que dizer que não importa o que seja fala comigo — ele disse parecendo um pouco irritado.

— Eu não queria te preocupar — disse.

— Estamos num hospital com você numa cama internada acho que isso é se preocupar — ele disse um pouco irônico. Antes que eu pudesse responder a porta foi aberta e o DR. Emmett entrou.

— Vejo que minha cunhada está acordada — ele disse brincando e quebrando toda aquela atmosfera pesada da nossa mini discussão.

— Olá doutor — disse sorrindo um pouco. O semblante brincalhão se foi e logo meu mais novo cunhado me encara sério.

— Bella, isto foi muito imprudente da sua parte — Emmett disse.

— Eu sei — disse.

— Suas vidas poderiam estar em risco — Emmett disse.

— Eu sei — disse com os olhos marejados. — Não queria estar aqui, não queria colocar os meus filhos em perigo.

— Nós sabemos Bella, por isso terá que seguir o tratamento a risca — Emmett disse.

— Que tratamento? — perguntei.

— Já tinha conversado com o Edward antes e fizemos uns exames e você está com pré-eclâmpsia — Emmett respondeu. — Não é uma doença agradável de ter, mas é comum em mulheres grávidas, principalmente de gêmeos, isto se dar por a pressão arterial elevada que é causada por estresse no trabalho e mais importante estresse emocional.

— Então a senhorita não irá mais trabalhar daqui para frente — Edward disse me fazendo abrir a boca. — Não adianta argumentar e nem nada isto são ordens médicas, você vai ficar em casa e ponto final — disse ele parecendo frio. Será que ele estava irritado comigo?

— Exatamente como Edward falou você precisa relaxar e não se estressar — Emmett disse. Mas eu não queria isso. — Será para a sua saúde e a das crianças, toda vez que você tiver uma crise dessas por estresse os seus filhos vão sofrer. Não tinha mais o que argumentar, não tentei dizer mais nada.

— Quando poderei sair daqui? — perguntei bem baixo.

— Ainda hoje — Emmett respondeu. Assenti ao mesmo tempo em que a porta foi aberta.

— Bella você está bem? Não conseguir chegar mais cedo por causa do trânsito, meus afilhados estão bem? Mas que ideia é essa de não falar que está passando mal? Se algo tivesse acontecido com você e os bebês? Você definitivamente está enlouquecendo de vez — Rosalie disse me fazendo aquelas perguntas que eu não conseguia responder por ela estar falando tão rápido, mas eu tentei.

— Estou bem e seus afilhados também, me desculpe ter te preocupado dessa maneira, nunca mais irá acontecer — disse. Ela suspirou aliviada e me abraçou apertado que foi logo retribuído.

— Eu amo vocês demais, sua cabeça de vento — ela disse me fazendo rir.

— Eu te amo também — disse deixando algumas lágrimas cair. Continuamos a conversar, entretanto mesmo assim percebi que Edward não estava mais lá no quarto. Fiquei um pouco deprimida. Ele definitivamente estava irritado comigo.

Agora não restava dúvidas, o trajeto do hospital até a minha casa foi num completo silêncio. Tanto da minha parte, mas principalmente da dele. Edward não emitia som nenhum só ficava calado prestando muita atenção na rua. Quase suspirei de alívio assim que vi o meu prédio. Edward estacionou o carro e subiu comigo me levando até a porta.

— Quer entrar e beber algo? — perguntei querendo que ele negasse, mas ele aceitou. Derrotada nós entramos no meu apartamento. Comecei a tagarelar sobre vários assuntos a fim de quebrar aquele silêncio insuportável, mas meu monólogo teve fim assim que sentir sua mão no meu ombro. — Edward me des..., porém não conseguir terminar a frase, pois Edward me rodou e me abraçou apertado colocando a sua cabeça nos meus ombros.

— Nunca mais faça isso comigo — ele pediu parecendo cansando. — Não suportaria perder as três pessoas que eu amo. Não conseguia fazer as palavras saírem. — Dizem que quando você perde você começa a dar valor, não quero chegar ao ponto de perder você, porque a sensação não é nada legal, não vou fazer jus ao ditado para descobrir o que estava estampado na minha cara durante todo esse tempo.

— O que você está dizendo? — perguntei debilmente já sabendo a resposta, mas queria ouvir da boca dele. Edward afastou sua cabeça do meu ombro e segurou o meu rosto.

— Que estou completamente apaixonado por você — ele respondeu. Com as minhas mãos segurei seu pescoço.

— Eu prometi que iria fazê-lo se apaixonar por mim — disse sorrindo.

— E eu disse que não iria demorar — ele disse colocando nossos lábios.

Pov’s Jasper

A campainha tocava de forma insistente, era estranho afinal não esperava ninguém. Então como se tivesse sido acertado por um alvo, pensei que poderia ser Alice. Não tínhamos mais nos encontrado depois do nosso caso ser descoberto. Abrir a porta eufórico e fui recebido com um belo soco na cara que me fez cair.

— Padrinho? — perguntei chocado.

— Você é um covarde, um covarde como pode fazer aquilo com o seu primo? — ele perguntou bastante irritado. Fiquei mais branco que o normal. — Eu defendi você, fiquei do seu lado contra o meu próprio filho e você não passa de uma merda de um covarde.

— Eu posso explicar — disse nervoso e me levantando.

— Não tem explicação para traição, julguei mal uma garota que pode ser a vítima da história, julguei mal o meu filho, pois achei que ele tinha sido um idiota, defendi você e principalmente Alice por achar que eu os conhecia, qual a minha decepção em saber que não os conheço.

— Mas não fomos os únicos a errar Edward errou também — disse.

— E ele está assumindo a responsabilidade, cuidando daquela menina e dos filhos, em nenhum momento ele fugiu deu a cara a tapa me deixando bater, enquanto por alguma razão ele não contava a verdade — ele disse. — Agora meu filho provavelmente me odeia, quem sabe quando poderei ver os meus netos, tudo isso por culpa sua.

— Não queria que isso acontecesse, mas eu e Alice nos apaixonamos — disse.

— Se estavam apaixonados deviam ter falado para o Edward e não terem escondido isso, olha o tamanho dessa bola de neve Jasper, eu achei que Edward era uma criança que queria fugir do compromisso com Alice, mas vejo que a criança é você — disse parecendo decepcionado. — Você não traiu apenas o Edward você traiu a minha confiança também e talvez eu não seja capaz de perdoar você. Dito isso ele se virou e saiu. E eu fiquei sozinho naquele apartamento com as lágrimas descendo do meu rosto. Aos poucos eu ia perdendo tudo. A mulher que eu amava, a amizade com o meu primo e principalmente a minha família.

Pov’s Edward

Bella dormia tranquilamente, enquanto eu velava o seu sono. Meu corpo parecia até mais leve depois da minha confissão. Quando recebi aquela ligação parecia que meu mundo ia ruir e só de pensar que Bella talvez não estivesse nele meu coração se apertava. Então a ficha tinha caído eu tive que quase perder para perceber o óbvio. Só de pensar na dor que seria perder ela e meus filhos não se comparava. Nunca havia sentido algo parecido por Alice, deve ser porque nunca estivesse apaixonado por ela antes. De agora em diante nós seríamos felizes, não deixaria ninguém interromper a nossa felicidade. E eu começaria no dia seguinte com duas surpresas para ela. Nossa vida iria mudar e eu não deixaria meu pai, Jasper, Alice e qualquer outra pessoa atrapalhar.