Pov’s Bella

Se eu estava feliz? Meu coração não cabia dentro do peito. Estava apaixonada demais. Ele havia me pedido em casamento. E os beijos que trocamos tinham sido excelentes. Não tinha como não sorrir e ficar com uma cara de retardada. Eu ainda sorria desde o momento que ele saiu do meu apartamento. O sorriso continuava até sair de casa e encontrar Rosalie. Nada iria acabar com ele.

— O que aconteceu? O Príncipe encantado te beijou? — Rosalie perguntou sorrindo brincalhona.

— Sim e ainda me pediu em casamento — respondi sonhadora.

— O que disse? — ela perguntou confusa.

Contei sobre o ocorrido da noite passada, até nos mínimos detalhes e quando terminei Rosalie não estava sorrindo. Ela me fitava séria.

— Pode falar — disse.

— Bella não querendo acabar com seu conto de fadas, mas você tem absoluta certeza que Edward te ama e quer casar com você por amor? — ela perguntou. Abrir a boca para responder, mas não saiu som nenhum. O sorriso não havia mais. — Será que é por causa dos bebês?

— Provavelmente — respondi quando a ficha caiu. Edward não havia me pedido em casamento por amor, mas sim por causa das crianças. Meu coração se apertou. Eu era a única apaixonada. Como eu tinha sido idiota.

— Bella por favor não chora — Rosalie disse. Foi aí que percebi as lágrimas caindo.

— Fui uma imbecil — disse. — Como não pensei nisso antes, tudo por causa das crianças.

— Bella — ela disse me olhando com pena. Sequei as minhas lágrimas.

— Não se preocupe Rosalie — disse firme. — Vamos trabalhar.

Rosalie me acompanhou e não tocamos mais no assunto. Edward não chegou naquela manhã, me avisando por telefone que teria que resolver algumas coisas e que talvez não voltasse, mas que quando saísse ele estaria lá. O dia passou maçante, sem grandes exigências. Almocei com Rosalie normalmente sem tocar nos assunto. Edward não apareceu e na minha hora saí do prédio. Assim que virei na esquina um carro parou ao meu lado e meu futuro marido saiu.

— O que acha de um jantar? — ele perguntou sorrindo. Pensei em negar, mas acabei concordando precisava tirar minhas dúvidas. Entrei em seu carro e logo estávamos em.movimento. Conversamos pouco e quando percebi paramos num restaurante. Edward estacionou o carro e entramos, uma simpática, ou melhor extremamente simpática garçonete veio nos atender.

— Meu nome é Anne e irei servir vocês essa noite — ela disse toda sorridente para Edward. Levantei minhas sobrancelhas.

— Vou querer um vinho e você meu amor — Edward disse me fazendo sorrir e garçonete olhar para mim.

— Um suco de laranja — disse olhando o cardápio. Anne toda sorrisos, não sorriu mais. Ela se retirou e voltou com os pedidos. Pedi ravioli de cogumelos e Edward me acompanhou.

— Como foi o seu dia? — ele perguntou. Antes mesmo de colocar a primeira garfada na boca, falei.

— Edward você me ama? — perguntei. O ar tranquilo da noite se foi tornando pesado. O silêncio se tornou insuportável aquilo significava uma resposta, mas mesmo assim queria ouvir da boca dele. — Responde.

— Não te amo — ele respondeu depois de um tempo. Meu ar faltou, mas me mantive firme sem derramar uma única lágrima.

— Se você não me ama, por que quer se casar comigo? — perguntei.

— Bella isso é realmente.necessário — ele disse.

— Eu preciso saber — disse.

— No momento por causa das crianças — ele respondeu. Foi como um soco no estômago. Fiquei com um gosto amargo na boca. Parecia que não conseguia respirar. Me levantei pegando Edward de supresa.

— Preciso pensar — disse.

— Pensar em que? — ele perguntou.

— Se devo ou não casar com você — respondi me retirando e tomando o primeiro táxi que passou.

Pov’ s Edward

Tinha sido um fiasco. Não sei o que a levou perguntar isso para mim. Mas não podia mentir. Pior me sentir um merda em ver seu rosto daquele jeito. A fome não havia mais. Paguei sem nem tocar em nada. Coloquei a mão no bolso sentindo a caixinha das nossas alianças de noivado. Entrei no meu carro e fui direto para o meu hotel. Se eu dormir? Não preguei o olho a noite toda. Roendo as minhas unhas, pensando no que ela diria. Porque não tinha sido sincero com ela desde o início. O dia amanheceu e eu cheio de olheiras fui trabalhar, sem contar a dor de cabeça que sentia. Assim que cheguei, não fiquei surpreso em não encontrá-la. Droga. Abrir a minha porta e encontrei meu pai. Droga ao quadrado.

— Bom dia — disse me sentando.

— Bom dia Edward — meu pai disse me olhando espantado. Minha cara devia estar péssima. — O que aconteceu?

— Tenho dormido mal — respondi suspirando.

— Posso saber o motivo? — ele perguntou.

— Bella — respondi.

— Os desejos já começaram? — meu pai perguntou sorrindo.

— Alguns — respondi. — Mas não é por isso que tenho dormido mal.

— Quer conversar? — meu pai perguntou.

— Para quê você ofende-lá de novo — respondi irritado.

— Eu venho em paz — ele disse sério.

— Pai com o todo o respeito, mas estar no meu escritório essa hora da manhã provavelmente você quer falar algo que eu não quero ouvir — disse sério. — Então fale logo

— Quero saber o que aconteceu entre você e Jasper para brigarem daquele jeito e principalmente o motivo do término do noivado — ele disse sério.

— Já disse que se quiser saber de algo pergunte ao próprio Jasper — disse.

— Jasper não quer me contar — ele disse.

— Pai se Jasper não é homem suficiente de assumir as responsabilidades eu sou — disse. — Um dos motivos do término do noivado foi a gravidez da Bella — disse.

— Você quis dizer o principal motivo — meu pai disse.

— Não ela não é o principal motivo — disse já ficando irritado. — De todos os envolvidos aqui a que está mais sofrendo é a Bella sendo que ela é não teve culpa de nada.

— Edward seu noivado acabou por causa dela — meu pai disse.

— O noivado já estava acabado Alice apenas queria um motivo e conseguiu — disse.

— Edward não diga isso de Alice — meu pai disse a defendendo.

— Se você soubesse não a defenderia — disse irônico.

— Então me conte — meu pai pediu.

— Não é da minha conta e agradeceria se parasse de falar como se Bella fosse uma destruidora de casamentos — disse sério.

— Mas é isso que ela é — meu pai disse.

— Pai presta atenção em uma coisa, essa mulher é a mãe dos meus filhos e de seus netos, no momento a coisa mais importante para mim, a mulher que tenho muito apreço e consideração — disse.

— Mas você não disse que a ama — meu pai disse sem deixar passar nada.

— Não a amo, é verdade, mas não demorará a acontecer, Bella é perfeita a sua maneira e dela me der uma chance provarei que pode dar certo — disse sincero. Viramos ao mesmo tempo que ouvimos um choro. Bella estava parada na porta chorando. Arregalei meus olhos. Bella então me surpreendeu me abraçando. Abrir a minha boca para falar algo, mas ela não deixou. Bem ali na frente do meu pai, ela me beijou. Fiquei surpreso, mas logo correspondi. O ar faltou e colamos nossas testas.

— Sim eu aceito — ela disse sorrindo. Sorrir mais ainda. — Eu te amo demais e vou te ajudar a se apaixonar por mim.

— Prometo que não vai demorar — disse sincero. Se ela continuasse me beijando dessa maneira. Provavelmente séria o mais cedo possível. Quando olhei para o meu pai este estava virado ao contrário, mas muito corado.

— Senhor Cullen o Edward não é o vilão da história, na verdade não existe vilões só pessoas que se amam que magoaram as outras — ela disse. — Mas essa história é um conto de fadas e eu vou viver o meu. Eu o amo e vamos ter filhos juntos. Meu pai ficou sem reação e eu também. Seria muito fácil se apaixonar por essa mulher.