O Pequeno Dragão escrita por Okaasan


Capítulo 8
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Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas por ficar tanto tempo sem postar. Faltou tempo, inspiração e energia também (ser mãe é igual rapadura: é doce, mas não é mole não). E, para completar, conheci InuYasha e me apaixonei por ele. Entrei na vibe da era feudal e estou publicando aqui no SocialSpirit e no Nyah! a história "Meu Paizinho Naraku". Só agora que deu para voltar as atenções para o Hiei. =P

Meus sinceros agradecimentos à Amanda Catarina (autora de "Naraku apaixonado?") que MUITO me incentivou a prosseguir postando essa história.

No (curto) capítulo de hoje: Hiei vai às compras, enquanto Kuwabara é chamado para discutir fatos novos na casa de Kurama! E, finalmente, descobre-se o paradeiro de Genkai!

Boa leitura! ;-)



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Ningenkai, Shirokane.
 

Ei, Puu, seu bicho idiota, veja se não me balança tanto... Que estranho, essas suas penas não eram tão macias assim... Ei, onde estou?

Hiei acordou e percebeu que, na realidade, estava dentro de um veículo e que as “penas” eram os cabelos soltos de Botan, que o segurava no colo e conversava descontraidamente com Keiko e Kuwabara, que guiava o Subaru Forester. Yukina estava no banco do passageiro, na frente. Ele ficou enciumado, mas rapidamente fechou os olhos de novo, para continuar ouvindo a conversa dos amigos.

— Então, se ele já está medicado, não há com o que nos preocuparmos! — dizia Kuwabara alegremente. — Sem contar que Shiori-san é um verdadeiro anjo.

— Verdade, Kazuma? — perguntou Yukina. — Gostaria de conhecê-la. Será que nós poderíamos visitá-los hoje?

— Melhor deixar para mais tarde, Yukina-chan — respondeu Keiko. — Kurama precisa descansar para que se recupere rápido.

Se recuperar rápido de quê?

— Isso, Yukina-chan! E lembre-se que estamos indo para o shopping fazer o enxoval do baixinho — falou Kuwabara, já com um olhar sonhador — e comer! Estou louco de fome! E você poderá o tanto que quiser também, eu pago!

Botan deu uma risadinha ao ver Yukina corando.

— Estamos com sorte — proferiu ela, para quebrar o clima de constrangimento. — Hiroyuki-san foi muito gentil em nos fornecer uma relação de itens de enxoval para bebê!

— Ainda não acredito que Koenma-Sama te deu um talão de cheques para usar como quiser, Botan-chan — disse Keiko.

— Isto se chama consciência pesada, Keiko-chan — respondeu a shinigami com um olhar sombrio. — Se não fosse aquela palhaçada dele, Hiei não teria ficado doente.

Doente? Eu?

— Mas eu me pergunto — ponderou Kuwabara, fazendo uma curva — se o baixinho vai reagir bem a tantas vacinas! Até eu fiquei com pena de ver Yana-kun espetando as pernas dele tantas vezes...

Yukina olhou para Hiei (que continuava de olhos fechados) com expressão condoída.

— Pobre Hiei-san, tão fraquinho que praticamente não sentiu as vacinas. Nem chorou...

Então Hiei percebeu que os músculos de suas coxas estavam doloridos, bem como o braço direito. O que esses malditos me fizeram?

— Ah, estamos chegando! — exclamou Keiko, animada. — Botan, o que acha de você e eu irmos comprar as roupinhas, enquanto Yukina vai com Kuwabara comprar os itens de higiene? Eu posso usar meu cartão e depois você repassa o valor para mim.

— Isso é ótimo! — respondeu a shinigami, excessivamente alegre, enquanto Yukina sorria inocente e Kuwabara ficava rubro como um tomate. — Hiei-chan ficará conosco...

A minha Yukina não vai ficar sozinha com esse palhaço!

— Maravilhoso! — volveu o rapaz, feliz e ainda corado pela ideia de ficar a sós com Yukina. O som de It's my Life encheu o ambiente. — Esperem, Kurama está me ligando. Kurama-kun, e aí? O que? Não cochiche ao telefone. Hein? Rouco? Ah, você acabou adoecendo, né? Cadê o Urameshi?

Kurama doente? Isso é um absurdo. Youkais não adoecem... Pelo menos, não adoeciam.

Kuwabara procurava uma vaga no estacionamento do shopping enquanto tentava ouvir o pobre Minamino, que estava totalmente afônico.

— Oi? Certo, Kurama-kun, me deixe falar com ele. Melhoras, cara. Urameshi, maldito, me explica aí o que Kurama estava dizendo sobre a garrafa de poção que estava com Hiei...

O youkai arregalou os olhos, procurando ouvir aquela conversa importante, mas Botan não parava de afagá-lo e falar-lhe com uma linguagem tatibitate pavorosa. Cale a boca, retardada!

— Houve um roubo no Reikai? O quê? Vocês precisam de mim aí? — dizia ele, manobrando com cuidado o veículo. Súbito, sua expressão fica carregada e desgostosa. — Mas tinha que ser agora?!

Hiei estava já totalmente tenso, lutando para poder ouvir o que Yusuke dizia, mas, para sua tristeza, a ligação foi encerrada. Olhou raivoso para a shinigami, que nem prestava atenção nele no momento.

— Bem... — suspirou o jovem Kazuma, desanimado — Preciso ir à casa de Kurama. É urgente, pelo que Urameshi falou. Botan...

— Sem problemas, Kuwabara-kun, eu acompanharei as meninas — respondeu ela, sem graça. Seu plano não dera certo.

Não pense que vou me esquecer disso, Botan, você vai me pagar!

Os jovens desciam do carro, quando Botan, sem querer, apertou o bebê com mais firmeza nos braços, levando-o imediatamente ao choro. Suas pequenas coxas e o braço estavam sensíveis.

Ai, que dor horrível! O que fizeram comigo? Por que dói tanto?

Botan tentou acalmar o youkai, mas não conseguiu. Ele chorava copiosamente e, em meio às lágrimas, olhava irado para ela. Keiko exclamou:

— Ah, Botan, você deve ter apertado as perninhas dele! — e, sem cerimônia, afastou a manta que o envolvia, e notou que suas coxas estavam inchadas e avermelhadas. Hiei ficou irritado com a “invasão” da jovem e, num reflexo, sacudiu as perninhas, sentindo, porém, mais dores. Os gritos ficaram mais agudos.

— O que ele tem? — questionou Kuwabara, intrigado.

— Acho que, sem querer, pressionei as perninhas vacinadas dele... — afirmou Botan, desolada. — Me perdoe, Hiei-chan, foi sem querer!

Te perdoar? Eu vou cortar suas pernas fora com a minha katana, sua demente!

— Não se culpe tanto, Botan-chan — disse a koorime, estendendo os braços. — Quer que eu o segure um pouco?

Cheia de cuidados, a shinigami entregou o bebê youkai para Yukina; o choro continuou, mas já menos intenso.

— Acho bom irmos logo... — disse Keiko, olhando para o relógio. — Não vou poder demorar muito por aqui. E Hiei, com certeza, está com fome. Vamos, então?

As jovens adentraram o shopping, após se despedirem de Kuwabara, que garantira buscá-las antes das cinco. Yukina se sentia atrapalhada com o youkai gritando em seus braços. Iam passando devagar em frente a uma drogaria quando uma funcionária negra, atraída pelo choro infantil, saiu de lá e se acercou delas, solícita.

— O que está acontecendo com o fofinho?

Ninguém te chamou aqui, humana intrometida, caia fora!

— Oh, senhora — respondeu Keiko, tomando a frente — este pequeno bebezinho foi abandonado à porta de amigos nossos. Saímos há pouco com ele do hospital; ele precisa de roupas...

— E acabou de ser vacinado, senhora... Oshiro — completou a shinigami, lendo o nome da funcionária no crachá.

A mulher olhou com carinho para Hiei, já vermelho entre soluços e beicinhos, através dos óculos de grau.

— Pobrezinho... — fez ela. — Vou ajudá-las, fofinhas. Vamos ver a temperatura...

E, com habilidade, a mulher colocou um termômetro no youkai: 37,5ºC.

— Febril o fofinho, mas nada muito sério. Vou dar um antitérmico para baixar essa temperatura. Em casa, caso ele continue com febre, um banhozinho em água morna, quase fria, certo? Deem o remedinho apenas quando for realmente necessário, ou seja, quando a febre demorar muito a baixar. 

— Ok — disseram elas.

— Cécille! — exclamou a senhora Oshiro, enquanto pingava cinco gotas de antitérmico na língua de Hiei, que odiou o gosto e amaldiçoou a funcionária, xingando-a de todos os palavrões possíveis. — Traga aqui um pacote de fraldas tamanho P!

Yukina se aproximou, curiosa.

—Oshiro-san... Pode nos ensinar a colocar a fralda no bebê?

— É claro, fofinha — sorriu a mulher. — Vamos cuidar bem deste garotinho lindo! Nada de ficar com o pipiu à mostra, não é, fofinho? — concluiu ela, tocando na bochecha do youkai, que já estava furioso por ser chamado de “fofinho” e por se referir às suas partes íntimas daquela forma tão ridiculamente... fofinha.

Botan mostrava à funcionária, uma francesa baixinha chamada Cécille, a relação de produtos infantis contidos na lista, enquanto Keiko e Yukina estavam ao redor da jovem Oshiro e do youkai. A manta fora tirada de si e ele, mais uma vez, estava nu e morto de vergonha daquelas mulheres, principalmente de sua irmã.

Oshiro o seu nome, não é? Pois saiba que eu vou te matar lenta e dolorosamente, sem piedade, vou fazer você implorar para que eu tire sua vida inútil e...

— Como se faz para lavar o pipiu sem machucar? — perguntou a koorime.

— Bem lembrado, Yukina-chan. Precisamos aprender — afirmou Keiko.

O QUÊ?!

— Não há segredo nenhum! Basta pegar com cuidado por aqui e... — e, dizendo isso, Oshiro pegou rapidamente e sem aviso o pênis do youkai entre o polegar e o indicador, à guisa de demonstração.

— GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! — berrou Hiei, quase tendo um ataque.

Ningenkai, Rozan

— Até que enfim, cheguei!

Genkai, rejuvenescida após usar sua energia para correr montanha acima, se deparou com uma jovem chinesa, que carregava um balde de adubo. Detiveram-se conversando; Genkai pedia informações acerca de um amigo que morava ali. Ela falava razoavelmente em mandarim, de forma que era bem compreendida pela mocinha Súbito, um homem moreno, forte e com expressão zombeteira apareceu, vindo de trás de uma cabaninha.

— Prezada mestra Genkai! Minha nobre velha amiga! — exclamou ele, genuinamente alegre.

A mestra sorriu ao ver que a mocinha a olhava, embasbacada; envelhecera novamente. Olhando sarcástica para o recém-chegado, disse:

— Creio ter sentido um pingo de ironia nesse “velha amiga”, Rōshi.

O homem gargalhou, enquanto dizia à jovem:

— Que horror, Shunrei, não é educado olhar para as pessoas de boca aberta.

Shunrei, coradíssima, pedia mil desculpas a Genkai:

— Perdoe-me, mestra, como eu sou tola! Eu juro que não fiz por mal, eu...

— Sem problemas, garotinha, eu não me ofendi — afirmou a velha mestra. — Já me acostumei, se quer saber...

— Então, Genkai, você não deve ter saído do Japão apenas para jogar conversa fora com o seu velho amigo... — disse o homem, enquanto conduzia gentilmente Genkai para a cabaninha.

— Preciso, urgentemente, de algumas informações sobre uma árvore lendária, Rōshi.

— Claro, claro. Direi tudo o que souber — sorriu. — Shunrei, vá na frente e prepare um chá para a mestra.

— Sim, senhor, mestre Dohko! Com licença, mestra Genkai... — exclamou a jovem, antes de correr para obedecer ao seu mestre e pai adotivo, o cavaleiro de Libra.



Continua...


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Notas finais do capítulo

Pobre Hiei e seu 'pipiu' que virou centro das atenções! Mas, puxa vida, ele tem que entender que Yukina só quer cuidar melhor dele, ora. kkkkkkk

Genkai, velha amiga de Dohko de Libra? SIM! Porque eu sou fãzona dele, kkkkkkkkk. Brincadeiras à parte, eu precisava de um personagem muito sábio. Então uni o útil ao agradável! :D

Aos leitores que curtem #SaintSeiya: coloco o Shiryu aqui nesse diálogo com a Genkai ou não? #VocêsDecidem

Muito obrigada a vocês, leitores!

~TheOkaasan



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