O Capitulo Esquecido... escrita por autorasecretalmv


Capítulo 4
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Notas iniciais do capítulo

Chegou a hora da grande proposta! Será que Hermione vai aceitar?



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O sol forte do meio dia amenizava o frio rigoroso do cruel inverno francês. Hermione aquecia-se com as chamas que emergiam da lareira da luxuosa barraca Malfoy. Haviam decidido monta-la para descansar, após a ardente noite anterior. Sentia-se zonza e perdida. Questionava-se porque havia cedido a ele e não encontrava resposta alguma. Era verdade que o havia desejado secretamente, mas isso fora há anos atrás, em Hogwarts, quando suspeitava que sua implicância com ela tratava-se de um amor platônico. Mas isso fora antes! Antes da guerra, das perdas, das mortes, das torturas ...

Lembrou-se do tempos doces de Hogwarts, onde as preocupações eram as tarefas de Adivinhação, os turnos de monitoria e manter Harry longe de encrenca. Lembrou-se de estar sentada as margens do lago negro, enquanto Rony e Harry alimentavam dilátex, fantasiando encontros impossíveis com Draco Malfoy. Imaginava os amassos nos armários de vassouras, os beijos roubados nas estufas de herbologia, as juras de amor na sessão restrita da biblioteca... Sentia-se tão boba, sabia que era apenas fantasia e abominava o fato da razão lhe abandonar tão bruscamente quando o via, e, ao mesmo tempo que fantasiava com Malfoy, um sentimento por Rony começava a despertar, embora depois de tudo o que haviam passado, ela tinha certeza de que apenas se tratava de amizade e afeto. Lembrou- se do sonho que tivera com Draco na noite em que Rony começará a namorar Lilá Brow, lembrava-se apenas de imagens borradas, mas a voz dele declarando seu amor por ela era clara em sua mente. Hermione foi acordada de seus devaneios, quando Draco irrompeu pelas portas da barraca trazendo pão e duas tigelas de sopa, entregou uma a ela e sentou-se em uma posição que pudesse encara-la de frente, mantendo uma certa distância. Não haviam conversado muito na noite anterior, nunca chegaram a conversar muito em qualquer ocasião – ocorreu a Hermione – ele estava cauteloso.

— Hermione, sobre ontem eu..

— Não vamos falar sobre ontem Malfoy! Foi um erro, não deveria ter acontecido! Estou aqui cumprindo uma missão! Vamos considerar isso uma trégua! – Disse ela secamente, observando o rosto pálido do garoto perder ainda mais a cor – Seus pais já foram capturados pelos outros aurores, se você fugir, será questão de tempo até que te encontrem! Venha comigo, entregue-se, ajude a encontrar outros comensais foragidos e nós faremos o possível para reduzir sua pena ao máximo! – Desta vez usando seu tom mais diplomático.

— Ingenuidade sua achar que eu me entregarei assim tão fácil Granger! – Disse ele na defensiva - Pretendo recomeçar minha vida..

— RECOMEÇAR? – gritou ela – Você acha que tem alguma chance de recomeçar? Depois de tudo que você fez? Você não tem consciência? E como pretende fazer isso? Irá viver como trouxa? Quanto tempo acha que irá circular sem ser reconhecido? - berrava

— Hermione escute! Há uma chance ok? Uma única chance! E ela só depende de você!

— De mim? – perguntou incrédula – Se acha que eu vou aceitar suborno Malfoy, então tenho certeza que depois de tudo você continua o mesmo verme inescrupu..

— Já chega! Você não entende! Sempre foi a Srta. Hermione perfeição Granger, não entende o que é ter que lutar dia a dia contra sua consciência pela proteção da ultimas pessoas restaram: MINHA FAMILIA! E eu jamais lhe oferecia suborno! Tenho uma proposta justa que beneficiaria a ambos! Pelo menos escute antes de negar, tenho certeza que tem tanto interesse quanto eu! – Arfava Malfoy

Hermione piscava atordoada após a explosão do garoto. Ponderou por alguns minutos, tramando tentar recuperar sua varinha enquanto ele falava.

— Uma chance Malfoy – Respondeu

Ele deu a ela aquele meio sorriso torto e continuou, enquanto assistia a expressão de Hermione endurecer conforme ele falava.

— Soube que não conseguiu desfazer o feitiço Obliviate que lançou contra seus pais. Nem você, nem os bruxos do St Mungus, e nenhum dos seus amiguinhos...

— Eu, eu, eu- gaguejava ela sentindo as lágrimas escorrer por sua face

— Eu sei onde está o livro de poções dos Mafoy, Hermione! Eu finalmente o encontrei! Você já leu sobre ele não eu? Se que se o contra-feitiço do livro não curar seus pais, nada mais irá cura-los! Em troca disso, você diz a todos que me caçou até a morte e desmaterializou meu corpo! Eu tenho minha liberdade e você tem sua pais de volta! Uma lembrança por uma lembrança!

Chocada com a proposta e perdida em um redemoinho de memórias, Hermione permaneceu calada. Os olhos molhados e a cabeça baixa. Ele a observava atentamente, reprimindo a maldita vontade de toca-la, de enxugar suas lágrimas, de tomar sua dor para si...

— Como posso saber que não passa de uma armadilha? – Sussurrou ela

Ele a olhou intensamente – Vai ter que confiar em mim.


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Notas finais do capítulo

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