Agentes escrita por Ana Cdween


Capítulo 13
Satisfeitos


Notas iniciais do capítulo

Romance, puro romance! Deliciem-se! ❤️❤️❤️❤️❤️



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Jane
E me deitei naquela cama enorme e fria, nunca tinha ficado ali sozinha porque quando John ia pra Atlanta, eu aproveitava para sair em missão noturna ou de observação. O silêncio era avassalador e descobri que na verdade eu gostava da respiração dele na minha nuca e a sensação de segurança que ele me passava, porquê apesar de desastrado, ele era forte e tinha presença, e que presença!
Meu corpo inteiro doía, mas meu abdômen estava me enlouquecendo, tentei de todos os modos dormir, me virei na cama diversas vezes, peguei uma bolsa de água quente, tomei dois comprimidos para cólica de uma única vez e nada adiantou. Era John que ficava comigo em dias assim.
E me rendi. Fui até o quarto de hóspedes onde ele estava dormindo, entrei devagar e pedi para dormir lá, e John, que já tinha me oferecido, me deixou entrar e me abraçou me reconfortando de um jeito único, passando aquela mão forte pela minha barriga, aliviando a dor e me relaxando. E dormi com a respiração dele na minha nuca e aquele corpo quente no meu.
Quando acordei ainda estava aninhada nele, era tão confortável e quente, que eu não sairia dali tão cedo. Ele ainda dormia, sua respiração era lenta e seu sono tranquilo, eu o abracei mais perto e fechei os olhos para dormi de novo. Quando acordei de fato, ele me olhava tão sexy que senti um arrepio na espinha.
Desci para preparar o café, fiz algumas torradas com amendoim, leite cremoso, suco e ovos mexidos, coloquei tudo numa bandeja e subi devagar até o quarto, ele estava deitado na cama como eu havia mandado. Nos sentamos e comemos juntos vendo o noticiário da manhã. Dei a ele os remédios para dor e também tomei um para previnir a cólica de voltar, refiz os curativos e deitei de novo na cama. Ficamos vendo TV e conversando um pouco, ele passou a mão pela minha coxa e pousei minha mão sobre a dele. Pedimos comida em um restaurante chinês e cochilamos depois do almoço, não saímos da cama para nada. Vimos standup e rimos muito. Enquanto ele dormiu depois de vermos TV, eu tomei um banho de banheira relaxando o máximo.
–-Que banho gostoso.
–-John, que susto.
–-Desculpa.
–-Uma muleta só?
–-Acho que peguei a manha!
–-Isso é ótimo.
–-Sua dor passou?
–-Esse banho ajudou, mas sabe como é! John, senta ai na cadeira.
–-Eu estou bem, preciso ficar um pouco em pé.
–-Tá, mas não força, por favor!
–-Relaxa amor, eu estou legal.
–-Humn.
–-Foi difícil te fazer relaxar hoje, então continua tranquila, eu estou bem, não estou com dor.
–-Então não me dê motivos para ficar preocupada.

Peguei a toalha e levantei me enrolando nela rapidamente sem que John tivesse chance de me ver nua.
Fui até o closet e me sequei, coloquei um hobby e peguei algumas coisas íntimas no armário.
–-John, fica ai, estou em um momento íntimo e ridículo. Me referi ao absorvente interno.
–-Tá bom!
–-Estou pronta, já quer tomar banho?
–-Pode ser!

John se levantou espreguiçando.
–-Amor corre aqui ver uma coisa.
–-O que é John?

Me aproximei dele bem devagar.
–-Mais perto Jane, tem um caroço no meu pescoço.
–-Onde?
–-Aqui!
Me aproximei mais tocando o pescoço dele.
John segurou meu rosto e me tascou um beijo me puxando pelos quadris, me fazendo sentar em seu colo. O beijo foi longo e gostoso, ele mordia meus lábios enquanto sorria e continuava me beijando. Suas mãos iam e vinham pelas minhas pernas nuas, ele abriu meu roupão passando a mãos pelo meu pescoço e descendo devagar por meus seios e minha barriga. Desceu beijando meu pescoço enquanto me segurava pela nuca.
–-John!
–-Fica quietinha Jane, só um pouquinho.
–-Me solta por favor!
Ele mordeu minha orelha me fazendo gemer. –John! Eu gritei e o empurrei me livrando de suas mãos e fechando o roupão. –Se consegue fazer isso, se vira no banho John! Peguei uma roupa no closet e sai.
Fiquei na sala de lareira deitada no sofá, estava inquieta porque John estava demorando demais no banho, cada vez que eu subia e tentava ouvir pela porta se ele estava bem eu ficava aflita pelo medo dele ter se machucado no box.
Quando enfim ele surgiu no mezanino, com a muleta fazendo barulho. Ele estava sério e olhava a escada provavelmente tentando descer.
–-John se você ousar tentar descer essa escada eu subo só pra te fazer cair!
–-Calma Jane, quero pedir desculpas pelo que fiz, agi por impulso!
–-Vai pra cama, já subo com o jantar.
Eu fingi estar brava, mas na verdade eu tinha ficado louca com as mãos dele em mim daquele jeito.
John se desculpou tantas vezes que eu disse a ele que estava tudo bem, nos deitamos pra ver TV e ele não se aproximou muito, acho que eu tinha realmente o intimidado.
Os dias foram bem tranquilos, eu e John pedimos comida quase todos os dias e quando fui a cozinha, usei comida congelada. Ficamos juntos o tempo todo e vimos muita TV deitados na cama, fez muito frio e usamos até o aquecedor. Dormimos juntos, porém, John foi bem tranquilo e só me agarrou algumas vezes tentando me beijar a qualquer custo. Na quarta-feira fomos ao hospital para ele tirar os pontos, mas voltamos com os fios ainda na perna dele, porque de acordo com o médico, a cicatrizarão ainda não estava completas. Passamos em uma farmácia e comprei um bisturi, eu mesma tiraria os pontos e sabia que poderia fazer isso com êxito.
Jantamos na casa da Jas e fomos até meu apartamento pegar minhas coisas. Alfred ficou de papo com John que ficou no carro enquanto eu peguei somente o que precisava. Combinamos um jantar com Alfred e no dia seguinte lá estava ele.
Foi um jantar muito agradável, Alfred era sempre muito bem humorado e ele é John se davam muito bem. A comida foi talvez a única que tenha cozinhado de verdade em toda a minha vida e meu camarão foi um sucesso. Alfred me chamou em um canto e rimos muito da situação do meu desespero antes de servir o jantar.
Tomamos um vinho enquanto conversávamos perto da lareira e éramos só sorrisos. Alfred se foi e eu e John subimos para dormir.
–-Não vai dormir comigo hoje?
–-Minha cólica acabou e além disso, você ficou me assediando ontem, não conseguiu se controlar.
–-Jane, foi só um beijo.
–-E você disse que isso não ia acontecer.
–-Jane, você é minha mulher, é foda ter que me controlar.
–-Eu estou aqui para cuidar de você.
–-Não, chega disso, vamos conversar e entrar logo em um acordo, como combinado, vou te ouvir e você vai me ouvir, depois de falarmos tudo a gente resolve, mas se a gente for se separar, você sai hoje, não quero ficar mais com você pela metade, não quero ter que ficar me controlando e muito menos dormir separado de você, entendeu?
–-Tá bom!
–-Bom, então eu começo
.
Dei de ombros e me sentei na cama bem na frente dele.
–-Bem querida, tem sido uma droga essa situação, essa coisa de restrição e controle, eu amo você e quero que você fique, não acho que nossa última briga seja motivo para um divórcio mesmo que nosso casamento esteja ruim. Eu sei que a gente pode superar isso e ficar juntos, afinal, a gente se ama, você não me ama?
–-Mas a questão não é essa, temos muitos problemas conjugais e não sei se conseguimos controlar a situação, somos muito complicados e não tá rolando sintonia, não quero ficar impatando sua vida, a gente tentou durante todo esse tempo e não funcionou, não deu certo, temos de encarar isso!
–-Jane, funcionou sim e muito bem, fomos felizes tantas vezes juntos, nos amamos de forma incessante durante tanto tempo, só esfriamos um pouco, deixamos o trabalho nos afastar por acomodação e talvez por fuga, porque no fundo a gente sabe que tá fazendo tudo errado e que estamos cada vez mais distantes um do outro. Então, por favor, me deixa tentar mudar isso, aliás, vamos mudar isso juntos? Quebra essa armadura que você criou comigo?
–-John, nós já tentamos!
–-Mas não esgotamos as chances, não usamos todas as cartas do baralho, enquanto a gente não tentar de tudo eu não vou desistir, agora se você quiser ir embora, pega logo suas coisas e vai, mas não fica aqui fingindo ser minha amiga ou minha enfermeira, você é minha mulher e sinto desejo por você.
–-Acha que ainda temos algo para tentar?
Eu tremia e quase não consegui falar.
–-Eu tenho certeza disso e vamos usar todas as possibilidades, quando se esgotarem, sei lá, a gente da um jeito de se conhecer de novo, namorar e se casar de novo e começar tudo de novo, apagando as coisas ruins que aconteceram.
–-Vai apagar que sai de casa?
–-Vou.
–-Vai esquecer que não fiz o jantar por quê me atrasei no escritório?
–-Sim.
–-Vai me namorar de novo?
–-Claro meu amor, agora vem aqui que estou doido para beijar sua boca linda.

E John me puxou me beijando forte, aqueles lábios estavam mais quentes do que nunca, e as mãos ainda mais rápidas e habilidosas, porquê meu vestido foi arrancado sem que eu percebesse.
–-John, para com isso!
–-Tesão amor!
–-Só depois que sua perna cicatrizar.
Ele abriu meu sutien chupando meu seios delicadamente.
–-Jane, pode dizer que me ama?
–-Amo você seu bobo!
E lhe dei um beijo molhado e delicioso.
Ele desceu beijando minha barriga e apertando minhas coxas. --Não John, para! Eu o empurrei para trás com muita força, mas ele era forte demais até para mim. Quando ele subiu o braço para minha cabeça me fazendo carinho no cabelo, eu aproveitei para segurar a mão dele e torce-lá até ele sentir dor e se render a sair de cima de mim.
–-Amor, tá doendo.
–-Então para de fazer isso logo de uma vez, hoje mais cedo você estava com dor nessa perna, nada de esforço.
–-Jane, faz quantos dias que a gente tá se esbarrando e se pegando? Estou tarado em você.
–-Eu sei que você consegue esperar mais três dias, agora sai logo de cima de mim.
Ele me fitou achando graça, depois desceu ainda chupando meus seios. –John! Gritei e torci ainda mais o braço dele.
Com a outra mão ele apertou meu seio forte enquanto beijava meu pescoço.
–-Já tá começando tudo errado, John. Soltei a mão dele e joguei meus braços pra cima em desaprovação.
Ele continuou beijando meu colo e meus seios em uma concentração quase irritante, era tão delicioso aquela boca quente que eu quase não resistia, mas me mantive firme não o instigando.
Ele subiu para o meu pescoço e parou olhando para os meus olhos. –Tá bom, parei! Pode esquecer que dei essa descontrolada?
–-Posso!
–-Desculpa, é que você me deixa doido, estou cheio de vontade.
–-Tá desculpado, agora a gente pode ir lá para o nosso quarto, dormir agarradinho, quentinho?
–-Estou doido por isso.

Fomos para o nosso quarto, escovamos os dentes e nos trocamos, nos esbarrando e nos beijamos o tempo todo, John estava muito feliz e ficou me fazendo carinho o tempo todo, e é claro, eu retribui.
–-Sabe amor, acho que a gente precisa começar essa reforma no nosso casamento pela nossa cama, quero dizer, pelos nossos pijamas, não tem que ter pijama. Eu odeio seu pijama, ele esconde seu corpo todinho, não tem graça nenhuma, além do mais, ele te deixa gorda.
–-John seu cachorro!
Ele gargalhou muito alto.
–-Adoro quando você fica brava assim!
–-Tá falando sério?
–-Sim, você fica linda.
–-Não idiota, estou falando sobre eu ficar gorda!
–-Não Jane, você fica ótima, mas ele cobre demais e não é nada sexy!
–-Humn.
–-Não, para! Falei isso porque achei que você fosse arrancar esse pijama logo de uma vez e me deixar te ver toda gostosa, mas não funcionou, então vou dizer logo de uma vez, não quero que use mais esses pijamas que cobrem você toda, temos cobertores quentes aqui e você tem a mim, sempre disposto a te esquentar.
–-Humn, também não gosto do seu pijama branco e você usa!
–-Eu uso porque sei que você não gosta, uso em protesto a você!
–-Então eu não uso o meu e você não usa o seu!
–-Vamos combinar assim: comigo você usa só camisola sexy ou só calcinha.
–-E você só de cueca ou sem ela, que é bem melhor!
–-Safada!
–-Gostoso!
–-Ah detalhe, nada de sutien, porque eu gosto de dormir nos seus peitinhos.
–-Peitinho? Pelo amor de amor de Deus, isso é um insulto!
–-Não amor, é uma forma carinhosa de chamar essas coisas deliciosas que você carrega ai!
–-Forma carinhosa não, isso é brochante.
–-Posso por um apelido?
–-Depende do apelido!
–-Humn, que tal docinho?
–-Ainda tá uma merda!
–-Pode ser esse provisoriamente até encontrar um apelido a altura para seus belos e deliciosos seios?
–-Pode! Agora vamos namorar um pouquinho antes da gente dormir?
–-Vamos, vem cá, vem
! E John me pegou de jeito, puxou meu pijama e me deixou de calcinha.
–-Satisfeito?
–-Não, ainda estou doido para fazer amor com você, estou te desejando desde o dia em que voltei de Atlanta.
–-Não é minha culpa se o bebê dormiu no volante!
–-Não dormi Jane, nossa! Quantas vezes vou ter que falar?
–-Humn momo, estou brincando!
–-Faz tempo que não me chama de momo, desde que você deixou de ser a Jane fofa e romântica e passou a ser a Jane chata e only pleasure at work!
–-Nossa amor, me acha chata?
–-Te achava, porque a partir de hoje sou outro John e você outra Jane!
–-Humn, outro John é? Além de dormir de cuecas ou sem elas você vai mudar mais o que?
–-Várias coisas querida, você vai notar, mas a principal delas é fazer você gemer todas as noites!
–-Woww, como você é ambicioso!
–-Não é ambição, é uma meta. E tem mais, vale tanto para gemer de dor quanto de tesão.
–-Como assim, vai me bater antes de dormir?
–-Ah sei lá, uns beliscões, tapas no bumbum, essas coisas já fazem você gemer e gritar meu nome, vale de tudo!

Eu gargalhei e mordi o ombro dele. –Você não vale nada, sabia?
–-Já te disse que valho menos ainda quando estou com você?
Ele me beijou fazendo muito barulho.
–-E para hoje, pensou no que? Vai me morder? Tapa no bumbum?
–-Bom, já que eu não posso fazer movimentos bruscos e fortes por conta da minha perna, sua sorte é que tem algo que te faz gemer bastante em que eu me exercito pouco.
–-Que medo dessa sua cara de psicopata, você é muito forte e seu beliscão dói a beça!
–-Não precisa ter medo porque não vai gemer de dor.
–-Não?
–-Relaxa e me deixa trabalhar!
–-Não combinamos que nada de trabalho?
Eu ri de um jeito sarcástico.
–-Me deixa fazer uma hora extra querida, posso apostar que depois você vai até me remunerar!
–-Você é um canalha.
–-Sou o canalha que vai te chupar todinha, começando pelos docinhos aqui!
E ele meteu a boca nos meus seios enquanto me olhava perder o controle devagar, aproveitando de cada chupão, cada mordida, cada lambida saliente e certeira. Chupou até eu me sentir satisfeita e exausta. Orgasmos assim não se tem todo dia, então, aproveitei cada segundo daquela boca sensual e aquelas mãos doidas. Ele me cobriu, me abraçou dando um beijo carinhoso na minha testa e dormimos juntos na nossa cama que não era mais tão grande e nem fria.

John
Fazer as pazes foi um alívio para nós dois porque pudemos aproveitar o que o casamento tem de melhor, que eram dias inteiros passados na cama namorando e espantando o frio.
No final de semana Jane e aquelas mãozinha habilidosas deram um jeito nos meus pontos e graças a Deus fiquei livre deles, agora era iniciar a fisioterapia e ter uma vida normal de novo.
No domingo eu e Jane fomos ao cinema, meu Deus, há quanto tempo não íamos ao cinema? Talvez uns 3 ou 4 anos. Vimos uma comédia, ou melhor, Jane queria ver o filme e eu queria beijá-la e me sentir um adolescente fora da lei beijando a filha do patrão escondido no fundo do cinema.
Voltamos para casa escutando nossos antigos CDs, era meio nostálgico, mas o sorriso dela enquanto eu cantava era encantador. Acho que estávamos indo pelo caminho certo, cada dia mais próximos e dependentes um do outro e mais importante, revivendo tempos em que fomos felizes e descompromissados.
–-Não quer comer um Big Mc amor?
–-Tá falando sério?
–-Sim, não tem nada na geladeira de casa, precisamos fazer umas compras.
–-Vamos no mercado amanhã antes da fisioterapia.
–-Falando nisso, qual é mesmo o nome da fisioterapeuta indicada pelo médico?
–-Sara, falei com ela ontem para marcar o horário de amanhã.
–-E ficou tudo certo dela ir lá pra casa né?
–-Sim, às 15h.
–-Ótimo!
–-Vamos para o Mc então?
–-Vamos!

Jane dirigiu bem devagar, o McDonald’s ficava a alguns quarteirões de casa, era uma perdição total para mim, porque Jane preferia a rede Subway, saudáveis e ainda com a opção de escolha na montagem do lanche.
Entramos e escolhemos os combos, eu amava aqueles lanches com vários hambúrgueres e com molho especial, batata gigante e refri tamanho família, Jane pegou um lanche pequeno, sem batatas e um refri pequeno. Nos sentamos perto de uma janela e nos deliciamos.
–-Não vai falar que exagerei? Cutuquei Jane que comia bem quieta minhas batatas.
–-Querido, há quanto tempo não comemos essa porcaria toda junto?
–-Sei lá!
–-Então relaxa e come, não vou falar nada. Claro, se você passar mal eu vou ficar bem brava!
–-Não se preocupe querida, papai aqui tá acostumado com essa coisa toda!
–-Sua sorte sou eu ainda insistir para você comer coisas saudáveis.
–-Até que eu sou magro, querida!
–-A questão não é essa, você é um gostoso John, só me preocupo com o lance da saúde, sabe bem a procedência desses fast foods.
–-Então sou gostoso? Humn
–-Bobão, falando em gostoso, essas batatas são deliciosas, são uma tentação.
–-Eu percebi, comeu elas todas.
–-Vou pegar mais para você, amor!
–-Não precisa, estou satisfeito.
–-Sério?

Acenei com a cabeça porque estava com a boca cheia.
Quando terminamos ficamos sentados do lado de fora olhando para o céu, que naquela noite estava lindo, limpo, negro e com algumas estrelas brilhando, bateu um vento e Jane me agarrou de um jeito gostoso e me senti mais importante do que nunca.
–-Acha que minha perna sara quando?
–-Já sarou, agora só falta ter força nela! Mas porque tanta pressa assim?
–-Não é pressa amor, nunca, é o contrário, não quero que você volte para o trabalho e sei que quando eu estiver em perfeito estado você vai voltar para o escritório.
–-Isso vai acontecer meu amor, mas não será tão ruim assim.
–-Vai sim, não teremos mais dias inteiros na cama namorando, vendo TV e comendo pipoca.
–-Amor, pensa pelo lado positivo, vamos sentir saudade um do outro.
–-Não quero sentir saudade!
–-Own meu amor, você fica lindo com saudade de mim, fica carinhoso, romântico e fazemos amor como loucos!
–-Eu gosto de fazer amor como loucos, gosto muito!
–-Então, pensa nesse lado positivo.
–-Pode ser então.
Bufei.
–-Amor!
–-Jane, agora que lembrei, minha perna está cicatrizada, já posso usá-la, se é que me entende!
Eu pisquei e Jane me olhou um tanto quanto curiosa.
–-Não entendo não.
–-Não se faça de desentendida, faz dias que estou na vontade e ainda por cima estamos dormindo sem roupa, tá me matando querida!
–-John, tá se controlando tão bem!
–-A partir de hoje não faço questão nenhuma de me controlar.
–-Não entendi!
–-Me aguarde, Sra. Smith.
–-To doida por um banho quente na banheira.
–-Vai me convidar dessa vez?
–-Você sabe que não!
–-Não tem nenhum problema, eu vou sem ser convidado mesmo.

Ela sorriu e me deu um beijo longo e gostoso.
–-Vamos pra casa momo?
–-Tá com frio né? Não aguenta nada!
–-John!
–-Vem sua covarde.
–-Não sou covarde, você é que é!
–-Eu?
–-Sim, você que ficou me beliscando até eu sentir muita dor ontem e eu não pude me defender.
–-Combinamos que seria assim, além do mais eu até quis fazer com carinho, você não deixou!
–-Mesmo assim, você é um covarde.
–-Vamos logo então sua fracote!
–-Para seu bundão.

Me aproximei e beijei a cabeça dela que me apertou forte na coxa. Entramos no carro e Jane ligou o som e o ar quente.
–-Ar quente? Precisa de tudo isso?
–-John vai ficar pegando no meu pé agora? Estamos no meu carro!
–-Calma gatona, só é engraçado você sentir esse frio todo.
–-Você exagera, faz dias que dormimos sem ligar o aquecedor!
–-Claro, com você dormindo agarrada em mim daquele jeito, mal consigo respirar!
–- Então é assim? Agora eu ligo o aquecedor, mas não agarro em você!
–-Não é nada disso sua boba, eu adoro dormir grudado em você, é que você fica linda irritada!
–-Então para porque fiquei chateada, não sou covarde!
–-Tá bom meu gelinho, vem aqui vem!
Paramos num sinal e Jane deitou a cabeça no meu ombro.
–-Não gosto de parar no sinal.
–-Eu também não!

Jane arrancou com o carro e virou a rua correndo antes do sinal a nossa esquerda abrir e causarmos um acidente. Apesar do tráfego tranquilo corremos um certo risco.
–-Desde quando você é fora da lei assim?
–-Você não sabe de nada John Smith.
–-Quero muito conhecer essa fora da lei hoje lá no nosso quarto.

Ela olhou pro meu lado e levantou a sobrancelha mordendo o cantinho do lábios inferior. Era muito sexy e até lembrava Jane do começo do relacionamento.
Quando chegamos em casa eu subi as escadas sozinho e bem devagar e Jane ficou na cozinha arrumando algumas coisas. Eu enchi a banheira com água bem quente e alguns sais e espuma, entrei devagar para não desequilibrar e cair, ela subiu e ficou meio brava quando me encontrou lá.
–-Disse pra não fazer isso!
–-Eu tava afim, assim como você!
–-Quero ver pra sair dai sem a perna de apoio.
–-Jane relaxa tá bom? Tira a roupa e vem curtir comigo, depois a gente pensa em como vou sair, o que aliás não será difícil.
–-Ah muito fácil você...
–-Jane cala essa boca e vem logo pra cá, a água está deliciosa.
–-Já vou, só vamos conversar sobre isso aqui.
Jane carregava um saquinho com o resto do baseado que Edd tinha me dado.
–-Joga no vaso e da descarga, não preciso mais disso porque agora você está aqui.
–-Não vou fazer isso John.
–-Combinamos de não fazer mais isso, eu sei, quebrei esse nosso trato, mas...
–-John combinamos de só fumar juntos e estamos os dois aqui!
–-Tá falando sério?
–-Você sabe o quanto eu...
–-Adora fumar e relaxar na banheira.
–-Viu, isso é perfeito!

Jane sorriu e me olhou, seus olhos brilhavam e eram intensos como fogo. Ela desceu e rapidamente voltou com um objeto parecido com um cinzeiro.
–-Música?
–-Nosso iPod.
–-Tá na gaveta do seu criado.

E ela correu para pegar. Ela ligou a música bem baixinho, apagou as luzes principais e acendeu as velas que ficavam na bancada do banheiro pelas quais nós nunca usávamos.Tirou a roupa bem devagar e acendeu o beck vindo na minha direção, era tão sexy que fiquei excitado naquele mesmo momento.
Entrou bem devagar e se sentou entre minhas pernas, eu a abracei e beijei sua nuca.
–-Ei grandão! Ela brincou com o fato de eu estar sexualmente excitado daquela forma.
Eu ri e disparei mais beijos pela nuca e ombros dela. –Você me causa essas coisas Jane.
–-Humn
. Ela se encostou ainda mais se ajustando no meu peito.
–-É muito sexy você assim.
–-Acho que criamos um ambiente todo sexy John.
–-Mas não serviria de nada se você não estivesse assim, toda gostosa e ainda com a perspectiva do que vamos fazer mais tarde!
–-Ah e o que vamos fazer?
–-Você sabe bem o que acontece quando a gente fuma junto.

Ela virou o rosto e me beijou forte, me mordeu o lábio e sorriu. Fumamos junto enquanto brincamos com a fumaça um no outro, já estávamos bem chapados e leves. Eu sentia as mãos dela na minha coxa, um toque intenso e excitante. Jane estava tão relaxada que seu corpo já fazia parte do meu, estava totalmente entregue e nas minhas mãos. A música embalava os beijos e os amassos que eu dava nela que mantinha os olhos fechados e a boca aberta em aprovação ao meu carinho em sua nuca com meus lábios e em seus seios com minhas mãos.
–-John porque será que a gente fica assim? Ela tinha a voz doce.
–-Acho que apenas relaxamos querida, se a gente conseguisse naturalmente ficar relaxados assim não usaríamos nem o chá, o problema é que nunca conseguimos, na verdade ninguém consegue.
–-Me da uma paz enorme, isso sem falar no meu corpo que parece gelatinoso e vibrando.
–-Gelatinoso?

–-É, quando você me toca eu sinto sua pele e vai indo e vibrando até meu interior, acho que estou realmente brisando amor!
–-Ah não se preocupe, me sinto assim, sua pele está tão macia que não consigo parar as minhas mãos num lugar só e eu sinto seu corpo ter pequenos espasmos quando te toco, tá sentido seu corpo assim?
–-To, é coisa de louco amor.

–-Gosto de ficar assim com você querida, é a melhor coisa do mundo.
–-Eu tenho uma teoria que desenvolvi agora, acho que quando fumamos temos não só o corpo despido, mas a alma e nossa cabeça mantém o foco só aqui, só em nós mesmo, com nosso corpo, por isso ficamos muito sensíveis, quando eu te toco eu sinto tanto sua pele quanto sua reação, e como sua reação é boa eu sinto prazer em fazer de novo.
–-É isso mesmo, quando eu toco sua pele e você tem esses espasmos eu sempre me assusto, você não sente nada?
–-Uma descarga de adrenalina ou qualquer que sejam esses hormônios, mas sinto uma eletricidade muito gostosa. John passa o dedo no meio das minhas costas, de cima a baixo.
Ela se esquivou pra frente e eu passei meus dedos pelas costas dela.
Ela fez movimentos leves com o corpo, semelhantes aos espasmos que ela tem quando está bem no meio de um orgasmos.
–-Isso é bom, sinto como se meu corpo explodisse por dentro, posso até sentir meus órgãos se debatendo e querendo mais.
–-Eu sinto algo diferente, você é a música e quando eu te toco estou tocando a música.
–-Tá brisando comigo amor.
–-To e estou adorando.
–-Também estou gostando, agora você pode continuar o que estava fazendo com as mãos aqui na minha coxa?
–-Humn safadinha.

Nossos movimentos se intensificaram e fui puxando Jane pro meu corpo mais e mais. Ela se virou completamente se encaixando em mim e se sentando no meu colo, nos beijamos longamente sentindo os lábios um do outro. Minhas mãos nas coxas dela eram tão rápidas e fortes quanto as mãos dela nas minhas costas. A água já era quase fria, mas estávamos quentes, excitados e ainda por cima chapados como nunca.
–-Queria poder te levar no colo lá pra nossa cama.
–-Logo, logo vai fazer isso, não ligo de sair andando daqui.

E ela me beijou bem devagar e tão levemente que quase não pude acompanhar. Seus lábios macios e delicados podiam ir da fúria a calmaria tão rápidos quanto aquelas mãozinhas pequenas e frágeis. Eu parei com uma mão entre as pernas dela estimulando-a na mesma velocidade em que a língua dela dançava com a minha. Ela ofegava e seu corpo vibrava ainda mais.

Jane
Sem planejamento nenhum à noite se fez perfeita. Quem resiste a um romance à luz de velas? Nem eu mesma. Acho que estávamos compensando bem a tentativa frustrada de ver um filme no cinema.
Tudo caiu bem, a música, as velas, a banheira quente e cheia de espuma, os dois sexualmente excitados e a maconha, que só nos servia pra intensificar o que já era bom. O sexo com ele sempre foi bom, mas nada melhor que aguçar os sentidos e criar momentos únicos, de intimidade, de carinho e paz, de prazer e de amor, é éramos bons nisso, sempre usamos essa vulnerabilidade que é estar drogado a nosso favor, aproveitando pra deixar nossos corpos falarem.
Meu corpo era leve, como se eu flutuasse, a música embalava as mãos fortes do John pelo meu corpo; ele me tocava e eu tinha mini espasmos. Quando ele me tocava em locais especificamente excitantes uma corrente elétrica ia do toque dele direto pra entre minhas pernas e quanto mais próximo ele chegava das minhas coxas mais intensa era a descarga elétrica lá embaixo. Como ele podia estar adivinhando onde colocar as mãos e os lábios? De alguma forma estava conectado a mim e me fazendo muito bem.
Quando eu fui pro colo dele meio que perdi o controle, soltei as mãos nas costas dele e o beijei forte. Aqueles lábios eram ainda mais deliciosos e seu corpo uma perdição. E eu não queria cessar o beijo por nada, ainda mais com aquele toque leve lá embaixo fazendo meu corpo amolecer ainda mais. Eu mordi o lábio dele e abri os olhos o encarando. Nós sabíamos bem o que queríamos e não demorou muito para John entrar delicadamente enquanto olhava dentro dos meus olhos, era como se dissesse o quanto me ama.
A água já era fria quando me levantei e corri pro box tomando uma ducha bem quente. John tinha me pedido pra deixá-lo sair da banheira sozinho e como eu estava excitada e doida pra continuar o deixei se virar e não brigar pra não quebrar o clima. E ele deu um jeito e saiu, vindo na minha direção e entrando no box, me agarrando logo em seguida. A água quente caia nas minhas costas e me castigava até a alma enquanto John chupava meu pescoço e me beijava tão forte que chegávamos a não respirar apenas pelo prazer de beijar e beijar incessantemente.
Eu fui descendo devagar beijando o corpo dele todo, ele entrelaçou os dedos nos meus enquanto eu ia descendo mais e mais, distribuindo beijos e mordidas por todos os lados.
–-Jane! John delirou quando fui direto ao ponto, chamou pelo meu nome e o vi fechar os olhos inundado de prazer.
Quando fomos pra cama ainda molhados e doidos John se deitou sobre mim me beijando e descendo a mão pelo meu corpo, com os dedos leves e provocantes. Ainda estávamos bem chapados então meu corpo estava ligado no 220, em alerta, a medida que ele ia descendo a boca delineando círculos de beijos pela minha barriga eu sentia espasmos cada vez mais fortes.
Ele me olhou e sorriu safadamente, depois mordeu perto do meu umbigo puxando minha pele ainda entre seus dentes e fez o mesmo nas minhas coxas e no meu bumbum. John estava disposto a literalmente me devorar de prazer. Quando me virou de costas sorteou beijos e lambidas pelas minhas costas enquanto me dava alguns tapas no bumbum que me deixaram ainda mais excitada. Sussurrou alguma coisa no meu ouvido mas eu estava bem mais interessada em sentir seus lábios no meu corpo.
Depois dele brincar de interromper meus orgasmos eu apelei e grudei no cabelo dele impondo que me deixasse gozar em paz. E John sabia bem como me enlouquecer e deixei o êxtase rolar e os espasmos tomarem conta, ele me segurou forte pela cintura controlando meus movimentos bruscos e desesperados. Mesmo com os olhos cerrados eu sentia o olhar pesado dele em mim enquanto eu me debatia enlouquecida e até meio desesperada. Um orgasmo múltiplo parecia triturar meu corpo e quanto mais eu lutava menos eu aproveita, e eu e John em nossos dias de drogas e sexo aprendemos que o melhor era imobilizar e deixar acontecer, e era o que ele estava tentando, me imobilizar pra eu pirar de uma vez por todas. Quando ele subiu o braço ainda me chupando insistente e segurou meu pescoço eu mal podia respirar, mas era tão bom que respirar era algo desnecessários. Ele subiu e me beijou de leve, penetrando e se movimentando devagar enquanto eu ainda tentava me recuperar. Pousou os lábios na minha testa e acelerou mais quando eu gemi e cravei minhas unhas nas costa dele. As ondas iam e vinham, eu ouvia meu coração batendo, os espasmos eram mais elétricos do que nunca e no final, quando eu e John nos deitamos um do lado do outro juntinhos nós parecíamos disputar quem respirava mais fundo, porque agora aquele ar que prendemos estava nos fazendo falta.


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Notas finais do capítulo

Xo Jolies



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